Mudanças, o Céu é o Limite escrita por Mih_Black


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá :)Estou envolvida com essa fic a algum tempo, e agora eu - finalmente - resolvi posta-la.Espero que gostem!Boa leitura :)



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Capitulo 1

- Felix, chame-a. Aproveite e chame Alec, Jane e Demetri também. – Aro dava a ordem a um dos homens de sua guarda.

- Certo mestre. – O outro disse, enquanto saia na velocidade vampiresca em busca dos quatro. Minutos depois ele voltou com eles logo atrás de si.

- O que deseja Aro? – Uma garota com cara de 17 anos perguntou. Ela era extremamente linda, usava um vestido preto acima dos joelhos que realçava suas belas e perfeitas curvas. Ela usava uma bota de cano longo e salto agulha e a capa dos Volturi. Seus longos cabelos chocolate caiam em ondas até a altura da cintura. E seus olhos vermelhos sangue realçados por uma maquiagem escura combinavam perfeitamente com seus lábios volumosos e vermelhos, um contraste à pele clara.

- Tenho uma nova missão para vocês, minha doce Isabella. Vocês irão para Mistic Falls, investigar uma série de mortes estranhas. Acredito que tenha algum vampiro folgado por lá que não sabe manter a discrição. – Aro frisou o nome da linda moça. E Felix sabia que a mais nova integrante dos Volturi, e agora a queridinha de Aro seria indispensável nessa missão.

15 anos atrás:

Por vários dias a única frase que passava pela minha mente era: ‘’Edward me deixou.’’ Mas isso vai mudar. Não quero ficar me lamentando e remoendo pensando nisso. Não quero tentar entender o porque ele me abandonou depois de tudo o que a gente passou... Os momentos, os toques, as carícias, os planos para um futuro juntos... Pois é, mas a partir de agora meu novo pensamento vai ser mais complexo: “Edward me deixou. Azar o dele. Eu não vou sofrer por alguém que não me quer.” Essa vai ser minha nova meta. Vou andar de cabeça erguida, como se nada tivesse acontecido. Amanhã eu vou voltar pra escola e evitar pensar nele. Ele vai ser ‘pagina virada’.

Foi com esses pensamentos que adormeci. E foi a primeira noite que eu não tive pesadelos.

Acordei, levantei da cama, fiz minha higiene matinal e fui me vestir. Me vesti do mesmo modo que me vestia antes de conhece-lo. Farei de suas palavras as minhas: Vai ser como se ele nunca tivesse existido. Tomei meu café com Charlie e fui pra escola. E céus, como eu estava enganada. Eu mal pisei na escola e milhares – Ok não foi tanto assim, mas foi bastante – de pessoas vieram me pedir dos Cullens. Droga! Como é que eu vou esquece-los aqui? E como se não bastasse, Jéssica e Ângela vieram com olhares de pena pedir se eu estava bem. A ultima coisa que eu precisava agora era pena, pode apostar. Dei um sorriso fraco e balancei a cabeça positivamente. As aulas foram, por mais incrível que pareça, piores que a minha chegada. Os professores vieram falar comigo. Uns pra saber noticias, e outros pra ver se eu estava bem. Um deles até me mandou pra psicóloga da escola.

De repente todos meus planos pareciam desmoronar. E eu só consegui ver duas opções: Ou eu ficava aqui, recebendo olhares de pena e perguntas, fazendo com que eu acabasse com meu objetivo de esquece-los ; ou eu saia da cidade, recomeçava minha vida em um novo lugar – bem longe daqui de preferência – conhecia novas pessoas, e quem sabe assim conseguisse apagar os Cullens da minha memória. Tenho que admitir que a segunda idéia me pareceu mais aceitável. Eu precisava de férias de tudo isso. Longas férias!

Quando cheguei em casa, fui fazer o almoço e treinando meu “discurso” para convencer Charlie. Eu não queria simplesmente sair de casa, sem dar nenhuma explicação a ele. Quando ele chegou, tirou a farda e sentou-se na mesa. Coloquei a travessa com macarrão na mesa e fui pegar o prato com carne e o com salada. Comemos em silencio. Eu não sabia por onde começar a falar, apesar de ter ensaiado varias vezes. Resolvi que tinha que falar de uma vez.

– Charlie, eu... err... não sei bem como falar isso mas... eu preciso sair da cidade. Eu ainda estou bem perturbada com o abandono do Edward e... tudo aqui me faz pensar nele. Então eu pensei que talvez... mudar de ares seria uma boa idéia. O que você acha? – perguntei apreensiva.

– Bella, você já é grande o suficiente pra tomar suas próprias decisões. Se você acha que saindo daqui vai melhorar... bem, então vá. Claro que eu preferia que ficasse aqui comigo mas... eu não sou muito presente não é? Tenho que resolver as coisas da delegacia e as vezes acabo sem tempo para lhe fazer companhia. Já sabe pra onde quer ir? E quanto tempo vai ficar? – perguntou. Ok, foi mais fácil do que pensei.

