Profetiza escrita por Sofia Sevla


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Nossa, é só a minha conta que ta parada ou a de vocês também? Todas as histórias que eu to seguindo não continuam... Todo mundo viaja, fazer o que.
Enfim, ai vai mais um capítulo e vou mandar um recadinho lá embaixo. Obrigado a todos que leêm.



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Pois é, aquilo era mesmo um pégaso. E não era só um, eram três. E cada um estava levando um homem na garupa. Coitado do pégaso. Um eu conhecia de rosto, era aquele cara que estava conversando com o Max naquele dia que tudo mudou. Luigi? Não, era Luke certo?

  No pégaso do lado estava Laura. Ela estava com uma roupa muito diferente do que antes, e ela parecia bem com Max.

  A pessoa que estava no outro cavalo eu não conhecia. Ele era bem velho. Tinha cabelos brancos e algumas mechas pretas (deve ser aqueles cabelos que ainda não envelheceram). Seu rosto era enrugado, tinha olheiras enormes, de quem não dorme a dias, seus olhos estavam vermelhos e expressavam cansaço, mas ele saiu do cavalo andando firme em direção a Max.  Luke vinha atrás dele e Laura atrás de Luke.

  -Max, ainda não temos nenhuma informação de Logan – sua voz era bem calma, e acho que ainda não tinha me notado, porque sem eu perceber, estava atrás de Max, e já que eu era bem pequena cabia direitinho atrás dele. Quando eu sai, o homem velho olhou para mim com surpresa. – Você deve ser Missie. Eu sou Eric, prazer – o homem velho estendeu a mão, eu estendi a minha, e trocamos um comprimento. Ele me estudou por um momento, me olhou de baixo para cima e de cima par baixo. Eu estava pouco confortável com ele do meu lado. O homem velho foi empurrado de leve para o lado pelo Luke.

  -Missie! Eu sou Luke, mas acho que você já me conhece... – ele trocou um sorriso comigo, e percebi que ele tinha falado sobre conversa que eu tinha escutado sem querer.

  -Ah, foi sem querer... quero dizer, eu não sabia que... é que, sabe... – gaguejei.

  -Que isso Missie! Tudo bem. Vamos sentar em uma mesa e conversar um pouco, não é melhor Max?

  Max olhou para ele, o acusando de ter feito alguma coisa. Depois ele assentiu com a cabeça. Luke deu um sorriso e mostrou para a Laura e para o velho Eric onde era o salão. Eu e Max o seguimos.

  Quando chegamos à mesa, ela estava um pouco maior do que antes e tinha duas cadeiras em cada lado da mesa quadrada, o que não saberia explicar, já que nem eu, nem Max nos separamos. Todos se sentaram, e sobraram três cadeiras.

   -Então Missie, o que está achando de ter um pai que foi um homem covardão e orgulhoso? – olhei espantada para ele, sem saber o que dizer. Max o censurou com um olhar e ele se corrigiu: -, quero dizer, um homem grandão e maravilhoso?

  Max o censurou de novo, mas Luke nem virou para olhar. Ele se virou para mim e esperou eu responder. Como viu que eu não ia responder, ele olhou para Max.

  -Sinto pela falta de respeito de Luke, seu pai e ele tiveram alguns desentendimentos. Mas, eles vieram aqui para conhecê-la e contar mais sobre... o que você realmente é. Quer perguntar? Ou a gente que começa com o discurso de um dia inteiro? – ele riu com sua piada.

  -Por favor – respondi fazendo um gatimanho para eles. Ele fez um gesto com a mão, para eu escolher uma das pessoas sentadas na mesa para poder me explicar.

  Pensei em minhas opções. Max, Luke, Eric, e argh! Laura. Descartei Laura sem pensar duas vezes. Max, ele é meio afobado para explicar as coisas, mas mesmo assim ele é bastante experiente por causa de seus longos anos de vida. Descartei mesmo assim. Luke não deve gostar muito de mim, por causa dos conflitos que ele tivera com meu pai, mas ainda não vou jogar fora seu nome. Considerando Eric, um homem velho, deve ser muito experiente, mas iria escolher ele somente porque ele tinha cara de velho e sentiria culpa por não escolher Max. Mesmo assim Eric era um dos que eu admirava na mesa. Portanto iria ser ele.

  -Eric – apontei para o velho, que não se assustou ao ouvir o nome dele sendo mencionada. Admito que se tivesse sua idade (não, eu não sabia a idade dele, mas tenho uma noção) iria pular de susto.

  -Certo, primeiro de tudo tem que saber que você é uma Alien.

  Meu olho foi de Luke para Max, para Laura, e de volta para Eric. Percebi que todos estavam abafando os risos. Menos Laura.

  -Estou brincando – ele deu mais uma risada. –Deveria ver seu rosto! – Vindo de um homem velho, nem parecia que ele era velho. Parecia mais animado que Max. E definitivamente, mais animado que Laura. Seu rosto ficou sério novamente. –A esse ponto deve saber que não é cem por cento humana, certo? Bom, para falar a verdade, dentro do seu sangue tem várias partículas minúsculas que faz com que você possa ter força, rapidez, e habilidades inexplicadas para a raça humana. Você pode fazer feitiços por causa de algumas, no máximo 10 para ser exato, pedras do núcleo da terra, algo que é impossível um humano, quero dizer qualquer um pegar. Nós não suportaríamos o calor do núcleo da terra. Devemos tudo a um grande deus: Ares.

  -Isso... não é da mitologia grega?

  -Claro que não! Só o nome. Quer dizer que agora toda mulher que chamar Maria, vão perguntar a ela: você não é aquela mulher da Bíblia? – Seu rosto transparecia a raiva. E a ultima frase ele imitou a voz de um retardado.

