Profetiza escrita por Sofia Sevla


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

No útlimo capítulo ganhei uma nova leitora (((:
Fiquei tão feliz :D Ta aí um novo capítulo, também deixei um pouco pequeno porque ninguém me respondeu :/
Enfim, espero que estejam gostando da história, qualquer sujestão, pode colocar no review ((((:



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  Não é sempre que você descobre que você tem o poder de ver o futuro, não é? Imagine você ganhando o campeonato das pessoas mais bonitas do mundo, e perder alguém da sua família, que você ame muito, no mesmo dia. É assim que estou me sentindo. Estou feliz por saber que vou poder ver o futuro, mas Max falou que era perigoso ver o futuro. Tudo era melhor do que aquilo segundo ele.

  Pensando bem, acho que isso é melhor não é? Porque a gente estava nessa viagem só para procurar meu pai e saber se eu era ou não a primogênita. Max falou para mim que se precisasse perguntar mais coisa para ele, perguntasse de manhã cedo porque a gente precisava dormir. Quando fui para meu quarto ontem, vi minhas malas em cima da cama onde eu iria dormir. Abri minha mala de tralhas e achei a caixinha onde tinha saído aquele holograma. Segundo Max e Luke o nome da caixinha era Olin. E ninguém conseguia abri-la, apenas profetas e escravos. Das trevas. Max falou que talvez eu acordasse no meio da noite por causa das visões. Dito e feito. Acordei umas cinco vezes essa noite. Quando acordei estava exausta. Todas as visões que eu tinha eram de um homem de olhos e cabelos pretos que sorria para mim. Eu gostava daquele homem. Ele tinha mais ou menos uns 35 a 40 anos.

  Ainda não veio nenhuma visão que me mostrou o futuro. Será que isso é um sinal que eu não sou a profetisa? Ah, eu só fiquei sabendo que eu era a profetisa ontem, e esse é o meu primeiro dia sabendo sobre o que eu era, então para que fazer um escândalo?

                                               ***

  Quando acordei e vi que estava claro, desejei que tudo o que acontecera ontem, foi apenas um sonho, e que eu estava apenas sonhando como sempre, mas foi impossível me iludir e esperar que nada daquilo tivesse acontecido.

  Abri os olhos e levantei. Tirei meu pijama e vesti minha roupa de sempre, blusa e calça jeans. Quando sai do meu quarto, tinha um homem sentado na mesma mesa que eu e Max estávamos conversando ontem. Ele era alto e tinha cabelos e olhos iguais ao de Max, mas era adulto. Tinha 1 m 90 de altura mais ou menos. Ele estava com um mapa em cima da mesa e estava vendo rabiscando nele. Ele usava um lápis para circular alguns lugares no mapa, e isso me interessou. Eu tive uma forte impressão que quem era ele, era o Max, então fui até lá e ele levantou a cabeça.

  -Eu acho que ainda não me apresentei com esse corpo. Sou Max. Max Valler – ele levantou a mão para eu a apertar, mas não apertei. Ele recuou a mão e coçou a nuca da cabeça para disfarçar. – Você ainda esta brava comigo por causa daquilo? Ah, vamos Missie! Eu fiz isso para o seu bem. Eu precisava fazer isso – eu sei que eu estava sendo egoísta e ridícula, e que eu precisava dele agora, mas não consegui falar mais nada. Ele assentiu e se sentou na cadeira. Apontou para a outra cadeira para eu sentar, mas não sentei – Tudo bem, não precisa falar comigo agora, mas poderia falar com a Laura. Ela não usou nenhum pseudônimo, e também não tem mais nem menos que 10 anos. Vai ver ela te ajuda a entender porque eu fiz aquilo.

  Eu senti que eu tinha que falar que estava tudo bem e pedir desculpas para ele, porque a pior coisa que eu queria ver era a Laura. Não sei por que, mas ela esta meio estranha desde o dia em que eu machuquei o Victor. Então não resisti. Sentei no barriu que estava servindo de assento.

  -Desculpa, tá? Eu sei que você só fez isso para ajudar, mas tudo isso é novo pra mim. Preciso de um tempo para pensar... um pouco de tempo pra pensar – ele me fez levantar e abriu os braços para eu abraçar o ex-Marcus e o novo (mais velho) Max. Não sei por que uma lágrima saiu do meu olho, desceu sobre minha bochecha e caiu na mão de Max, quando estava me soltando do abraço.

  -Ah Missie. O que foi? – enxuguei a minha bochecha direita com as costas da mão de onde tinha caído a lágrima e funguei.

  -Nada. Eu to bem – ele olhou para mim desconfiado. –Sério.

   Na verdade não estava nada bem. Estava com saudade da minha mãe, e com saudade do velho Marcus. E da Laura que sempre foi minha amiga, e que agora esta muito estranha. Sentei-me e vi que ele continuou a riscar o mapa antigo dele. Ele fazia uma linha do oceano atlântico até o oceano Índico, e parou na Índia.  Ele ficou estudando o mapa, até perceber que eu ainda estava ali e soltou o lápis.

  -Tem alguma pergunta que não perguntou ontem? Pode perguntar, se não puder responder juro que não irei mentir – ele falou colocando as duas mãos acima dos ombros, como se um policial o tivesse pego. Eu tinha o que perguntar para ele, mas não tinha formulado nenhuma frase, então olhei para mesa e pensei, pensei, pensei. Já tinha uma pergunta.

  -A gente vai voltar para casa? – Eu perguntei. Não que eu queira ir para escola nem nada, mas eu queria ficar com a minha mãe. Ela estava tão triste por eu ter que ir. Max olhou para mim, e acho que ele se perguntou em seu pensamento porque eu tinha dito aquilo.

