TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM.

O sinal tocou e todos que estavam sentados foram se levantando, e os que já estavam de pé foram saindo da quadra.

- Vamos? – perguntou Zac à mim enquanto estendia a mão.

- Vamos. – falei e segurei sua mão.

- Que milagre! – gritou Zac olhando pra cima.

- O quê? – perguntei confusa.

- Você segurou minha mão.

- E o que tem isso?

- É um milagre. Você não é muito de demonstrar afeto em público.

- Como pode saber? Nunca namorou comigo.

- Mas te conheço tempo suficiente pra saber disso.

- Humpf. Pois eu demonstro afeto em público sim ta?

- Aposto que não consegue ficar uma semana só demonstrando afeto em público.

- Ah é Zackinho? Tem certeza que quer apostar comigo?

- Está com medo de perder Pezzini?

- Claro que não Rossetti.

- Então não tem por que não aceitar.

- Tudo bem. Eu aceito.

- Ótimo. Ah, e só pra você saber. Começa hoje viu?

- Como? Não da pra ser hoje, você fez a aposta hoje!

- Tem algum problema com isso Pezzini?

- É claro que não Rossetti. – respondi entre dentes.

- Então vamos, meu amor. – ele falou em tom sarcástico e passou o braço ao redor da minha cintura.

Droga! Eu não devia ter feito essa aposta! Quem eu estou querendo enganar? Eu odeio D.A.P (Demonstração de Afeto em Público).

Primeiro que eu já não sou muito carinhosa, e também não gosto muito de agarração e melação demais.

Droga! Não posso perder essa!

Nós fomos andando assim até chegarmos á nossa sala. Avistamos o grupinho de monstros, Liz, Meg e Mi e fomos até lá.

- Olá pessoas! – gritou Zac assim que chegou à roda.

- Olá casalzinho mais popular da escola. – disse Liz com um sorriso enorme.

- Ah, já estamos assim? Nossa. Ouviu isso amor? Somos os mais populares da escola. – Zac disse me olhando com uma cara engraçada.

Eu dei um sorriso falso.

- Ouvi meu amor. Apesar de que você sempre foi o mais popular não é? Meu amor.  – respondi pronunciando a palavra: “Meu amor” entre dentes.

- É. Mas agora somos nós dois os mais populares, meu amor.

- É. Pois é. Você não imagina como eu estou feliz, meu amor. – disse entre dentes.

- É eu to vendo. – respondeu irônico.

- Sentem-se, por favor! – gritou a professora assim que entrou na sala. Era a professora de matemática. Ela é baixinha e um pouco gorda. Tem os cabelos castanhos com algumas mechas em branco, tem os olhos castanhos e pele branca.

Todos se sentaram.

- Bom. Antes de começar a aula, eu quero dizer que vocês terão um novo colega com vocês. Ele foi transferido de uma escola na Espanha, mas sabe falar inglês fluentemente. - ela abriu a porta e mostrou o tal do espanhol. Tudo bem, o garoto é muito lindo. Ele tem o cabelo castanho-avermelhado, os olhos são de um verde esmeralda lindo e sua pele é meio bronzeada. – Pode se apresentar querido. – falou a professora ao garoto.

- Oi. Meu nome é Fernando Gutierrez. Tenho 16 anos e sou espanhol. – apresentou-se o garoto. Ele fala bem o inglês, mas ainda tem um pouco de sotaque.

- Muito prazer Fernando. Eu sou a professora de matemática, Marie. – a professora se apresentou. – Pode se sentar na cadeira que está sobrando atrás da Samantha. Samantha querida, levante a mão para ele identificar você, querida.

Eu levantei minha mão e dei um sorriso meigo.

Assim que me viu, ele retribuiu o sorriso e veio em minha direção.

- Muito prazer Samantha. – ele falou pra mim assim que se sentou.

- Muito prazer Fernando. – falei e dei um sorriso meigo pra ele.

- Você o conhece? – perguntou Zac curvando-se um pouco, já que ele sentava ao meu lado.

- Não. – sussurrei.

- Então por que fica conversando com ele?

- Eu sou simpática, meu amor. Não sei se você sabe. – respondi irônica. – E, além disso, ele falou comigo primeiro, só estou sendo educada.

- Se estivesse cumprindo a aposta ele não falaria com você.

- Eu estou cumprindo a aposta. – me curvei também.

- Não, não está. Já fizemos a aposta há uns 40 minutos e você ainda não demonstrou afeto algum.

- Eu estou chamando você de “meu amor”. Isso já é uma demonstração de afeto... Verbal, pelo menos.

- Não, não vale isso.

- Você não disse o que valia ou não.

- Estou dizendo agora.

- Mas agora não adianta mais.

- Então para de falar com esse espanholzinho aí.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Não! Qual é seu problema Zac? Eu não sou sua propriedade sabia?

- Tecnicamente falando?

- Nem tecnicamente falando! Eu não sou sua propriedade.

- Mas você é minha namorada.

- Exatamente. Sou sua namorada, não sua propriedade.

- Mas não precisa sair conversando com qualquer um que aparece.

- Eu estou aqui ouvindo tudo. – sussurrou uma voz atrás de mim.

Virei-me para ver quem era e dei de cara com o tal de Fernando. Ele tinha uma expressão divertida no rosto.