  -Sinto muito – arrependi-me.

  -Claro. Continuando. Ele, lá para o começo da vida humana, foi para o núcleo e conseguiu levar uma grande pedra para a superfície, raspar ela em milhares de pedacinhos minúsculos, e colocar 100 pedacinhos em cada humano que criava. Com a reprodução os pedaços iam diminuindo e alguns sumindo, digo, a maioria. Mas, os que possuíam as pedrinhas, diminuíam muito devagar, por exemplo, quando o pai tinha 100 pedacinhos, o filho iria ter 99,999 e mais alguns 9 atrás, e o pai consequentemente, ficaria com menos um minúsculo pedacinho. Está pegando a ideia? O pai dá para o filho o pedaço. Então o pai sempre vai ser mais fraco, mesmo não fazendo uma grande diferença, do que o filho. Com o passar do tempo vai diminuindo esse número, como você percebe. Hoje, cada um de nós têm 10 e alguns números atrás da vírgula, dessa pedra. Creio que irá acabar as pedras quando o sol explodir... mas tem algumas pessoas que não ligam muito para como as coisas têm que funcionar, né Max? – Max revirou os olhos, entediado.

  Já estava me acostumando com a idéia que eu não era normal, mas não tinha a mínima idéia que eu tinha pedra do núcleo da terra no meu... sangue? Sei lá onde.

  -Quer dizer que eu posso fazer... feitiços? – falei com certa insegurança. Não queria parecer uma menina fascinada em joguinhos de feitiçaria.

  -Naturalmente – respondeu Eric.

  -Ótimo, e como? Eu tenho uma varinha pra fazer isso? Tipo, Harry Potter? – eu disse. Rindo da minha própria piada sem graça.

  -Rá rá rá. Não Missie – ele me olhou com aquele olhar que mata todo mundo. Parei de rir e fiquei quieta. –Nós não estamos brincando aqui. Você daqui a pouco vai ir para lugar que nunca pensou que iria e talvez matar pessoas – falou com um tom ameaçador. O ‘matar’ dele foi sinistro. Max interveio, claro.

  -Eric, não a assuste. Ela só tem 9 anos, lembre disso – quando Max falou isso, me passou uma coisa na cabeça. Ele falou para não me assustar, mas não falou que eu não vou matar.

  -Uma pergunta – soltei um pigarro enroscado com uma risada nervosa. - Eu vou, hum... matar alguém? – Dei uma ênfase no matar.

  Os dois não me responderam de imediato, mas sabia que quando ninguém falava nada, significava que era exatamente aquilo que eu não queria ouvir.

  Mas por incrível, eles só ficaram se entreolhando. Depois pararam, e acho que ficaram olhando para mim, ou para Laura. Pensei que se eu não falasse alguma coisa, a conversa não ia adiante.

  -Porque eu preciso matar alguém? Tenho só 9 anos! – exclamei.

  Em questão de idade, sempre quero parecer mais velha por dois motivos. As pessoas que são mais velhas do que eu, fazem alguma coisa realmente fácil e fala que eu não consigo fazer, porque eu sou muito nova para isso e porque tem brinquedos que eu não posso ir em qualquer parque de diversão por que é perigoso, mas isso não vem ao caso. Mas nesse momento, a falta de números na minha história, fizeram valer alguma coisa, eu podia apelar para ela. Tinha certeza que eles não iam discutir.

  -Tem certas coisas no nosso mundo que não tem idade intitulada. Você tem que fazer e ponto.

  -No meu mundo, no mundo normal  tem uma idade intitulada, e é essa a lei que eu vou seguir! – Confesso que agora estava com raiva e ódio deles terem me colocado em um mundo que não tinha nada a ver com nada.

  -Você não mora mais no mundo normal, Missie! – Eric gritou. As rugas ficavam mais profundas em seu rosto quando ele fez força no maxilar.

  -Moro sim! Moro com a minha mãe, em Santa Barbara, Califórnia. Tenho nove anos. Tenho dois melho... – não terminei a frase pois sabia que se eu terminasse ia me arrepender mais do que estava arrependida. Sei distinguir a verdade da ficção. Aquilo que estava acontecendo, por mais estranho que fosse não era um sonho, nem nada parecido. Era real.

  Quando percebi, estava de pé, inclinando-me para Eric. Voltei ao meu lugar pouco à vontade. Max abaixou a cabeça e Eric pareceu se envergonhar sobre o que tinha feito.

  -Desculpe, não tinha a intenção, só que você precisava saber. Missie, você não mora mais no mundo normal. Você não pertence àquele mundo.

  -Eu sei, só que tenho esperanças – eu disse com a voz quase inaudível, sem saber do que tenho muitas esperanças para falar a verdade.

  -Então você queria morar em um lugar chato como aquele? Não se pode fazer nada! Se você toma veneno, pronto, sua vida acabou! – Disse Luke para tentar me animar. Dei um sorriso pouco convincente.

  -Vocês vão estar aqui amanhã? – perguntei. Se eles estivessem aqui, poderíamos continuar a conversa outra hora.

  -Não e nem você. 


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Notas finais do capítulo

Oooooi gente. Eu queria pedir para as leitoras fantasmas aparecerem e me mandar um oizinho para miiimimimim! É, pelo jeito eu tenho umas 2 leitoras fantasmas... Vamos, me ajudem, me mandem criticas, elogias, ameaças de mortes, mas mandem um sinal!
Enfim, obrigado a todos que leem mesmo assim. Um beijo e acho que vai demorar pra mandar o próximo porque o meu estoque de história acabou e agora eu tenho que escrever. Entãaaao estou aberta para sugestões (:
Beijão a todos e feliz ano novo!