Resident Evil: a Nova Supremacia escrita por duuhalbuquerque


Capítulo 3
Capítulo 3: Americana




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         As portas da casa de Vivian começaram a sacudir freneticamente, junto de batidas fortes.

Alguns zumbis já chegavam até a janela, mas Gisele fechou as cortinas o mais rápido possível. Mesmo sabendo que aquilo não seria muito útil. As garotas, juntas, puxaram o sofá de couro e o colocou sobre a porta... Talvez aquilo pudesse impedir dos zumbis invadirem a casa.

Começara a chover, relâmpagos iluminavam a casa, agora sem luz elétrica. Vivian entrara em desespero ao ouvir os zumbis forçando com mais violência a porta, e, sem as meninas esperarem, um estilhaço da janela caíra ao chão. Vários zumbis tombavam agora da janela pra sala de piso azulejado.  Gemiam e se arrastavam no chão, tentando se levantar. Alguns tinham feridas e fraturas expostas, roupas rasgadas e sujas de sangue.

Gisele e Vivian recuaram alguns passos, fitaram as escadas e correram até o segundo andar, sem hesitar. Entraram no primeiro quarto à vista a fim de escapar dos monstros canibais que invadira a casa.

      – O que vamos fazer, Gisele? – Desesperou-se Vivian, entre soluços.

      – Não faço a menor idéia... – Respondeu a outra.

Gisele olhara pela janela, e, para seu desespero, os zumbis já estavam todos invadindo. Vivian permanecera na frente da porta, temendo que em qualquer momento, os zumbis invadiram .

De repente, a porta começara a se debater. Vivian recuou, suas pernas tremiam descontroladamente. E de seus olhos desciam lágrimas e desespero.

A porta estava aos poucos cedendo, e um tiro fora disparado. Ecoando por todo o corredor. As adolescentes se juntaram em um canto escuro do quarto, alguns passos se aproximavam da porta que acabara de cair ao chão.

         Uma mulher aparecera à soleira com uma pistola prateada em sua mão direita. Estava com a mão repousada para baixo. A linda mulher meio encoberta pelas sombras tinha olhos azuis, cabelos até a nuca castanhos escuros. Trajava um insinuante macacão preto justo com um símbolo alheio cravado do lado direito de seu peito.  

      – Vocês estão bem? – Perguntou ela de maneira repentina – Acho melhor sairmos daqui, me sigam, tenho um atalho! – Terminou, passando pelo corredor e sendo seguido por Vivian e Gisele.

         Vivian, Gisele e a estranha mulher estavam agora em um beco escuro meio coberto por um toldo. Alguns pingos gelados da chuva pingavam constantemente por ali, causando algumas poças. A mulher terminava de carregar sua arma, enquanto Vivian e sua amiga permaneciam sentadas em alguns caixotes. Ambas ainda estavam muito assustadas com tudo que começara a acontecer.

      –... Qual seu nome? – Gisele cortara o silêncio, trazendo atenção da mulher armada pra si.

      – Jill Valentine! – Respondeu a mulher, puxando alguns fios escuros de seu cabelo para trás de sua orelha.

      – Que nome... Diferente – Vivian comentou, ainda com a respiração muito ofegante.

      – Sou americana! – Disse Jill. Mas antes que continuasse o assunto, passos e gemidos começaram a se aproximar do beco.

Mais de dez zumbis surgiram no beco, impedindo qualquer um de passar.

      – CORRAM! – Gritou Jill enquanto atirava na cabeça de alguns que se aproximavam com mais velocidade.

Gisele e Vivian iniciaram a fuga, Jill vinha logo atrás. Disparando contra os zumbis algumas vezes.  Vivian tropeçou em algumas caixas tombadas no caminho. Voltou a se levantar com a ajuda de Jill, e voltaram a correr pelos becos escuros do crepúsculo.

         Saíram em uma esquina, tão deserta como qualquer outra. A rua estava escuro, o tempo ainda era tempestuoso, e apenas alguns relâmpagos iluminavam o caminho.

Jill, Vivian e Gisele pararam ao meio da rua, olharam para os lados e perceberam dezenas de zumbis surgindo de becos e esquinas.

      – Droga! – Sussurrou Jill, percebendo a situação critica que se encontrara agora.