- Eu... bom, ainda não pensei nisso. Mas sei que pretendo ir o mais rápido possível.

- Ok. Mas tome cuidado, ta? Eu me preocupo com você. – Tive a surreal impressão de que ele ia chorar. Nós não tínhamos o costume de demonstrar afeto, mas senti que aquele era o momento pra isso. Eu não sabia quando ia vê-lo de novo, então o abracei. Um abraço meio desajeitado, mas que nos reconfortou.

Eu estava no meu quarto pensando pra onde eu poderia ir. Nenhuma opção parecia ser boa o suficiente, apesar de milhares de lugares passarem pela minha cabeça. Até que uma lembrança me atingiu em cheio:

Flash Back On:

- Bem, eu não ia viver sem você. Mas não tinha certeza de como fazer pra morrer... Eu sabia que Emmett e Jasper não me ajudariam... Então pensei em ir à Volterra na Italia e fazer algo para provocar os Volturi.

- O que é um Volturi? – perguntei.

- Os Volturi são uma família. Uma família muito antiga e poderosa da nossa espécie. São a coisa mais próxima que nosso mundo tem de família real, imagino.

(. . .)

- Aro, Marcus e Caius.

(. . .)

- De qualquer modo não se deve irritar os Volturi... A não ser que se queira morrer.

Flash Back Off.

Família poderosa, cruel, da realeza... Então eu pensei: “Porque não?” E comecei imediatamente a arrumar minha mala, com minhas melhores roupas. Talvez fosse burrice minha ir para uma família de vampiros com o objetivo de esquecer outra... Mas eu não consegui pensar em nada melhor. Alem do mais, eu sabia que de comum eles só tinham a espécie. Edward me falou muito dos Volturi, eles eram maus. E pelo que ele me falou, eles adoravam colecionar vampiros poderosos. Então tinha duas coisas que poderiam acontecer. Elas eram: 1º - Ir até lá, ter uma poder razoavelmente bom, e conseguir entrar pra guarda; e 2º - Ir pra lá, não ter nenhum poder e ser morta por ser inútil. Confesso que a segunda opção me pareceu bastante assustadora. E provavelmente a única coisa que eu conseguia fazer era bloquear e desbloquear minha mente. Carlisle já tinha feito vários estudos em mim, dizendo que era uma coisa fantástica. Não que eu entendesse como o fato de que eu conseguia bloquear os pensamentos de Edward, e só permitir que ele os lesse caso eu quisesse poderia ser fascinante para Carlisle. Isso era muito útil pra mim, claro. Mas não via motivo para ele se interessar por isso. Mas enfim, essa “habilidade” – segundo as palavras de Carlisle – poderia até me ser útil para entrar na guarda, apesar de eu duvidar um pouco disso. Mas como diz o ditado: Quem não arrisca não petisca.

O vôo para Volterra foi bastante calmo. Acredito que isso seja pelo fato de eu ter dormido praticamente a viagem toda. Quando cheguei, fui buscar minha mala e fui até o balcão de informações perguntar pelo Castelo Volturi, já que vi ser um lugar turístico. Pobres turistas... Vão lá com o intuito de fotografarem o castelo medieval e acabam virando lanche de vampiros. A moça me deu um mapa, apesar de me informar que só abre para visitas de noite, e agora era uma da tarde. Agradeci e fui em direção a um taxi. Informei onde queria ir e ele me levou. O castelo tinha um ar sombrio, mesmo durante o dia. Percebendo minha hesitação, o taxista perguntou:

- Está certa de que quer ficar aqui, senhorita?

Eu balancei a cabeça afirmativamente, o paguei e finalmente resolvi descer.Caminhei com passos vacilantes puxando minha mala de rodinhas, até a enorme porta principal do castelo. Bati algumas vezes e nada. Qual não foi minha surpresa ao constatar que a porta estava aberta? Empurrei-a com certa dificuldade e ela abriu. Entrei cautelosamente e caminhei por um longo corredor até achar uma moça sentada em uma mesa de escritório. Uma humana, percebi depois de olhar seus olhos verdes. Me aproximei e lembrei-me do nome do “líder” por assim dizer.

- Olá, gostaria de falar com Aro. – falei. Ela me estudou por alguns segundos antes de informar:

- Infelizmente não será possível. Ele está ocupado. – Ela disse com um sorriso falso. Percebi imediatamente que ele não estava ocupado coisa nenhuma e que ela apenas não queria me deixar falar com ele, por ver que eu era apenas uma humana. Resolvi abrir o jogo.

