[...]

- Você está bem?

Abri os olhos e vi tudo embaçado, logo se tomou um foco agradável: vi que o Justin estava ao meu lado, mas estava em um hospital.

...Hospital?

- O que eu estou fazendo aqui? – Perguntei com dificuldade.

- Você desmaiou em meus braços. Comeu alguma coisa hoje de manhã?

- Comi. Eu tomei café da manhã normalmente.

- O que você comeu?

- Biscoito e refrigerante.

- Isso te fez mal. Talvez um dos dois estivesse vencido ou estragado.

- Isso não foi legal. (Por que eu tinha que desmaiar naquela hora?)

- Eu sei. Você se sente melhor?

- Eu me sinto.

- Vamos voltar para o hotel? Foi só um mal estar. – Acariciou minha bochecha com o polegar.

- Vamos. – Ele me ajudou a levantar da maca.

[...]

Justin pegou o seu carro, Ranger Rover e nos levou de volta para o hotel. Na porta de entrada do estacionamento, havia muitos paparazzi querendo tirar foto dele... e minha. Eu abaixei a cabeça próxima ao meu joelho e Justin continuou dirigindo. Será que alguém me viu? Entramos no estacionamento e a barra já estava limpa. (ok, já estou indo me matar por usar “barra limpa”)

- Pode sair. – Eu consequentemente voltei ao normal.

- Obrigado. – Eu agradeci após ele abrir a porta do quarto para mim.

- Vamos subir?

- Tá. Obrigado por tudo.

- De nada. Você ainda quer ir à praia?

- Não. Acho que eu vou descansar um pouco.

- Ok.

Subimos. Justin abraçou-me como se fosse um apoio para mim.

Dei a chave do meu quarto para ele. Biebs abriu. Entramos. Eu me deitei.

- Tchau. Obrigado por tudo.

- Eu vou ficar aqui com você. Posso?

Por que ele quer ficar? Que medo.

- Pode.

Justin sentou-se ao meu lado após trancar a porta do quarto.

- Posso dormir com você?

Quê que isso? Tá achando que isso aqui é a casa da mãe Joana?

- Como assim?

- Eu estou um pouco cansado e não gosto de ficar naquela suíte enorme sozinho.

- Mas... Eu sou moça de família, ok?!

- Até quando passa mal fala besteiras... – Justin riu.

Assenti.

Bieber se deitou ao meu lado e eu coloquei minha cabeça em seu tórax. Lutava para não dormir, não queria que ele me visse dormindo... mas, eu adormeci.

[...]

- Porque isso tudo? Você não me quer mais? Ou melhor... Você me deu esperanças que tudo entre nós poderia ser verdadeiro, mas não. Você estragou você acabou com tudo. Eu não te amo mais, nem como fã. Some da minha vida. – Gritei chorando – Você não merece o que eu já fiz por você. Tudo que eu já enfrentei por você.

- O que foi? – Alguém me balançou.

- Ãn? – Abri os olhos.

- Você estava falando sozinha enquanto dormia.

- Pesadelo... – Arfei coçando os olhos.

- Por que você falou: “Você não merece o que eu já fiz por você. Tudo que eu já enfrentei por você.”?

- Eu sonhei contigo. – Franzi os lábios e abaixei o meu cabelo com as mãos.

 Dizem que quando você vai dormir e sonha com alguém, é porque aquela pessoa dormiu pensando em você.

... Será???

- Como foi?

- Foi ruim. Não quero falar sobre tal coisa. – Falei abraçando-o.

Eu parecia um bebê carente. Meu porto seguro era o Justin e naquele momento eu podia tê-lo ali para me confortar... Desculpa ai sociedade.

- Quantas horas?

- São duas horas da tarde.

- Eu estou com fome. – Bocejei saindo da cama.

- Eu também. Vamos descer?

- Vou me arrumar antes.

- Arrumar? Não precisa. Está bonita assim mesmo.

- Não. Eu vou me arrumar sim.

[...]

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Descemos e fomos a um restaurante.

- O que vocês desejam?

Justin pediu a comida...

- Sinto muito, mas o cardápio do almoço já está fechado. Já são duas horas da tarde.

- Ok. Então eu vou a outro lugar.

- Como assim? – Perguntei.

- Vamos... – Ele me puxou.

Saímos dali. Fomos a uma lanchonete. Nada mais gorduroso do que aquele hambúrguer que eu comi. Juro.

- O que vamos fazer agora?

- Não sei.

- Vamos à cachoeira?

- Sério? – Falei animada

- Não.

- Palhaço.

- Brincadeira. Vamos?

- Vamos.

Subimos ao quarto. Ele ao dele. Eu ao meu.

Só fui lá e busquei minha bolsa e coloquei novamente o biquini.

Depois tranquei meu quarto e fiquei no corredor esperando o Justin aparecer, até que a Mama Jean deu as caras.

- Olá Alice. Como vai?

- Vou ótima. Você?

- Estou bem. O que faz aqui no corredor?

