Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 10
Capítulo 10 - Sem Esperança


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/155080/chapter/10

Não tinha sido fácil meter Maiko no hospital.

Metê-la num quarto, numa cama e dar o alarme sem ser descoberto tinha sido pior mas, no final tinha conseguido.

Sabia que os médicos a tratariam mesmo sem saberem quem ela era, pelo menos até ela estar estável. A confusão depois disso foi assustadora. Médicos a correr pelo quarto a dentro para tentar reanimá-la, enfermeiras a tentar descobrir quem ela era.

No fim, Itachi só conseguiu suspirar de alívio quando os médicos declararam que o coração tinha começado a bater novamente. No entanto, as noticias não foram completamente boas.

- O coração dela parece estar bem. – reportou o médico saindo do quarto com uma das enfermeiras ao seu lado, enquanto Itachi se escondia mais atrás da porta para não ser descoberto – As ondas cerebrais também parecem normais.

- No entanto, ela não parece querer acordar, doutor. – completou a enfermeira – Nem consegue respirar sozinha.

- Temos que fazer um exame aos pulmões. – disse o médico – E um exame geral para tentar descobrir o que é que fez o coração dela parar.

- Também temos que descobrir quem ela é. – lembrou a enfermeira.

-A nossa prioridade é curá-la. – disse o médico – Talvez ela nos consiga dizer alguma coisa quando estiver consciente.

Itachi esperou que todos tivessem saído para se aproximar de Maiko e se sentar numa cadeira que se encontrava perto da cama. Com cuidado, afastou alguns cabelos que lhe tinham escapado para a cara.

- Quando é que vais acordar? – murmurou Itachi olhando para a cara dela. Parecia estar a dormir pacificamente.

- Itachi-san.

Itachi virou-se e viu Kisame à porta.

- Ouvi um médico dizer que ela estava em coma. – disse Kisame – É melhor irmos agora.

- Eu disse que ia ficar aqui até ela acordar. – reclamou Itachi.

- Pode demorar meses até ela acordar! – ripostou Kisame – Quem sabe se voltará a acordar de todo? E o sol já vai alto. Podemos ser descobertos a qualquer minuto.

- Mas…

- Podemos voltar noutro dia! – insistiu Kisame – É muito perigoso ficar aqui. A Maiko-san vai ficar bem nos cuidados do hospital!

Itachi rangeu os dentes de tal maneira que conseguiu ouvir-se pelo quarto inteiro mas acabou por se levantar e acompanhar Kisame para fora do hospital.

O sol já estava no meio do céu quando Kisame e Itachi subiram para o pássaro de Deidara e partiram.

“Como é que ela está?”

“Permanece inconsciente, doutor. Mas os resultados já chegaram.”

As vozes ressoavam na cabeça de Maiko mas, por alguma razão não conseguia abrir os olhos, não conseguia mexer-se.

“Parece que ela tem algum tipo de veneno no sistema.”

“Mas há algo que não está certo, doutor. Ela estava à beira da morte há dois minutos atrás mas agora parece ligeiramente melhor.”

Maiko ouviu passos a dirigirem-se para ela e depois uma luz forte apontada diretamente aos seus olhos.

“Realmente parece melhor mas continua sem responder aos estímulos. Talvez o corpo seja o problema e não a mente. O veneno pode ter comprometido o corpo.”

“E a razão pela qual o veneno desapareceu tão rapidamente, doutor?”

“Já reparou no número de leucócitos no sangue dela? Está muito acima do normal.”

Maiko sentiu um corte no braço e queixou-se mentalmente mas não conseguiu proferir as palavras.

“A rapidez com que ela se cura é espantosa!”

“Isso explicaria a recuperação acelerada, doutor.”

“E também nos ajuda a descobrir quem ela é. Não deve haver muitas pessoas com este tipo de capacidades. Também seria bastante útil para nós por isso vamos focar-nos em curá-la para a interrogarmos.”

“O que devemos fazer agora?”

“Comecem por fazer um exame à coluna e depois começar com fisioterapia o mais rapidamente possível. Não quero que esse corpo fique parado durante muito tempo.”

Outro país que queria usá-la, pensou Maiko.

E onde é que estava Itachi? Tinha-a deixado ali sozinha?

O que é que tinha acontecido!?

