Friends By Fate 3 - The Rescue Mission escrita por Mandy-Jam


Capítulo 2
Patrulha da fronteira em ação


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo. Agora a história começa a ficar mais engraçada.



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- Legal... Eu realmente não tenho sorte com esse negócio de guerra. – Comentou Amanda lembrando-se de todos os problemas que já teve por causa de Ares – Mas... Que guerra é essa? E... Nós estamos no meio?

Marcos desviou o olhar e sorriu. Não era um sorriso simpático, mas fazia mais o tipo de “Estamos bem ferrados. Que lindo.”.

- Não só vocês. Bem... Principalmente vocês. Os doze são o ponto principal da profecia, mas ela afeta todo mundo ao redor. – Disse Marcos – Todos que já conheceram vocês, ou que estiveram do lado de vocês. O Acampamento Meio-Sangue inteiro, até mesmo os Deuses.

- Os Deuses? – Repetiu Amanda incrédula e começando a ficar cada vez mais tensa. Ela pegou o CD que tinha deixado cair no chão e o colocou de volta na cesta – Essa... É a guerra contra...

- Cronos. – Assentiu Marcos – Não importa o que vocês façam. Ele vai voltar. E vai tentar derrubar o Olimpo de novo.

- Como ele pode levantar? Da última vez... Tinham dito para nós que ele tinha sido reduzido á cinzas. Voltar depois disso... Deve ser difícil, até mesmo para ele, não? – Perguntou Amanda.

- Eu acho que sim, e isso é bom. Nos dá mais tempo de ir atrás dos outros no Mundo Inferior, e de proteger o Acampamento Meio-Sangue. – Disse Marcos se levantando e ajeitando uma faca que levava em um bolso da calça logo ao lado de sua coxa.

 - Você ia ajudar ele? – Perguntou Amanda sem querer. Marcos olhou para ela, e a filha de Hermes permaneceu parada – Você estava ajudando aqueles três traidores.

- Antes de eu saber que eram traidores. – Completou ele – Os filhos de Nêmesis não gostam de coisas desequilibradas. Olho por olho, dente por dente. Eles traíram vocês e todo mundo, e eu traí eles. Os três queriam eliminar o Percy Jackson e os amigos dele. Eu só fiz com que eles não conseguissem sair do Mundo Inferior.

- Percy não sabia disso, não é? – Perguntou Amanda – Por que quando eles chegaram, logo depois nós ganhamos a missão de salvá-los. E ninguém falou nada sobre serem traidores.

- Eles realmente não sabiam. – Respondeu Marcos – Não mandaram vocês lá por mal. Não fariam isso com os doze da profecia.

Amanda riu. Era engraçado serem chamados de “os doze da profecia”. Há poucas semanas eles eram só os doze problemáticos do Colégio interno. Nada de especial, só de ruim. Agora eles representavam de certa forma o futuro do Olimpo.

- Certo... E você conhece a profecia? Como ela é? – Quis saber Amanda. Marcos encolheu os ombros.

- Desculpe, mas eu não consigo lembrar de tudo. Mas... A profecia é um... Bom... Tudo ou nada. – Disse ele um pouco tenso.

- Todo ou nada? Tipo... Ou todos morrem, ou todos vivem? – Perguntou ela olhando para ele com preocupação. Marcos assentiu devagar confirmando, e Amanda riu de nervoso.

- Legal. Acho... Acho que isso pode fazer parte da P.A. da Bia. – Comentou Amanda.

- A P.A. da Bia? – Repetiu Marcos franzindo o cenho.

- É. Progressão Aritmética. Coisa de filhos de Atena. Ela conseguiu prever quem ia se dar mal nessa próxima profecia a partir disso. – Respondeu Amanda – Uma conta toda tensa. Mas... Acho que isso deve fazer parte também. Nós te falamos. É o plano dela.

- Ah, sim. Então foi desse jeito que ela viu o que iria acontecer. – Confirmou Marcos se lembrando. O filho de Nêmesis começou a andar pela dispensa – Eu ainda tenho que ver a Natália e a Bruna. Elas vão ficar no lado de fora da caverna, quando nós descermos o abismo.

- Sabe... Soa um pouco macabro falar “descer o abismo”. Tinha um filme de terror que era “O abismo do mal”, e o final não foi nem um pouco bonito. – Comentou Amanda rindo.

