Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 6
Capítulo 6 - Emoções


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Itachi teve de parar pela terceira vez para Maiko vomitar.

Como fizera das duas vezes anteriores, ele agarrou-lhe o cabelo e esperou que ela acabasse.

Quando acabou, acocorou-se e respirou fundo três vezes, tal como ele lhe tinha ensinado.

– Parece que a kunai estava mesmo envenenada. – dissera-lhe Itachi depois de ela vomitar pela segunda vez – No entanto, o teu corpo deve ter algum tipo de defesa contra venenos. Chamemos-lhe de “auto-cura”. Vais ficar bem mas vais-te sentir mal durante um bocado.

Era verdade que nunca tinha ficado doente e talvez também se devesse à tal “auto-cura” mas não sabia se ia conseguir chegar ao esconderijo inteira, se continuasse assim.

– Porque é que não caminhamos um bocado? – sugeriu Itachi ajudando-a a levantar-se – Talvez te sintas melhor se não estivermos a ir tão depressa.

Maiko anuiu a cabeça e começou a andar ao lado dele. Já há algum tempo que tinha reparado que ele estava preocupado. O que é que podia fazer?

Queria perguntar-lhe ou fazer alguma coisa por ele. Mas se perguntasse demais ele afastar-se-ia outra vez.

– Se quiseres, não precisamos de continuar com o treino. – disse Itachi surpreendendo-a.

– Porque é que estás a dizer isso!? – exclamou Maiko um pouco zangada – Pensei que estava a ir bem!

– O problema não é esse. – disse Itachi – O problema é que tu tens a convicção de um ninja mas não tens as habilidades. Se continuar assim, tal como em Konoha, vais acabar morta.

– Então, é melhor ficar na sombra dos outros. – concluiu Maiko com as lágrimas nos olhos – À espera que eles me salvem, como uma cobarde.

Itachi não disse nada pois era isso mesmo que ele lhe estava a pedir mesmo isso depois de um dia de treino.

– Que assim seja. – concordou Maiko esfregando os olhos para garantir que não chorava.

– As coisas que passas-te quando eras mais nova…

– Eu sei muito bem pelo que passei! – gritou Maiko olhando-o com rancor – E tu podes ter ouvido mas não fazes a mínima ideia.

– Hei…

– E eu não faço a mínima ideia pelo que tu passas-te! – continuou ela impedindo-o de falar – Talvez seja melhor assim. Não nos íamos entender de qualquer maneira.

Itachi não protestou porque pensava que era melhor não se aproximarem. As pessoas que se aproximavam dele acabavam sempre magoadas.

Por isso, quando ela vomitou pela quarta vez ele não lhe segurou o cabelo, ficou à espera dele, alguns passos à frente, com a cara virada para o outro lado. Continuaram a caminhar e, para evitar, conversa, Itachi nem se queixou quando demoraram meia hora para chegar ao País da Chuva.

Só olhou para ela outra vez quando a ouviu espirrar. Ela estava abraçada a si mesma, a esfregar os braços com as mãos, enquanto tentava bloquear o vento com o ombro; obviamente com frio.

Ele suspirou, despiu a capa e colocou-a por cima dos ombros dela.

– O Paine não ia gostar se ficasses doente. – explicou Itachi porque ela parecia surpreendida com o ato.

– Ah, claro! – disse Maiko desapontada. Mas vestiu a capa na mesma. Até sorriu ao ver as mangas excessivamente longas mas aquele gesto não era mais do que uma precaução para que o chefe não descobrisse que tinham saído – Então, o treino acabou, certo?

Ele não respondeu. O silêncio já era uma resposta demasiado cruel.

Demoraram mais de quinze minutos para avistar o esconderijo, nessa altura já estavam ambos encharcados.

– O teu sistema imunitário está a ser atacado pelo veneno. – explicou Itachi parando para terem tempo de falar antes de chegarem ao destino – Isso quer dizer que as tuas defesas estão baixas, mesmo com o teu poder de cura. Tens de ter cuidado nos próximos dias pois uma simples constipação pode matar-te nessas condições. – com rapidez, Itachi tirou um pequeno saco da bolsa presa à sua cintura e deu-lha – Toma um desses todos os dias e tenta descansar o máximo possível.

– Mas, o meu poder de auto-cura…

– Uma pessoa normal já estaria morta por esta altura. – disse Itachi – Não podes subestimar este veneno. Ele é criado para matar ninjas imediatamente.

Maiko abriu a saca e viu bolinhas roxas do tamanho do seu punho. – E como é que eu posso engolir isso?

– Podes mastigar. – respondeu Itachi – Mas não podes parti-lo antes de metê-lo na boca.

– Em outras palavras: tenho de enfiar esta coisa inteira na boca. – interpretou Maiko – E como é que faço isso, senhor “sei tudo”?

Como achou que seria mais fácil exemplificar, Itachi pegou numa das bolinhas e meteu-a na boca com uma facilidade inexplicável.

