Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 7
Capítulo 7 - Atrás de ti


Notas iniciais do capítulo

Enjoy^^



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Quando Maiko acordou não conseguiu encontrar Itachi ou Kisame em lado nenhum. Na reunião que faziam todas as manhãs entre os membros da Akatsuki, Paine respondera à pergunta que ela nem sequer tinha feito.

- A seguir ao ataque do Orochimaru e a morte do Hokage, Konoha está num estado de pânico e confusão. – disse Paine que se encontrava em pé com Konan – Achamos que este é o momento perfeito para raptar o jinchuuriki de nove caudas por isso o Kisame e o Itachi ofereceram-se para ir. - continuou ele – Entretanto, ficam aqui no caso de ele vos contactarem para pedir reforços, percebido? Depois de eles voltarem quero que continuem na busca dos outros jinchuurikis, percebido?

Maiko perguntava-se se era só para ir buscar o jinchuuriki que Itachi se voluntariara. Sabia que Kisame o seguiria se ele lhe pedisse. E será que Kisame sabia sobre o “segredo” de Itachi. Seria bom se fosse apenas um segredo entre eles.

Por falar nisso, tinha tido um sonho estranhíssimo onde tinha declarado os seus sentimentos por Itachi a Kisame.

Felizmente, achava que tinha sido apenas um sonho.

Se Kisame soubesse, Itachi saberia quase imediatamente e isso seria um desastre catastrófico.

- Maiko, tu tens de estar preparada para os curares se eles assim precisarem. – ordenou Paine – No que se refere aos teus treinos “secretos”, a Konan vai substituir o Itachi, por enquanto. Os treinos começam amanhã.

Maiko anuiu com a cabeça, sabendo que não tinha outra escolha. Em todo o caso, Itachi já lhe tinha dito que não iria treiná-la mais. Konan era a escolha inteligente.

Apesar disso…o amor não era lógico.

Itachi e Kisame dirigiam-se para Konoha a alta velocidade, saltando de árvore em árvore, enquanto viam o fumo derivado à destruição do dia anterior.

A revelação da noite anterior também não tinha sido nada agradável. Ter alguém a apaixonar-se por ele era problemática, uma vez que ele já tinha o seu destino traçado.

Para além disso, estava preocupado com ela. O veneno já se devia ter dissipado do sistema dela, certo?

Raios! Não devia ter saído antes de ela acordar!

- A pensar na Maiko-san? – perguntou Kisame olhando para a cara surpresa de Itachi como se estivesse a perguntar como é que ele sabia – A sua cara revela tudo quando se trata da Maiko-san.

- Estás enganado, Kisame. – mentiu Itachi – Estava a pensar na missão.

- Pelo contrário. – corrigiu Kisame – É estranho não estar a pensar na missão nem no seu irmão.

Itachi olhou de revés para Kisame. Às vezes pensava que era prejudicial o facto de eles se conhecerem há tanto tempo. Afinal, nem lhe tinha dito nada sobre Sasuke…tinha sido ele a descobrir sozinho.

- Antes de mais nada, eu sou um ninja, Kisame. – lembrou Itachi – Não tenho tempo para relações triviais.

Kisame suspirou fundo.

Aquela conversa não ia levar a lado nenhum. Depois de ter matado a sua namorada em Konoha, junto com o resto de clã, Itachi acreditava que amar era uma perda de tempo e talvez não mudasse de ideias tão cedo. Tinha pena de Maiko.

- Concentra-te, Kisame. – pediu Itachi parando numa árvore à beira do portão principal – Já chegamos.

- Vamos começar, então.

Tomar banho não era uma das atividades preferidas de Maiko quando se tratava de fazê-lo naquela nova etapa da sua vida.

Já que a casa de banho no esconderijo tinha sido assaltada pelos membros masculinos do grupo, Konan tinha-lhe mostrado onde frequentemente tomava banho. Infelizmente, esse sítio era uma lagoa mesmo antes da entrada no País da Chuva. E é claro que ela tinha de ir acompanhada por Konan, por isso não podia ir todos os dias.

No entanto, depois de o veneno ter saído finalmente do seu corpo, Maiko não podia esperar para tomar um banho refrescante, principalmente depois do primeiro treino com Konan.

Como Kanon estava ocupada com planos para a chagada do jinchuuriki de nove caudas, Maiko pensou que não ia fazer mal mesmo que ela fosse por uma vez sozinha. Seria apenas por quinze minutos.

Demorou uma hora a sair do País da Chuva já que não conseguia correr tão rápido como um ninja. Mais quinze minutos e já conseguia ver o lago cristalino.

Começou por tirar os sapatos. Estava prestes a tirar a capa quando ouviu alguma coisa a pisar uma folha seca ali perto.