- Como terminou? – Perguntou Marcos rindo.

- Todos morreram, menos uma mulher. Ela ficou louca, mas ia acabar tendo o mesmo destino das amigas. – Amanda passou o dedo indicador pelo pescoço devagar, insinuando que ela morreria, e Marcos riu de novo.

- Ahm... Isso não vai acontecer com a gente. Fica tranqüila. – Confirmou ele. Amanda assentiu e foi com ele até a porta da dispensa. Eles saíram e foram para o lado de fora do chalé de Hermes – Vou treinar um pouco com a Natália e a Bruna. Se bem que eu acho que a caçadora não vai querer garotos por perto.

- Acho que ela não se importa. – Amanda encolheu os ombros. Nesse exato momento passou um filho de Apolo lindo carregando seu acro e flechas, e com a camisa rasgada. Toda a sua barriga tanquinho estava sendo revelada, e Amanda parou um pouco para olhar. “Pelo menos eu não me importo...”, pensou ela.

-... Ouviu? – Perguntou Marcos. Amanda piscou os olhos algumas vezes e olhou de novo para o filho de Nêmesis. Ele esperava a resposta dela, mas a filha de Hermes piscou os olhos de novo.

- Ahm... Oi? Eu perdi a parte do começo. E a do meio também. – Falou Amanda com um sorriso – Acho que eu me distraí um pouco... He He.

- É. Admirando a paisagem. – Riu Marcos, e Amanda sorriu inocente.

- Não sei do que você está falando. – Disse a filha de Hermes.

- Esquece. Não era nada demais. Eu já vou. Continue treinando o lance dos pés, ok? Até mais. – Marcos saiu em direção ao chalé de Natália e Amanda deu um tapa na própria testa. Droga... O lance dos pés!

- Tenho uma leve sensação de que eu sou uma das duas pessoas que vai se ferrar legal. – Murmurou ela pra si mesma, e entrou novamente no chalé.

- Pois é, Spencer... Quem diria que você ia acabar desse jeito? – Perguntou Nina com um sorriso triunfante – É realmente uma pena.

- Cala essa boca, para raios! – Rosnou Spencer, um dos filhos mais irritantes de Ares. Nina riu mais um pouco, de modo jovial e tranqüilo, e ele fingiu avançar na sua direção.

- Ei, calminha. A culpa não é da Nina aqui se você se ferrou bonito e teve que ficar fazendo patrulha do perímetro com os filhos de Dionísio. – Comentou Nina seguindo o passo de Spencer – Não é chato não poder passar dessa linha aqui?

Nina apontou para uma linha branca no chão que dividia o começo da plantação de morangos com a fronteira do Acampamento Meio-Sangue.

- Eu juro, que quando o meu turno acabar, eu vou chutar a sua bunda! – Gritou ele com raiva. Nina riu.

- Aham. Senta lá, Spencer. – Falou Nina rindo. Spencer trincou os dentes de raiva, e chutou um monte de terra na filha de Zeus. Nina teve que limpar o rosto, mas assim que terminou, olhou para Spencer novamente – Isso não muda o fato de você ser um babaca, e estar ferrado. Sinto muito, mas se isso serve de consolo... Por que não pede ajuda para o seu papai? Vai ver ele cata morango com você.

- Eu não estou catando morangos, sua retardada! – Exclamou Spencer – Estou protegendo o Acampamento, diferente dos inúteis da profecia que ficam o dia todo interditando a porcaria da arena de treino.

- A arena é para pessoas VIP’s, otário. Nós somos os boladões da profecia, cala sua boca. – Disse Nina com uma cara de “Desculpe, eu sou foda”.

Spencer ia reclamar com ela, mas então eles esbarraram em Vinícius. Como ele era filho de Dionísio, também ficava com a responsabilidade de patrulhar a fronteira para ver se não tinha nenhum monstro por perto. O filho de Are sorriu para ele.

- Talvez eu não possa sair daqui para te bater, para raios, mas nada me impede de dar uma surra no seu amigo lesado. – Disse Spencer pensando que isso incomodaria a Nina.

- Há. Fique sabendo que eu não ligo. Pode bater no Vinícius, vai. – Disse Nina ainda com um ar superior – Ele agüenta tudo.

Vinícius arregalou os olhos para Nina, e depois para o filho de Ares que avançava cada vez mais para perto dele. O garoto era enorme e cheio de músculos.

