Profetiza escrita por Sofia Sevla


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpa mesmo a demora. É que eu to nessa de comprar presente com a minha mãe e tal. Advinhem o que eu ganhei? Um CD do foo fighters e do nirvana :o oh gosh, i'm so happy (((:
Bom, tai mais um cap e espero que vocês gostem. Acho que vou começar a pedir ideias para como continuar a história logo mais porque ta acabando o meu estoque haha. Nos vemos lá embaixo!



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  Saímos da casinha do dormitório e fomos até onde fica central. Lá, Max abriu uma portinha no chão, que dava para o porão suponho. Entramos e quando vi o que tinha lá dentro, fiquei abismada. A sala onde eu entrara tinha todo o tipo de conforto que você pode imaginar. Pufes grandes e gordos, cadeiras enormes, mesas confortáveis e outras coisas... incrivelmente confortáveis. O cheiro de lá era de incenso. Não que eu odeie esse cheiro, mas eu não gosto muito. No porão, era completamente silencioso. Se você falasse alguma coisa, ia aparecer um eco em seguida, dava para ouvir até os batimentos do seu coração. Pude ouvir o meu, pelo menos. Ele estava forte, mais forte do que podia imaginar. Mas não entedia por que. Era tão confortável aquela sala que eu podia ficar o dia inteiro lá sem fazer nada, que eu não me importaria. Mas não era hora para descansar quando Max me puxou para eu sentar num pufe. Ele se sentou no outro e falou:

  -Nossa primeira lição é domar os seus sentimentos. Você precisa aprender a não extravasar a sua raiva, e não é nada fácil, já vou avisando. Sei que você não gosta de cheiro de incenso, mas isso ajuda na concentração, então quero que você fique na posição mais confortável que você ache, mas que consiga olhar para mim – me mexi um pouco no pufe para ver se conseguia ficar mais confortável, mas mais confortável do que estava acho que era impossível, então voltei para minha posição pioneira.

  -Pronto, acho que pronto – falei, pouco certa sobre isso.

  -Ótimo. Missie, tenho algumas coisas muito importante para falar para você. Por mais que você esteja com raiva de mim, você vai ter que me prometer que vai me ouvir, prometer mesmo.

  -Max, não estou com raiva de você – porque estaria? Por ele tentar me proteger? Nunca vou ficar mais grata do estou por ele.

  -Mas vi sentir quando eu fizer uma coisa. Quero que você não tente reprimir a sua raiva, só tente me ouvir e fazer o que eu mando, está bem? – eu assenti com a cabeça e ele assentiu. Depois ele pegou uma bola de cristal e a estudou por alguns segundos. Quando olhei para a bola de cristal, vi que lá estava a minha mãe. Ela estava chorando tentando falar comigo. Ela estava falando:

  -Missie! Missie! – Meu coração bateu forte e eu me perguntava por que Max estava fazendo isso. Mas não tive tempo para pensar. Estava com saudades dela, mesmo que não tivesse passado pelo menos um dia que não a via.

  -Lilá o que esta acontecendo? – Perguntei a ela. Mas ela não respondeu, eu fitei Max, e esperei que ele dissesse alguma coisa. Nada, ele não falou nada. Então não resisti, tinha que perguntar.

  -Max, o que está acontecendo com a minha mãe? – perguntei, eu estava muito preocupada, e queria saber mais. Ele olhou para mim.

  -Sua mãe está sendo liquidada Missie, e esta tentando falar com você, mas não consegue – ele falou, sua voz era de preocupação. Eu precisava falar com ela, mesmo não entendendo o que ela dissesse eu poderia tentar ler seus lábios, mas eu precisava falar com ela de qualquer jeito. Minha mãe estava morrendo, e eu não estava junto com ela! Que tipo de filha eu sou?

  -Lilá! Onde você está? Cadê você? – ela me olhou, e tentou emitir algum som, mas não saiu nada. Ela tentou de novo. Falhou. Mais uma vez. Sucesso.

  -Filha, estou aqui em... – não consegui ouvir aonde, porque a bola explodiu em mil pedaços. Ah! maldito seja quem fez isso. Quando olhei para o lado, Max estava com um martelo na mão direita, e estava com um negócio que eu não sei o que era. Era preto, de vidro, e uma rolha tampando. Acho que era a poção para dor. Não entendi muito o que significava aquele pote, porque estava com muito raiva, muita raiva mesmo dele. Acho que nunca senti tanta raiva por alguém como agora.

