Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 11
Capítulo 11 - A Revelação


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Maiko permanecia de braços cruzados, enquanto os ninjas discutiam uma maneira apropriada de lhe tirar informações.

Tinham tentado entrar na sua mente diretamente mas o seu corpo identificara os estranhos e repelira-os rapidamente, impedindo-os de recolher informações.

- Seria melhor se cooperasse! – exclamou um deles, que não conseguia pensar noutra maneira de a fazer falar – Não vai gostar do próximo método!

- Não importa qual seja o método, eu não vou falar. – disse Maiko determinada – E provavelmente não vou ficar muito tempo por aqui.

- Estás a insinuar que alguém está a caminho para te “salvar”? – perguntou o pai de Ino – A quem é que te referes?

Maiko limitou-se a sorrir. Tinha a certeza que Itachi estava a caminho para a salvar tal como a tinha resgatado das mãos do seu pai.

Ela tinha razão. Itachi estava realmente a dirigir-se para Konoha numa velocidade fascinante, determinado a matá-la. A missão era essa e ele nunca tinha falhado uma missão depois daquela onde tinha deixado Sasuke viver.

Sabia onde eles tinham posto Maiko. Já tinha entrado lá várias vezes para interrogar outros prisioneiros quando era ANBU. Retirava a informação que precisava de todas as maneiras possíveis.

Entrou rapidamente, pensando que não estavam à sua espera. Se fosse por cima dos telhados, ninguém iria vê-lo. Mas estava tão ocupado a pensar numa maneira de matá-la, que não se apercebeu que estava a ser cuidadosamente observado por Inoshi que esperava pelo momento certo para atacar.

Nunca desconfiara que Maiko estivesse na posse da Akatsuki mas aquela era a oportunidade perfeita para capturar um dos ninjas mais procurados de Konoha.

Ele estava quase a entrar na sala onde Maiko o esperava quando Inoshi o intercetou, surpreendendo Itachi.

- Onde pensas que vais, Uchiha? – perguntou Inochi com um sorriso presunçoso – Já não podes entrar nessa sala.

- Yamanaka-san. – cumprimentou Itachi – Como está a sua filha?

- Não tragas a Ino à conversa! – exclamou Inochi tirando uma Kunai que rapidamente desapareceu da sua mão e foi para à mão de Itachi que de seguida se multiplicou – Raios!

- É isso mesmo. – confirmou Itachi, enquanto os duplos pegavam em espadas – Já devia ter percebido.

Mas Inochi não tinha percebido que já estava no genjutsu de Itachi antes de ser tarde demais.

Segundos depois de entrar na sala onde Maiko se encontrava amarrada a uma cadeira, já os ninjas de guarda estavam no chão, inconscientes ou mortos. Apesar de ter assistido à chacina, Maiko estava a sorrir quando Itachi a soltou.

- Como está o teu corpo? – perguntou ele sem saber porque o estava a fazer. Talvez porque achava errado matar uma pessoa que não estivesse completamente saudável.

- Estou completamente curada. – respondeu Maiko perguntando-se se devia abraçá-lo – Demorei muito a acordar?

Sem dizer mais nada, levantou a Kunai em direção a ela, vendo-a confusa. – O Paine ordenou que te matasse.

Maiko passou de confusa a chocada. – Porquê?

- Sabes demais sobre a Akatsuki e agora Konoha sabe sobre ti. O meu dever é matar-te e eliminar o teu corpo para que não possa servir de fonte de informação. – explicou Itachi mas, mesmo depois de acabar, ela permaneceu imóvel, quase como se não tivesse uma Kunai apontada ao pescoço – Porque é que não tentas defender-te ou fugir?

Maiko suspirou.

- Já estive em risco de vida várias vezes, fosse em missões ou por tentar fugir da minha vila. – disse Maiko – Há pouco tempo tentei defender-me da minha mãe porque ela queria levar-me de volta mas não resultou e tu foste obrigado a salvar-me…pus-te em perigo. Não quero dar-te problemas e, se desobedecesses ao Paine para me salvar, estaria a fazer exatamente isso.

- Mas…

- Vou morrer de qualquer das maneiras. – interrompeu Maiko – Se tenho de escolher entre as mãos de um ninja anónimo ou as tuas mãos, prefiro escolher a segunda hipótese.

- Fecha os olhos. – pediu Itachi depois de alguns segundos de silêncio que pareceram horas – Isto não vai demorar muito.

