Pânico: The New Generation escrita por 160697


Capítulo 5
Serras, Facas e Marion Cotillard




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Dia 4 de outubro, quarta-feira, 15:00

Oliver passou a tarde inteira no Playstation e cuidando de suas irmãs mais novas. Ele tinha seis irmãos e cada um tinha um pai diferente. Sua mãe, Romilda Renner, já foi casada sete vezes, só que dos sete, dois já haviam morrido. Ela não trabalhava e vivia da pensão que seus cinco ex-maridos vivos lha davam. O pai de Oliver foi o que ficou mais tempo com ela. Quando Oliver tinha cinco anos, seu pai descobriu que sua mãe estava o traindo, então ele se separou dela. No inicio do ano passado, eles voltaram e ficaram juntos até que no meio do ano, quando o carro onde o pai de Oliver estava explodiu em uma estrada.

Oliver era o filho de meio, os dois mais velhos tinham ido a uma festa, a sua irmã mais velha estava na casa do namorado, e dois mais novos, um tinha ido para casa do amigo e as outras duas estavam em casa. A mãe de Oliver havia saído com o entregador de pizza e por ser alcoólatra, com certeza chegaria bêbada, então coube à Oliver cuidar de suas irmãs.

Ele não tinha muito o que fazer, então foi jogar qualquer coisa no seu Playstation. Quando deu 16:30, ele se cansou de jogar, deitou-se na sua cama e dormiu.

Oliver detestava ser acordado, e suas irmãs sabiam disso mas mesmo assim, o acordaram. Ele olhou o relógio e se assustou ao ver que já eram 18:30.

- O que vocês querem? – perguntou às irmãs.

- Nós queremos chocolate. – disse uma delas.

- Vai comprar para gente? – perguntou a outra.

- Se eu não comprar eu sei que vocês vão ficar chorando durante horas, então é melhor eu ir logo. – ele se levantou, pegou seu celular e foi ao mercado.

O mercado ficava a dois quarteirões de sua casa. Ele saiu andando pela rua que estava completamente escura. Ele já havia andando um pouco quando começou a ouvir passos, ele olhou para trás e avistou alguém a uns três metros de distância. Ele tentou identificar a pessoa, mas como estava muito escuro, não conseguiu. Com medo, ele atravessou a rua e a pessoa, atravessou também. Oliver começou a andar mais rápido e a pessoa fez o mesmo. Aquilo já estava passando dos limites, ele respirou fundo e começou a correr, correu bastante e só parou quando um carro quase o atropelou. Ele olhou para trás e notou que não havia mais ninguém atrais dele. Ele continuou a andar em direção ao mercado.

Ele foi pensando se aquilo havia sido só loucura da cabeça dele ou se realmente tinha uma pessoa o perseguindo. Ele entrou no mercado e continuou pensando naquilo, só que uma voz familiar, o tirou daqueles pensamentos.

- Li, o que você está fazendo aqui?

- É de sua conta? – respondeu ela.

- Nossa, eu não sabia que você conseguia formatar palavras, pensei que só soubesse repetir o que os outros falam.

- Vai embora e me deixe em paz. – ela se virou e foi em direção de uma das prateleiras.

- Menstruou? – perguntou ele rindo enquanto ela pegava na prateleira um absorvente.

- Saí daqui seu idiota. – ele não obedeceu e continuou seguindo ela.

- Cuidado para não derramar nada no chão.

- Eu vou gritar!

- Grite. – ele riu novamente, mais não por muito tempo, pois percebeu que ela estava chorando. – O que foi?

- Eu estou com medo de morrer com tudo que está acontecendo com todos nós.

- Li, não precisa se preocupar vai ficar tudo bem. – disse ele sorrindo.

- Espero. O que você está fazendo aqui?

- Eu vim comprar chocolate para minhas pestes.

- Você tem filhos? – perguntou ela assustada.

- Não. – disse ele assustado com a pergunta. – Quem está ai? A Li ou a Emily.

- Por quê?

- Rapaz, você está pegando no tombo hoje.

- Hã?

- Oh Senhor, você fez uma pergunta que é típica da Emily e pegando no tombo quer dizer que você não está entendendo nada, quer dizer, eu acho que é isso.

- Onde você ouviu isso?