- Olha, eu sei o que ele é. Eu sei o que os Volturi são. E realmente preciso falar com ele. – disse determinada. Afinal, eu não viajei por horas por nada. Ela me analisou novamente. Dessa vez com curiosidade. E disse numa voz mais simpática:

- Ok. Siga-me! – Fui atrás dela tentando decorar o caminho. Mas depois de um tempo desisti. Eram curvas, descidas e subidas demais para minha mente humana arquivar. Quando ela finalmente parou, abriu uma grande porta e entrou. Eu vacilei um pouco ao notar a grande sala cheia de vampiros com olhos cor de sangue. Mas por fim, deixei a mala na porta e entrei. Um homem com cabelos negros e pele de gis se aproximou com um sorriso. Ele tinha cara de louco. Pelo que me lembro, esse era Aro.

- Ora, ora. Veja o que temos aqui! Fui informado de que queria falar comigo, jovem humana. E que sabia do nosso... hum... segredinho? – falou com uma voz grave que ecoou pelo grande salão. Ele estendeu a mão pra mim, e imediatamente lembrei que Edward falou sobre o dom de ler pensamentos através do toque. Com um pouco de receio pela cara de psicopata dele, estendi minha mão, sabendo que ele não conseguiria ler minha mente caso eu não deixasse. Edward também não conseguia. E quando ele fez uma cara de desapontado, tive que reprimir um sorriso. – Mas que curioso... Eu não vejo nada. – Quando ele disse aquilo, os vampiros que estavam presentes me olharam com curiosidade.

- Não se chateie. Edward também não conseguia. – Deixei escapar. Droga! Maldita mania de querer consolar todos que eu via desapontados. Ele franziu o cenho.

- Edward? Edward... Cullen? – ele perguntou intrigado. Não sei por que eu fiquei surpresa. Já deveria saber que ele sabia quem ele era, pois aparentemente ele e Carlisle foram amigos.

- Sim. Eu consigo desbloquear a mente, se você realmente fizer questão de lê-la. – Contei, educada. Ele abriu um sorriso enorme igual o de uma criança que ganha um doce. Me concentrei para tirar o escudo. Exigia um pouco de esforço, mas eu por fim consegui. Estendi novamente a mão pra ele, e ele a pegou ansioso. Vi toda minha vida passar como um filme pelos meus olhos. E assim que ele acabou de bisbilhotar a minha mente, minha mente foi bloqueada de novo. Aro deu um daqueles sorrisos de louco que só ele tinha e comentou:

- Tem uma vida interessante, Isabella. Importa-se se eu mandar Max – ele apontou para um sujeito grandalhão – ver quais serão seus poderes se você se transformar? – perguntou. Neguei. Eu não me importava. Até queria saber. Vi o homem grandalhão se aproximar e parar na minha frente, olhando fixamente para meus olhos. Depois de alguns segundos, ele sorriu:

- Terá que tirar seu escudo mental, querida. – Ele disse. Desbloqueei minha mente, ou melhor tirei meu escudo, como disse Max. Olhei pra ele novamente. Seus olhos pareciam enxergar minha alma. Depois de um tempo, ele pareceu sair do transe, com os olhos arregalados e me olhou assustado. Fiquei decepcionada ao ver que ele estava estendendo a mão tremula à Aro. Isso significava que apenas os dois iriam saber meus poderes por enquanto. Depois de pegar a mão de Max, Aro também arregalou os olhos e me olhou. Mas seu olhar não era assustado. Ele me olhava com admiração. Eu já estava ficando impaciente quando ele falou:

- Seus dons farão de você uma intrigante. Jane acompanhe Isabella até seu novo quarto. Seja bem vinda à família, querida. E descanse! Sua transformação ocorrerá pela noite.

Observei quando uma loirinha me mostrava o caminho do meu quarto. Ela abriu uma porta, e eu vi meu quarto. Cheio de luxo e decorado com moveis caros e de aparência medieval. A loirinha se apresentou:

- Sou Jane Volturi. – Sorriu simpática, eu retribui o sorriso e já ia me apresentar quando ela me cortou – Ah, não perca tempo se apresentando. Eu sei quem você é. Você é Isabella... Volturi! – Sorri com a declaração.

- É, parece que esta certa. Quer entrar? – a convidei.

- Lógico! – ela me surpreendeu entrando e sentando na minha cama. – Venha Isa. Se importa se eu chama-la assim? – perguntou. Neguei com a cabeça e me sentei ao seu lado. Tinha gostado do novo apelido. – Ótimo. Anda, me conta! Porque esta aqui? Qual é a sua história? Odeio quando Aro usa o dom dele. Ele nunca nos conta o que vê e nós temos que ficar curiosos. Vai conta, conta.

Eu soltei uma gargalhada ao ver o entusiasmo de Jane. Percebi que seriamos amigas. E finalmente me senti... em casa aqui.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Devo postar mais?Não esqueçam que reviews são meu combustível, ok?! E que com bastante ''combustível'' eu funciono mais rápido. Em outras palavras, quanto mais reviews tiver, mais rápido eu posto ;)beeeeeeijo ;*