Profetiza escrita por Sofia Sevla


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpaaaaaaa mesmo pela demora de novo! Não sei mas meio que tá virando rotina pedir desculpas para vocês... Sei lá, mas enfim, só não mandei porque agora que começou as aulas, nossa, tá muito puxado pra mim.
Pra quem não sabe, eu tenho 13 anos (vou fazer 14) e to no nono ano, e a minha escola deu uma de colocar aula integral também, ou seja, todo dia eu saio da escola as 4 horas da tarde (sem contar que tenho prova semanal), aulas extracurriculares como inglês, música, basquete etc. Então, CULPEM MINHA ESCOLA! NÃO A MIM! haha.
Espero que gostem do capítulo, não ficou muito grande mas, sei lá. Novamente, meu estoque de história está acabando...



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Tinha uma fenda aberta na montanha e já que era a única abertura para eu entrar, foi a que eu escolhi. Era pequena, se Max estivesse aqui tenho certeza que ele não conseguiria entrar. É pequeno até para mim.

   A caverna era estreita, mas nem tanto quanto a fenda da entrada. Não tinha muita luz, quero dizer não tinha quase nada de luz. Só a que vinha da pequena abertura. Então imaginei que teria que andar rastejando ou sei lá... de certo eu não vou rastejar. Primeiro que vai sujar minha roupa – isso é o de menos, mas é uma boa opção para eu não rastejar... Segundo que pode me cortar se tiver coisas... afiadas. Terceiro e último é que pode ter algum bicho no chão – tipo cobras... brrr... Então o melhor é andar mesmo... Que a sorte esteja ao meu lado...

   Já tinha feito uns três minutos andando naquela caverna sem fim – pois é, eu sou um pouco exagerada, eu sei – quando eu entrei em uma parte onde já não dava para ver nada. Tudo o que se via era escuridão. Senti uma coisa gelada no meu bolso da calça. Coloquei a mão no bolso e peguei aquela folha que Max tinha me dado. Ela estava gelada, que nem gelo. Queimava minha mão de tão gelada. Fui tentar olhar e o que eu vi foi uma bola azul brilhante que iluminava tudo que estava ao meu redor, e quando depois ela sumiu e apareceu um rosto, o rosto de Max. Ao vivo e em cores. Eu só não conseguia ouvir o que ele falava, e acho que ele sabia disso porque pegou um papel e começou a escrever o que ele queria falar: “Sinto muito pelo gelo, eu precisava chamar sua atenção. Vou colocar luz para você nesta folha, só cuidado para não a perder, é difícil encontrar outra igual. Fique olhando para folha que eu vou escrever para onde você ir. Coloque a folha na sua frente para eu ver onde você está.”

   Mostrei para ele e fiquei acho que muito tempo porque ele colocou o gelo novamente para chamar minha atenção. Olhei novamente para o mapa e ele tirou o gelo, e voltou a escrever. “Vá reto e entre á esquerda e depois reto de novo”.

   Segui suas instruções. Quando eu virei para esquerda, alguém ou algo tocou na minha perna, o que me fez virar para trás. Fiquei com medo é claro, mas continuei a andar normalmente. Algo tocou minha perna novamente e fez alguns grunhidos, me assustei e corri o mais rápido possível. Vi que tinha uma luz, e acho que era o fim do túnel. Corri o mais rápido que pude.

    Quando passei e fui para ar livre, estava ofegando. Antes de eu tirar a folha do bolso para ver mais alguma coisa, alguém me agarrou por trás e prendeu meu pescoço sobre seu braço.

   -Quem é você? – perguntou. Sua voz era grave e autoritária. Igual aqueles seguranças ignorantes que não deixam ninguém se divertir. Podia sentir uma armadura nas minhas costas e seu braço estava com uma coisa dura. Uma luva de metal talvez. Por fim, decidi não falar meu nome.

   -M-Megan – gaguejei. Ele afrouxou um pouco o braço do meu pescoço.

   -Bom, Megan, o que uma menina de cinco anos esta fazendo aqui nessa caverna escura sem nenhum adulto ao lado? – ele perguntou meio que satirizando.

   -Eu não tenho cinco anos – falei quase rosnando.

   -Claro que não. Posso ver seu bolso? – perguntou com um sorriso cínico.

   Eu não podia deixá-lo ver meu bolso, se não ele conseguiria pegar a folha e Max passaria as instruções para outra pessoa.

   Dei um chute no pé dele e comecei a correr para uma outra caverna ao lado da primeira. Tirei a folha do bolso e esperei Max aparecer. Nada. Decidi cuspir para ver se ele reagia ou coisa do tipo – eu sei é nojento, mas eu estou desesperada. Ele apareceu com cara de nojo, e eu corri o mais rápido possível para um lugar onde eu podia me esconder do homem que me perseguia. Achei uma pequena entrada que ele com certeza não conseguiria entrar.

   Estava cheia de areia, um ótimo lugar para mandar uma mensagem para Max. Escrevi em poucas palavras o que tinha acontecido, com o dedo. Sua reação foi a que eu esperava. Você está bem?  ou Ele machucou você?  Respondi que não. E ele não tocou mais nesse assunto, apenas perguntou se eu o despistei. E tecnicamente sim, eu tinha despistado o homem. Escrevi depois de algum tempo correndo para ter certeza que não havia ninguém me seguindo: “Certo, ninguém atrás. O que eu faço?”

   “Vá até o final do corredor, vire à direita e continue reto. Acho que ele está por lá. Eu acho.” –respondeu Max. – “O velho está começando a se preocupar. Encontre logo Logan e saia já.”

   Uma leve sensação de raiva passou pelo meu corpo quando percebi que não cabia a mim achar meu pai nem a saída e sim dele, mas não retruquei sua ordem por questão de maturidade. Por querer ser mais velha, devo agir como uma pessoa mais adulta. Apenas respondi para ele ir mostrando o caminho.

   Corri o mais rápido que pude no longo corredor feito de pedras velhas e com um cheiro nada agradável. Como não faço muito exercício, minhas pernas e minha respiração estavam dificultando o meu desempenho na “missão”. As coxas doíam com o esforço e a barriga parecia que estava levando cutucadas intermináveis. E para melhorar o meu grupo de dores, minha cabeça começou a doer mais e mais a cada metro que passava.

   Quando cheguei no final do corredor, a dor estava me matando de dentro pra fora. Minha visão ficou turva, minhas costas começaram a doer já que não bastava as pernas e a cabeça que começou a entrar em uma batida ritmada de tambores a cada passo agora.

    Estava com vontade de vomitar. Tinha certeza que ia desmaiar logo mais, mas a responsabilidade ecoou na minha cabeça, cheia de tambores. Tenho que avisar Max que vou desmaiar, vai ver ele tem algo em mente. Depois de alguns breves momentos percebi que seria bobagem. O que ele poderia fazer afinal? Então me veio outra ideia na cabeça. Ele disse que Logan estaria no próximo corredor. Uma ponta de esperança me cutucou e comecei a andar mais depressa e quando olhei para frente havia um vulto e um borrão vermelho. O vulto olhou para mim e começou a correr. Mas pareceu que a cada passo que ele dava, me parecia mais longe. Percebi que estava prestes a desmaiar, sem saber por que e arrependida por não avisar Max.


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Notas finais do capítulo

Não sei o que dizer aqui... Bom, comentem por favor, pra eu saber o que acham. Foi mal pelo capítulo pequeno e pela demora. Beijos (:



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