 - È minha avó que fala. – ele pegou o chocolate e ambos foram para o caixa. Eles pagaram e foram em direção a porta da frente.

- Você vai embora como? – perguntou Li.

- Andando.

- Entra, eu te dou uma carona.

- Você dirige? – ela apontou para um Volvo S40 prata. Ele estava estacionado e ao lado dele, estava um homem que devia ser o motorista dela. – Ele se lembrou que na vinda tinha sido perseguido, então achou melhor não arriscar e pegar a carona. Eles entraram e ele disse ao motorista onde era a casa dele.

- Bem legal esse carro. – disse Oliver.

- Esse é o carro reserva.

- Reserva? Nossa!

Eles conversaram até que eles chegaram na casa de Oliver.

- Tchau! – disse Li.

- Tchau! – ele já estava quase descendo do carro, quando do nada ela agarrou ele e o deu um beijo na boca i. Ele não soube dizer porque ela fez aquilo, mais quando se tocou ela já havia o beijado. – Tchau Oli.

- Tchau. – disse ele ainda incrédulo.

Ele desceu do carro, entrou em casa, deu o chocolate às irmãs e se sentou no sofá. Ligou a TV e deixou em um canal infantil, ficou assistindo e pensando no beijo que dera em Li. Ele parou de pensar nela e tentou prestar atenção no desenho. Estava passando um daqueles desenhos que quando um personagem atira no outro, o outro já aparece com o curativo. Ele detestava esse tipo de desenho, então desligou a TV e foi lavar os pratos, pois se sua mãe chegasse e encontrasse a louça toda suja ela iria quebrar tudo. Por ser extremamente alcoólatra, ela quebrava tudo que via pela frente.

Ele deixou o celular perto do microondas e foi lavar a louça. Der repente o seu celular tocou, ele enxugou as mãos e foi atender.

- Alô? – disse ele.

- Oi Oliver. – disse uma voz estranhamente grossa.

- Quem é?

- Quem é?

- Eu perguntei primeiro. – disse Oliver sarcasticamente.

- Isso não interessa. Olha, nós iremos fazer um jogo.

- Que jogo? – interrompeu Oliver.

- Cale a boca e me deixe falar. Me responda uma coisa, qual é o seu filme de terror favorito?

- Por quê você quer saber?

- Responda logo, idiota.

- Psicose.

- Eu vou te fazer uma pergunta, se você acertar, você vive e se você errar, você morre, é simples.

- Simples? – riu Oliver. – Isso é ridículo. – ele já ia desligar mas desistiu quando a voz o ameaçou.

- Se você desligar ou se sair da cozinha, eu mato suas irmãzinhas. – ele foi andando em direção à saída da cozinha, sem acreditar no que a voz estava falando. – eu posso te ver Oliver e sei que você está saindo da cozinha.

- Então prove.

- Ouça esse barulho. – ele ouviu o barulho de algo quebrando e percebeu que o barulho tinha vindo lá de cima.

- Não toque nas minhas irmãs. – ele disse assustado. - Diz logo a droga da pergunta.

- Qual é o nome da vítima assassinada no chuveiro em Psicose?

- Eu sei... Ela se chama... Ah, lembrei o nome dela é Marion Cotillard.

- Quando foi que você assistiu esse filme?

- Por quê?

- Porque você errou. A resposta certa seria Marion Crane. Marion Cotilland é uma atriz francesa sua anta. – a ligação caiu e quando ele olhou para o lado, uma pessoa vestida de Ghostface, apareceu na porta da cozinha, ele segurava uma faca e parecia pronto para esfaquear alguém até a morte.

Ele foi na direção de Oliver, só que Oliver foi mais rápido, ele correu em direção a garagem e se trancou lá.

 A garagem de Oliver parecia um labirinto, quando o pai dele era vivo, ele mantinha tudo arrumado, para que seu carro, um Camaro 427, ficasse sempre limpo, mas depois que ele morreu, a mãe de Oliver vendeu o carro e a garagem virou, praticamente, um ninho de ratos. Na garagem haviam várias prateleiras, todas cheias de livros, haviam televisões velhas, computadores, e várias outras coisas...

Oliver ficou parado, sem saber o que fazer até que lembrou, que seu pai tinha uma serra elétrica que sua mãe guardou em uma caixa, lá mesmo, na garagem.

