Apenas Um Sonho escrita por Rebecca


Capítulo 30
Talvez tudo, talvez nada.


Notas iniciais do capítulo

foi mal pela demora, me afastei daqui porque quis.
mas vocês não sabem a vontade filha da puta que eu sinto todos os dias de escrever, por isso escrevi esse capítulo pra vocês.
eu tô enrolando o final da fic, porque é muito triste...



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Eu posso dizer que aprendi demais ao lado de Justin. Conhecemos as pessoas por televisão e temos outra visão dela, mas quando a conhecemos de verdade, vemos do que ela realmente é capaz e de como ela é verdadeiramente. Justin foi um anjo que entrou em minha vida.


Justin Bieber. Há umas longas semanas atrás, apenas meu ídolo. Apenas uma figura na qual eu me via inspirada. Só um famoso que a mídia mascarava.


Justin Bieber. Hoje em dia, meu. Digo, meu e de mais milhões. Mas em relação à Selena, ele era só meu. Justin é uma pessoa que quero perto de mim, não para sempre, porque o para sempre, sempre acaba, mas até o destino nos permitir.


Nunca diga que alguma coisa não vai acontecer com você, porque Deus te surpreende de um jeito sarcástico te provando que sim, se ele quiser, acontecerá. Não se preocupe se é só em sonho, na sua imaginação, numa história inventada por você ou na realidade. Basta acreditar nos seus sonhos. Acredite mesmo. Acredite naqueles sonhos mais filho da puta. Os mais impossíveis. Nos mais retardados. Nos piores, ou melhores. Quer uma fórmula? Levanta essa bunda da cadeira, sai desse computador, e corra atrás dos seus objetivos.


Certo dia, Justin contou-me um dos seus mais temidos segredos. Gelei. Como ele poderia ter feito aquilo? Como? É uma terrível coisa de se fazer, mas estará bem guardada. Minha boca é quase um túmulo. Quase.


Você acha que conhece alguém, no caso, seu ídolo. Mas na verdade, você só sabe o que ele te deixa saber quando se é uma fã. Você sabe o que a mídia te passa. Não é nada pessoal, mas quem seria boba o suficiente para afirmar com convicção “Eu dou minha vida pelo meu ídolo, porque eu o conheço o suficiente e sei que ele não faria tal coisa”?


Bieber é uma ótima pessoa, mas tem seus segredos mais ocultos. Reatamos há uma semana e dessa vez, ele foi muito honesto comigo. Tão honesto, que me contou algumas coisas de sua vida. Não que eu quisesse saber o seu passado, mas foi quase uma prova de que ele realmente gostava de mim. Essa história é meia confusa, mas a real é: Justin para me provar que tinha mudado e que gostava de mim, contou-me uma de suas façanhas… E que façanha!


Não estamos namorando, pois disse que seria melhor esperarmos um tempo. Então, praticamente somos amigos com benefícios. Eu sou uma namorada, na verdade, só não quis ter o “título” de “A namorada de Justin Bieber”. Prefiro me passar como amiga para a mídia. E há curiosos que perguntam “Como alguém pode não querer namorar o Justin Bieber?” Ele não é só o Justin Bieber, ele pra mim, é o Kidrauhl. Nessa última semana, o mesmo me provou muita coisa que pra mídia, ele não mostra. Além do quê, ele é uma pessoa normal, figuradamente, claro. De normal mesmo, aquele moleque não tem nada. Acredita que ele me fez comer pizza com abacaxi? Sério, quem é perfeito estado de lucidez comeria isso? É estranho. Afinal, o Justin tem medo de cogumelos. COMO ASSIM? Não há explicações, sério.


Todos sabem que eu tenho um lado mal. Todos têm. Uns mostram, outros escondem, e certos, sabem quando mostrar e esconder. Tipo eu. Peguei três cogumelos e o obriguei a segurá-lo durante 30 minutos, sem se mexer. Quer saber por quê? Sim, você quer. Justin me levou para ir a um casamento. Até aí, tudo bem. Mas depois, ele disse que tinha colocado bombas, BOMBAS, no bolo da noiva. Eu fiquei apavorada. Como aquele garoto podia fazer isso com a noiva, uma pessoa tão simpática? Sim, eu conversei com ela. Na hora de cortarem o bolo, ele explodiu e voou pedaços de bolo para todos os lados, direções e horizontes. O Justin começou a rir no meio de todos, enquanto eu o olhava furiosa e apavorada ao mesmo tempo. Eu só via todos assustados e a noiva chorava. O noivo estava furioso. E do nada, o tal do noivo me acusou de ter feito aquilo. Tipo, COMO? Eu comecei a chorar de desespero. No final de tudo, era uma brincadeira! O Justin foi convidade para participar de um programa que zoava as pessoas e ele me escolheu pra ser a vítima. Idiota! Por isso, o tal castigo. Tudo bem que não foi a mesma coisa, mas começou bem.

