New Origin escrita por TBNeta


Capítulo 8
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui vermelha de vergonha... Não por ter demorado pra postar, mas sim porque eu pensei que já tinha postado esse capítulo *-* Meu estresse ta uma coisa tão séria que eu pensei que já tinha postado, quando entrei aqui ontem eu meio que pirei! Bom... Como eu sempre acho que tudo tem um lado bom, pelo menos não vai demorar pra sair o próximo capítulo, já que ele já esta prontinho, hehe.
Então... Boa leitura!



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Pov Edward’s

– Eu ainda não tive minha resposta – disse Bella se recostando na pilastra que havia na porta da casa.

Alice riu sarcástica, eu a encarei desconfiado.

– Eu estava entediada em casa e o Edward não estava conseguindo se livrar de Tanya, então uni o útil ao agradável e agora estamos aqui!

Bella riu me encarando.

– Tem algum problema para você? – eu perguntei. Ficar com raiva de Alice era uma perda de tempo.

Ela negou.

“Iii... Vão ficar com essa conversinha comigo aqui na frente ou vamos entrar?”

Olhei para Alice repreendendo-a, já estava começando a cansar desse novo jeitinho dela.

Ela olhou pra mim inocentemente.

– Podem parar com isso, por favor?

Olhei confuso pra Bella.

– Parar com o que?

– Essa conversa silenciosa de vocês, ela realmente incomoda – ela resmungou.

– Tudo bem, é involuntário. Onde está Nessie?

– Saiu pra caçar. Sozinha, Alice.

As duas trocaram um olhar significativo e estranhamente eu não conseguia mais ouvir os pensamentos de Alice.

– Eu não acredito nisso! Vou atrás dela – eu vi incrédulo Alice correr em direção a floresta perto da casa de Bella.

– O que foi tudo isso?

– Nada demais, coisas de irmãs - disse Bella dando de ombros.

Coisas de irmãs, essa era boa.

– Então... Você vai voltar pra casa ou prefere ficar por aqui?

– Acho que vou ficar esperando Alice aqui – disse subindo as escadas e imaginando Tanya sozinha em casa.

– Ela pode demorar.

– Eu não me importo – disse me aproximando dela.

Pov Bella’s

Acho que minha postura firme, independente e insensível estava indo por água a baixo, na verdade eu nem lembro a ultima vez que pareci assim. Agi feito uma menininha emburrada porque Edward nunca aparecia em casa com Alice e agora o mesmo estava aqui, super à vontade sentado no sofá (ao meu lado), esperando a irmã voltar pra casa depois da fuga de Nessie.

Suspirei.

Renesmee tinha colocado na cabeça que iria descobrir a origem de um cheiro terrível que havíamos encontrado uma vez a caminho da casa dos Cullens, quando disse a ela que o cheiro era ruim para mim ela ficou mais interessada ainda, se possível. Eu não estava preocupada, provavelmente era de um animal estranho qualquer.

– Eu ainda não engoli aquela estória de “coisas de irmãs”

Olhei para ele sorrindo.

– Você está me saindo muito curioso senhor Cullen.

– A curiosidade move o mundo.

Eu ri.

– Sem essa, é besteira, sério mesmo. Só uma coisa que Ness colocou na cabeça e está irritando.

– Tudo bem- ele suspirou – Só que eu estou acostumado a não precisar perguntar, é meio estranho.

– Estou começando a achar que você gosta.

– Eu gosto, até certo ponto, vai me dizer que não acha vantagem ter um dom? – ele me perguntou, duvidando.

– Eu sei o que quer dizer – disse encarando minhas mãos em meu colo.

Quando voltei a olhar para ele vi que Edward me encarava atentamente, como se me avaliasse.

– O que foi? – perguntei tentando esconder meu constrangimento.

– Nada, só a velha curiosidade.

– Com o que?

– Como você é por baixo dessa postura que seus dons criaram – disse ele me encarando.

Tremi.

– Não existe outra, Edward. É a mesma pessoa – menti.

– Porque eu acho que está mentindo?

– Porque além de curioso você também é desconfiado – disse rindo, tentando fazê-lo esquecer esse assunto.

– Tudo bem, com o tempo então.

Ergui as sobrancelhas.

– Bom... Aqui não tem um piano, nem nada que possa nos entreter, estou certo?

– Está entediado? – perguntei sem acreditar.

– Um pouco, você não quer me contar nada do que pergunto e não há como descobrir sozinho.

– Se está tão entediado assim devia ir pra casa, tenho certeza que lá é improvável ficar entediado – disse na defensiva.

Ele me olhou de uma forma que pouco entendi, parecia meio arrependido e tinha alguma coisa a mais...

– Ei, não fique chateada, só queria só queria que você me contasse sobre você, mas não deu muito certo.

– Você não é o melhor em ser persuasivo – lhe provoquei.

– Eu costumava a ser – ele suspirou – Tudo bem, só não me mande pra casa.