Alguns zumbis se aproximavam em cambaleios, outros se arrastavam sem suas pernas. Jill virou-se de costas, mas o caminho também estava repleto de monstros. Começara então a atirar com sua arma de fogo, vários zumbis tombavam ao chão por culpa de sua ótima apontaria. Mas ela sabia, não conseguiria deter todos!

      – ALI! – Vivian apontou para um carro vermelho estacionado na esquina – Talvez seja nosso único jeito de escapar – Disse.

Jill e as adolescentes correram até o veiculo, sendo quase agarradas por algumas mãos sujas.

Entraram no carro velho que estava com seus vidros quebrados.

      – Tranquem tudo – Avisou Jill enquanto tentava ligação direta no veiculo juntando alguns fios a baixo do volante.

      – DEPRESSA! – Gisele gritara. Alguns zumbis já estavam próximos o suficiente para invadir o carro.

Antes do ataque fatal das criaturas, o carro saíra em disparada. Levantando fumaça feita pelos pneus sobre os zumbis.  Agora Jill dirigia por uma rua vazia longe dos zumbis famintos por carne. Vivian via sua casa se afastando e lembrava-se de sua mãe junto de algumas lágrimas.

      – Eu sinto muito... – Lamentou Jill. Ainda mantendo-se atenta enquanto conduzia o veiculo.

      – Como nos encontrou? – Perguntou Gisele.

      – Estava passando por aquela rua, ouvi gritos e zumbis invadindo a casa... Logo deduzi que havia sobreviventes por ali –.

      – Fico muito feliz por isso! – Gisele respondeu com um sorriso sem jeito.

      – Pra onde vamos? – Vivian se virou até Jill, com o rosto ainda um pouco marejado.

      – Boa pergunta... – Jill.

         Gisele deslizou seus olhos para rua. Tudo estava escuro e ermo, algumas vezes, passavam por alguns zumbis lentos no meio da rua esperando uma nova vítima.

Também tinham na rua latões de lixos tombados, animais mortos, e lojas com suas vitrines destruídas. Provavelmente, num ato de desespero, muitos sobreviventes roubaram as lojas em busca de suprimentos...

Jill começara a reduzi a velocidade ao chegar até uma parte da cidade mais iluminada e aparentemente totalmente deserta e livre dos zumbis. Estacionou na esquina e olhou para as adolescentes que se encontravam no banco de trás.

      – Vocês estão bem? – Perguntou.

      – Eu quero sair daqui – Vivian retrucou, ignorando a pergunta da mulher.

      – Eu não sei como vamos fazer isso, mas... Daremos nosso jeito! – Jill tentou acalmar as meninas – Olhem... Ali tem um supermercado. Vocês estão com fome? – Perguntou – Podemos ir lá e pegar algumas coisas. O que acham? –.

Jill, Vivian e Gisele saíram do carro. Todas cautelosas e observando cada canto do bairro abandonado. Qualquer mínimo ruído já despertava terror nas adolescentes, mas Jill tentava tranqüilizá-las.  Jill, Vivian e Gisele entraram por uma vitrine quebrada. Provavelmente, algum carro desgovernado bateu ali, ou pessoas desesperadas invadiram em busca de alimento.

O supermercado estava bem iluminado, algumas prateleiras estavam ainda repleto de alimentos. Outras estavam vazias. As frutas e legumes permaneciam apodrecidos jogados ao chão azulejado.

Algumas luzes oscilavam, mas, por tranqüilidade delas, o silêncio ainda permanecera. Jill andava com sua pistola já preparada pra qualquer tipo de eventualidade. Vivian e Gisele abriam alguns pacotes de biscoitos sobre prateleiras bagunçadas e sujas.

Nunca se importaram com aqueles simples biscoitinhos salgados, mas, com toda aquela fome, pareciam manjares dos deuses. Jill preocupava-se em pegar suprimentos mais úteis e jogar em uma cesta em que carregava.  Continuou andando, observando cada prateleira desorganizada. Logo atrás, vinha Vivian e Gisele.

Se não fosse aquela situação catastrófica, Gisele estaria se divertindo. Pois sempre quisera comer tudo que pudesse em um supermercado.

Quando estavam quase terminando, um estrondo assustador ecoou-se por todo supermercado vazio. Gisele, Vivian e Jill se viraram em direção do repentino barulho.

A americana já ergueu sua arma, deixando a cesta com objetos e alimentos cair e espalhar-se. Ouviram alguns passos distantes. Parecia que o supermercado não estava tão vazio quanto imaginavam... 


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