Profetiza escrita por Sofia Sevla


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAH, eu to começando a gostar de postar sabe! hahahah! não consigo postar de uma em uma semana já que eu tenho os capítulos prontos! Mas eu tenho que me controlar porque senão vai acabar o que eu tenho rs! Bom, vou parar de falar porque já ta ficando muito grande essa nota! Nos vemos lá embaixooo!



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  “Missie – ela fez uma pausa para tomar fôlego – o que é isso?”

  Ela agora tinha um som ameaçador, que falava ‘Muito cuidado com o que vai responder. Se responder a coisa errada juro que vai tomar uma surra!’. De um lado eu não queria contar porque ela iria tirar de mim a caixinha, e eu nunca mais poderia falar com a pessoa que eu vi, mas por outro eu quis contar para que talvez (muito talvez mesmo) ela me contasse o que estava acontecendo. Optei por contar. Vai ver se ela ouvir a história inteira ela me conte.

  -Lilá... eu vi essa caixinha ai em cima e quando eu abri uma pessoa falou comigo... – contei para ela o que havia acontecido, e quanto mais eu chegava ao fim da história, mais ela dava gritinhos de susto. Quando acabou ela ficou me olhando. Não sei se ela queria que eu falasse alguma coisa, mas mesmo se ela quisesse eu não falei. Mais por medo a falta de assunto.

  -Não, não, não. Amanhã não. Amanhã cedo não. Ah! porque? Porque?! – eu percebi que ela não estava mais falando comigo e sim consigo mesma. – Missie, o que foi que ele falou? Fale-me exatamente, sem nenhuma entonação a menos – pelo jeito isso era vida ou morte mesmo.

  -Lilá ele falou com uma voz rouca, baixa e desesperada, exatamente assim ‘você precisa ajudar a todos. Você precisa partir amanhã de manhã senão não haverá mais tempo’ – minha mãe colocou a mão na boca novamente e começou a chorar. Chorar de sair lagrimas e soluços. Mais. Que. Coisa. Mais estranha. Minha mãe chorando no meio da cozinha sem um único motivo. Será que se eu partir amanhã (SE eu partir amanhã) ela não vai poder ir comigo? Nah. Ela vai sim.

  -Lilá! Lilá, o que esta acontecendo? O que significava aquilo? Ele estava falando comigo mesmo? Tipo, amanhã eu vou ter que ir mesmo? – eu falei tudo isso muito rápido atropelando todas as palavras inúteis que vinham no caminho.

  -Mi-missie – ela fungou e olhou para mim. Seus olhos já estavam marejados de água. Cara, o negocio era sério mesmo. Ela enxugou os olhos e respirou fundo antes de continuar. – Missie, você, acho eu, vai ter mesmo que ir amanhã. Marcus vai explicar tudo, ele e Laura vão junto. Você vai ter que me prometer que vai fazer tudo que Marcus mandar, está bem? Ele sabe o que fazer.

  -Lilá você não vai ir comigo? Não! Você tem que ir comigo – eu fiquei indignada com o que minha mãe estava falando. Não tinha o mínimo sentido. Tipo, o Marcus, aquele menino magrelo, que chorava por tudo, vai me explicar tudo e minha mãe quer que eu siga exatamente o que ele fala. Mas... pera aí. Quem disse que eu vou para essa viagem? Eu nem sei para onde é que querem que eu vá. E mesmo se eles me forçassem eu não iria sem a minha mãe.

  Minha mãe segurou com força seu dedo e mordeu o lábio.

  -Missie, não fiquei brava comigo – ela olhou o chão. Acho que ela estava decidindo se iria ou não me contar. Ela jogou os braços para cima e falou: - Está bem! Eu falo! Isso é sobre o seu pai. Mas espere antes de me encher de perguntas, porque quem vai responder vai ser Marcus – ela falou depressa quando viu que minha expressão tinha mudado.

  Eu pensei um pouco. Se for sobre meu pai, porque Marcus vai me contar e não minha mãe. E porque sempre que eu ficava com um sentimento negativo da pessoa a quem eu me referia, não interessa o qual era (raiva, desapontamento etc.), ela se machucava?

  Pera ai.

  Tudo começou a ficar claro para mim. Quando eu ficava brava com alguém, essa pessoa se machucava com a intensidade do meu sentimento. Por exemplo, lá na quadra eu estava com muita raiva daquele menino, então ele levou um chute meu na barriga (o que eu tinha desejado), Marcus, que levou uma dedada no olho, porque ele me deixou... não era raiva, era mais como um desapontamento. Só que ainda não ficou muito claro porque que isso acontecia apenas comigo, e porque Marcus e minha mãe tinham levados supostos golpes meus se eu não tinha desejado. Eu só tinha desejado o golpe na barriga do menino. Só esse. Não tinha desejado machucar mais ninguém, muito menos eles dois. E eu também tinha ficado com raiva da Laura só que ela não se machucou. Não que eu queira machucar a Laura, mas foi meio estranho todos se machucarem menos a Laura.

