Profetiza escrita por Sofia Sevla


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

aaaah, fiquei tão feliz quando eu vi que tinha 2 reviews :D hahaha, pois é! SÓ dois! Mas tudo bem! Fiquei feliz de qualquer jeito! Aqui vai mais um capítulo. Ele ficou um pouco maior porque eu queria ir direto pra parte onde chegava o mistério (uuuuu!) ! Espero ter mais pessoas pra lerem nesse próximo capítulo (: enfi, ENJOY!



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  A gente saiu correndo pelo corredor procurando a Laura. Ela estava bebendo água quando a gente chegou.

  -Laura! Laura aconteceu. Hoje, na quadra. Ela fez hoje – o que estava acontecendo, eu não sei. Ele falou que eu fiz alguma coisa? Eu não fiz nada.

  A Laura estava passando de vermelho para branco, e depois para verde. Pelo jeito isso era horrível. O que estava acontecendo? O que foi que eu fiz? Eu não tinha feito nada!

  -Ei! O que esta acontecendo? – eu falei com a minha voz mais apavorada do que antes. Alguma coisa estava acontecendo e eu não sabia o que.

  -Missie, não temos tempo de explicar, você precisa ia para a casa agora. A gente vai com você – a Laura parecia mais apavorada do que o Marcus. Pelo jeito não era uma aposta. Acho que nada é pior do que ir para sala do diretor, então acho que não deve ser uma coisa TÃO ruim.

  -Mas a gente ainda tem duas aulas antes do final da aula! E agora vai ter aula de matemática, e amanhã vai ter prova. A gente não pode sair!

  Laura mordeu o lábio e olhou para Marcus. Pelo jeito estavam pensando se deviam ou não me contar o que estava acontecendo.

  -Missie, você precisa vir. Lilá vai explicar tudo. Você vai ter que saber. Só que não me pressione – Marcus olhou para mim e percebeu que eu fiquei com raiva. – Por favor?

  Ele levou a mão aos olhos e se contorceu um pouco, parecia que alguém o atacara, mas não vi ninguém o atacando. A não ser que eu tenha ficado cega por alguns minutos, ninguém chegou perto dele.

  -MISSIE! Por favor, controle-se. Tente não sentir raiva, está bem? Tudo vai ser explicado – ele falou choramingando. E depois resmungou: - Talvez, talvez. Eu espero.

  Nós fomos escondidos até a minha casa e quando chegamos minha mãe já estava a nossa espera. O que estava acontecendo? O que foi que eu fiz? Nada, eu não tinha feito nada.

  Minha mãe estava com a mão na boca olhando perplexa para mim. O meu cachorro, Tobi estava ao seu lado latindo como um bobo ao seu lado. Lindo.

  Marcus foi correndo até lá para falar com a minha mãe.

  -Lilá, Missie esta aparecendo, a gente precisa contar. A gente precisa contar se não ela não vai conseguir se controlar! – Marcus estava falando com tanto medo em sua voz que parecia que eu era uma ameaça ambulante. Que droga! Eu sei me controlar! Não sou uma idiota!

  -Calma Marcus, vamos entrar e você me explica o que aconteceu – minha mãe falava com Marcus com uma voz que tentava acalmar, mas não foi essa a mensagem que ela passou para nós. Eu queria saber o que estava acontecendo. Quando nós entramos não fizemos nada a não ser... bom, não fizemos nada mesmo, só abrimos a porta, entramos e o Marcus começou a falar.

  Marcus contou o que aconteceu, mas ele parou na hora em que o grandalhão feioso Victor foi jogado (por alguém) no chão. Ele destacou essa parte o suficiente para eu achar que ele estava insinuando que fui eu quem causou aquilo, mesmo ele tentando transparecer que não estava falando isso.

  Ele pegou o braço direito com a mão esquerda e começou a apertar, seus olhos estavam apertados com força. Ele se ajoelhou no chão se retorcendo. Alguma coisa o machucara e eu não sei o que tinha sido. Depois de alguns minutos, ele gemeu e se levantou com os olhos lacrimejando de tanto ser apertados. Acho que ele fez força para não fazer nenhum barulho. Olhou de Lilá para mim.

  -Ela tem que ir hoje, Lilá, senão será tarde de mais – ele falou como se estivesse implorando.

  Minha mãe pensou um pouco. Parece que foi um tremendo esforço para ela, porque ela não parava de andar de um lado para o outro, e quase falei para ela parar senão iria fazer um buraco no chão, mas sabia que não era hora para brincadeiras idiotas.

  Finalmente ela olhou para Marcus – que estava esperando ansioso sua resposta – e para Laura – que ficou olhando para ela como se quisesse qualquer resposta, mas queria que isso não a machucasse.

