Resident Evil: a Nova Supremacia escrita por duuhalbuquerque


Capítulo 6
Capítulo 6: O Resgate de Carlos




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         Vivian abriu os olhos quando sentira o fulgor do sol invadir seu rosto. A janela da sala estava aberta, expondo o amanhecer chuvoso. A garota se levantou, se espreguiçando no sofá em que dormira. Olhou para o lado e viu Gisele comendo uma maçã. Do outro, Jill e Leon conversavam perto da porta.

      – Bom dia! – Gisele sorriu pra ela, após dar a ultima abocanhada na fruta.

      – Bom dia! – Vivian retribuiu o sorriso, levantando-se depois – São que horas? – Perguntou.

      – Sete e quarenta – Respondeu Gisele, fitando seu relógio de pulso.

      – Estão todos prontos? – Perguntou Jill, enquanto Leon continuava parado logo atrás.

         Isabelle pairou ao lado de Leon; junto de Sandro, Laerte e Pedro. Vivian se levantou, e logo em seguida todos seguiram para a van de Laerte. Pela quantidade de gente, o carro de Leon seria inviável para se usar naquele resgate.

Leon dirigia, enquanto Jill ia do seu lado. Saíram da garagem vagarosamente, Vivian e os outros olhavam para os lados, esperando um ataque repentino de zumbis. Chovia pouco, e o vento do amanhecer era frio. Passaram por algumas avenidas, atravessaram esquinas sem vestígios de zumbis. Jill admirava a cidade Brasileira, sabendo que ela seria muito mais bonita sem aquele caos. Vivian, no banco de trás, lembrava do que Leon havia dito na noite anterior... Seu pai seria mesmo um dos causadores daquilo tudo? Ela se negava a acreditar! Um solavanco jogara o corpo de Vivian para frente, fazendo a mesma despertar de seus pensamentos.

      – O que houve? – Perguntou assustada.

      – Que ótimo! Acabou a gasolina – Leon respondeu, apertando o acelerador. Foi em vão.

      – Olhe ali – Jill abriu a janela, apontando com o dedo o shopping que Carlos dissera está.

      – É ali que seu amigo está? – Isabelle perguntou, após abrir a janela da parte de trás.

      – Vamos ter que ir a pé? – Exclamou Pedro, percebendo que o shopping não era tão perto como parecia.

Antes que pudesse ser respondido, gemidos e passos arrastados no beco ao lado começaram a ser ouvidos naquele silêncio. Jill, Leon e os outros se exaltaram, levando seus olhos para o lado. Como era de se esperar, dezenas de zumbis começaram a surgir embolados entre eles. Sujos de sangue e com as roupas rasgadas. Todos trancaram as portas e fecharam os vidros, desesperados. Vivian gritara quando um dos zumbis sujou os vidros de sangue com as mãos. O veiculo começara a sacudir, dando a impressão que estava prestes a ser quebrado.

      – Não vai adiantar ficar aqui dentro, Jill! – Disse Leon, puxando sua pistola da cintura.

      – Concordo... –.

      – O que? Estão pensando em sair? Enlouqueceram? – Exclamou Laerte, sentindo a van mais agitada do que antes.

      – Tem outra sugestão? – Leon perguntou, sabendo que não obteria resposta.

Leon e Jill empurraram a porta com um chute, fazendo um amontoado de zumbis tombarem ao chão. Começaram a disparar tiros certeiros contra as cabeças dos monstros.

      – Vamos pra aquele bar! – Gritou Jill para os outros ao perceber mais dezenas de zumbis emergirem do beco – Vamos logo! –.

Vivian, Gisele e os outros correram para a calçada, escapando de mordidas graças a Leon e Jill. Os dois continuavam atirando contra os mortos-vivos, enquanto Laerte e Sandro empurravam a porta do barzinho velho. A fechadura era velha, mas resistente!

Após minutos angustiantes, conseguiram arrombar a porta enferrujada. Vivian, Isabelle e Gisele foram as primeiras a entrar. Laerte logo depois entrou, enquanto Leon e Jill continuavam atirando contra mais zumbis famintos que se aproximavam. Um veio pela esquerda, despercebido por Jill.  Quando Pedro pairava já sobre a soleira, o zumbi despercebido por Jill o puxara pelos ombros, cravando seus dentes sujos no seu pescoço.

Pedro gritou em desespero, assustando Sandro, que estava ao seu lado. Tentou se soltar, porém, as dezenas de zumbis que se aproximavam, sumiram com seu corpo na multidão...

         Jill descansava em uma cadeira de madeira com a arma em uma das mãos, enquanto Leon verificava mais uma vez ser o portãozinho enferrujado estava bem trancado.

Todos estavam péssimos com a morte de um dos sobreviventes; não eram amigos de Pedro, mas estavam juntos para sair daquele lugar com vida! Vivian deixava algumas lágrimas silenciosas caírem de seu rosto, enquanto Gisele pairava ao lado da janela, ainda quieta desde que chegara. O barzinho era encardido e pequeno, tendo apenas um balcão velho e algumas cadeiras de madeira espalhadas. A parede era mofada e as janelas empoeiradas.

A chuva incessante começara a piorar.

      – E agora? – Sandro interrompeu o silêncio – O que vamos fazer? –.

      – Há poucos metros daqui até Carlos... Não vou deixá-lo na mão agora! – Replicou Jill.

