Diaries escrita por May_Masen, Lais_Hale


Capítulo 4
Capítulo 3




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Capítulo 3

Então eu levantei apressada, largando o diário e a caneta no chão, e comecei a correr em direção á um rio que tinha no cemitério. Porém, quando cheguei perto do rio, pisei em falso e caí no chão.

Senti uma pequena dor no cotovelo, mas não liguei.

Me levantei e olhei ao redor, não tinha ninguém me seguindo.

Quando eu virei para ir embora, levei um susto com a forma de Edward Masen parado na minha frente.

Gritei com o coração quase saindo pela boca.

- Para de gritar – bufou Edward.

- Desculpa, é que eu estava lá, - apontei para a para a parte do cemitério onde ficava as lápides – ai veio um monte de neblina. Não! Primeiro veio o corvo, ai depois a neblina. Ai, eu me senti naquele filme “O Corvo”, sabe? Então eu saí correndo e...

- Você é sempre assim? – me interrompeu com a voz rude

- Assim como? – perguntei confusa.

- Fala compulsivamente quando está nervosa?

- Eu falo?

- Nunca percebeu? – neguei – Isso irrita!

- O que você faz aqui? – perguntei me irritando

- As pessoas vêm aos cemitérios para visitar os mortos – ironizou, levantei uma sobrancelha – Vim ver meus pais – falou rápido.

- Sinto muito! – mordi o lábio

- Não sinta. Isso não vai mudar nada, passou... – suspirou – Você não tem culpa. – falou pesadamente, como se estivesse tentando se convencer disso. Mas por fim, suspirou de novo - E você, veio visitar quem?

- Meus pais...

Ele assentiu.

 Tá aí, alguém que não vai vir com os “Sinto muito”, “Que pena”, “Você esta bem?” pra cima de mim por causa da morte dos meus pais.

Mordi o lábio sem ter o que falar.

- Você caiu? – perguntou Edward.

- Sim, porque?

- Seu cotovelo...? – apontou para o meu braço.

- Ai – gemi ao perceber que meu cotovelo doía.

Tirei o casaco e olhei o meu braço, tinha ralado e tinha um pouco de sangue escorrendo.

Pode ser totalmente nojento, mas passei a mão no sangue que tinha escorrido e depois passei na calça. Era preta, então ninguém ia reparar.

Olhei para Edward e ele estava de costas e com as mãos fechadas em punho.

- Você está bem? - perguntei

- Estou! – respondeu

Olhei do novo pro meu braço.

- Eu sei, têm pessoas que não conseguem ver sangue, eu entendo! – mas quando eu olhei pra ele novamente, ele não estava mais lá.

Ótimo, o mal educado me deixou falando sozinha!

-£-

- Não to bem – resmungou Nessie dramaticamente assim que entrei em casa.

Ela estava deitada no sofá, com a cabeça em cima das pernas da Tia Esme que alisava o cabelo dela rindo.

- O que ela tem? – perguntei jogando as chaves do carro na mesinha no centro da sala.

- Frescura! – respondeu minha tia.

- Essa doença tem? – perguntou minha irmãzinha virando o rosto para me olhar.

Gargalhei sendo seguida por minha tia.

- O que aconteceu? – perguntei me recuperando do riso e me sentando sofá, colocando as pernas de Vanessa no meu colo.

- Minha baliga tá doendo, e tou com frebe. – falou minha irmã colocando a mão na barriga e fazendo beicinho.

- Ela saiu da escola e reclamou de dor de barriga, dei um remédio assim que chegamos em casa. Mas quando ela estava já de banho tomado e viu que você não estava, começou com esse drama ai – apontou para a minha irmã.

- Eu não to com dama, eu to com fescula. Foi você quem disse, Titia!

Gargalhei de novo.

Era incrível que, com tanto problema na minha vida – tanto não, apenas o Jasper – só de olhar pra aquela pessoa indefesa deitada com as pernas no meu colo, eu esquecia tudo. Apenas pensava o quanto Vanessa é importante pra mim.

Ela é sempre tão serelepe, falando coisas sem sentido e fazendo todo mundo rir. Eu lembro, come se fosse hoje, de quando eu disse á ela que mamãe e papai nunca mais iam voltar.

- Bella, a mamãe ainda ta buscando o papai no negoço onde tem avião? – ela perguntou se deitando ao meu lado na minha cama.

