Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 12
Capítulo 12 - A criança prodígio


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa pelo atraso, mas só agora é que tive tempo de escrever -.-
Enjoy ^-^



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Há uns anos atrás

Itachi olhou para Madara depois de lhe pedir ajuda para matar o seu próprio clã. Na verdade, sabia que aquele não podia ser o verdadeiro Madara, mas isso não importava.

- Eu posso matá-los sozinho. – sugeriu Madara com um sorriso maléfico na cara – Não precisas de manchar as mãos.

- Não. – recusou Itachi. Não ia deixar que aquele homem pusesse as mãos em cima da sua família e amigos! – Eu fico com a parte mais a norte. Tu podes ficar com o resto.

- Combinado.

Algumas horas depois

Toda a aldeia estava em alerta vermelho, depois do Clã Uchiha ter sido trucidado. O cheiro do sangue no ar ainda aumentava o pânico que já pairava em Konoha.

Itachi estava no escritório secreto do Hokage, sentado numa cadeira a tremer, com os olhos focados e dilatados, indicando choque. Ainda tinha as marcas das lágrimas por baixo dos olhos, apesar de já ter parado de chorar, e as manchas de sangue nas palmas das mãos…o sangue dos seus pais.

Na mesma sala, também estavam o Hokage e Danzo que discutiam.

- O que é que foste fazer, Danzo!? – exclamou o Hokage, andando de um lado para o outro – Ele é só uma criança!

- Ele parecia bem quando chegou aqui! – contrapôs Danzo.

Era verdade. Graças ao treinamento que tinha tido, Itachi levava uma missão ao fim, fosse qual fosse a missão. No entanto, depois de a missão ter terminado com sucesso, ele era apenas um rapaz que ainda nem tinha saído da adolescência completamente.

- O que é que vamos fazer!? – perguntou o Hokage, continuando a gritar.

- Temos de bani-lo da Aldeia. – respondeu Danzo calmamente.

- O quê!? – chocado, o Hokage olhou para Itachi que continuava a tremer.

- Temos que dar aos aldeões um vilão para odiarem. Se for o Itachi, não há necessidade de investigação. Ninguém vai desconfiar. – explicou Danzo – E ele passa a não ser problema nosso.

- Vai ser um ninja na lista negra! Vão começar a procurar por ele para o matar!

Itachi levantou a cabeça quando o Hokage acabou de falar, mexendo-se pela primeira vez desde que se tinha sentado. Com uma agilidade inesperada, Itachi levantou-se e levou a mão ao pescoço de Danzo, atirando-o contra a porta.

- O Sasuke. – murmurou Itachi, olhando o Hokage, enquanto apertava a garganta de Danzo – O Sasuke tem de ser protegido. Se alguma coisa lhe acontecer, eu conto a toda a gente o que é que vocês me “obrigaram” a fazer!

Presente

Itachi acordou.

Já não tinha aquele sonho há algum tempo mas, agora repetia-se constantemente.

Depois de prometerem não tocarem no Sasuke, o próprio Danzo tinha-lhe falado sobre a Akatsuki, garantindo-lhe que ficaria mais protegido se se juntasse a eles.

Talvez Danzo tivesse exagerado para fazer a Akatsuki parecer mais apetecível, mas a verdade era que ainda estava vivo, por isso o que ele tinha dito não era totalmente mentira. Apesar disso, sabia que não ia durar muito tempo.

Inconscientemente, levou uma mão ao peito.

Tinha-se passado duas semanas desde quando deixara Maiko no seu esconderijo pessoal. Provavelmente, ela já tinha saído de Konoha mas não queria pensar no seu destino. Mesmo que ela tivesse morrido, era melhor do que voltar à Akatsuki.

De qualquer das maneiras, se o seu plano tivesse resultado, por aquela altura Maiko odiava-o e manter-se-ia afastada da Akatsuki.

No entanto, Itachi não podia estar mais longe da verdade.

Maiko tinha saído de Konoha e tentara lembrar-se de como voltar para o País da Chuva mas tinha-se perdido e acabado no deserto de Suna, sem comer e perigosamente desidratada.

Estava quase inconsciente quando os três irmãos passaram por ela. Apenas Kankuro parou, olhando para ela com uma sobrancelha erguida. Tinha a certeza que os outros dois também a tinham visto, mas Maiko sabia que não se podia contar com ninjas em alturas de necessidade.