– Pff! – Maiko tentou conter mas as gargalhadas saíram e a única coisa que conseguiu fazer foi tapar a boca com uma mão para que elas não soassem tão alto – Oh, meu Deus! Desculpa! Mas isso é tão hilariante!

– Tu é que perguntas-te! – resmungou Itachi ainda com a boca cheia.

Determinado a vingar-se (depois de engolir) Itachi pegou noutra bola e olhou para ela com um sorriso malvado.

– Espera… - pediu Maiko com ambas as mãos levantadas – Eu estava a brincar!...o que é que vais fazer!?

– Não é óbvio? – perguntou Itachi dando um passo em frente – Vou mostrar-te como se faz.

– Eu não consigo engolir isso! – Maiko deu um passo atrás – E, além do mais, eu já te vi fazer. Não é necessário…

Com facilidade, Itachi agarrou-a pela cintura, tirando-lhe as palavras. Já se tinham esquecido da chuva.

– Abre a boca agora. – disse Itachi apontando a bola à boca dela – Está na hora do remédio.

Maiko abanou a cabeça com convicção mas estava a sorrir. Até agora, nunca se tinha divertido tanto na sua vida.

– Oh, então queres que eu a mastigue para ti? – perguntou Itachi – E ta dê boca-a-boca?

Maiko corou, chocada pelas palavras dele.

– Umm…Itachi-san?

Itachi olhou para o lado e viu Kisame a olhar para eles com uma cara perturbada. Claramente estava desconfortável, ao assistir àquela cena.

– Kisame… - Itachi também não sabia muito bem o que fazer e continuava na mesma posição como se estivesse a posar para uma fotografia.

– Eu…eu só vim aqui dizer que estão à sua espera para uma reunião. – disse Kisame tentando não gaguejar – E…a Maiko-san…

– Ela… - Itachi largou-a finalmente mas teve que lhe agarrar o pulso para ela não tropeçar e cair – Nós não estávamos…

– Eu só ia dizer que ela parece doente. – interrompeu Kisame antes que Itachi dissesse algo impulsivo. Deu alguns passos em frente e pousou uma mão na testa dela – Acho que tem febre, Maiko-san.

– Febre? – à menção disso, Itachi largou-a imediatamente – De qualquer maneira, já está na hora de irmos.

Maiko anuiu. Era suposto estar zangada com ele. Não devia estar a confraternizar com o “inimigo”!


Ela conseguia ouvi-los a falar na sala ao lado.

Mas, a ela, tinham-lhe dito para ficar na cama. E ali estava ela, com uma ligadura a envolver o pescoço, um pano frio na testa, os cobertores até ao nariz e a capa de Itachi a secar aos pés da cama.

No fim, tinha sido obrigada a engolir uma daquelas coisas roxas que sabia pessimamente mal mas, pelos vistos, fazia terrificamente bem.

Fechou os olhos e tentou dormir. Embalada pela voz de Itachi que entoava da sala principal e seduzida pelo cheiro da chuva que permanecia na capa aos seus pés, Maiko entrou no seu mundo dos sonhos.

Quando acordou, Kisame estava a olhar para ela.

– Desculpe se a acordei, Maiko-san. – pediu Kisame – Estava só a refrescar o pano. Quer beber água?

– Não, obrigada. – disse Maiko. Graças à febre e ao sono, ela estava a delirar um bocado – Pensei que não podia entrar aqui…?

–Sabe, você estava a murmurar um nome, enquanto dormia. – disse Kisame, manipulando a conversa.

– Estava? – Maiko fechou os olhos – Talvez fosse “Itachi”. – ela voltou a abrir os olhos e olhou para Kisame a sorrir – Sabe, ele é imaturo, tem muitos segredos, é desconfiado e chega mesmo até a ser irritante, mas eu gosto dele.

– Gosta? – reforçou Kisame vendo-a fechar os olhos outra vez.

– Sim. – respondeu Maiko ainda com os olhos fechados – Acho que até sou capaz de o amar, sabes? Acho que foi amor à primeira vista. É uma idiotice, não é?

Maiko riu-se para si mesma, mas em poucos segundos estava a dormir outra vez. Kisame suspirou, levantou-se e olhou para trás onde Itachi estava encostado a um canto, já com a capa da Akatsuki vestida.

– O que é que acha disto? – perguntou Kisame, curioso.

– Acho que amor à primeira vista é realmente uma idiotice. – respondeu Itachi.

– Estou a ver. – continuou Kisame com um aceno – Mas então porque é que está com essa cara?

Itachi virou imediatamente a cara para o outro lado para esconder o sorriso que não conseguia tirara da face.

– Não sei do que é que estás a falar, Kisame! – protestou Itachi – Vamos deixá-la descansar!

Dizendo isto, Itachi e abriu a porta e saiu, deixando-a aberta para que também Kisame pudesse sair.

À porta, Kisame olhou uma última vez para trás, pensando que aquela rapariga era interessante.


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Notas finais do capítulo

Desculpem lá o "mini-capitulo" XD Eu compenso para a próxima.
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