Maiko assim o fez. Não demorou muito até sentir uma coisa afiada a penetrar o seu peito. A dor fê-la abrir os olhos e encontrou os de Itachi que a fitavam sem mostrar nem um pouco de piedade ou mágoa.

Quando ele tirou a Kunai do corpo dela, Maiko caiu e o seu sangue começou a espalhar-se pelo chão. Antes de perder os sentidos, ela sorriu e murmurou qualquer coisa que Itachi fingiu não perceber. Era menos doloroso se ele fingisse.

- Nunca devia ter decorado o teu nome. – disse Itachi pegando no corpo inerte dela.

Itachi chegou ao esconderijo quinze horas depois.

- Cumpriste a tua missão? – perguntou Paine que estava sentado naquele sofá à espera de Itachi, desde que este saíra em direção a Konoha.

- Como sempre. – foi a resposta de Itachi – Onde está o Kisame?

- Ele foi numa missão com o Sasori. – informou Paine – Estarão aqui amanhã, com o nosso novo curandeiro.

- Estou a ver. – Itachi esperou que Paine saísse com Konan para dirigir-se ao seu quarto.

A sua missão tinha terminado…talvez não da maneira que esperava mas de uma maneira satisfatória para ele, e para a Akatsuki.

Dali a nada, teriam outro curandeiro e não restaria muito até Maiko ser esquecida.

Era melhor assim.

Maiko acordou, confusa e desorientada, num sítio que não conhecia.

Levantou-se depois de se certificar que não estava ferida. Tudo o que tinha restado do ataque de Itachi era uma cicatriz que não demoraria muito a desaparecer assim que ela descansasse um bocado.

Obviamente, esse tinha sido o plano de Itachi.

Olhou em volta e viu o símbolo do clã Uchiha incrustado na parede de pedra. Aquele lugar parecia ter sido abandonado há muito tempo atrás mas tinha mantimentos frescos e a cama onde estava deitada parecia nova e acabada de fazer.

Procurou uma porta e saiu, encontrando-se então num quarto que parecia tão abandonado quanto a outra sala.

Depois de sair do quarto, não demorou muito a perceber que estava numa casa. Uma casa que parecia horrivelmente maltratada.

Percorreu a casa como um menino curioso de nove anos. Encontrou três quartos; um deles tinha as paredes completamente salpicadas de sangue e o chão também estava manchado. Tudo o resto tinha sido levado, deixando o quarto vazio.

O segundo quarto não tinha quaisquer traços de sangue mas estava em pantanas. O futon estava revirado, as prateleiras acolhiam o pó e teias de aranha que escorriam desde o teto até ao chão. Só o terceiro quarto (aquele de onde tinha saído) parecia limpo e organizado.

Suspirou e pegou numa moldura que estava partida no chão. Limpou o pó no vidro com mão e deixou cair a moldura outra vez depois de ver a fotografia.

Com o coração acelerado, pegou novamente no objeto para ver se não se teria enganado, mas estava certa.

Abriu a moldura e tirou a fotografia de lá de dentro para a analisar melhor. Escrita na parte de trás da foto, escrita com a caligrafia de um rapazinho pequeno, dizia: “A mãe, o pai, o Nii-san e eu”.

- Nii-san. – murmurou Maiko virando a fotografia outra vez.

O Nii-san era claramente Itachi e aquele devia ser o quarto do irmão mais novo que se encontrava nas costas do irmão, na fotografia, a posar com um grande sorriso.

O que queria dizer que aquela era a casa de Itachi.

- Não pode ser. – disse Maiko, levantando-se. Inconscientemente, guardou a fotografia em vez de a voltar a pôr no sítio. – Ele nunca me deixaria em Konoha.

Maiko percorreu os corredores da casa e saiu para a noite. A brisa fria levantou-lhe os cabelos pretos e a poeira do chão.

Aquele lugar estava deserto!

Havia algum sangue seco no alpendre da casa…e não era só naquela! O que é que tinha acontecido ali!? Porque é que Itachi a tinha levado para ali!?

- Está alguém!? – exclamou Maiko, começando a andar, lentamente, pelas ruas do lar do clã Uchiha – Estão a ouvir-me!?

Maiko bateu nalgumas portas, entrou nalgumas casas, mas tudo o que encontrou foi sangue seco e algumas kunais.

Quando saiu para o exterior outra vez, estava enjoada e assustada.

- Onde é que ele está!?

Depois de sair do genjutsu de Itachi, Inoshi tinha reportado tudo à nova Hokage que ponderava muito bem no que fazer.

