Pânico: The New Generation escrita por 160697
Dia 4 de outubro, quarta-feira, 18:11
Jason foi à cozinha e pegou a faca que sua mãe usava para cortar carne. Ele foi até o segundo andar, que era de onde estava vindo o barulho, andou em direção do quarto da mãe, só que não havia ninguém lá. Ouviu outro barulho que vinha do seu quarto, ele foi andando bem devagar e então entrou com tudo no quarto, pronto para esfaquear alguém.
“Miau” foi o som que seu gato Rex fez. Jason tinha ganhado Rex quando fez três anos de idade e por isso tinha botado aquele nome ridículo de cachorro.
- Meu Deus, eu estou com medo de um gato? – ele parou por um momento. – Quer saber, eu vou sair daqui. – Ele tomou banho e se arrumou para sair.
O taxi que ele tinha pedido chegou no tempo combinado, ele trancou a casa e foi embora.
- Rua River Place, no Bloody Bowling. – O Bloody Bowling, era boliche e lanchonete e Jason adorava aquele lugar, pois além de ser muito divertido, tinha uma pizza deliciosa.
O taxi chegou lá em menos de dez minutos, ele pagou e entrou. Quando entrou, foi direto para a lanchonete e a primeira coisa que ele viu, foi uma menina bronzeada, de cabelos presos em uma trança.
- Piper?
- Oi Jason, que coincidência! Ta fazendo o que aqui?
- Não estava afim de ficar sozinho em casa!
- Eu também não... Você está esperando alguém?
- Não. – respondeu Jason com um tom um pouco triste.
- Então, senta ai! – Ele se sentou de frente para ela e percebeu que o telefone dela estava tocando.
- Não vai atender?
- Não, é meu pai. – ela olhou para o lado e continuou. – Ele teve que ir para um evento com minha mãe, por que você sabe né, o trabalho dele é mais importante que a minha vida.
- Também não é assim, eles te amam atende vai...
- Depois, deixa ele ligar mais umas cinco vezes. – ela parou e o observou. - Jason onde está a sua mãe?
- Ela teve que viajar a trabalho e o lugar onde ele fica não tem sinal telefônico. – Piper olhou para ele com uma cara de “eu não disse”.
O telefone dela tocou novamente, só que desta vez não era o pai dela.
- Megan, espera só um minuto. – ela se virou para Jason. – Jason, você pede uma pizza de calabresa e um refrigerante para mim?
- Claro. – respondeu ele enquanto ela se afastava para poder falar com Megan. – Garçom! – chamou Jason.
- Pois não, o que vocês vão querer?
- Duas fatias de pizza de calabresa e dois refrigerantes.
- Claro! – disse o garçom enquanto ia entregar o pedido.
Demorou um pouco e Piper voltou.
- A Megan mandou um beijo para você.
- Para mim? – perguntou ele surpreso.
- Não, para o garçom. – disse ela irônica. Eles riram e voltaram a conversar.
- Como foi o treino hoje? – perguntou Jason.
- Foi horrível! Apareceu um sapo na quadra e a Emily saiu gritando dizendo que era um guaxinim!
- Um guaxinim? – disse ele rindo.
- É, foi triste. O que é um sapo tem haver com um guaxinim?
- Nada!
- Pois é! – concordou Piper rindo. Então o seu telefone tocou novamente.
- É seu pai? – perguntou Jason.
- Não. – respondeu Piper, que parecia feliz com a ligação. – É o Bobby.
- Eu vou ao banheiro. – disse Jason enquanto Piper atendia.
- Alô Bobby?
- Oi Pipes! – ela adorava quando ele a chamava assim. – Você está aonde?
- No Bloody Bowling.
- Com o Jason?
- É, como você sabe?
- A Megan me contou, por que você saiu com ele e não me falou nada? – disse ele muito nervoso.
- Calma Bobby.