E termina assim… “sem beijos por dois dias”.

– Ei, amor. Vamos almoçar juntos? - Justin

- Posso escolher o cardápio? Não estou a fim de comer pizza com abacaxi de novo. - Avisei

– Ah, claro. Justin sorriu e saiu do meu quarto.

Peguei meu celular e liguei pra minha mãe.

– Ei mãe, que saudades!

– Quem é? Filha?

– Pai? É o senhor? O que houve? Porque o senhor está com o telefone da mamãe?

– Nós reatamos, filha.

Ah, claro. Havia me esquecido disso.

E por aí, vai... Meu pai fala muito! Comentei sobre um garoto que eu havia conhecido aqui, e o Ricardo chegou até a comentar que queria vê-lo. Será que meu pai irá ficar chocado quando conhecer o Justin? Porque sabes, o senhor Ricardo o conhece das minhas fanatices, das minhas fantasias e loucuras. Não pessoalmente. É apenas como uma figura distante, irreal. Impossível de se ver ou falar um dia. Sério, meu pai pensa assim. E o mais engraçado, é o fato dele me proibir de comprar qualquer coisa sobre o Justin. E agora, o Justin ser meu "namorigo". Namorado + Amigo = Namorigo.

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Era tão neuroticamente individualista que qualquer ameaça a essa individualidade, ficava imediatamente cheia de espinhos - e cortava relacionamentos com a maior frieza. Dá vontad de chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que os amei, pelo que tentei ser correta e não fui!

Justin e eu. Talvez um volte, talvez o outro vá. Talvez um viaje, talvez outro fuja, talvez ficamos curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez um perca peso, o outro fique cego. Talvez não nos vimos nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecemos de amor e viajamos junto para o Brasil. Talvez um se mate, o outro negasse. Sequestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada.

Estava em um almoço qualquer com o Justin. Mas éramos apenas nós. Sem essa de "eu" e "ele". Era uma junção. Somando, nada de subtrair. Duas pessoas juntas num universo só delas. Perfeitamente imperfeitos.

– Ei Justin, é um assunto "nada a ver", mas você vai à igreja?

– Muitas pessoas que são religiosas, eu acho que elas acabam ficando perdidas. Elas vão à igreja apenas por ir à igreja! Eu não estou tentando desrespeitá-las mas, para mim, eu foco mais em orar e conversar com Deus. Eu não preciso ir à igreja.

– Realmente. Religião: Há milênios decidindo quem você é, o que deve pensar, o que dizer, o que fazer, a quem aplaudir e a quem odiar.

– Disso exatamente tudo. Eu não sigo religiões, amo apenas a Deus.

– Certo. E sobre a escola?

– Escola é uma droga! Eu quero que o meu mundo seja divertido. Sem regras, sem pais, sem nada. Como se ninguém pudesse me parar!

– Nossa! "O revoltado".

– Não, amor. - Justin virou e selou nossos lábios rapidamente, para que ninguém visse Afinal, ainda somos amigos para a mídia.

– Chega a ser romântico você me chamar de "amor" com esse tom de voz.

– Eu sou alguém romântico. Sabe, eu ainda sou jovem, eu ainda estou descobrindo o que "romântico" realmente significa. Mas, eu estou apenas me divertindo e sendo um adolescente, amor.

– Mô, sabe o qué engraçado? Você nunca xingou em uma música sua. Estranho. Acho que você está se preservando por enquanto, sendo um exemplo.

– Eu quero ter meus fãs crescendo comigo e não apenas ser um artista teen. Os americanos são muito preservados. Por isso, estou indo aos poucos. Já twittei que as Beliebers são selvagens pra saber qual seria a reação delas, e vou te confessar meu bem, foi muito pervertido. Eu mal sabia que elas são assim.

– Justin, você ainda não viu nada.

– Eu twittei que queria foder com elas. Foi um alvoroço danado no twitter. Adoro agradá-los. Só não quero virar um cantor que só prega o palavrão. Quero falar de amor. Amor para com as pessoas e tudo isso. Estou indo devagar, pra não assustar ninguém. Eu só quero que elas se surpreendam com a minha mudança, e que não fiquem chateadas. Porque na verdade, o Kidrauhl está aqui, só que o Justin Bieber está crescendo e amadurecendo e agora, está mostrando isso ao mundo.

