Sobre Metal e Sangue escrita por JojoKaestle, LudMagroski


Capítulo 8
Pêssegos em calda ou como enfrentar um robô




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Vi um rato passar correndo ao lado do transportador e franzi o nariz, subitamente consciente do mau cheiro. Depois de uma curta discussão entre Danton e Erwan, finalmente ficou decidido que Danton e Zahra levariam Edda a um pequeno hospital público enquanto eu e Erwan ficaríamos no transporte em um beco a algumas quadras de distância. O único inconveniente era o beco estar ao lado de um aterro sanitário. Como Danton havia observado, não tínhamos muitas semelhanças, principalmente com Edda, por isso seria mais fácil que ele e Zahra – compartilhando cachos escuros – se passassem por irmãos socorrendo uma prima. Eu e Erwan teríamos de ficar de fora, e era melhor que não chamássemos atenção, por isso o aterro.

Zahra voltou quase uma hora depois contando que a desculpa para não terem documentos (serem refugiados da guerra) aparentemente havia funcionado e que Edda só tinha quebrado um braço mas que ainda assim teria que ficar em observação e se trancou na cabine, muda pelo resto da noite. Erwan abriu um dos cilindros – dos sete que haviam restado, retirou uma lata e abriu com o abridor-laser que eu já vira Danton usar, estendendo-a para mim.

– Não temos talheres. – disse derramando um punhado de ervilhas na minha mão. Comi sem muita vontade.

Zahra estava adormecida sobre o volante e Erwan mandou que eu fosse para a cabine, alegando que dormiria na caçamba. Pensei em argumentar sobre o frio que fazia, mas ele simplesmente virou-se e fechou os olhos, fingindo que eu não existia.

Acordei na manhã seguinte sentindo meu pescoço dolorido. Vi que Zahra não estava por perto e me virei para trás vendo Erwan através do vidro: adormecido, na mesma posição em que o havia deixado na noite anterior. Desci, imaginando que horas seriam, e subi na caçamba, me agachando ao lado do garoto.

– Erwan... – murmurei.

Ele abriu ligeiramente os olhos, como se fosse preciso um grande esforço para isso.

– Você está bem? – estiquei a mão tencionando afastar os cabelos ruivos do rosto dele, mas me assustei com o calor de sua pele.

Erwan murmurou alguma coisa e fechou os olhos, pude notar que seus lábios estavam secos e rachados. Saltei para a cabine buscando o pequeno kit de primeiros socorros, mas não havia nada além de gazes, esparadrapos e aquelas pílulas nutritivas que Rhes me fizera engolir tantas vezes. A garrafa de água que trazíamos estava vazia e eu não fazia a menor idéia de como retirar água de dentro do carro, o que não me impediria de tentar. Peguei a mangueira e olhei para o local onde tinha sido conectada para receber a água, imaginando qual seria a reação dos outros se eu acabasse derramando toda a água que quase morremos pra conseguir.

– Deidre, o que está fazendo? – Danton vinha na minha direção e pude notar que não havia dormido a noite inteira.

– Erwan está com febre. – olhei para ele – Parece bem mal.

Danton subiu na caçamba, tocando a testa e o pescoço de Erwan para ver a temperatura, seu cenho se franzindo em preocupação. Eu trouxe a garrafa de água vazia e ele me mostrou como encher o suficiente, sem acabar por esvaziar todo o compartimento dentro do veículo. Logo Danton estava com Erwan apoiado no colo, pondo compressas razoavelmente frias em seu rosto enquanto eu tentava fazer com que ele bebesse água.

– Como está Edda? – perguntei depois de colocarmos Erwan dentro da cabine, quando a pele dele pareceu mais fria.

– Com dores por todo lado mas bem, considerando que ela caiu de um carro em movimento. – Danton tentava abrir uma lata de sopa de feijão.

– E Zahra está com ela? – ele afirmou com a cabeça, estendendo a lata aberta para um Erwan encolhido dentro da cabine que murmurou um protesto ao descobrir o sabor da refeição.

– Zahra está um bocado culpada pelo que aconteceu, então decidi deixar que ficasse com Edda hoje, se isso ajuda a melhorar o humor dela. Cale a boca e coma, Erwan.

Passamos a tarde inteira sentados na caçamba, esperando o tempo passar e verificando se a febre de Erwan diminuía, o que Danton constatou entre risadas que de fato acontecia quando ele começou a nos responder com suas más criações costumeiras. Quando o sol começava a se pôr vimos Zahra trazendo Edda apoiada em seu ombro com o braço esquerdo engessado. Corri ao seu encontro e a abracei, ao que ela tentou responder, fazendo uma careta de dor com o movimento.

– Vocês não podiam ter escolhido um lugar menos fedido pra ficar?