Os dias seguintes tinham sido um caos.

Konoha estava à procura de Tsunade, um dos três ninjas lendários e uma das melhores médicas ninja. Tencionavam convencê-la a ser a nova Hokage já que Jiraiya tinha recusado e Orochimaru não era sequer uma hipótese a considerar.

A Akatsuki, é claro, tinha que andar sempre um passo à frente, por isso todos os membros estavam em missões, incluindo Itachi e Kisame, o que não deixava tempo nenhum para Itachi visitar Maiko e trazê-la de volta.

Konan e Paine estavam a ponderar ir atrás de outro curandeiro já que Maiko estava a demorar tanto tempo a recuperar.

Quando dera por isso, já tinham passado duas semanas e, pela primeira vez durante esse período de tempo, Itachi e os outros membros da Akatsuki conseguiram voltar ao esconderijo.

- Preciso de 48 horas de sono. – queixou-se Deidara enquanto entrava com Sasori no esconderijo – Que tipo de missão foi esta?

- Será que ganhas alguma coisa ao queixares-te? – perguntou Sasori, aborrecido.

- Cala-te, Sasori! – exigiu Deidara – Estou demasiado cansado para te responder.

Sasori abanou a cabeça e sentou-se pesadamente no sofá, ao lado de Kisame depois de Deidara se fechar no quarto.

- Então vocês também já voltaram. – referiu Sasori referindo-se a Itachi e a Kisame – Onde é que está o Itachi?

- Ele está no quarto dele a descansar. – respondeu Kisame vendo Hidan e Kakuzu entrarem.

- Achas que é verdade? – perguntou Sasori olhando para Kisame.

- Não. – respondeu Kisame, sinceramente – Não acho.

Mas a verdade era que Itachi estava mesmo a dormir.

Sim, tinha pensado em sair e até se vestira para isso mas adormecera antes de conseguir sair pela janela. Não dormira uma noite inteira durante aquelas duas semanas e o stress da missão não tinha deixado o seu corpo indiferente.

Entretanto, no mesmo momento em que Itachi adormecia, Maiko acordava, rodeada por médicos, enfermeiras e dois ninjas.

- Parece que o corpo dela só precisava de tempo. – disse um dos doutores passando aquela luz irritante pelos olhos dela, outra vez – Parece estar tudo normal, agora.

- Sim, o sistema dela só precisava de reiniciar. – completou o outro médico – Provavelmente, nem precisávamos de tê-la reanimado.

- Agora já podemos questioná-la? – perguntou um dos ninjas, farto da conversa dos médicos – Tenho mais que fazer.

- Se ela já estiver forte o suficiente para responder, não acho que seja um problema. – respondeu o primeiro médico – Mas só durante quinze minutos. Temos que fazer mais alguns exames para garantir que ela está bem.

- Ele tem razão. – concordou o segundo ninja – Ela parece muito branca.

- Na verdade, é a minha cor natural. –murmurou Maiko com uma voz rouca graças ao desuso de duas semanas, mas que rapidamente voltou ao normal quando o seu corpo identificou o defeito – Eu nasci numa terra muito fria e com pouco sol.

- Estou a ver que te lembras de quem és. – disse o primeiro ninja fazendo sinal aos médicos e enfermeiros para saírem, pois o questionário ia começar.

- Vai estar uma enfermeira lá fora. – informou um dos médicos – Se ela precisar de alguma coisa, não hesitem em chamar.

- Não vai acontecer nada. – garantiu o segundo ninja – Não vamos torturá-la. Só vamos fazer algumas perguntas pertinentes para descobrir a identidade dela.

Os médicos suspiraram, quase em sintonia mas acabaram por deixar o quarto com as enfermeiras atrás de si.

- Então, menina. – começou o primeiro ninja, obviamente o “policia mau” – Posso saber como se chama?

- Não sei. – respondeu Maiko tentando clarear a mente antes de começar a responder a alguma pergunta – Posso saber onde é que estou?

- Está no hospital de Konoha. – respondeu o segundo ninja, o “polícia bom” – Alguém a deixou aqui há duas semanas atrás, morta.

- Morta? – o choque percorreu o corpo de Maiko e deixou o sabor amargo daquela palavra na sua boca – Estava morta?