- Se ele encostar um dedo em você, eu mato ele! – Piper ficou assustada com o que Bobby falou. Havia um mês que Piper e Bobby estavam namorando e eles resolveram manter isso em segredo, por isso só quem sabia eram Emily, Megan e Tom.
- Bobby você está me assustando.
- Desculpe, eu me excedi.
- Você está aonde?
- Eu não te falei que ia sair para jantar com meus pais?
- É, falou. – Ela sabia onde ele estava mais perguntou de propósito, para ter certeza. Ela havia ficado assustada com o que ele falou e se lembrou de que quando ele e Kathy terminaram, eles tiveram um briga horrível. “Será que ele seria capaz de matá-la?” pensou ela. “Não, isso é impossível”.
- Pipes você ainda está aí?
- Estou.
- É... Eu tenho que desligar, tchau. Te amo!
- Tchau. Eu também te amo. – Ela achou tudo aquilo muito estranho, então ela se lembrou que essa não foi a primeira vez que o Bobby ameaçou alguém de morte...
Dia 4 de outubro, quarta-feira, 12:00
Piper havia ficado muito nervosa com tudo que estava acontecendo, então resolveu ficar um pouco sozinha enquanto o seu treino não começava.
Ele se sentou em um dos bancos do jardim do seu colégio, pensou bastante até que Tom Howlett chegou.
- Piper, por que você está aqui sozinha? – ela apenas sorriu para ele.
Para Piper, Tom era como um irmão, ele sempre a ajudava nas situações difíceis e ela se sentia muito grata por isso.
- Eu... – no momento lhe faltou palavras para descrever o que estava sentindo. – Sei lá, estou me sentindo estranha.
- Olha, vai ficar tudo bem, eu não vou deixar que aconteça nada com você ou com a Emily. – para Piper, Emily e Tom formavam um casal perfeito, só que havia um pouco de ciúmes da parte de Emily e de Bobby, em relação à amizade de Piper e Tom.
Tom abraçou Piper para consolá-la e nesse exato momento, Bobby chegou.
- Que merda é essa? – disse ele muito irritado. – Solte a minha namorada.
- Bobby, calma. – Piper falou.
- Calma nada, não é a primeira vez que o bom samaritano vem te consolar, você não percebe que ele é louco por você?
- Cala boca Bobby, deixa de ser idiota, você sabe que eu gosto da Emily.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou Emily assustada ao ver que ao redor de Piper, Bobby e Tom, havia-se formado uma roda de pessoas que queriam ver a briga.
- Nada Emily, - disse Bobby sarcástico. – foi só a Piper e o Tom que estavam se agarrando aqui.
- Mentira Emily. – Tom argumentou. – Eu só fiz abraçar a Piper para consolá-la.
- Que lindo, por que você não procura abraçar a Sandy Prescott...
- Sidney. – Piper a interrompeu.
- Que seja. - Emily disse sem nem olhar para Piper. – Continuando, por que você não procura a Sidney Prescott e vai consolá-la, aposto que ela precisa mais que a Piper.
- Olhe Tom, se você chegar perto da Piper de novo, eu te mato. – Piper sentiu um calafrio ao ouvir aquilo, ela tentou falar com Bobby mas ele se meteu no meio da multidão e saiu correndo.
- E Piper, - Emily falou. – tome cuidado porque eu também posso ser muito perigosa, eu posso... – Emily parou e pensou o que ela poderia fazer com Piper. – Já sei, eu posso fazer a mesma coisa que aquele cara de Scooby-Doo, faz com as pessoas, como é mesmo o nome dele? – ela se perguntou. – Ah, lembrei Freddy Krueger. – Emily saiu se achando a pessoa mais malvada do mundo.
- Só o que me faltava. – Tom falou. – Piper é melhor a gente ir, nossos treinos já vão começar. – Ambos foram direto para o vestiário e assim que chegou lá, Piper viu Emily e Megan, as duas já estavam com o uniforme das líderes de torcida.