- O sangue indica que ele matou a rapariga. – concluiu Inoshi – Talvez por ela saber demasiado sobre a Akatsuki.

- Se ela está morta, não há muito mais a fazer. – disse Tsunade – Para começar, eu nem sabia que tinham a rapariga encarcerada.

- Peço desculpa, Hokage-sama. – pediu Inoshi – Mas ainda não sabíamos que o seu cargo era definitivo.

- Em todo o caso, o Itachi não costuma deixar rastos. Não temos outra opção a não ser esperar pelo próximo passo deles. – anunciou Tsunade – Entretanto, temos que decidir o que fazer com o Sasuke. Ele parece não querer acordar.

- Nem com os seus poderes? – perguntou Inoshi surpreendido. Afinal, até o Jiraiya tinha tido o trabalho de a procurar para ela curar o Sasuke – Talvez devêssemos desistir do Sasuke-kun. Ele é uma criança problemática desde que aquela tragédia aconteceu.

- Estás a insinuar que devemos deixá-lo assim para sempre? – quando Inoshi não lhe respondeu, Tsunade bateu na mesa à sua frente, partindo-a a meio – Não sei o que é que o anterior Hokage fazia! Mas as coisas vão mudar por aqui! Ninguém é deixado para trás! E quando digo ninguém, é NINGUÈM, percebido!?

- Ninguém…

- Ninguém quer dizer que, se o Itachi estivesse disposto a voltar, eu própria aceitá-lo-ia! – disse Tsunade vendo a expressão chocada na cara de Inoshi – Algum problema?

- O Itachi é um ninja forasteiro que assassinou o seu clã inteiro! – disse Inoshi como se fosse uma novidade.

- E seria castigado por isso! – garantiu Tsunade – Na NOSSA aldeia. Seria um absurdo deixar outra aldeia qualquer tratar dele!

Inoshi saiu depois de Tsunade lhe ter dado a ordem para investigar o que a Akatsuki tinha a ver com a rapariga.

Não estava de acordo com a Hokage mas o que havia para fazer a não ser obedecer?

- É uma viajante?

Depois de Maiko ter encontrado uma capa e algum dinheiro no refúgio, tinha saído daquele lugar e estava agora num restaurante de ramen. Apesar de a capa ter um capucho que ele tapava a cabeça, ela mantinha a cabeça baixa.

- Estou só de passagem. – respondeu Maiko numa voz mais grossa do que a dela.

Um rapaz loiro entrou pouco tempo depois, cortando a conversa entre o cozinheiro e Maiko. Ela olhou para ele de lado quando ele começou a falar de uma maneira agitada e energética e apeteceu-lhe sorrir.

- Alguma novidade, Naruto? – perguntou o chefe – O Sasuke já acordou?

- Apesar de termos trazido a avozinha de volta, parece que ele não acorda. – Naruto suspirou de uma maneira exageradamente dramática – Ainda não percebi o que é que o Itachi lhe fez…

À menção do nome dele, Maiko ergueu a cabeça e olhou diretamente para o rapaz com cabelos loiros.

- Itachi? – perguntou Maiko para ter a certeza de que tinha ouvido bem – Itachi Uchiha?

- Sim. – confirmou Naruto – Ele assassinou o seu próprio clã e parece que agora quer fazer o mesmo irmão!

- Naruto, não devias contar tais coisas a gente de fora. – avisou o chefe.

- Não faz mal. – disse Naruto – Só lhe estou a dizer para ela ter cuidado. Se está em viajem, pode encontrar a Akatsuki pelo caminho.

Enquanto Naruto descrevia Itachi e as capas pretas e vermelhas da Akatsuki, Maiko refletia no que ele acabara de lhe contar.

Se era verdade, aquele sangue todo tinha sido obra de Itachi, tal como o facto de Sasuke – o suposto irmão – estar no hospital, inconsciente.

- Desculpem, mas agora tenho de ir. – disse Maiko levantando-se depois de deixar dinheiro suficiente para pagar a refeição.

Sempre com os olhos no chão, atravessou a cidade até chegar ao hospital.

Entrou, e não parou até encontrar uma porta a dizer Uchiha Sasuke. Entrou e viu o rapaz à luz da lua, deitado na cama, como uma criança a dormir. As flores que tinha à sua cabeceira eram frescas e lançavam uma fragância doce pelo ar.

Maiko aproximou-se e tocou-lhe.

Um simples toque bastava. Ele devia acordar antes do amanhecer.

Por essa altura, já Maiko tinha partido.


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Notas finais do capítulo

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