- Vamos, Kankuro. – chamou Temari, parando durante alguns segundos – Se não nos apressarmos, vamos ser repreendidos.

Kankuro suspirou.

Tinham sido chamados para ajudar os ninjas de Konoha a resgatar Sasuke que tinha sido “raptado” por vassalos de Orochimaru…e logo agora que Gaara tinha decidido passar para o lado do bem.

Como se tivesse a apoiar o pensamento do irmão, Gaara deu a volta e apoleou o seu recipiente com água para a beira de Maiko e continuou a andar sem dizer nada.

Bem, Kankuro não chamaria deixar uma rapariga no deserto só com uma garrafa de água, um boa-ação, mas era um milagre quando se tratava de Gaara.

Kankuro encolheu os ombros e esperou que a rapariga ainda estivesse viva quando eles voltassem. Talvez, Gaara estivesse com disposição para a levar para Suna.

Primeiro, Maiko pensou que o recipiente com água era uma miragem, mas rapidamente reconheceu o toque metálico e bebeu o mais depressa possível, engasgando-se a meio.

- Agora…só tenho que sair do deserto… - murmurou Maiko tentando levantar-se – Vou encontrar o esconderijo…num instante.

Deu um passo, dois passos e caiu.

Itachi levantou-se, com um mau-pressentimento.

Olhou em volta para se certificar que estava sozinho e que o pressentimento não passava disso mesmo.

Espreguiçou-se para esticar os músculos e levantou-se para mais um dia cheio de missões a perguntar-se quantos dias levaria para saber que Maiko tinha morrido.

Maiko provavelmente estaria morta se os irmãos não tivessem voltado tão cedo e o corpo dela não se regenerasse a ele próprio.

Então, fora levada para Suna e cuidada mesmo sem saberem quem ela era. O Kazekage não tinha feito perguntas a Gaara que também não lhe oferecera respostas.

Quando os sentidos de Maiko voltaram, os seus olhos estavam ligados. Alguém disse-lhe que ela tinha perdido a visão, graças a ter desmaiado de olhos abertos, dirigidos para o sol. Supostamente, era temporário mas o facto de ainda não se ter recuperado, era um mistério.

- Eu posso tirar as ligaduras. – disse a médica ninja, que falava carinhosamente – O Kazekage-sama também gostava de falar consigo.

Maiko anuiu com a cabeça.

Sentia algumas partes doridas no corpo, o que provavelmente se devia à exposição prolongada a raios solares e a algumas queimaduras.

- Se não fosse pelo Gaara-kun, você estaria morta. – informou a médica – Ninguém deve andar naquele deserto sem saber o que faz.

- Eu perdi-me. – confessou Maiko em voz baixa – Queria encontrar o País da Chuva…?

- Não podia estar mais longe! – respondeu a médica com uma gargalhada rápida – Mas, se fosse a si, não punha um pé naquela terra. Dizem que a Akatsuki ronda aquelas partes.

Era exatamente isso que ela queria encontrar, pensou Maiko enquanto se levantava com a ajuda da médica.

Não tinha tirado as ligaduras porque tinha medo de abrir os olhos e só ver escuridão. Saber que podia ficar cega para sempre não era propriamente algo que quisesse ouvir.

- Bem-vinda, menina. – ouviu Maiko depois de ter entrado para uma sala. Imaginava que aquele fosse o Kazekage, por isso não se moveu de onde estava – Pode dizer-me o seu nome? E de onde é que vem?

Tinha ouvido que o anterior Kazekage tinha morrido nas mãos do Orochimaru por isso não sabia nada sobre aquele.

- Eu chamo-me Maiko. – respondeu ela com a cabeça baixa – E sou uma viajante que foi excluída da sua aldeia.

- Estou a ver. – disse o Kazekage – Então procuras um sitio para ficar?

- Sim. – mentiu Maiko. Se o Kazekage não gostasse dela, a vila toda iria virar-se contra ela – Mas, infelizmente, os meus olhos estão lesionados. Por isso não posso deslocar-me com facilidade.

Também tinha de ter cuidado para não tocar em ninguém. Ninguém podia descobrir o que ela era.

- Não te preocupes, Maiko. – pediu o Kazekage. Maiko conseguiu ouvi-lo a aproximar-se por isso, quando ele pousou uma mão no ombro dela, ela não ficou surpreendida – Podes ficar aqui quanto tempo quiseres.