- Nina! Porra, que história é essa?! – Berrou ele com medo.

- Vamos, Vinícius! Estou torcendo por você! Mete a porrada nesse cara! – Exclamou Nina incentivando o amigo.

- Vai se ferrar! – Exclamou Vinícius. Ele saiu correndo de Spencer, e o filho de Ares o seguiu. Nina ficou parada vendo os dois sumirem no horizonte, e suspirou.

- É... Ele está perdido. – Comentou ela calmamente – O Vinícius, é claro.

A filha de Zeus encolheu os braços pensando “É... Ele teve uma vida boa”, e saiu de perto do caminho de patrulha para não correr o risco de estar ali quando o turno de Spencer acabasse.

Nina correu até o chalé de Bruna, mas ela não estava. Todos estavam ocupados com alguma coisa, até que ela resolveu ir ao chalé de Hermes. Amanda estava saindo no mesmo momento em que ela chegou, e as duas resolveram caminhar juntas para perto do lago.

- E aí, Ninão? – Perguntou Amanda andando – Pronta para a missão?

- Prontinha. – Sorriu Nina – Na verdade, quanto mais cedo nós sairmos daqui, e eu voltar com vida, melhor eu vou estar.

- Sei. A última parte é meio tensa, mas fazer o que, não é? Sempre acaba sendo tenso para nós. – Disse Amanda encolhendo os ombros.

- Por falar em tenso... – Comentou Nina parando de andar. As duas já estavam perto do lado, quando viram algo simplesmente impressionante.

Natália estava parada perto da água, mas movimentou os braços de uma maneira tão simples que de repente estava “dentro” d’água. Uma bola enorme de água formou-se ao redor da filha de Poseidon, fazendo Nina e Amanda ficarem paradas de queixo caído.

- Isso... É demais. – Disse Amanda impressionada.

- Aham! – Exclamou Nina – Muito legal mesmo!

De repente, Natália fez outro movimento com os braços, fazendo com que toda a água que estava sendo usada para formar uma bolha ao seu redor, voasse para milhares de direções diferentes. Amanda e Nina tomaram um lindo banho, e ficaram molhadas do pé á cabeça.

- Esquece o que eu disse sobre isso ser legal. – Comentou Nina – Porra Natália! Nós estávamos aqui!

- Oi? Ah! – Natália riu ao notar as amigas lá. Amanda e Nina foram para perto dela, e Natália riu – Eu posso dar um jeito nisso.

A filha de Poseidon fez com que toda a água que estava no corpo delas fosse para o chão. Nina e Amanda ficaram secas novamente, e novamente... Com o queixo caído.

- Nossa... Isso é mesmo demais. – Disse Amanda – Eu queria poder levantar a água desse jeito! Ia ser tão legal!

- É muito legal! – Concordou Natália feliz com sua habilidade – E eu consegui aprender muitos outros truques. Tipo... Como me curar com a água, como entrar na AGU sem me molhar, como fazer um tsunami, como...

- Eu só sei como beber água, e acho que isso já basta. – Interrompeu Nina rindo – Mas então... Quer dizer que eu consigo fazer isso também. Só que com eletricidade.

- Não quero nem mesmo estar perto quando você tentar isso. – Disse Amanda chegando para o lado.

- Ah, que isso, Amandinha! É só um choquinho. – Disse Nina com um sorriso inocente. Amanda imaginou ela fazendo uma bolha de energia e não gostou nada de estar em seu caminho. Os filhos dos três grandes a assustavam durantes lutas. Por isso era feliz em ser uma filha de Hermes pronta para se esconder, correr, e roubar, é claro. E também enganar.

- Sabe? Eu já levei choques e não são nem um pouco legais. – Comentou Amanda – Tipo... Teve uma vez que eu levei um choque acendendo a árvore de Natal. E outro quando eu coloquei a mão no apoio da escada rolante.

- O que?! Há Há! – Nina começou a rir desesperadamente, e Natália também. Amanda acabou rindo também – Ah, mas eu quero muito aprender a fazer isso...

- Eu concordo com a Amanda. Não quero nem estar perto. – Disse Natália. Ela olhou para as amigas e parou para pensar – Eu... Lembro que tinha um rio perto daquela caverna, não é? No Mundo Inferior.

- Tinha sim. – Confirmou Nina.