– Você se esqueceu que sou Belieber, né? Deu até vontade de chorar agora. - Ri carinhosamente para ele e tomei o resto de suco que estava em meu copo.

– Será que tem paparazzis por aqui? Minha mãe disse que eu não estava autorizado a namorar até que eu tivesse dezesseis anos, mas eu quebrei esta regra. - Justin disse rindo e me olhando nos olhos, quando terminou de falar.

Ficamos nos encarando por um longo tempo. Seu olhar me penetrava intensamente, falava mais que palavras.

– Você tem noção, de quantas vezes você passa pela minha cabeça, num só dia? Eu me apaixonei pela sua voz desde o primeiro dia que eu a ouvi. - Quebrei o silêncio, mas sem desviar meu olhar do seu.

– Minha cama tá te chamando. Não vai fazer desfeita né? - Arqueeou a sobrancelha e ficou agitado. Mas claro, tudo num tom brincalhão. Ele é anormal. Justin pegou uma batata frita e a estendeu para mim. Sorri de leve e a mordi. Logo, ele pegou a outra metade e enfiou na boca. - Quero estar com você até o infinito.

– Entenda: Só os números são infinitos, e mais nada. - Disse.

– Ei amor, então eu vou te dá um presente e esse presente vai representar o nosso amor.

– Certo - O olhei de esgueira - Você vai mudando com o tempo, até mesmo sem querer. É que assim, não chega a ser uma escolha sua, são tantas informações, tantos momentos, tantas coisas acontecendo contigo, que você meio que vai ficando mais frio com o tempo, ou mais doce também.

– Você me fez mudar.

– Regra número 1: Nunca mude por ninguém.

– Corrigindo minha frase: Eu não mudei, eu melhorei por você.

– Não fale o que sente à qualquer um. Baú aberto não protege tesouro.

Sorri e o encarei, novamente. Aquele olhar era um dos meus pontos fracos.

– Por que você está tão fria, amor?

– Porque eu já fui quente de mais e acabei me queimando.

– É interessante como a gente amadurece e começa a ver as coisas de outra forma quando se afasta. - Justin - O Erick te fez muito mal.

– O que você sabe sobre o Erick? - Como assim ele sabia quem era o Erick? O Ryan sabia, o Justin não.

– O Ryan comentou sobre isso. Me atualizou das informações sobre você.

– Ryan fofoqueiro! - Roubei uma batata dele e comi.

– Você é brilhante demais pra ter sofrido por um amor fosco.

– Eu chorei. Mas fique claro que não foi por ele. E sim, pela dor que ele me causou.

Justin enfiou todas as batatas restantes na boca e as mastigou. Me olhava.

– Escute. Escute meu silêncio. Ele já está rouco, de tanto gritar. - Falei, encarando-o novamente.

Bieber mudou sua expressão. Tinha um olhar misterioso.

– O que ele diz?

– Segunda chance é só no video-game então é bom ficar ligeiro, viu?

– Você está antipática hoje.

– Eu sou antipática mesmo, o mundo tá cheio de gente brega e limitada e é um direito meu ser assim, às vezes.

– Ok, pelo menos meus amigos são legais e dizem me amar. Sua besta. - Disse rindo.

– Cuidado com as pessoas. Elas não falam tudo o que pensam e nem sempre sentem tudo o que falam.

Justin me fuzilou com os olhos. Olhei pros lados, para não encará-lo. Notei um paparazzi ali e avisei ao Justin. Ficamos mais um pouco e fomos embora.

Natal estava aí e eu mal havia me planejado. Tinha que voltar ao Brasil. Ano novo com a família. Voltar a minha rotina. Tudo como antes. Longe do Justin. Ele só iria me visitar quando desse, porque iria começar uma nova turnê.

Era noite, havia acabado de tomar banho e estava assistindo a MTV Americana, enquanto tomava sorvete. Meu celular vibrou. Atendi, era o Justin.