Maiko sabia o que ele queria dizer. Já muitos outros ninjas tinham-lhe oferecido essa saída quando ela tentava fugir da sua Aldeia natal. No entanto, nunca ninguém com tanta influência como um Kazekage.

- Peço desculpa, mas só vou incomodá-lo até os meus olhos recuperarem. – disse Maiko dando um passo a trás para rejeitar a oferta dele – Preciso de chegar a um lugar, o mais rapidamente possível. Será que podia deixar-me usar a sua biblioteca até lá?

- Mas é claro. – respondeu o Kazekage, um pouco desiludido – Eu peço à minha assistente para ir contigo.

Cinco minutos depois, Maiko estava a ser guiada em direção à biblioteca por Temari, que estava a amuar.

O anterior Kazekage nunca lhe pediria para fazer tal coisa.

- Agradeço por me levar até à biblioteca. – disse Maiko sem obter resposta de Temari – O Kazekage disse que poderia ler-me algum artigo ou livro que eu escolhesse mas…

- Ele também me disse! – resmungou Temari, parando em frente à porta da maior biblioteca de Suna – Agora, porque é que não te calas? Não é permitido fazer barulho ali dentro.

Maiko anuiu e deixou-se puxar por Temari que, alguns segundos depois, sentou-a num sofá confortável.

- Agora diz-me que livro é que procuras? – ordenou Temari, com pouca paciência.

- Eu queria um livro sobre a história do Clã Uchiha. – disse Maiko, simplesmente mas sentiu imediatamente a mão de Temari a cobrir a boca dela.

- Não sabes o que estás a pedir! – exclamou Temari – Se disseres uma coisa dessas aqui, podes parar na cadeia! – ela abanou a cabeça e empurrou-a dali para fora. Só parou quando estavam dentro do quarto dela – Se quiseres, eu posso contar-te o que queres saber.

Maiko suspirou.

Já estavam em silêncio há algum tempo. Depois de Temari lhe dizer que podia responder às suas questões, a mente de Maiko esvaziara-se e as perguntas que queria fazer desapareceram.

- O que é que aconteceu ao clã Uchiha? – perguntou Maiko, finalmente – Tudo o que sei é que eles eram um Clã muito influente na Aldeia. Como é que eles acabaram todos mortos?

- Existem dois Clãs em Konoha que possuem bastante influência. Os Hyuuga e, como tu disseste, os Uchiha. – disse Temari – As duas famílias pressionam os filhos para que eles sejam os melhores e passem os filhos dos outros Clãs. No Clã Uchiha, havia principalmente uma criança que se distinguia de toas as outras na aldeia. O nome dele era Uchiha…

- Itachi-san!

Itachi olhou para Kisame que já o estava a chamar há algum tempo. Tinham ido ao segundo esconderijo onde escondiam a estátua e, pelo caminho tinha reparado na capa preta que deixara a Maiko.

Baixou-se e desenterrou a peça de roupa da areia que cobria o deserto de Suna. Aquele devia ser o sinal que lhe dizia que ela estava morta.

Ninguém entrava no deserto de Suna e sobrevivia sem ter conhecimentos.

- Está tudo bem, Itachi-san? – perguntou Kisame, aproximando-se.

- Agora está. – respondeu Itachi.

- O Itachi era o orgulho, não só dos seus pais, mas do clã inteiro. – continuou Temari – Já era um caloiro na ANBU quando chegou à puberdade e ainda cuidava do irmão mais novo, nos tempos livres.

- Então, o que é que se passou? – perguntou Maiko.

- Numa noite, depois de chegar dos treinos da ANBU, o Itachi atacou o próprio clã e matou-os a todos. – respondeu Temari, sem aligeirar o assunto – Diz-se que o irmão só sobreviveu porque desmaiou e Itachi pensou que ele tinha morrido.

- Porquê? – perguntou Maiko, surpreendendo Temari – Porque é que ele matou o clã do dia para a noite?

- Dizem que foi por causa da pressão mas é claro que só o próprio Itachi pode responder a isso. – explicou Temari – Em todo o caso, acho que ele não te responderia mesmo se lhe perguntasses. Itachi é um bom exemplo de um psicopata.

Temari riu-se mas parou imediatamente quando viu lágrimas a escorrer pela cara de Maiko e a molhar as ligaduras.

- Ele não é assim. – murmurou Maiko.

- Hei, espera aí! – Temari levantou-se – Tu conheces o Itachi!?


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Notas finais do capítulo

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