- O seu coração não batia. – disse o segundo ninja amavelmente – Creio que o termo é “morta”, certo?

- Percebeu? – perguntou o primeiro ninja – Quem a deixou aqui não devia gostar muito de si.

- Pelo contrário. – disse Maiko sorrindo. Itachi tinha-a deixado ali para que recebesse tratamento apropriado e não morresse, ela tinha a certeza disso – Se responder às vossas perguntas, sou livre de me ir embora, depois?

- Se tudo correr bem. – respondeu o segundo ninja, mas sabia que não podia prometer nada – Vamos começar pelo nome.

- O meu nome é Maiko. – respondeu ela – Como disse, sou de um país frio.

- País frio? Que tipo de país? – forçou o primeiro ninja.

- Se o dissesse, estaria a comprometer a minha vida. – disse Maiko – Por isso espero que percebam o porquê de eu não o fazer.

- Ok. – concordou o segundo ninja antes de o colega ter tempo de reclamar – E o que é que nos pode dizer sobre a sua habilidade?

- Habilidade? – Maiko precisou de alguns segundos para perceber que eles estavam a falar do seu poder de cura porque, ninguém antes o tinha referido como algo bom – Oh, estão-se a referir ao meu poder de curandeira?

- Então está a dizer que também pode curar outros e não só a si mesma. – disse o segundo ninja, tentando ter a certeza do que Maiko estava a dizer – Estaria disposta a fazer uma experiência?

- Na verdade, o meu corpo sofre quando curo alguém. – mentiu Maiko. Não queria curar alguém só por uma experiência – Por isso, enquanto estou a recuperar, acho melhor não fazermos “experiências”.

- Então estaria disposta a falar com o nosso atual líder para esclarecer mais algumas questões? – perguntou o segundo ninja – Em termos confidências, é claro.

- A pergunta seria se estaria disposta em confiar em dois ninjas que queriam fazer “experiências” comigo. – corrigiu Maiko – E a resposta para essa pergunta é não.

- Acho que não estás a perceber, querida. – disse o primeiro ninja aproximando-se mais de Maiko – Estás na nossa aldeia, no nosso território.

- O que é que quer dizer com isso? – perguntou Maiko a medo.

- Quero dizer que, até nós dizermos... – explicou o primeiro ninja – Tu não vais a lado nenhum.

Após dormir 16 horas seguidas, uma coisa que já não fazia desde que era criança, Itachi acordou como se tivesse nascido outra vez.

Ainda ensonado, tinha a ligeira noção de que tinha algo para fazer, mas não sabia bem o quê. Só quando lhe bateram à porta é que conseguiu lembrar-se.

- Itachi-san, está aí? – perguntou Kisame do outro lado da porta – O Paine-sama gostaria de falar consigo!

À menção de Paine, Itachi fechou a janela e dirigiu-se à porta. Afinal, tinha sido Nagato a acolhê-lo no grupo. Devia-lhe respeito, por muito que estivesse preocupado com o atual estado de Maiko.

Por isso, abriu a porta e saiu para a sala de convívio onde Konan e Paine o aguardavam.

- Queriam falar comigo? – perguntou Itachi deixando-se ficar em pé, já que Konan e Paine estavam sentados.

- Itachi, deixemos o teu castigo de lado, por agora. – sugeriu Konan – Tivemos noticias da Maiko por um informador que temos em Konoha.

- A sério?

- Pelo que parece, ela já acordou. – continuou Konan, ignorando a alegria de Itachi – E está sob a custódia de Konoha.

- Eu posso ir lá busca-la. – disse Itachi – Eu conheço a aldeia como a palma da minha mão.

- Quando era apenas a Aldeia dela, ainda conseguimos tolerar. – disse Konan – Mas agora é Konoha. Não há maneira de dar a volta.

- Estão a dizer que já não a querem de volta? – perguntou Itachi, estranhando a conversa.

- Não. Ela sabe coisas sobre a Akatsuki. – disse Konan – E não sabemos se ela vai aguentar ao método que Konoha tem para extrair informações.

- Onde é que querem chegar!? – exclamou Itachi.

Paine levantou-se, surpreendendo Itachi.

- Nós queremos que vás à aldeia que conheces como a palma da tua mão. – explicou Paine – E que trates de matar a Maiko.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Naruto - My Chance At Love (itachi)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.