- Então eu vou ficar perto dele, junto com a Bruna. Sabem, enquanto você descem. – Disse Natália pensando na missão – Quando nós vamos para o Mundo Inferior?

Nina e Amanda se entreolharam. Elas não tinham a mínima idéia, embora tivessem treinado dia após dia para essa missão. Aquele já era o quarto dia de treinamento, mas eles não tinham uma data certa para irem embora.

- Temos que conversar isso com o resto do grupo, porque se demorarmos muito eles podem ter problemas. – Disse Natália tensa.

- É mesmo. – Confirmou Nina – Vamos chamar eles logo agora e falar isso. Quando mais cedo formos, melhor.

- É. – Confirmou Amanda, embora ela ainda não se sentisse pronta para ir. Não conseguia acertar os malditos passos, e mesmo treinando, tinha certeza de que acabaria fazendo besteira.

Estava quase ficando tarde. Mais ou menos umas 7 horas. O jantar era só servido ás 8, então elas ainda tinham tempo de discutir sobre o dia em que sairiam para o Mundo Inferior.

Todos se reuniram na margem do lago. Bia, Bruna, Nina, Natália, Amanda, Rita, Mariana, Marcos e Vinícius. Ao ver Vinícius, Nina sorriu.

- Você se saiu bem com o Spencer? – Perguntou sorrindo.

- O que você acha?! – Berrou ele com raiva. O olho de Vinícius estava roxo, e seus óculos estavam tortos. Nina sorriu de novo.

- Tudo bem, Vince. O que importa é que você deu o seu melhor. – Disse Nina.

- Eu te mato. Um dia. – Disse ele se sentando, enquanto fuzilava Nina com um olhar de raiva.

- Mas então... Nós temos que falar sobre coisas importantes, agora. – Disse Bia cortando a conversa dos dois – Quando nós vamos sair para o resgate deles, temos que inventar alguma coisa para que Quíron não pense que fomos em uma missão.

- Tem certeza que é melhor não ouvir a profecia? – Perguntou Rita ainda em dúvida quanto á isso.

- Claro! Sempre que ouvimos as profecias, elas nunca são boas. Cada uma pior que a outra, e isso acaba nos deixando nervosos e piora tudo. Precisamos nos concentrar na missão. – Disse Bia.

- E também... Não importa o que a gente faça. Não importa se nós sabemos ou não sobre a profecia, ela vai acontecer de qualquer jeito. Então é melhor esquecer ela, e seja o que tem que ser. – Disse Amanda encolhendo os ombros.

- Isso mesmo. Nós já sabemos que duas pessoas vão ter problemas. Não sabemos que tipo de problemas, mas vão ter. Por isso... Tomem bastante cuidado. – Continuou a filha de Atena.

- Mas... Da última vez a profecia falava sobre traidores. E esses traidores não eram do nosso grupo. Vai ver essas duas pessoas também não são. – Disse Nina pensando alto, mas Bia negou com a cabeça.

- Os números eram de fatalidades que aconteceram conosco. Não com outras pessoas. Essas duas pessoas são do nosso grupo, e podem ser qualquer um de nós. – Afirmou Bia.

- Ahm... Vamos falar da parte de enganar Quíron, ok? – Pediu Amanda querendo fugir do assunto – Nós podemos dizer para eles que vamos ver os nossos pais mortais. Acho que nos deixaria sair, não é?

- Não sei. O Acampamento Meio-Sangue está sobre ataque. Cronos pode mandar um exército para cá á qualquer momento. Não sei se ele deixaria que logo os que sobraram dos 12 saírem. - Disse Marcos – E também... Ele ainda está esperando que vocês saíam para a missão de resgate.

- Mas se contarmos a verdade, ele vai falar para ouvirmos a profecia. – Disse Rita – E se nós formos visitar os nossos parentes mortais, ele vai suspeitar se sairmos daqui com armas.

Amanda riu. Todos olharam para ela, e a filha de Hermes sorriu.

- Vamos fazer assim... Vocês cuidam da história para enrolar o Quíron e eu dou um jeito de levar as armas para fora sem que ninguém note, certo? – Sorriu a filha de Hermes, com os eu típico sorriso malandro no rosto.


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Notas finais do capítulo

Como vocês acham que eles vão fazer para sair do Acampamento Meio-Sangue?

Espero pelos reviews, e desculpem a demora!

Beijos e até o próximo.



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