Assustada, olhou em volta mas não viu nada. Não havia muitas árvores em volta ou outro sitio qualquer onde ninjas da sua aldeia se pudessem esconder, por isso ela sentiu-se parva. Podia ter sido qualquer animal ou até a sua imaginação.

Tirou a capa por fim, dobrou-a cuidadosamente e colocou-a em cima da pedra onde Konan lhe indicar, da última vez que fora lá.

No entanto, quando estava a desapertar o fecho do vestido, sentiu uma presença atrás de si. Com o coração aos pulos, virou-se e levou de imediato um estalo que a deitou ao chão e ia deixar uma nódoa negra na bochecha esquerda.

- Achas que podes deixar a Aldeia sem mais nem menos!

Meia confusa e com o olho esquerdo vermelho graças ao estalo exagerado, Maiko olhou para cima. Nunca desconfiara que a sua mãe podia ter tanta força.

- Sabes o esforço que tive que fazer para o teu pai desistir da ideia de te matar!? – gritou a mãe – O que é que estás a fazer com a Akatsuki!?

Sem esperar por uma resposta, ela deu sinal a um dos ninjas que a acompanhava. Ele pegou numa agulha que Maiko reconheceu e a fez entrar em pânico. Eles usavam aquela agulha sempre que ela se estava a portar de maneira “desapropriada” para a pôr a dormir.

Mesmo sabendo que provavelmente não tinha hipóteses nenhumas
contra os ninjas da sua aldeia, arrastou-se até à bolsa que Itachi lhe tinha
dado e tirou uma kunai. Estava por sua conta. Com esse pensamento espetou a kunai no braço do ninja o que fez com que ele largasse a agulha e valeu-lhe um murro na outra face que deixou o seu lábio inferior a sangrar.

Sabia que ia recuperar rapidamente, mas doía na mesma!

- Eu não quero ir! – gritou Maiko começando a chorar. Nunca conseguiria escapar. Pelo menos pegou na agulha e partiu-a a meio.

- O que é que queres dizer com “eu não quero ir para casa”!? Para de ser mimada! A tua aldeia precisa de ti! – aborrecida, a mãe olhou para o segundo ninja, já que o primeiro ainda estava a tratar da ferida no braço – Faz alguma coisa! O meu marido está impacientemente à espera dela!

Como ordenado, o segundo ninja – mais assustador que o primeiro – aproximou-se de Maiko. Quando ele agarrou-lhe o braço e a puxou para cima violentamente, ela susteve a respiração e fechou os olhos mas abriu-os imediatamente de novo quando sentiu o braço dele a apertar a sua garganta.

Tentou soltar-se do braço dele, tentou lutar por ar.

Mas, segundos depois, só conseguia ver escuridão.

Itachi chegou ao esconderijo e, mal passou a porta, suspirou.

Tinha sido uma missão cansativa e nem tinham conseguido trazer o jinchuuriki. Bem, não tinha sido um desperdício total. Tinha visto o
Sasuke e dado sinal que estava vivo e que, como tal, o acordo se mantinha.

O facto de Sasuke ter tentado salvar o tal Naruto tinha sido uma surpresa agradável. Estava orgulhoso dele.

O resto do grupo estava sentado nos sofás a ter a reunião
 diária. Não acreditava que tinha demorado tanto tempo.

- Itachi, Kisame, por favor, sentem-se. – disse Paine indicando-lhes o sofá – Chegaram a tempo de participar numa decisão importante.

- Primeiro gostava de ver a Maiko. – informou Itachi – Preciso de me restabelecer.

Na verdade, queria ver se ela estava bem e totalmente restabelecida e…bem, não a via há dois dias.

- É exatamente sobre ela que estamos a falar. – disse Paine –
 Senta-te!

Itachi achou estranho, toda aquela pressa para a reunião, mas acedeu e sentou-se ao lado de Kisame.

- Por falar nisso, onde é que a Maiko-san está? – perguntou Kisame – Se é sobre ela que vamos falar devia estar aqui, certo?

- Ela foi levada por ninjas da aldeia dela, ontem. – informou Deidara com um encolher de ombros – É uma pena. Era divertido tê-la por perto.

- Só descobrimos ontem à noite quando fomos à procura dela e encontramos a capa dela à beira do lago. – continuou Konan – Parece que ela foi banhar-se sem a minha companhia e foi apanhada.

- Então do que é que estão à espera? Temos de ir busca-la! –exclamou Itachi – Era sobre isso que estavam a falar!?