– Podemos ir? – Zahra perguntou, seca, sentando no banco do motorista. Danton afirmou com a cabeça e ajudou Edda a sentar ao lado de Erwan, subindo na caçamba junto comigo logo depois.

Com Danton adormecendo quase instantaneamente e Edda parecendo dolorida demais para falar qualquer coisa, o único ruído da viagem foi o som do vento cortante nos nossos ouvidos e a tosse seca de Erwan na cabine. Vagando entre um estado de sono e vigília, vi as primeiras luzes do acampamento surgirem: diferente das de Tulle, eram fracas e alaranjadas. Com um solavanco o transportador começou a diminuir a velocidade e Danton acordou, bocejando.

– Nunca achei que iria pensar nos nossos colchões velhos com tanta felicidade.

Na escuridão, um homem que reconheci como sendo o pai de Danton segurava uma lanterna, sombreando os olhos com uma das mãos para tentar enxergar dentro do veículo que se aproximava. Zahra saltou do banco, respondendo ao “Está tudo bem?” do pai de Danton com um safanão e se afastando com pisadas duras.

– Tivemos problemas, pai. – o garoto deu de ombros – Eu explico depois, agora temos que cuidar de Erwan e Edda.

– Eu não preciso de cuidados. – Erwan grunhiu, e só de olhar para a cara dele dava pra ver que era o que mais precisava naquele momento. Danton soltou um suspiro cansado e se virou para mim:

– Deidre, você leva a Edda até a tenda da Berthe? Estou prevendo que o Senhor Cabelos de Fogo ainda vai me dar muito trabalho por hoje.

Erwan lançou um olhar para Danton que poderia ter aberto um buraco na cabeça dele. Apenas assenti e cumprimentei rapidamente o pai de Danton, me afastando com Edda apoiada em meu ombro, já voltando à sua tagarelice costumeira. Só quando chegamos à tenda de Berthe percebi que Rhes não tinha se mostrado, o que significava ou que ele não percebera minha ausência ou que ele decidira por não tomar nenhuma ação em relação a isso. Para minha infelicidade as duas alternativas estavam erradas. Edda se despediu com um ‘boa noite’ sonolento e desapareceu dentro da tenda, e eu tratei de andar o mais rápido possível para a minha, entrando com um suspiro de alívio por ter evitado um confronto com Rhes – suspiro que foi cortado por um arquejo quando notei que o mesmo estava sentado na minha cama. O rosto de Rhes estava tenso e seus olhos pareciam profundamente terríveis abaixo das sobrancelhas retas. Olhou-me como se esperasse que uma perna ou braço estivesse faltando e tive a impressão de que suas feições relaxaram ao perceber que tudo estava no lugar.

– Por que fez isso?

– Rhes, eles me chamaram e eu precisava ajudar. – tentei controlar minha voz para soar séria e decidida, o que falhou terrivelmente.

– Deidre, faz mais de vinte e quatro horas que vocês saíram.

– Nós tivemos problemas, isso é completamente normal e- balbuciei, evitando o olhar dele.

– Você podia ter morrido! – Rhes se levantou subitamente, seu punho se fechando.

– Todos podiam ter morrido, está bem? Estas pessoas, elas estão todas se esforçando, dando o máximo de si para ficar vivas... – minha voz começou a se alterar, e eu já não me importava - E o que você quer, que eu o siga como um cachorrinho treinado sem arriscar meu pescoço enquanto recebo tudo nas mãos?

– Eu a quero segura, porque esse é meu dever. Eles são apenas crianças, fingindo que tem alguma missão importante a cumprir para ocupar seu tempo livre. – por um momento tive a sensação de estar falando com qualquer um dos robôs sob o comando de Rhes, menos o próprio.

– Então eles parecem a estar levando mais a sério do que você! – gritei antes que pudesse me conter – Porque conseguimos água e alimentos, e você? Tia Sybil e a senhora Adele e TODAS, TODAS AQUELAS PESSOAS QUE VOCÊ DEIXOU PARA TRÁS... Tudo porque você não pode arriscar sujar seu uniforme, enquanto pessoas como Edda- as lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e minhas palavras se transformaram em um muxoxo sem sentido.

– Não é a minha vida que eu teria que arriscar, Deidre. São centenas de vidas, ousaria dizer que a sobrevivência do seu povo. – a voz de Rhes era dura, a mesma voz que ele usava para comandar seus companheiros - É minha responsabilidade salvar o maior número de vidas humanas, mesmo que algumas... muitas tenham que ser sacrificadas. Achei que não seria difícil para você entender isso, mas me enganei. – ele se afastou, saindo da tenda.

– Rhes – chamei e vi sua silhueta parada através do tecido da entrada – Eu não quis...

– Tente acordar cedo para ajudar nos preparativos. Nós vamos partir em alguns dias. – e assim ele me deixou.