  -O que você fez... a minha mãe... ela está morrendo! Como você pode fazer isso? Ela estava me falando o lugar onde ela estava! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?  - ele estava se contorcendo no pufe. E tentava me dizer uma coisa. Ele falou que por mais raiva que eu estivesse, o ouvir. Ele falou: “poção preta... colocar... minha boca...”. Já era o bastante para ver que ele queria que eu colocasse a poção na boca dele. Eu peguei a poção e pus na boca dele. Ele demorou, mas parou de se contorcer. Ele olhou para mim, e deu um sorriso. Eu lhe dei um tapa no rosto por impulso, já me levantando.

  -Nossa! Missie fale o que você qu...

  -Porque você quebrou a bola de cristal? PORQUE? Não viu que minha mãe está morrendo? Ela precisa de ajuda! E agora. – a cada palavra que eu falava eu dava um soco ou um tapa em qualquer lugar de seu corpo. – Você. Destruiu. A bola! Eu não vou mais poder ir até ela! Qual é o seu problema? – ele olhou para mim, nada assustado. Pegou um pote e o abriu e este saiu formando arcos que se estendiam quando chegavam mais alto, e se desfaziam.

  -Sinta o cheiro. Não é bom? – ele falou inspirando o ar.

  -EU QUERO SABER SOBRE A MINHA MÃE! Como você não pode... nossa! Num é que esse cheiro é bom mesmo? – Não sei o que aconteceu, mas a minha atenção foi toda para o cheiro. Aquele cheiro era bom mesmo. Quando percebi que parei de sentir raiva lembrei-me da minha mãe. Não estava mais com raiva. Estava preocupada. Queria encontrar a minha mãe, mas sabia que não poderia ir sozinha. –E a minha mãe? Onde ela está? A gente precisa achar ela.

  -Missie, não sei onde está sua mãe, mas você não pode fazer nada por ela agora. Estamos procurando ela em todos os lugares, mas não a achamos. Só que você não vai sair por ai e procurá-la, certo? – Eu ainda não tinha pensado sobre isso. Se eu sair por ai e procurar a minha mãe, sei que iria encontrá-la. Ainda mais que agora sei que posso ver as coisas do futuro. Infelizmente, Max percebeu o que eu tinha em mente.

  “Você não está pensando em sair por ai e procurar a sua mãe, está? Missie, nós vamos achar sua mãe, só que se você sair por ai pensando que vai conseguir ver o futuro e saber o que vai acontecer, você esta muito enganada. Ser uma profetisa não quer dizer que você vai ter a resposta da prova de um livro não lido, muito menos onde sua mãe está. Prometa-me que não vai sair por ai procurando sua mãe.

  Odeio promessas, muitas vezes queria que não existisse. Mas seu eu não prometesse a Marcus ele iria achar que eu não estava levando a sério o que estava acontecendo comigo. Sabe que eu queria saber o que iria acontecer se eu não prometesse isso para Marcus?

  -Não. Não vou prometer – ele abaixou o rosto e, depois de alguns segundos, voltou a olhar para mim.

  -Missie, sei que você quer ver todos bem, principalmente sua mãe, mas entenda que sair procurando sua mãe, é um perigo. Um perigo mortal que você não precisa passar. Missie, quando você sabe que é um profeta, você fica com um cheiro diferente dos outros, mesmo que você não consiga sentir. E todos estão à procura de um profeta. Se eles te acharem é o fim de tudo. É o fim de seu pai, e de sua mãe também. E é o fim da sua vida.

    Não podia falar que não, tinha que falar que sim, mas promessa é sempre difícil de cumprir. Promessas são coisas... delicadas. Mas a pior coisa agora será decepcionar Max, porque ele é que estava me ajudando desde o começo.

  -Tá, mesmo não sabendo à quem ele se refere – eu falei. Olha, eu sei que é errado e tal, mas minha mãe é uma das coisas mais importantes da minha vida, então não me entenda mal, não quero o mal do cara que... ah, do meu pai... mas, eu queria procurar a minha mãe, e eu não prometi para ele, só concordei com o que ele estava falando anteriormente.

  -Prometa – droga.

  -Prometo – falei colocando as mãos em cima do ombro, como um bandido faz quando a policia o pega (é, eu não queria transparecer que eu estava mentindo, então fazer uma brincadeira acho que daria certo). Ele fez uma cara de alívio. Como ele podia achar que uma simples palavra me obrigasse a não a contradizer? Vai ver eu não cumpra minha promessa. Não, impossível. Eu estava pouco a vontade quando terminamos a nossa aula que, acho eu, não acrescentou nada. Estava aflita pelo fato de minha mãe ter sido... morta? Não, ela não morreu ainda. Mas, se acontecesse alguma coisa, acho que saberiam e iriam me informar. Tenho esperanças pelo menos.

