Internato Ausgefallen - Flores escrita por itsritz


Capítulo 34
Capítulo 35




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Liyn observava enquanto Lua se despia. Ela deixou o vestido gótico no chão e foi até o armário, apenas em suas roupas íntimas, procurar seu pijama. Não parecia se importar com o olhar de seu irmão nela.

Lua virou-se de frente para ele, e olhou para a outra lua, lá no céu. Largou o pijama no chão, ao lado do vestido preto, e foi até Liyn, sentando-se em sua perna. O garoto passou um braço em volta da cintura da irmã e olhou para sua barriga, onde havia uma tatuagem negra em forma de lua, bem em volta de seu umbigo.

- Eu até gosto dessa sua tatuagem. Pelo menos, fica em um lugar muito sensual, seu. A minha fica no pulso. - o garoto estendeu o pulso na direção de Lua, onde era possível ver a exata mesma tatuagem. - é meio emo, gótico, não sei.

- E daí, olhe pra nós - riu a garota - Somos totalmente góticos. Eu adoro isso.

Lua sorriu quando percebeu que Liyn ainda olhava para sua tatuagem na barriga. Ele pegou a garota pela cintura e a colocou deitada na cama, inclinou-se e beijou o lugar onde estava a marca negra de lua.

- Você sempre gostou disso, né? Ao invés de gostar do meu rosto, do meu corpo, você gosta dessa... tatuagem terrível.

- Ela não é terrível - murmurou Liyn, parando de beijar a barriga de Lua e deitando-se ao lado dela - É algo de comum entre nós dois.

- Nós somos praticamente idênticos, Liyn... - disse Lua, abraçando o garoto e encostando a cabeça em seu peito.

- Sim... Ei - exclamou ele, sentando-se na cama e encostando as costas na parede - Porque a mamãe não nos deixa ficar com mais ninguém além de nós mesmos?

Lua sentou-se na cama, na frente do irmão, e ficou meio pensativa durante uns segundos. Aproximou-se do garoto e sentou-se, mais uma vez, em sua perna. Liyn, apenas de calça, Lua, apenas de roupas íntimas, nenhum dos dois parecia sentir o mínimo de frio.

- Talvez esse só seja o modo d'Ela de nos manter perto...

Lua passou os braços em volta do pescoço do garoto e eles começaram a se beijar com intensidade. Não era fácil ter que suportar toda a pressão de não poder se afastar daquilo tudo. Sempre perto, sempre próximos. Liyn foi deitando Lua na cama e beijando seu pescoço. Nada daquilo parecia anormal para eles, talvez já estivessem acostumado a coisas como essas. A luz da lua, vinda da janela do quarto, iluminava as costas nuas de Liyn, deixando sua pele ainda mais branca.

Lua também gostava da tatuagem de Liyn. Enquanto o garoto beijava seu pescoço com força, ela pegou seu pulso e ficou olhando a lua negra estampada em sua pele, os lábios entreabertos. Gostava do modo no qual aquele desenho era tão negro que ela conseguia se perder nele, parecia que ele sugava toda a sua visão e ela conseguia apenas focar-se naquela forma que já lhe era tão familiar. A lua.

Arranhava as costas de Liyn, sem a intenção de machucá-lo, mas como forma de extravasar seu prazer de um modo menos frágil e feminino. Pois ela não gostava dessas coisas. Mordia o lábio inferior com força, quase furando-o com seus caninos. As costas de Liyn continham riscos vermelhos, fracos.

Lá no céu... Ela estava feliz. Estava feliz por que seus dois filhos, prisioneiros, melhor dizendo, não poderiam nunca se separar d'Ela. Não era difícil fazer isso, eles se amavam mais do que Ela achou que seria possível, fisicamente e emocionalmente. Estava feliz pois eles continham um laço tão forte que, nem se quisessem, conseguiriam quebrar. Estava feliz pois seria capaz de castigá-los, torturá-los, para que eles nunca a deixassem, e eles ainda não se davam conta disso. Estava feliz porque eles nunca, nunca, a deixariam.


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