  -Marcus, nós podemos esperar mais um dia. Vai ver foi apenas... – ela não tinha como explicar o que foi ‘apenas’ mas mesmo assim, o lugar que Marcus estava falando, mesmo eu não sabendo aonde era, eu não quero nem chegar perto. – Bom, vamos esperar mais um dia esta bem? Se acontecer de novo nós a informaremos imediatamente. Só espera mais um dia Marcus, por favor.

  Pelo jeito, ela estava implorando, coisa que eu não esperaria ver de minha mãe. Uma pessoa tão segura de tudo o que faz, estava implorando para um menino de 10 anos para esperar mais um dia para informar para não sei quem, para eu ir para não sei onde. Certo. Eu precisava saber o que estava acontecendo.

  -Lilá, o que está acontecendo? – eu perguntei, mas o nervosismos na minha voz acho que não foi muito bom. Ela balançou a cabeça, se sentou no sofá e colocou a mão na cabeça, como se estivesse com uma tremenda tontura. No mesmo instante ela olhou para mim e disse:

  -Tudo vai ser explicado amanhã, querida. Espere apenas um dia, está bem? E tente, por favor, ficar calma. Relaxe o máximo possível para amanhã. Laura e Marcus, vocês gostariam de dormir aqui para ficar junto com Missie? – Ela olhou para eles com um olhar que não iria aceitar um não. Foi no mesmo tempo assustador e no mesmo tempo muito engraçado, não sei por que.

  -Claro, com toda a certeza – falou os dois. Eles olharam para mim, como se eu fosse uma aberração. Não sabia se eles estavam assustados ou se estavam com medo de mim. Eu opinei por estarem assustados. Pelo menos eu conseguiria não ficar nervosa por isso. Mas eu queria saber o que estava acontecendo agora. Imaginei que quando fossemos dormir, Laura e Marcus iriam contar tudo, então não me senti com raiva nem com nenhuma emoção que se destacava em mim.

  Quando Laura e Marcus saíram de casa, eu olhei para minha mãe esperando que ela me explicasse o que acabara de acontecer, mas a única coisa que ela fez foi acenar com um sorriso e subir as escada para o quarto dela gritando:

  -Tem bolo na geladeira!

  Bom, eu não sabia o que fazer. Ficaria esperando no sofá até Marcus e Laura chegassem ou seguiria Lilá e perguntasse para ela o que estava acontecendo? Na verdade eu optei por pegar bolo na geladeira e comer para me distrair um pouco, mesmo sabendo que seria impossível. Eu não iria conseguir tirar aquele pensamento nem se um caminhão monstro passasse e me desse uma carona até o parque da Disney.

  Tobi veio para o meu lado quando eu me sentei no sofá e liguei a televisão, esperando que não estivesse passando o horário político. Azar. Estava passando uma música do PL, não me pergunte o que significa, porque eu não sei. Acho que ninguém sabe na verdade. Eu e Laura chamamos de Partido das Lesmas, porque a música era tão inútil quanto as pessoas que se apresentavam.

  Quando desliguei a TV eu vi um reflexo de uma pessoa (sabe quando a TV fica toda preta, e você consegue ver as coisas que se refletem?), bem, não era lá uma pessoa, eram varias. Todas estavam com a boca aberta falando ‘Venha para cá’. Lembrei-me até de uma musica bonitinha que eu ouvi um dia desses, mas pelo jeito essa não era a hora de me lembrar de musicas bonitinhas. Eu me virei e não vi nada, a não ser o vaso de flores azul, o relógio que faz Piu-Piu e uma sacola brilhando em cima da mesa.

  Pera aí.

  Uma sacola brilhando em cima da mesa? Essa é uma das coisas que eu chamaria de estranha. Fui até a mesa e fiquei olhando para a sacola. Era tão brilhante que tive vontade de tocar, mas algo me impedia. Não sei. Parecia que alguém estava segurando a minha mão. Queria segurar aquela sacola e a abrir. Vai ver tinha alguma coisa dentro que me faria entender o que estava acontecendo. Tentei ser mais forte do que a suposta pessoa que me segurava. Era difícil. Muito difícil. A suposta pessoa era muito forte pelo jeito. Mas fiz um esforço para conseguir chegar mais perto da sacola. Não dava. Percebi que ninguém estava me segurando. Tinha uma coisa... não, não é uma coisa, é mais uma barreira que impedia de atravessar.

  Não sei o que me deu. Sei que fui até a pia e enchi um copo de água e joguei na barreira. Eu estava morrendo de vontade de saber o que tinha dentro daquela sacola. E esse pensamento veio à tona. A barreira tinha se diluído em chamas quando eu joguei a água. Quase que chamei um corpo de bombeiros. Tá, não vou exagerar tanto, mas eu fiquei assustada com isso, mas o fogo foi abaixando até chegar a uma pequena brasa e desaparecer.