– Alô?
– Oi, quer transar?
– Nossa.
– O que foi?
– Nada.
– Sério, eu tava tomando banho e foi difícil não pensar em você. Ele acordou do nada quando imaginei você no banho comigo e…
– E?
– E que tá difícil de não querer transar com você.
– Vem aqui então. - Falei
– Tá fácil?
– Então não vem.
– Não, desculpa. Mas você quer?
– Depende, vai me chupar?
– Chupo, chupo bem gostoso, chupo seu corpo todo.
– Hmmmm. Só pensou em mim no banho?
– Não, bati minha boca e pensei em você também.
– A boca? Que eu tenho a ver?
– Não sei, queria te beijar, te morder, te chupar, pois é.
– Já disse, vem aqui.
– Se fosse tão fácil assim.
– Hm. É, não é fácil mas… você fez algo?
– Algo?
– Bateu punheta?
– Poxa, pensando em você? Sempre. Mas seria melhor se estivesse aqui.
– E se eu estivesse ai? Aparecesse na sua porta?
– Eu iria te abraçar, te beijar muito, morder tua boca e teu pescoço e ia dar tchau pras pessoas do corredor enquanto eu te empurrava pro meu quarto.
– Você só quer sexo comigo.
– Não, eu te amo, quero muita coisa, mas agora, quero te comer. Da pra ser ou tá difícil?
– Acho que ta difícil. Faz assim, sonha comigo.
– Mais?
– Sempre.
– Sempre sonho.
– E sempre é sexo né?
– É bom te comer, ter você todinha pra mim e depois ficar te acariciando.
– Haha. Você acha que ilude?
– Não.
(Silêncio)
– Você ainda quer sexo?
– Quero.
– Tá, to indo aí. Só prometa que vai ser gostoso e que vai me amar depois?
– Prometo o que você quiser, só vem ser minha.
– Sou sua sempre.
– Sempre.

Saí do meu quarto, ainda de pijamas e corri de fininho pelo corredor do hotel. Não tinha ninguém. Justin abriu a porta e agora, nos encontrávamos na cama, abraçados. Ryan não estava lá, é bem normal isso. Ele é bem gaiteiro, então é previsível essas atitudes.

— Se joga.
— Onde?
— Nesse sentimento, boba. (Justin sorriu tímido)
— Não tô pronta pra um suicídio.
— Suicídio?
— Sim, me jogar de um penhasco por você é puro suicídio.
— Se arrisca garota. Para com isso.
— Não paro não, eu não quero me machucar. Muito menos morrer. - Falei
— Eu até te entendo. Mas se fosse pra tu se machucar, ou até mesmo morrer, eu não teria pedido. Não acha?
— Não confio em você.
— Mentira.
— Como tem tanta certeza assim?
— Teu olhar… Não concorda com o que sai da tua boca.
— Bem observado, mas está errado.
— Vai continuar negando?
— Eu tô falando a verdade, caralho.
— Mesmo? (Justin riu)
— Tá rindo do que idiota?
— Você fica linda brava desse jeito. (Bieber sorriu)
— Para.
— Confessa?
— Nunca.
— Para de birra, pequena.
— Não me chama assim.
— Mexe contigo?
— Você sabe…
— Eu sei…?
— Sabe.
— Não, termina a frase.
— Me obriga.
— Tu é tão difícil.
— E você vai desistir de mim. - Falei e fiz bico, enquanto o olhava, abraçada por seus braços quentes.
— Não me confunda com os outros que desistiram de você.
— Por quê?
— Porque existe uma grande diferença entre eu e eles.
— E qual é?
— Sem confissão, eu não conto. (Justin desafiou-me)
— Eu te odeio tanto.
— E eu te amo tanto.
— Essa era a diferença? Contou sem eu precisar confessar. Aliás, não tenho nada pra confessar. (Eu ri)
— Quem disse que tu não confessou?
— Eu disse que te odeio.
— Com os olhos brilhando de amor. - Justin

E essa coisa de sexo, esquece. Não rolou. Eu fiquei fazendo gracinha com a cara do Justin e acabou virando diversão. Logo depois, o Ryan chegou bêbado, bagunçamos muito com a cara dele. Foi legal. Depois de um longo dia, tudo o que eu mais queria era adormecer nos braços da pessoa que eu mais amava. Justin Bieber para alguns, meu namorigo pra mim.

Quero estar perto de pessoas que sabem colocar palavras maduras nas minhas frases verdes. E o Justin sabe fazer isso, mesmo que de um modo imperfeito.

Escolha a razão ao invés da emoção; é melhor ser frio renegando o amor, do que ser vazio por excesso de ilusão. Lembre-se. Ainda não era um momento certo para tudo se encaixar. Na vida as coisas são incertas, às vezes temos algo, mas logo a perdemos, acontece com as pessoas. Às vezes pra você, elas são... Talvez tudo, talvez nada.



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Notas finais do capítulo

amo vocês, me deixando reviewrs ou não.



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