Balancei a cabeça.

– Porque está fugindo de Tanya, ela parece gostar de você – disse de má vontade e também curiosa.

– É que Tanya não é exatamente o que eu...

– Imagino? Ou quero? – tentei completar.

– Acho que nenhum dos dois termos, eu não passo minha vida imaginando como quero uma mulher, de certa forma me sinto até completo comigo mesmo.

– É estranho você se sentir assim.

– Porque diz isso? – perguntou confuso.

– É que essa dieta nos faz ter sentimentos bem mais humanos, individualismo é uma coisa de vampiros “tradicionais”.

Ele ficou calado, refletindo sobre o que eu disse.

– Então você está dizendo isso porque se sente assim? Está procurando um homem que a complete?

– Sim e não. Eu passei minha vida inteira me dedicando a cuidar de alguma coisa ou alguém, nunca tive tempo pra pensar e... Não se pode sentir falta do que nunca teve.

Ele me encarou.

– Não pode achar estranho que eu me sinta assim se sente o mesmo, ou algo parecido.

– Mas eu tenho uma justificativa! – reclamei.

– E eu não tenho?

– Bom... Eu não a acho o suficiente.

Ele riu sem humor me encarando como se eu estivesse louca.

– Você só pode estar brincando comigo!

– Por que não dar uma chance a ela?

– Porque eu não gosto de Tanya dessa maneira, porque está insistindo tanto nisso?

– Eu não estou insistindo, não quero que se sinta forçado a fazer o que não quer, ao contrário. Você parece ser maduro o suficiente para não agir sob pressão – murmurei me sentindo meio estranha.

– Francamente Bella, eu não estou entendendo a linha dessa discussão.

Eu ri, tive que concordar com ele.

– Estamos sendo ridículos.

– De uma coisa eu sei, o tédio desapareceu.

Sorri dando um tapa em seu ombro, não havia percebido o quanto ficamos próximos com nossa conversa.

Ouvimos passos do lado de fora da casa e logo percebi que era Nessie, mas sem Alice. Ela entrou correndo e animadamente, quando viu Edward ela meio que enlouqueceu.

– Edwaaaarrdd!!! – gritou pulando em cima dele que arregalou os olhos em choque – oi cunhadinho!!!... Quer dizer... Eu não sei muito bem como te chamar já que você também é irmão da Alice...

– Renesmee... – disse Edward fuzilando-a com os olhos.

– Não me olhe assim, é só me dizer como te chamar – disse saindo do colo dele.

– Onde está Alice? – perguntei tentando disfarçar que descobri o joguinho dela.

Se ela achava que podia me enganar com essa conversa escandalosa estava muito enganada, eu sabia que ela estava falando alguma coisa a Edward. E ia fazê-lo me contar.

– Ah, o Jasper ligou para ela, então ela foi pra casa e me pediu para falar com o Edward.

– Bom... Então acho que já vou indo, até logo Bella, Renesmee – disse Edward se levantando depois de trocar um olhar com Renesmee.

– Tchau Edward, eu gostei de você ter vindo – disse com sinceridade.

– Eu também gostei – ele sorriu pra mim e foi embora.

Não se passou meio minuto e Nessie levantou indo em direção ao seu quarto.

– Estou meio cansada, acho que vou tomar um banho e ir dormir. Boa noite Bella.

Olhei para o corredor em que ela entrara meio chateada, não entendi o motivo de me esconder o que estava acontecendo, qual era o problema?

Pov Edward’s

Eu não conseguia acreditar, Renesmee estava mesmo me pedindo ajuda para esconder um segredo de Bella. Porque não podia contar a ela? Era só um bando de lobisomens. Podia haver problema para ela se ficasse no escuro, Renesmee que me desculpasse mas eu precisava conversar com Carlisle.

Estranhei ao ver Tanya esperando ao lado da estrada.

“Edward, posso falar com você? Por favor.”

Parei no acostamento, suspirando, ela não me deixaria saber o motivo antes. Já estava começando a me irritar com todo mundo escondendo os pensamentos de mim.

Ela entrou no carro se sentando ao meu lado e me encarou. Liguei-o e segui para casa.

– Estou preocupada com você – disse, e depois pensou em Bella.

– Por quê? – perguntei confuso.

– Edward, eu percebi que você está bem próximo a ela, você não acha estranho?

– Como eu acharia isso estranho, Tanya?

– Ela... Edward, eu estou meio desconfiada, Eleazar nos contou como funciona esse dom de Bella, a pessoa não percebe quando está sendo influenciada...

– Tanya, você está acusando Bella de tentar influenciar qualquer um de nós?

– Não estou acusando. Só estou preocupada... E meio desconfiada também.

Ela estava levando em consideração as coisas erradas, pensando que um simples dom transformou Bella numa vampira com uma natureza ainda mais inumana.

– Você não a conhece.

– Você a conhece, Edward? Ela e a irmã chegaram aqui há pouco tempo e praticamente já entraram para a família.