  -Missie, hã... será que poderia me falar se... você sabe... aconteceu alguma coisa a noite? – Sabia que ele ia me perguntar isso cedo ou tarde. Não sabia o que falar, porque a única coisa que vi foi um homem que sorria para mim, de um modo que me deixava... feliz, se essa for a palavra certa. Mas depois de repassar tantas vezes, percebi que tinha certa raiva por ele também. Max olhou para mim e falou apressado: -Não precisa falar se não quiser! Não estou forçando você a nada. Só estou curioso...

  -Não, tudo bem... na verdade, eu acordei umas 5 vezes a noite... e bem, só vi o rosto de uma pessoa sorrindo para mim. Nada de mais. –Mas para ele era de mais. Ele arregalou os olhos e me estudou por uns segundos, o que me deixou pouco confortável.

  -Qual era sua aparência? – Ele perguntou, já muito entretido sobre o meu... sonho? Premonição? Visão? Que seja. Tentei me lembrar de suas feições.

  -Ele tinha cabelos pretos e olhos pretos também. Ele tinha uma cara divertida no rosto e seu sorriso era carinhoso. Não era muito alto, mas era magro e um pouco forte – acho que consegui colocar todos os detalhes, não é? Ele me estudou de novo, virou o olho e se deitou (sim, deitou mesmo) no pufe. Eu fiquei (novamente) pouco à vontade. Quando se levantou, não falou nada a princípio.

  -Vamos lá para cima, vou explicar o que fizemos hoje – ele falou. Max foi na minha frente. Eu estava muito atrás quando ele chegou à mesa onde estávamos quando acordei e desci. Sentamos e ele se acomodou enquanto eu o olhava. Acho que ele percebeu que eu estava olhando, porque ele parou de se acomodar e me fitou com cara de dúvida.

  -O que foi? – ele perguntou.

  -Tenho perguntas. Posso? – Perguntei. Sério, eu tenho perguntas e revelações. Me lembrei daquele peixe que saiu da... Olin? É, fugindo daquele tubarão. Porque aquilo me apareceu no meio da noite?

  Ele assentiu com a cabeça.

  -Lembra quando, hum, eu ouvi sua conversa com Luigi? – Lembrei-o.

  -É Luke, e sim, lembro.

  -Certo, então... antes de você se levantar, bom... sabe aquela caixinha que vocês chamaram de Olin? Então, ela apareceu na minha frente quando eu abri os olhos. Tinha um holograma de um peixe fugindo de um tubarão. O que era aquilo na verdade? – Antes de me responder ele estudou um pouco o chão, como se agora ele fosse muito interessante. Então ele me olhou.

  -Que signo você é Missie? – ele perguntou. Na real, eu não sei bem o meu signo, só me lembro de minha mãe ter falado alguma coisa quando eu era pequena sobre signos, mas eu não sabia o que era, então, acho que o melhor que tinha a fazer era falar para ele meu aniversário.

  -Hã, eu não sei... mas eu faço aniversário 6 de março – eu falei. Ele me olhou, e acho que ele só estava confirmando o que tinha concluído, então ele me deu um sorriso e começou a rir. Quando viu que minha expressão era de ‘Qual é o seu problema?’ ele parou de rir, mas ainda tinha a cara divertida no rosto.

  -Missie, seu signo é peixes. Isso quer dizer que qualquer pessoa da sua família,ou alguém bem próximo, pode se comunicar com você se estiver usando o poder dos peixes! Missie seu pai, ele está no mar! Ele conseguiu! Finalmente! Ah, Logan, você quase me matou! – Ele parecia estar falando mais consigo mesmo do que comigo... mas, enfim, eu não to entendendo nada! 


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Notas finais do capítulo

Será que posso pedir um favorzinho para vocês? Hmm, então, vocês poderiam me responder duas coisas: Que tal se os cap tiverem por volta de mil e 2 mil palavras? E seria pedir muito que vocês mostrassem para outras pessoas a história?
SO THAT IS IT folks. Um bom natal e um ótimo ano novo para todos. Mandem reviews, me contem o que ganharam, qualquer coisa, MAS FALEM COMIGO! haha, um beijo para todos s2