Não devo ter notado o quão cansada estava, porque do momento em que me deitei dormi até a manhã seguinte. Edda mais uma vez me acordou, dizendo que já era tarde e todos os robôs já estavam recolhendo as tralhas sem mim.

– E o que você está fazendo aqui, Edda? Não devia estar ajudando na enfermaria esta semana?

– Não dá pra fazer nada de útil com isso – ela ergueu o braço engessado – Além disso, achei que deveria vir ver você, porque quando desejei bom dia ao Rhes tive a impressão de que ele queria que meu crânio derretesse.

– Parece que ele não gostou muito do PAPI. – dei de ombros, tentando fingir que estava tudo bem. Vesti minhas roupas rapidamente, penteando o cabelo como dava com uma escova quebrada. Puxei uma das caixas e comecei a enrolar os lençóis e atirar dentro, enquanto Edda tentava guardar objetos pessoais em outra. Empilhei as duas caixas e saí em direção ao transportador, onde alguns robôs guardavam galões de água.

– Eu perdi o café da manhã. – murmurei consciente do barulho do meu estômago.

– Sorte a sua, porque serviram uma papa asquerosa. Sorte dupla, eu diria, porque justo hoje um grupo voltou e veja só – Edda enfiou a mão no bolso largo, puxando alguns cookies embrulhados em papel grosso – eles tiveram o bom senso de não usar cilindros de doces para destruir robôs.

Larguei as caixas dentro do vagão usado como depósito e passei pro seguinte, pegando um dos cookies dela. Uma caixa grande cheia de tecido estava aberta em um canto e várias camas estavam dispostas dos dois lados, um homem terminando de colocar um colchão fino sobre uma delas.

– Ajuda? – ele se virou surpreso ao ouvir minha voz e assentiu rapidamente.

– Cubra as camas, sim? Preciso ver se podem nos dar um bom local para remédios, já tivemos que implorar pelas camas depois daquele monte de metal fedido ter atirado nosso transportador abismo abaixo! – e assim saiu, grunhindo sobre porque ele tinha que fazer o trabalho pesado quando aqueles robôs podiam levantar uma casa com uma das mãos.

– Nossa – Edda riu – Isso é verdade mesmo?

– Não. – também ri - Acho que não.

Tínhamos terminado com as camas quando Edda me implorou para dar uma olhada na cabine de comando. Atravessamos os vagões e eu abri a porta devagar, esperando que estivesse vazia, quando a voz do robô elefante falou:

– Senhor, falei com a humana Berthe e, segundo ela, o acampamento vai mover para a Primeira Cidade.

– Primeira Cidade? – a voz de Rhes soou em resposta – O que pretendem fazer em Auch?

– Auch pode não ser mais o centro de produção que era, mas com certeza material bélico foi deixado para trás. Com alguma sorte, recursos também.

– Auch está no nosso caminho...

– Exatamente. Depois dos últimos acontecimentos eu suponho que seja a coisa mais sábia a se fazer... Os humanos podem não se importar em doar alguma água e colchões velhos, mas duvido muito que colocariam suas armas em nossas mãos.

– Avise... – disse Rhes depois de um longo silêncio – Proponha a Berthe que sigamos juntos até Auch. E ofereça o transportador para levar crianças e mais velhos, além de carga.

Ouvimos a cadeira ser arrastada e nos afastamos apressadas da porta, passando correndo pelos vagões e saltando do transportador às risadas.

– O que tem essa Auch? – perguntei a Edda enquanto atravessávamos o acampamento.

– Auch, a Primeira e Última Cidade. – ela se virou para mim e abriu os braços, inspirando profundamente – Só Primeira Cidade, se você tiver esperança... ou preguiça. Você nunca ouviu falar?

– Aparentemente eu morei em um buraco nos últimos três anos.

– Deu pra notar. – ela riu - Auch era uma grande cidade industrial focada na indústria bélica, o que significa montes de dinheiro já que faz umas duas gerações que estar em guerra é tão natural quanto respirar. Quando o novo governo se instalou, a primeira coisa que tentaram fazer foi uma trégua entre Rouen e a República de Grenoble, o que enfureceu os empresários de Auch, que acabaram formando a primeira força de resistência contra o Novo Governo.

– Mas você disse “a Primeira e Última”...

– Porque eles foram brutalmente reprimidos. E para evitar que ainda assim as indústrias bélicas dessem algum apoio a revolucionários, a cidade inteira foi destruída, tornando Auch a primeira e última cidade a se levantar contra o governo publicamente.

– Onde está Danton? – perguntei ao perceber que tínhamos chegado ao local onde Erwan e Zahra treinavam, mas que não havia nem sinal do garoto entre suas adoradas velharias de metal.