  -Não. Por quê?

  -Porque a única razão de vocês resgatarem meu... ele, era perguntar para ele se eu era a primogênita, até onde eu sei. Então agora a gente já sabe que eu sou. Pronto, a gente não precisa resgatar mais meu... pai – nunca tive tanta dificuldade para falar sobre meu pai quanto estou tendo agora. Eu estava com raiva dele, porque ele não ter ficado comigo quando eu nasci. Agora que tudo tinha ficado claro para mim, eu sentia raiva e desprezo por ele.

  -Missie, essa não é a única razão. Seu pai era um bom homem, e não merecia o que aconteceu com ele. Seu pai fez com que várias guerras acabassem e vários ladrões fossem presos. Só porque não contou uma visão, ele teve que fugir, e agora que nós descobrimos onde ele está, temos que ir até lá e procurar por ele – Max estava disposto a tudo para achar meu pai. – Ele era meu melhor amigo – murmurou ele mais para si do que para mim.

  -Eu não quero ver ele – falei em voz alta e me arrependi. Isso era um pensamento, mas saiu da minha boca sem eu perceber. Max olhou para mim me fulminando, acho que ele esperava que eu retirasse o que tinha dito, mas era isso que eu sentia em relação a ele. Não queria que ele voltasse. Voltei o olhar para Max, e seus olhos estavam vermelhos, não sei se era por raiva ou por tristeza. –Max, eu sinto muito, mas não quero ver meu pai, eu... eu o desp...

  -MISSIE! Por favor! Seu pai foi o melhor homem do mundo – ele me interrompeu, me deixando com mais raiva ainda. –Ele ajudou muitos.

  -Se ele pode ajudar a muitos, porque não me ajudou a descobrir quem eu era ficando comigo? Se ele ficasse comigo, você não precisaria se disfarçar de criança e ficar me suportando por dez míseros anos quando eu sei que você me odeia. Eu quero ir para casa! Fingir que nada disso aconteceu. Quero ir para casa ficar com a minha mãe! – Eu percebi que já estava gritando quando disse isso. Quando percebi do que tinha falado, recuei, e vi que ele estava fazendo de tudo para não demonstrar dor. Será que ele foi atingido por minha raiva? Não, ele tinha falado que não afetava mais nele. Mas ele estava sentido dor porque dava para ver em seu rosto. Então tentei me acalmar e ele suspirou. –Desculpa. Eu... –comecei a chorar. Max me deu uns tapinhas de consolo e quando eu parei de chorar, ele começou a falar.

  -Missie, seu pai fez isso para te proteger. Ele me contou que você poderia viver sem saber o que era. Eu contei para ele dos riscos que ele correria, mas nada o convenceu de deixar você viver uma vida tranquila. Missie, seu pai tentou te ajudar, mesmo não sendo isso que ele fez, ele teve essa intenção. Você nunca ouviu a frase que diz “O que vale é a intenção” ? Pois você deveria usar mais ela, porque vai te ajudar muito no futuro próximo, mesmo que você saiba qual é – ele me deu uma piscadela. –E Missie... eu não fingi gostar de você, tá? Eu gosto de você. Você é como uma filha para mim.

  Eu precisava falar alguma coisa, eu precisava perguntar mais, mas não consegui. Fiquei olhando para baixo envergonhada com a minha explosão de raiva. Então me veio duas perguntas na cabeça.

  -Max... – eu falei, e me lembrei (só agora) que ele era um adulto e minha mãe me ensinou a tratar as pessoas com respeito. –Sr. Max, quantos... –ele levantou a mão me interrompendo.

  -Só Max, por favor.

  -Claro... hum, Max quantos anos você tem? – perguntei esperando que ele me falasse uns 30, no máximo 35.

  -Eu tenho 200 anos Missie. Como disse sou um preparador de poções e consegui criar uma poção, perigosíssima, da imortalidade. Não deixo ninguém tomar porque sei que pode não funcionar com o organismo da pessoa. Eu fiz a minha poção de acordo com a proporção do meu organismo, então não posso dar para outras pessoas, e elas acham isso um insulto, mas eu não ligo – disse Marcus. Cara, eu tinha um amigo de 200 anos! Eu não sei se eu ficava feliz ou triste, mas sei que eu estava assustada. Ele tinha cara de 30 anos, mas na verdade tinha 200!

  -E Max, o que aconteceu com a poção que você fez para não se machucar se eu ficasse com raiva? – eu falei, esperando que ele entendesse o que eu tinha dito. Sucesso.

  -Missie, eu não tomei hoje a poção porque queria começar hoje suas aulas, e vou precisar ficar vulnerável a você - ele ficou me fitando com os olhos quando terminou esperando que eu falasse alguma coisa. O que ele queria que falasse? Eu esperei, olhando para o mapa, e vendo um barco se mexer do oceano Atlântico para o oceano Índico, até chegar na Índia. A mesma linha que ele tinha feito quando eu chegara. Quando percebeu que eu estava vendo o barco se mexer, ele fechou o pergaminho e guardou no bolso da calça. Eu olhei para ele.

  -O que era aquele barco? –Perguntei, fulminando o com os olhos. Ele hesitou e respondeu.

  -Você ainda não precisa saber sobre isso. Você tem pouco tempo para saber muita coisa, então, mãos a obra que você tem muito que aprender – ele sorriu e pegou a minha mão, me levando para algum lugar desconhecido.


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Notas finais do capítulo

Por favor, mandem reviews! Parece que eu to meio que implorando... ta, eu to implorando, mas é só pra eu saber se vocês estão gostando ou não.
Próximo capítulo eu posto semana que vem ok? Beeeeeijos!