- Na verdade, estávamos a escolher um candidato mais apropriado para substituir a Maiko. – Paine levantou a mão para que Itachi não falasse – É muito perigoso ter uma pessoa como a Maiko entre nós. A aldeia dela importa-se demasiado. Se a fossemos buscar, teríamos que estar sempre à espera que eles atacassem. É melhor assim. E também encontramos sangue no local, por isso nem sabemos se ela está viva. Afinal, a aldeia dela não ficou muito feliz depois de ela se juntar completamente a nós.

- E haverá algum candidato mais capaz que a Maiko-san? –perguntou Kisame, afastando Itachi da conversa, propositadamente.

- Com certeza que não serão tão capazes em termos de cura ou de imunidade. – disse Konan – Mas encontramos alguns que foram banidos pelas aldeias e assim não teremos problemas em relação a isso.

- A Maiko é uma pessoa! – exclamou Itachi, perdendo a paciência – Não podem abandoná-la como se fosse um cão rafeiro.

Paine ficou a olhar para Itachi sem dizer nada durante um longo minuto, depois olhou para Konan que anuiu a cabeça como se soubesse o que ele estava a pensar. Com a decisão tomada, voltou-se para Itachi.

- Muito bem. – começou ele – Tens um dia para ir à Aldeia da Neve e ver se ela está bem. No entanto, a tua missão é só essa e não trazê-la de volta. Os outros vão tratar de recolher informações sobre o novo candidato.

Paine saiu antes de Konan que ainda ficou a dar umas últimas indicações. Itachi conseguiu pôr-se à frente dela antes de ela seguir Paine.

- Diz-me porque é que não posso trazê-la de volta? – exigiu Itachi.

- Itachi, tu já tiveste problemas com um ANBU da aldeia dela que quase te ia matando.

- Não…

- Isso só vai piorar daqui em diante. – interrompeu Konan – E eles já devem estar preparados para qualquer das nossas “visitas” agora. O que nos resta fazer é garantir que ela está bem, silenciosamente e recuar.

- E se eu conseguir que eles nos deixem em paz? – propôs Itachi.

Konan sorriu mas, ao ver que ele falava a sério, ficou um bocado assustada. – O que é que tencionas fazer para que eles deixem a Maiko em paz?

- Dá-me a oportunidade de traze-la de volta e eu trato do resto. – pediu Itachi – Por favor. Eu não sei o que é que eles são capazes de fazer para a manterem lá.

Kanon franziu as sobrancelhas mas acabou por suspirar e anuir com a cabeça.

- Tens vinte e quatro horas a partir de agora. – informou Konan – Se não voltares até amanhã por estas horas, vamos buscar o outro candidato, entendido?

- Sim! – sem perder tempo, saiu pela porta a correr e desapareceu no horizonte em instantes.

Kisame já estava levantado para segui-lo, mas Konan impediu-o.

- Não estás autorizado a ir com ele. – avisou ela – O Itachi disse que ele ia busca-la. Se fores, és expulso do grupo.

Itachi chegou à entrada da Aldeia da Neve cinco horas depois, cansado demais para correr mais. A missão anterior tinha esgotado quase toda a sua energia mas, mesmo assim, tinha de continuar.

Escondeu-se atrás de uma pedra para tentar recuperar o folego, com a noção que não podia demorar muito mais.

Era uma viagem de volta que demorava cinco horas.

Isso significava que tinha 14 horas para resgatar Maiko. Considerando que ainda não tinha um plano para libertá-la dos contactos com a Aldeia, era pouco tempo.

Inspirou e expirou fundo cinco vezes e continuou.

Chegar à casa onde Maiko estava tinha sido uma brincadeira de dez minutos. Entrar lá dentro, esquivando-se dos guardas que estavam a proteger a área tinha demorado cerca de vinte e cinco minutos.

Entrou pela janela do quarto dela e escondeu-se numa sombra para garantir que não estava lá ninguém a não ser ela.

Depois de ter a certeza que estava seguro, aproximou-se dela. – Maiko, temos de ir.

Mas não houve resposta. Ela mantinha-se sentada na cama, encostada à parede com os braços simplesmente caídos sobre o cobertor como se fosse uma boneca estragada e abandonada.

Ele aproximou-se mais para ver o que se passava. Inclinou-se sobre ela e levantou-se a cabeça. As pupilas estavam dilatadas até ao seu extremo e ela estava letárgica.

O que quer que fosse que lhe tinham dado, era suficientemente forte para que o seu corpo não conseguisse livrar-se dele, mesmo com o poder de auto-cura.

- Maiko. Se me consegues ouvir, pisca os olhos duas vezes. –
pediu Itachi.

Devagar, olhou para ele. As palavras dela foram proferidas num tom monótono mas o impacto foi enorme.

- Quem és tu?


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Notas finais do capítulo

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