- Você deveria colocar seu uniforme em vez de ficar se agarrando com o namorado dos outros. – disse Emily enquanto ia em direção a saída do vestiário.
Antes que pudesse sair, Piper a segurou pelo braço e a jogou contar os armários e a segurou de forma em que ela não pudesse se soltar. Piper olhou para Megan, que entendeu tudo.
- Saiam todas. – disse Megan, que por ser a líder das líderes de torcida, tinha autoridade suficiente para fazer isso.
Todas as outras garotas incluindo Megan, saíram do vestiário e deixaram Piper e Emily sozinhas.
- Você é idiota? – perguntou Piper.
- Um pouco. – respondeu Emily, que detestava ter que assumir que ás vezes era meio lenta.
- Você não é idiota, eu já te falei para você parar de se chamar de idiota e se alguém te chamar assim, você me avisa. – disse Piper com um tom maternal.
- Ta bom. – concordou Emily.
- Emily, você e a Megan são minhas melhores amigas, eu não quero perder a sua amizade por conta de uma besteira dessa.
- Nem eu.
- Você me desculpa?
- Desculpo. – elas se abraçaram e foram para o treino.
Quando o treino acabou, Piper foi atrás de Bobby, que parecia muito triste.
- Bobby, você está bem?
- Não, foi porque eu furei a bola durante o treino, com meus enormes chifres de corno. – Piper não resistiu a acabou rindo, assim como o próprio Bobby.
- Para com isso Bobby, é você que eu amo.
- Eu sei é que tem horas que eu fico...
- Bobby! – gritou Megan. – Nós temos que ir, a mamãe chegou.
- Tchau Pipes! – ele a beijou e saiu correndo em direção ao carro.
- Bobby. – ele parou e se virou. – Aquilo que você falou ao Tom é verdade? Sobre... Matar o Tom.
- Claro que não Pipes.
- Bobby! – gritou Megan. – ele beijou Piper e saiu correndo.
Piper esperou eles entrarem no carro e foi beber água. Quando chegou no bebedouro, ela viu Mike e Nina saírem saindo juntos de uma das salas, ela se escondeu para que eles não a vissem.
- O que eles estavam fazendo juntos? – perguntou-se. Ela viu que seu telefone estava tocando e era sua mãe, isso queria dizer que se ela não quisesse levar bronca tinha que correr. Ela bebeu água e saiu correndo em direção à saída.
Dia 4 de outubro, quarta-feira, 18:40.
Quando Jason voltou do banheiro notou que Piper estava pensativa e enquanto caminhava em direção a mesa, ele a observou direito. Piper estava com um vestido verde cana, uma jaqueta branca e uma sapatilha da mesma cor. Jason pensou uma coisa e riu baixo.
- Você demorou Jason.
- É porque o banheiro estava cheio.
- Por que você riu quando sentou?
- É porque você vestida desse jeito parece a Barbie Boliche. – Ambos riram e Piper falou:
- Se isso foi um elogio, muito obrigada.
- Já falou com seu pai?
- Não e nem pretendo.
- Então ta né... – o garçom chegou com o pedido deles e os serviu. Eles conversaram bastante enquanto comiam e quando acabaram, pediram a conta e chamaram um táxi. Depois de um tempo o táxi chegou.
- Piper, o táxi já chegou, vamos lá para fora.
- Vamos. – eles caminharam juntos até lá fora e quando iam entrar no táxi receberam uma mensagem:
“Enquanto vocês dois se divertem aí no boliche, eu me divirto aqui com o Oliver, na casa dele.
Kathy Adams”
- Oh meu Deus. – eles se entreolharam e entraram rapidamente no táxi.
- Corra para Rua Mont Sanders, n° 5. – disse Piper ao taxista.
- E vá rápido, - gritou Jason. – Porque é literalmente uma questão de vida ou morte. – o taxista obedeceu eles até demais e meteu o pé no acelerador.
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