Quando chegamos até a rodinha que estava no meio da quadra, estavam quase todos do 2º ano – nossa série -. Havia uns sentados no chão, outros de pé com as mãos no joelho e ofegantes, e alguns de pé com as mãos na cintura. Os outros que não estavam juntos destes estavam nos cantos da quadra sentados e conversando.

- Zac? Samantha? – perguntou uma garota de cabelos castanhos e a ponta de azul, olhos azuis e pele meio bronzeada. Ela estava sentada no chão.

- Nós. – Zac respondeu irônico.

- Então é verdade o que estão falando? – perguntou um garoto que estava de pé. Ele tinha cabelos castanho-claros, olhos castanho-escuros e pele branca.

- O que estão falando? – perguntei.

- Que vocês dois estão namorando. – respondeu uma garota ao lado do garoto anterior. Ela tinha os cabelos pretos, olhos castanho-escuros e pele bronzeada.

- Mas isso não é... – fui interrompida por Zac.

- Sim, estamos namorando. Por quê? – perguntou Zac passando o braço pela minha cintura.

- Nada só queríamos ter certeza. – respondeu a garota com mechas azuis na ponta dos cabelos.

- Mas não eram vocês dois que viviam brigando? – perguntou uma garota de cabelos loiros, olhos castanhos e pele branca com algumas sardinhas na bochecha.

- É. Mas no fundo a Pezzini sempre me amou. – falou Zac com um sorriso vitorioso.

- Eu? Você que vivia falando: “admita que você quer isso tanto quanto eu”. – falei com um sorriso vitorioso.

- Mas eu sei que você já me amava antes de eu dizer essas coisas. – respondeu Zac e deu um sorriso torto.

Ouvi alguns suspiros e quando olhei, estavam quase todas as garotas da rodinha estavam olhando Zac com os olhos brilhando. Humpf.

- Acabou a aula? – perguntei impaciente.

- Não sei o que houve. O professor disse que tinha que atender uma importante ligação e não voltou até agora. – respondeu a garota de cabelos loiros.

- ZAAAAC. Achei você! – gritou uma garota de cabelos castanho-claros enrolados, olhos azul-escuros e pele branca correndo em nossa direção.

- Ah droga! – sussurrou Zac.

- Quem é? – perguntei.

- Christine. – ele sussurrou com a mão na testa. – Essa garota me enche o saco desde a 8ª série! Tabitha a odeia!

- Humpf. – respondi.

Zac. Quanto tempo! – falou e abraçou Zac, que por sua vez, retribuiu o abraço. Por educação, eu espero!

- Só faz dois dias que não nos vemos. – respondeu Zac sorrindo falsamente.

- Ah, você contou? Que bonitinho! – gritou a tal da Christine e segurou o rosto dele e lhe deu um beijo na bochecha.

- Caham. – “tossi”.

- Ah. Chris essa é Samantha. – apresentou-nos Zac.

- Muito prazer. – falei e sorri cinicamente.

- O prazer é meu. – respondeu Christine. - É sempre bom conhecer as amigas do Zac.

- Na verdade ela é minha... – Zac tentou falar, mas foi interrompido por Christine.

- Eu sei. Vocês são rivais, eu to sabendo.

- Na verdade o que ele quis dizer foi... – fui interrompida por Christine.

- Eu sei. Mas querida, ele com certeza vai ganhar a competição. Meu Zackinho é perfeito. – falou Chris e ficou mexendo no cabelo de Zac.

- Seu Zackinho? – perguntei incrédula. – Ele é meu Zackinho. O que ele estava tentando dizer que é que eu sou a namorada dele! Eu. – falei um pouco mais alto.

A garota me olhou com os olhos arregalados enquanto Zac sorria torto. Humpf.

- É verdade Zackinho? – perguntou a garota com a voz chorosa.

- Sim, Chris. – respondeu.

Ela simplesmente saiu correndo gritando coisas como: Eu achei que tinha chance com ele. Ou: Eu pensei que ele também me amasse.

- Então quer dizer que eu sou o seu Zackinho? – perguntou olhando pra mim com um sorriso torto.

- Humpf. Só disse aquilo pra ver se ela parava de falar. – respondi cruzando os braços.

- Parece que alguém está com ciúmes. – falou Zac com o olhar para cima.

- Ou alguém queria que ela parasse de falar. – respondi.

- Ciúmes. – Zac falou fingindo estar tossindo.

- Não estou com ciúmes. Eu não sou ciumenta. – falei com um sorriso vitorioso.

- É deu pra perceber quando você gritou: Ele é meu Zackinho.

- Humpf. Foi pra ela parar de falar. Será que você não entende?

- Admita Pezzini. Estava com ciúmes.

- Eu só estava querendo que ela parasse de falar.

- Eu sei que você estava com ciúmes.

- Eu não estava com ciúmes.

- Sim, você estava.

- Não, eu não estava.

- Sim.

- Não!

- Sim!

- Não. Que droga! – gritei e bati o pé no chão.

- Sabia que o nervosismo é o primeiro aspecto de ciúmes.

- Não estou nervosa. – respondi e dei um sorriso vitorioso.

Ele foi se aproximando de mim, enquanto meu coração acelerava cada vez mais. Minha respiração falhava e me corpo não me obedecia.

- Está vendo como eu deixo você? – perguntou Zac colocando a mão em meu rosto.

- N-Não me deixa de forma alguma. – droga! Gaguejei.

- Você me ama mesmo.

- É claro que não!

- Eu não fiz uma pergunta Pezzini.

- Humpf. Mas eu respondi... Rossetti.

- Me ama muito mesmo. Já decorou até meu sobrenome.

- Humpf. A metade da escola sabe seu sobrenome.

- Tsc.

- Tsc. – imitei-o fazendo uma careta.

- Eu te amo. – ele falou e deu seu famoso sorriso torto.

Eu o olhei e sorri também.

- Eu sei.

- Agora é sua vez.

- Como assim?

- De admitir que me ama.

- Humpf. Não vou admitir. Você disse por que você quis.

- Então ta. Eu também não vou admitir.

- Você já admitiu Rosseti.

- Tsc. Você é muito chata Pezzini.

- E você me ama muito.

- Tsc.

- La La La La lá!