Dei-me o direito de amá-la

Não era isso que você queria?

Se tentei cortejá-la?

Foi minha maior mania.

Não sei se você notou, garota

Entreguei minha alma inpura a você

E tudo que você fez foi sorrir, marota

Com ela em mãos, eu estava a mercê

De seus planos.

(Quais eram eles? Ah, meu Deus! Nem posso lembrar!)

Tenho convicção

De que você me amou também

Mesmo na hipocrisia

De seu olhar de desdém

Seus olhos profundos me contavam

O que sua boca recusava-se a dizer

"Eu o amo", seu coração gritava

Em tom alto e claro

Até o momento que não foi mais necessário

Que suas janelas me contassem

Mesmo que elas me amassem

Você também o fazia

Com prazer.

Desde aquele dia,

Prometeu a mim ser fiel

Sem segredos, nenhuma agonia

Tratar-me bem e não ser cruel

(Essa parte você não cumpriu.

A mim a senhorita mentiu?)

Nos amamos, felizes

Por um curto período

Depois deixou em mim cicatrizes

Devido a sua súbita partida...

Enganado por uma bela dama,

Fui atrás de você

Procurei até embaixo da cama...

Mas nada.

Sumiu da faceta

Em que vivo

Nesse enorme planeta...

Sobre você não acho nem sequer um arquivo!

Pergunto-me agora

Foi tudo um sonho

Do qual acordei sem demora?

Só de pensar já fico tristonho.

Tão melancólico...

Tenho vontade de sumir.

Aos poucos fico pálido...

Pequeno, doente, delgado

Até me destruir.