– Elas fazem parte da vida humana de Alice.

– Sim, isso pode ser verdade. Mas criar laços com todos vocês? Com você, Edward? Que sempre foi tão travado com a adição de vampiros.

– O que quer dizer com “travado”?

– Que você nunca foi a favor de acréscimos, era sempre o ultimo a aceitar.

De certa forma ela tinha razão. Nunca achei certo Carlisle aumentar tanto a família, mas já cheguei a me arrepender, eles são muito importantes pra mim, sem exceção.

– Tanya... Eu não desconfio de Bella, mas agradeço sua preocupação.

– Cuidado Edward. Estamos falando de quem matou um clã poderoso inteiro só porque eles não sabiam o que tinha acontecido com a irmã dela.

Fiquei sem o que argumentar depois que Tanya colocou os fatos dessa forma.

Já tínhamos chegado em casa, eu parei o carro na frente quando vi Bella e Emmett conversando animadamente na frente da casa.

Tanya riu sem humor.

Sai do carro meio confuso, meio feliz.

– Ei... – cumprimentei-a

– Oi, de novo – disse meio tímida.

– Tanya, o pessoal só está te esperando para começar as partidas de poker, vamos? A gente pode começar sem o Edward – disse Emmett me lançando um sorriso zombeteiro.

“Salvei tua pele, meu irmão. É melhor aproveitar!”

Rolei os olhos

Tanya me encarou, mas sem nada a dizer e depois subiu com o Emmett.

– Então... Qual é o motivo da visita tão recente? – perguntei sorrindo, tentando não ser mal educado.

– Eu vim lhe perguntar o que Renesmee lhe contou agora a pouco, quando ela chegou em casa – ela me encarou séria.

É, Renesmee não tinha conseguido enganá-la. Mesmo assim tentei protegê-la.

– Como assim?

– Por favor, Edward! Eu conheço Renesmee mais do que ela mesma. Aquele ataque dela quando viu você foi uma forma de tentar me distrair.

– Tudo bem – eu suspirei, estava perdida na mão dessas duas – Ela te falou sobre um rastro estranho que encontrou?

– Eu estava presente na hora. Não reconheci o cheiro, só lembro-me de ser horrível, mas não dei muita importância, como ela fez – ela deu de ombros.

– Deveria ter dado, poderia ter se tornado um problema para você.

– Como? – ela me perguntou confusa.

– O que vocês encontraram foi um rastro deixado por lobisomens.

– Lobi-lobisomens? Um bando de Filhos da Lua?

– Não exatamente, Bella. Eles não são Filho da Lua, só se transformam em lobos como uma forma de proteger suas terras, é mais uma coisa genética os genes de lobo, não é por contaminação. Eles só se intitulam assim.

– Então eles não são como os Filhos da Lua? – ela estava visivelmente mais aliviada.

– Não, mas isso não os impede de nos causar problemas – suspirei lembrando da época que nós os encontramos.

– Quantos? Como eles são? – ela perguntou curiosa.

– Eu não tenho ideia da quantidade, provavelmente são três, como antes... Eu estava planejando conversar com Carlisle.

Ela assentiu.

– Porque Ness queria esconder isso de mim?

– Eu não sei Bella. Ela não me deixou ver...

Ela me encarou e depois suspirou olhando para o chão, o seu silencio as vezes me agoniava.

– Acho que tenho que conversar com eles.

Balancei a cabeça, me opondo imediatamente a ideia.

– Não, Carlisle pode resolver essa situação, não precisa se aventurar assim.

– Tudo bem, qualquer problema é só me chamar, nunca vi uma coisa assim antes, eles são muito fortes?

Eu assenti surpreso por ela ter aceitado não falar com eles tão rápido.

– Conseguem correr como nós e tem a força necessária para nos matar.

– Como sabe disso? – ela perguntou hesitante.

– Vamos dizer que nosso primeiro não foi muito amigável – ri sem humor.

– Bom... Então acho que já vou.

Apenas assenti, cismado comigo mesmo por não ter gostado nem um pouco da ideia dela ir embora.

Enquanto ela se afastava devagar, de repente parou e olhou timidamente para mim.

– Edward... Eu posso te perguntar uma coisa? – ela perguntou insegura.

Aquilo me desarmou, eu já estava acostumado com sua postura sempre firme e segura, agora ela estava aqui hesitando em me fazer uma pergunta.

– Claro.

Ela olhou hesitante para a casa, eu entendi, ela não queria ser ouvida.

– Venha, eu te levo em casa.

Ela sorriu para mim, agradecendo.

Agora só me restava imaginar o que se passava pela mente de Bella.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? A autora ta merecendo comentários ou uns tapas? E nem falar em recomendações né? É, acho que não...
E ai, porque Renesmee quer tanto Bella no escuro? Qual é a da Tanya? O que Bella quer tanto perguntar ao Edward? Vejam nos próximos capítulos de Nem Origin! kkk