Esse foi o meu segundo dia em casa depois de ter recebido alta do hospital. Eles – Jasper e Esme - tinham falado pra Nessie que eu tinha caído, – o que era bastante normal – e por isso tinha ido parar no hospital. Eles queriam que eu contasse o que tinha acontecido com nossos pais. E deram a desculpa que a minha mãe ainda estava esperando o papai no aeroporto. Patético, eu sei. Mas ela acreditou.

- Querida, mamãe e papai não vão mais voltar – respondi alisando seu cabelo, as lágrimas já banhavam meus olhos.

- Porque? Eles não querem eu mais? – deitou a cabeça no meu peito.

- Não, meu amor – lágrimas rolavam pelos meus olhos – Eles te amam!

- Então porque eles não vão voltar?

Suspirei.

- Nessie, mamãe e papai foram morar com o Papai do Céu. – sequei as lágrimas no meu rosto – Eles não vão voltar, meu amor. Porque quem vai pro céu não pode voltar mais.

- Mas porque eles foi pro Céu?

Como explicar para uma criança de 4 anos que os pais dela tinham morrido em um acidente?

- Você lembra, quando a tia Esme e Jasper te disseram que eu estava no hospital porque eu tinha caído? – assentiu – Então... Eu caí do carro. O carro da mamãe e do papai cai no lago. Eu cai pro lado de fora do carro. Mas mamãe e papai caíram na água junto com o carro.

 - Ai o Papai do Céu levou eles pro céu? Porque não deu pra eles caí junto com você, fola do carro?

- Isso, meu amor – a abracei forte – Não deu pra eles caírem fora do carro – mais lágrimas saiam dos meus olhos – Não deu...

- Mas ta tudo bem, né Bell? Você e o Jazz não vão cair no lago, né? Vocês vão ficar comigo, né?

- É, pequena, é. – alisei seus cachinhos castanhos claro – Não vamos cair no lago! 

Depois desse dia, sempre antes de dormir, Nessie pedia pra Papai do Céu cuidar dos nossos pais que estavam com ele.

Eu admirava isso nela. Tão pequena e já entendendo tanta coisa.

Ta, tirando a parte em que ela disse que frescura e drama é uma doença.

Mas, parando pra pesar, frescura e drama realmente parece uma doença!

- Vamos fazer o jantar? – me desliguei de meus pensamentos com minha tia falando.

- Vamos! – gritou minha irmã levantando e correndo pra cozinha

- Ela não estava doente? – perguntei, rindo, para minha tia.

- Vai entender essa menina! – sorriu e foi atrás da pequena.

Eu preferi não me juntar a elas na cozinha. Tinha combinado com a Alice no Forks Twist – um barzinho onde todos se encontravam – e já estava atrasada.

Então decidi me arrumar. Coloquei uma calça jeans preta, uma blusa de manga azul escuro, um casaco preto – preferi não vesti-lo. Dentro de casa estava quente -, e um salto azul escuro. Arrumei os meus adorados cachos. E passei um gloss e lápis preto.

O figurino de sempre!

Quando fui pegar meu diário para escrever algumas coisas, percebi que ele não estava onde devia estar.

Minha mente vagou pelo ocorrido no cemitério, quando o corvo apareceu e corri e deixei o diário lá. Talvez amanhã e volte e pegue. Isso é se alguém já não tenha pegado.

Não...Isso não podia acontecer!

Já devidamente pronta, desci as escadas, joguei a bolsa e o casaco no sofá da sala e fui para a sala de jantar, onde encontrei minha irmã jatando junto com a Tia Esme.

- Vai sair, Bella? – perguntou minha tia.

- Vou sim. No Twist. Não tem problema né? – mordi o lábio – Eu ia falar com você, mas com a “doença” – fiz aspas – da Vanessa eu acabei esquecendo...

- Tudo bem querida. Você não é o problema – assenti e fui saindo da cozinha – Espera ai!

Olhei pra minha tia.

- Eu sei o que dizer... – sorriu – Não fique muito tempo fora, é dia de escola!

- Muito bem, Esme! – gargalhei

Tia Esme comemorou.

      - Eu posso ir junto? – perguntou Vanessa com a boca cheia.

Sorri.

- Para de falar com a boca cheia e depois a gente conversa. – ela assentiu rindo – To indo.

Dei um beijo na testa da Tia Esme e outro na bochecha da minha irmã. E fui para a porta.

Ao abri-la tomei um susto com Edward Masen parado na soleira da porta.

- Desculpe – disse – Eu ai tocar. – apontou para campainha

Assenti.