Ele correu em direção a caixa onde sua mãe guardava a serra e quase tomou um susto quando abriu a caixa e não encontrou a serra, só que o susto maior ainda, verá quando ele ouviu um barulho e viu que o assassino estava abrindo a porta com a serra de seu pai.

O invasor estava fazendo um circulo perto da fechadura da porta para poder abri-la. Oliver percebeu que ele já estava quase terminando, então correu para poder se esconder. Ele foi para trás de uma estante e ficou abaixado. Ele ouviu a porta se abrir e se encolheu mais ainda. Oliver conseguia ouvir os passos do assassino e isso só o deixou mais nervoso. Ele ficou para esperando que o invasor fosse embora, mas ele não foi. Der repente, tudo ficou quieto e Oliver, inocentemente, pensou que ele houvesse ido embora. Ele andou bem divagar até a porta. Quando estava à um metro e meio da porta, o invasor saiu de trás de uma estante e correu na direção de Oliver com a serra ligada. Oliver virou-se e o empurrou, o invasor caiu no chão e deu uma rasteira em Oliver, que caiu de cabeça no chão e quando tentou se levantar, o Ghostface pegou a serre que havia caído e a enfiou com tudo na perna de Oliver. Quando a serra atravessou a perna dele, ele deu um grito extremamente alto, tão alto que fez o Ghostface rir. A perfuração o deixou meio atordoado e ele levou um tempo para conseguir abrir os olhos direito, só que quando abriu, viu que o Ghostface havia deixado a serra de lado e pego sua faca novamente, afinal, ele não podia abandonar seus costumes.

- Por favor, não me mate.

O assassino pareceu rir, mas não concordou com o pedido. Ele avançou em Oliver e enfiou a faca no lado esquerdo do pescoço dele.

Dia 4 de outubro, quarta-feira, 19:50

- Calma Piper. – disse Jason impedindo Piper de vomitar, ali mesmo no táxi.

- Ele vai bater! – Piper gritava de cinco em cinco segundos enquanto o taxista ria.

Até que o táxi parou bruscamente. Eles haviam chagado em muito pouco tempo, tudo porque o taxista dirigiu mais rápido que tudo.

- Seu louco! – Piper gritava e batia no taxista. – Eu não vou te pagar, seu filho de uma...

- Piper! – disse Jason enquanto a puxava para fora do carro e ia na direção de uma multidão que contornava a casa de Oliver, de Piper e da senhora Roy. A senhora Roy era uma mulher muito gentil, que no passado já havia cuidado de Piper. – Chegamos tarde demais.

Eles correram na direção da multidão e quando chegaram lá, foram banidos por um grupo de policiais.

- Vocês não podem passar. – disse um deles.

- Eu moro naquela casa e meu pai é aquele ali. – explicou Piper. Jason não conseguia tirar os olhos da mãe de Oliver, que estava de joelhos no chão e chorava desesperadamente. Junto com ela estavam todos os seis irmãos de Oliver. Além deles, estavam também os pais de Piper e a senhora Roy.

- Piper! – gritou o pai dela enquanto vinha na direção deles. – Ela é minha filha. – disse ao policial. Ele deixou Piper passar e barrou Jason.

- Ele está comigo. – disse Piper ao policial.

O policial deixou Jason passar e eles foram ao encontro da mãe de Piper. Os pais de Piper a agarraram e lhe deram um abraço bem apertado.

- O que aconteceu? – perguntou Piper, mesmo sabendo a resposta.

- Alguém invadiu a casa do Oliver e o assassinou brutalmente.  – disse o Sr. Miller, o pai de Piper.

- Ele estava sozinho? – perguntou Jason.

- Não estava com as irmãs mais novas, só que elas estão bem.

Jason ficou observando a mãe de Oliver. Ela chorava e gritava desesperadamente, o que deixou Jason muito perturbado...

- Isso tudo é culpa minha. – disse Jason.

- Não diga isso. – disse Piper soluçando de tanto chorar.

O pai de Piper foi falar com um policial e voltou logo em seguida.

- Os polícias me disseram que demorou algum tempo, mas conseguiram achar o corpo dele. – disse o Sr. Miller.

- Mas por que demoraram a achá-lo? – perguntou Jason.

- Porque em cada um dos dez cômodos, estava uma parte do corpo dele.


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Notas finais do capítulo

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