  Eu fui até a sacola e abri. Dentro havia uma caixinha escrito (de alguma forma, eu vi que estava em hebraico, só não sabia traduzir) ‘ארץ המתים’. Isso não é coisa que se vê todo o dia, né? Acho que tenho que esperar e perguntar para as pessoas que entendem isso. Resumindo: esperar até Marcus e Laura chegarem. Mas me teve uma sensação que eles não iriam responder o que estava escrito lá, nem iriam me responder por que uma coisa dessas apareceu não minha casa. Acho que quero abri-la. Não iria acontecer nada. Não é? Era apenas mais um dia da minha monótona vida em Londres. Ou não. Mas vamos arriscar. A pior coisa que vai acontecer é minha mãe me dar uma bronca e falar para não mexer aonde não é chamado.

  Quando tirei a caixinha de dentro da sacola (que continuava a brilhar) dava para ver mais detalhes nela. Ela era totalmente de madeira cara, que estava muito brilhante e de algum modo... macia. É uma madeira macia. Parecia que ela era feita com papel de veludo. Mas ela tinha uma textura de madeira e quanto mais você apertava mais ficava desproporcional a caixinha. Ela era muito delicada pelo jeito. A tranca dele era feita de ouro, não entendo muito dessas coisas mais parecia que ela era feita de ouro. Vai ver era banhada a ouro, mas tinha a ver com ouro. Disso eu sei.

  Quando eu abri a caixinha apareceu um holograma de um homem baixo e com um rosto cheio de cicatrizes, não era feio, mas também não era lindo. Ele tinha cabelos um pouco longos, lisos e sujos.

  -Você precisa ajudar a todos. Você precisa partir amanhã de manhã senão não haverá mais tempo – ele falava com a garganta raspando, sua voz era rouca, baixa e desesperada. O fundo de lá era uma caverna onde, acho eu, tinha duas pessoas deitadas no chão, não sei se estavam dormindo ou... bem, mortos. Acho que dormindo porque a barriga deles subia e descia com certa dificuldade na respiração.

  -Tá, mas onde vocês estão? – eu falava com uma voz que parecia que eu poderia fazer alguma coisa. O que eu poderia fazer? Nada. Eu não sabia nem quem era ele e nem que tipo de ajuda uma pessoa como ele poderia pedir para uma menina de apenas 10 anos.

  Ele não respondeu. Se virou e foi correndo para dentro da caverna deixando as duas pessoas (que só agora eu percebi que era homem) deitadas no chão. A caixa se fechou com um barulho que me lembrou o grito de um homem. Aquele homem (do holograma) me lembrou alguém que eu conhecia. Não sei quem, mas conhecia. Vai ver ele era meu pai. Não. Já tinha visto meu pai nas fotos e não tinha nada a ver com ele. Meu pai tem cabelos loiros e curtos e olhos azuis, profundos como o mar e o homem na caverna tinha cabelos pretos, um pouco longos e olhos pretos. Muito diferente do meu pai. Sua voz, apesar de ser uma voz que tinha certo desespero, me fazia feliz de um modo que eu não conseguiria explicar em palavras. Só me faziam lembrar coisas boas. Nada ruim. Eu ficava calma por apenas uns 20 segundos, que foi o tempo de a caixinha se fechar. Depois me veio à tona o que estava acontecendo e acordei, no que parecia ser um sono profundo.

  Olhei em volta a procura de alguma coisa, não sabia o quê, mas estava procurando alguma coisa. Não achei pelo jeito. Mas notara uma coisa. A sacola não estava mais brilhando. Estava com um cheiro repulsivo de alho. A caixinha estava em cima da mesa. Ouvi passos descendo a escada. Ah! não. Era a minha mãe. Ela deve ter ouvido o barulho da caixinha quando o holograma foi embora. Tenho que guardar tudo antes que minha mãe chegue.

  Tarde de mais.

  -Missie! Que cheiro horrível é esse? Você não tomou banho ontem, tomou? – ela vinha descendo a escada. Quando ela parou e viu todas aquelas coisas em cima da mesa, pareceu que ela ia desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Eita (com sotaque e tudo!), to com a mania de acabar com falas! hahaha! dê a sua opinião sobre o texto! Vai em frente! Pode critica fala que ta chato, fala que ta pequeno, fala que uma mer**, mas não esquece de mandar um review ok?! Bom, vo parando por aqui se não eu enjoo vocês! Um beijo, e obrigada quem esta acompanhando viu!



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