– Eu não sei, talvez agarrando uma garota... – ela riu ao perceber meu olhar surpreso – Brincadeira, deve estar com Anselme, os dois não conseguem largar das máquinas um segundo. Sabe o quê, Deidre? – pôs a mão no queixo estreitando os olhos – Você poderia apresentar uma daquelas robôs para eles e...

– Edda! – balancei a cabeça em desgosto fingido, entrando no local de treinamento, onde o som de metal se chocando era audível.

– Adivinhem só – gritou correndo aos pulos para perto de Erwan e Zahra – Nós vamos para Auch!

Erwan virou-se para nós no momento em que Zahra avançou sobre ele com o bastão, o que não impediu uma rápida defesa da parte dele, mas a garota mudou o movimento em direção ao joelho, jogando o próprio peso sobre Erwan, que caiu sentado.

– Danton tem razão – Zahra tinha um pequeno sorriso no rosto – ainda não está totalmente recuperado.

– É uma pena, mas não vou deixar isso atrapalhar seu treinamento, minha querida estrangeira. – Edda imitou o sotaque de Zahra e pegou o bastão de Erwan, se colocando em posição.

– Edda, o seu braço... – Zahra indicou o braço engessado da amiga com os olhos.

– Um braço a mais, um braço a menos, isso não faz grande diferença, faz? – a loira revirou os olhos, impaciente com a cautela dos outros.

– Certo, não bastava ser hiperativa, agora ela é imortal. – Erwan murmurou e eu não pude deixar de rir.

Zahra pareceu um pouco contrariada, mas acabou avançando sobre Edda que, apesar de pequena, tinha bastante força e dificilmente recuava, mesmo quando os golpes da outra a acertavam. Edda iniciou um frenesi de golpes rápidos e descontrolados, fazendo a amiga recuar, mas antes que qualquer um deles chegasse a acertá-la o bastão voou de suas mãos.

– Bem – Zahra retraiu seu bastão, guardando-o no bolso – Assustar os inimigos você já sabe, Edda.

Erwan e eu rimos enquanto as duas se aproximavam.

– Ei, Deidre, você mostrou ter pensamento rápido ontem. Que acha... – Zahra apertou os lábios, como se hesitasse – Que acha de treinar com a gente um dia desses?

– Eu... acho que seria legal. – tentei não parecer surpresa e fiquei aliviada ao ouvir o sinal sonoro que indicava que as refeições começavam a ser servidas.

– ALMOÇO! – Edda gritou, como se tivesse acabado de se lembrar de algo maravilhoso.

– Está feliz por ervilhas? Pode ficar com as minhas se quiser. – Erwan ergueu as sobrancelhas.

– Haha! Ervilhas! – Edda pôs as mãos no quadril e riu jogando a cabeça para trás de um modo teatral. – O grupo da Aydee voltou hoje de manhã com um carregamento de pêssegos em calda, meu caro! Vamos, Deidre. – e com isso saiu me arrastando pelo acampamento antes que eu pudesse perceber o que acontecia.

– O que houve com Zahra? – perguntei quando ela enfiou uma das latas de pêssego na minha mão. – Ela estava tão... simpática.

– Zahra estava bem mal por causa do que aconteceu comigo. Não que ela se importe tanto assim, mas porque sempre orgulhou de nunca fazer besteira. – Edda engoliu um pedaço de pêssego inteiro, a calda doce escorrendo pelo canto da boca – Aparentemente Erwan conseguiu convencê-la de que não foi tão ruim assim, já que ela nos livrou do robô que subiu no transporte.

– Mas... – provei com cautela um pedaço da fruta. – Ei, isso é bom! Mas o que isso tem a ver com ela me tratar bem?

– Entenda uma coisa, Deidre: Zahra segue Erwan. E Danton me disse que ele passou a te admirar depois do acontecido, o que significa que a partir de agora Zahra vai estar aberta para sua aproximação.

– Acho que no fim das contas Zahra não é uma má pessoa...

– Claro que não! – Edda me olhou como se eu fosse estúpida. – Ela agüenta ficar o dia inteiro ao lado de Erwan, eu quero dizer, essa garota deveria ser santificada! – ela se levantou olhando a lata vazia. - Agora vamos pegar mais umas latas disso aqui, porque eu tenho certeza que eles não têm pêssegos em Auch.


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Notas finais do capítulo

Despois de quase um ano de hiato estamos de volta! Primeiro gostaria de ressaltar que a culpa é toda de vocês por não comentarem e assim sendo não nos instigarem a postar. Em segundo lugar queria avisar que já temos o Primeiro Ato da história pronto e isso significa até o capítulo 18, yey!
Até agora as coisas tem estado calmas como um dia numa pradaria sem vento - com uns robôs assassinos surgindo aqui e ali - mas dias de dor agonia se aproximam por isso eu sugiro que aproveitem esse e o próximo capítulo enquanto podem.
- Lud



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