- Eu vim me explicar por eu ter sumido hoje mais cedo... – sorriu torto

Eu não conhecia esse lado simpático de Edward. Ele estava sendo sempre tão rude e mal humorado comigo.

- Sem problemas – mordi o lábio – Eu entendi!

- Entendeu? – seu rosto demonstrou espanto – Não ficou com medo?

Com medo? Porque ele acharia que eu tinha medo desse tipo de coisa?

- Não. Não tenho medo! É um tipo de coisa normal. Minha irmã também tem issoi.

- Sua irmã não é muito nova pra isso?

- Do que você ta falando? – levantei uma sobrancelha

- Do que eu sou!

- É, você tem fobia por sangue. Quando eu tirei o casaco você sumiu. Provavelmente você nõa consegue ver sangue.

Ele suspirou e sorriu malicioso.

- Algo do tipo! – disse – Como está seu braço?

- Está bem. Foi só um arranhão – toquei meu cotovelo e sorri.

Fique olhando pra ele por um tempo.

Edward vestia uma calça jeans preta, um tênis preto e uma blusa azul marinho e uma jaqueta de couro também preta.

O que ele estava fazendo aqui? Quero dizer... Era um segunda feira a noite, ele acabou de voltar pra cidade natal, ele provavelmente iria querer sair por ai e ver o que Forks te de novo. E não ficar parado na minha porta me olhando. Como ele chegou na minha porta?

- Como descobriu onde é minha casa?

- Cidade pequena. Perguntei para a primeira pessoa que vi. – Assenti.

Edward colocou a mão no bolso interno da jaqueta e tirou de lá um caderno de veludo rosa.

Meu diário!

- Na verdade vim aqui te devolver isso – esticou o diário pra mim – Achei que você ia querer ele de volta!

Sorri e peguei o caderno rosa.

- Sou tão descuidada! Obrigada, foi... gentil da sua parte vir traze-lo pra mim!

- Não se preocupe, eu não li!

- Porque não? Muita gente teria lido!

- Não sou igual a metade das pessoas que você conhece!

Abaixei a cabeça. O Edward idiota tinha voltado?

Ele tocou meu queixo com o dedão e me fez olha-lo.

- Não foi um fora – sorriu torto – É só que, eu não gostaria que lessem o meu!

- Você tem um diário? – perguntei surpresa

Não conseguia imaginar Edward Masen escrevendo em um diário.

- Não escrevo nele sempre. Apenas relato acontecimentos importantes, e escrevo sobre pessoas importantes. Sabe... Para eu não correr o risco de esquecer.

- Eu... Eu entendo – suspirei - Eu vou... – apontei para dentro de casa – Já volto! Não precisa ficar ai fora.

Entrei rapidamente de peguei as chaves do meu carro, minha bolsa e meu casaco.

Quando voltei, vi Edward com a uma mão em cada lado da soleira da porta, e com o cenho franzido olhando para a mesma.

- Tudo bem? – perguntei sorrindo

Ele me olhou e assentiu.

- Desculpe. Você está indo para algum lugar?

- Vou me encontrar com umas amigas. – ele assentiu de novo – Quer ir? – sorri na esperança de um “sim”.

- Tudo bem.

Sai de casa, trancando a porta logo em seguida.

Decidimos ir no carro dele. Um Volvo prata lindo. Ele disse que, se precisasse me traria pra casa.

O Forks Twist era um barzinho (http://tinypic.com/view.php?pic=555543&s=7, http://tinypic.com/view.php?pic=2m45bhs&s=7) conhecido por gente de todas as idades que habitavam em Forks. O Twist tem uma estrutura antiga e seu interior é como se fosse um tipo de pub. Ele tem um ar romântico e é bastante aconchegante.

Quando entramos no Twist, pude ver e sentir vários olhares pra cima da gente. Ouvir Edward bufar. Provavelmente ele não gosta de toda a atenção pra cima dele.

A umas cadeiras de distância, avistei Alice e Jacob conversando. Jake, quando nos viu, levantou e veio em nossa direção.

Edward segurou meu braço e meio que me colou para trás de seu corpo.

Quando Jacob parou em nossa frente, disse com desdém:

- Olá, sou Jacob Black!

- Edward Masen – Edward respondeu da mesma forma

Jacob estendeu a mão, mas Edward apenas fez uma careta e não a apertou.


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Notas finais do capítulo

Demorou mais chegou o Cap. 3!
Malz a demora gente, tive uns problemas aqui. :/
Enfim... Comentem muuuito sz

Beijos, May!



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