  Ouvi o barulho de pés chegando em casa.

  Marcus e Laura tinham chegado. Eles bateram na porta e minha mãe abriu a porta correndo.

  -Ele mandou uma Olin. E falou que ela precisava partir amanhã de manhã senão não haveria mais tempo. Marcus, ela precisa saber – ela estava suplicando para meu melhor amigo (detalhe: ele tem 10 anos. 10 ANOS!) que deixasse ela contar sobre o que estava acontecendo.

  Marcus ofegou e se sentou na poltrona. Colocou suas duas mãos no rosto, e o esfregou. Mas havia uma coisa estranha nisso. Quando ele tirou a mão do rosto, seu rosto estava molhado e parecia que ficava mais velho. Parece que ele tinha lavado o rosto com uma poção envelhadora (se existe enjuvenecedora porque não envelhadora?!) ou algo do tipo. Aquilo era algum truque para me deixar sem graça na frente de todo mundo? Se for, posso dizer que eles foram longe demais.

  Eu tinha que falar alguma coisa, porque isso estava me deixando assustada.

  -Marcus, o que esta acontecendo? O que é uma Olin? Quem foi que me mandou isso? Porque eu tenho que partir amanhã? Para onde? E porque não vai ter mais tempo? – eu estava desesperada. Mas fiz o máximo para não machucar ele. Sucesso.

  -Missie eu vou te contar tudo mais você vai ter que escolher se quer saber de tudo em pouco tempo, quero dizer agora, ou quer esperar para quando a gente pegar o barco e sair para você poder saber de tudo com mais detalhes – eu não tinha nem o que pensar. Apesar de eu estar com muita pressa de saber o que estava acontecendo eu não queria todas as informações vomitadas na minha frente. Melhor esperar. Afinal, esperei 9 meses para nascer, algumas horinhas a mais não vai fazer muita diferença.

  -Depois – assim que ele ouviu a minha resposta ele e Laura me puxaram e fomos para o meu quarto.

  Eu estava pensando, se eles vão dormir na minha casa hoje, porque eles não me falam hoje à noite enquanto a gente dorme? Afinal, eu demoro um século para dormir. Adoro a noite. Tenho tempo para pensar em tudo a noite, porque tudo é calmo, sem barulho nenhum. Pelo menos ele poderia explicar um pouco. Temos um tempinho até amanhã de manhã.

  Quando chegamos lá em cima, todos entraram no meu quarto. Eu entrei e vi uma mala enorme, quer dizer uma não. Varias. Pelo jeito eu vou ter que levar muita coisa. Parece que eu vou fazer uma mudança.

  -Missie, pegue todas as suas roupas e coloque dentro das malas. E quando eu falo todas, são todas mesmo. Não deixe faltar nenhuma – sua voz era de desespero. Parece que algo ruim, muito ruim esta acontecendo e eu não tenho a mínima ciência do que. Já que eu não sei o que esta acontecendo e não posso ajudar também, o máximo que posso fazer é cumprir as regras que me dão.

  Comecei a colocar as minhas roupas na mala. Até aquelas que não serviam mais. Marcus pegava os meus objetos numa instante e Laura foi ao banheiro pegar as coisas de lá. Minha mãe estava jogando um... não sei ao bem o que era. Era um spray, sei lá.

  Marcus inspirou fundo e parou de guardar os meus pertences. Ele olhou para mim, e depois olhou para minha mãe. Minha mãe olhou para ele e parou de espirrar o spray.

  -Lilá só amanhã. A gente vai dormir nesse quarto, não vai adiantar nada jogar isso hoje – ele olhou para mim e continuou a guardar as coisas. Marcus estava mandando na minha mãe. Repito: Marcus estava mandando na minha mãe. Não estou acreditan-do. Vai ver eu estou num sonho maluco, onde tudo é possível. Vai ver eu estava sonhando com aquele filme: Alice no país das maravilhas. Não. Minha imaginação é forte, mas não tanto assim. E isso não parecia um sonho, era mais um pesadelo que estava acontecendo mesmo.

  -Missie, vamos dormir que amanhã o seu dia vai estar cheio – ele falou quando a gente terminou de guardar as coisas na mala. Nossa! O meu quarto estava sem nada. Nada mesmo! Não tinha nada no armário, não tinha nada na bancada. Não tinha nada em qualquer lugar! Que estranho é ver isso.

  Quando eu me deitei no colchão, apareceu mais dois do meu lado e Marcus e Laura deitaram nestes.

  -Boa noite – Marcus falou para mim e para Laura. Minha mãe já tinha ido deitar no quarto dela. Marcus murmurou para si mesmo: ‘Durmam bem porque essa vai ser a última noite tranquila. Ou não. ’ 


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Notas finais do capítulo

Então, eu to pensando aqui. Vocês preferem capítulos maiores, menores ou tá bom por volta de 1000 palavras? Eu não gosto de cap muito grandes, mas pequenos são ruins também! Então me ajudeeeem! hahaha! Mandem revieeeews! Um beijo e até o próximo cap!



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