      – Está louca?! Depois de Pedro morrer, ainda está pensando em sair? – Vociferou Gisele.

      – Não estou dizendo agora –.

         Algumas horas se passaram e o crepúsculo tempestuoso chegara. Isabelle, Sandro, Laerte e Gisele continuavam sentados ao chão sujo. Leon andava de um lado para o outro, atento ao mínimo detalhe que pudesse acusar a invasão dos mortos-vivos. Jill continuava sentada, ansiosa para salvar Carlos Oliveira. Ao seu lado, Vivian estava encostada na parede mofada.

      – Vamos lá! – Disse Leon, cortando o silêncio que pairava por ali.

      – O que? –.

      – Ué, você não quer salvar seu amigo? De nada adianta ficarmos aqui! – Ele completou.

      – Você só pode está brincando... – Laerte.

      – Jill... Você, assim como eu, passou pela a experiência de Raccoon City! Não vai ser tão difícil para nós. Não é? – Disse Leon, ignorando Laerte – Quero dizer... Temos armas! –.

      – Tudo bem, vamos! – Jill levantou-se, enquanto Vivian e os outros a observava.

Leon olhou discretamente pela janelinha suja, vendo apenas uma rua vazia e molhada. Não havia nenhum sinal de vida por ali. Estava tudo quieto. Logo em seguida, abriu o portãozinho, deixando escapar um rangido metálico.

      – Vocês nos esperam aqui – Disse ele, olhando Vivian e os outros.

      – Com muito prazer! – Respondeu Gisele.

Leon e Jill saíram, deslizando os olhos por todos os cantos... Avistaram nada! Começaram, então, passos lentos pela calçada molhada. A chuva diminuiu, deixando agora uma fina garoa gélida.  Olharam mais uma vez para frente, avistando o shopping acesso.

Não estava tão longe assim, porém, na situação em que se encontravam, poderia ser muito perigoso ir até lá... Passaram por carros abandonados no meio da rua, alguns abertos. Atravessavam avenidas, que antes deviam ser bem movimentadas. Alguns semáforos ainda funcionavam, mas de nada serviam. Continuavam andando, com suas armas prontas para atirar. Nenhum zumbi aparecera à vista, deixando Leon e Jill bem tranqüilos.

Porém, essa tranqüilidade durou pouco tempo. Passos fortes e pesados começaram num beco escuro ali perto, latões de lixos eram derrubados bruscamente pelo caminho. Parecia que algo bem grande se aproximava! Leon e Jill se viraram até o beco, esperando milhares de zumbis famintos. Mas não fora isso que surgiu das sombras crepuscular... Um monstro de mais de três metros aparecera na frente dos dois. Leon o olhou de cima a baixo, espantado com a terrível criatura.

Era um monstro horrível, sua pele semelhava ter sido toda queimada, criando cicatrizes altas e feridas em carne viva. Um de seus olhos era apenas um imenso buraco sujo de sangue, a metade da sua cabeça deixava exposto um pouco de seu cérebro deformado.  Deslizava por seu queixo uma gosma esverdeada mesclada ao sangue.  Nos braços longos e fortes, ao invés de mãos, possuía tentáculos vermelhos, da cor de um músculo humano. 

No mesmo momento, Jill se lembrara de Nêmesis. O monstro que a perseguira por toda Raccoon City! Atirou algumas vezes, sem surtir nenhum tipo de efeito. Leon fez o mesmo, mas o monstro deformado o empurrou violentamente com um dos tentáculos. Leon arrastou seus cotovelos no chão, sentindo uma ardência em um dos braços.

      – LEON! – Gritou Jill, voltando a disparar mais tiros no monstro.

O monstro novamente atacara Leon com um dos tentáculos do braço, porém, desta vez, Leon fora mais rápido. Desviou do ataque, cravando sua faca no tentáculo gosmento ao seu lado.

A criatura urrou, ficando mais furioso.

      – Corre, Jill! – Ordenou Leon, se levantando e correndo logo atrás.

Leon e Jill começaram uma fuga angustiante. Para o azar dos mesmo, o monstro gigante corria tão rápido quanto eles. Porém, não era tão ágil.

Continuaram correndo, agradecendo por nenhum zumbi ter aparecido para atrapalhar a fuga. Estavam perto do shopping, desviavam de veículos abandonados, olhando para trás e vendo o monstro ensangüentado mais perto. Uma vez ou outra, Jill ou Leon atiravam contra ele... Mas de nada adiantava! Antes de chegar mais perto, Leon atirou contra o imenso portão de vidro, conseguindo abrir caminho para dentro do shopping.

Finalmente ele e Jill conseguiram escapar. Juntos, arrumaram um jeito do monstro não entrar. Encheram o portão de todos os objetos pesados que encontraram do lado de dentro. Não fora difícil, pois o shopping estava dominado pela desordem. Jill suspirou, tão cansada quanto seu parceiro ao lado. Os dois sentaram-se ao chão e se entreolharam.

      – As coisas estão mais graves do que eu imaginava! – Falou Leon.

      – Bom... Pelo menos conseguimos escapar daquilo – Jill respondeu, tentando sorrir.

      – Finalmente vocês chegaram! – Carlos surgira sorrindo com uma metralhadora em uma das mãos.


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Notas finais do capítulo

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