- Estou esperando uma pessoa. – Não queria falar, sei lá. – Vou à cachoeira.

- Ah.

- E você?

- Eu? – Ela gaguejou. – Eu só vim tomar um ar no corredor, já estou voltando para o quarto.

- Ah, legal. – Sorri amarelo.

- Tchau. Tenha uma boa tarde.

- Obrigado.

Mama Jan se foi. Justin ainda não havia chegado. O que será que ele está fazendo?

30 minutos depois...

Fui até a porta do quarto dele e bati. Bati. Bati. Depois de alguns minutos o mesmo abriu a porta.

- Você não se arrumou?

- Entre.

- O quê? Nós não vamos mais?

- Entre logo. – Bieber me puxou.

Entrei. Havia uma multidão lá fora. Muitas meninas mesmo.

- E agora? – Falei olhando pela janela.

- Não sei. Não te liguei porque pensei que você tivesse visto isso. Eu acho que é quase impossível sair daqui sem ser notado. – Biebs afirmou.

- Droga! Eu queria me divertir.

Sentei-me no sofá. Segundos depois alguém bateu na porta. Justin foi abrir enquanto eu permaneci imóvel no sofá.

Um cara entrou. Era o segurança do camarim. Kenny? Ah... Então é ele. Pois bem, o mesmo ficou me olhando. Sou meio engraçada por não conhecer ou me lembrar de tão bem dos nomes das pessoas que cercam o Justin, já que eu sou uma Belieber. O fato é que minha mãe não gostava que eu ficasse no computador se fosse procurando alguma coisa sobre o Bieber, pois meu pai odiava. Uma vez ela me ameaçou de cortar a internet. Eu preferi parar de mexer em qualquer coisa relacionada ao JB. Sem internet não dá. Né?!

- Quem é ela?

- A menina do camarim. – Justin respondeu.

- O que ela faz aqui Justin?

- Minha amiga. – Ele riu

Kenny ficou me olhando. Será que é porque eu estou usando um short curto? Deve...

- Tudo bem? – Se referiu a mim.

- Tudo. – Eu me levantei do sofá e o cumprimentei.

- O que vocês iam fazer? – Kenny perguntou.

- Queríamos ir à cachoeira.

- Com essa multidão lá fora? - Kenny

- Esse é o problema. - Falei

Kenny entrou em devaneios.  

- Já sei. Que tal vocês saírem pela porta de trás e eu sair pela porta da frente para distrair essas meninas?

- Interessante. – Falei

- Obrigado. – Justin

- Vocês vão de carro? – Kenny

- Vamos.

- Então não tem como fazer isso acontecer. – Retrucou

- E agora?

- Meu carro está lá embaixo, a umas duas ruas daqui. Corram para lá e eu o encontro depois. Ok?

- Ok. – Justin

Peguei minha bolsa e dessa vez eu levei meus documentos... Para evitar ficar sentada no chão novamente na portaria, barrada.

Descemos. Kenny foi para um lado e nós fomos para outro. Coloquei meus óculos e o Bieber o dele. Biebs chamou um segurança para nos escoltar enquanto Kenny saía pela porta da frente... Coitado, estou com pena dele.

O tal segurança nos deu cobertura e conseguimos, enfim, sair do hotel. Bieber segurou em minha mão e corremos desesperadamente pelas ruas de Los Angeles. Vimos de longe o carro do Kenny. Fomos até ele.

- Graças a Deus! – Falei ofegante

- Vamos esperar o Kenny.

- Tudo bem. Me deixa arrumar o seu cabelo? Está engraçado.

- Arrume-o então! – Pediu, por fim.

Eu cheguei perto dele e comecei a arrumar o seu cabelo.

- Uma vez um repórter me perguntou o que eu tinha debaixo da minha franja.

- E o que você respondeu?

- Testa.

Eu ri.

- Sua risada é bonitinha. – Ele falou

Ignorei virando-me à direção em que o Kenny poderia aparecer... PODERIA!

- O Kenny está demorando muito.

12 minutos depois...

- Já vai dar três horas da tarde e o Kenny não vem. – Reclamei.

- Ele já está vindo. – Apontou para o mesmo correndo.

Kenny chegou e nós entramos no carro.

[...]

Fomos à cachoeira.

- Você está bem? – Perguntei preocupada.

- Um pouco, mocinha.

Ele estava com uma aparência estranha, coitado.

- Quase fui pisoteado pelas suas fãs Justin, e olha que eu sou grande... –falou enquanto fechava a porta do carro.

- Que lugar lindo. Muito lindo mesmo. – Justin

Deixamos as nossas coisas por cuidado de seu segurança e fomos para a água.

Ficamos tanto tempo  lá que parecíamos velhos, de tão enrugadas as nossas mãos.

A cachoeira estava vazia. Só havia nós ali.

Kenny tinha sumido. Deveria ter ido a algum lugar.

- Só há nós dois aqui. – Justin passou a mão no meu cabelo.

- É! – Concordei envergonhada.

- Você não respondeu a minha pergunta, ou melhor...