Friends By Fate 3 - The Rescue Mission escrita por Mandy-Jam


Capítulo 3
Carona, por favor


Notas iniciais do capítulo

Aqui está um capítulo novinho!



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Dionísio jogava cartas com Quíron na varanda da Casa Grande. O Deus do vinho jogou uma combinação de cartas sobre a mesa, mas o centauro só sorriu para ele.

- Eu ganhei. – Anunciou Quíron jogando uma combinação de cartas melhor que as de Dionísio, que estreitou os olhos para ele com raiva e tomou um gole de Diet Coke.

- Eu odeio você. Odeio todo mundo aqui. – Disse ele em um resmungo mal humorado. Quíron riu um pouco.

- É. Sabemos disso. – Disse ele concordando sem ligar.

- Será que ele não se toca que nunca vai ganhar? Que idiota. – Disse Vinícius revirando os olhos. Ele e os outros meio-sangues estavam atrás de uma árvore larga que ficava na frente da varanda, escondidos. Todos menos Amanda.

- É tão legal ver que você apóia o seu pai. – Comentou Nina em sarcasmo.

- Então nós vamos começar? – Perguntou Bia ignorando Nina e Vinícius e voltando ao assunto principal. Marcos assentiu confirmando, e a filha de Atena soltou um suspiro – Se a Flávia estivesse aqui isso seria mais fácil. Ninguém consegue dizer não para ela.

- Eu consigo convencer ele. Vou primeiro. – Disse Mariana convencida de que conseguiria. Todos olharam para ela.

- Er... Rita, vai na frente, por favor. – Pediu Natália e todos concordaram.

- Por que ela? – Quis saber Mariana sem entender.

- Ordem de alfabética. Agora vamos. – Inventou Marcos andando até a Casa Grande acompanhado de todos.

- Ah, sim. – Murmurou Mariana entendendo, mas quando todos já estavam um pouco na frente ela se tocou – Ei! Isso não é ordem alfabética, seus manés! Argh!

A filha de Ares marchou em direção dos amigos, e parou quando chegaram á varanda. Quíron olhou para eles, e Dionísio ergueu os olhos das cartas sem interesse nenhum. Soltou um suspiro de tédio, e apoiou o rosto com a mão.

- O que foi agora? – Perguntou ele.

- Sr. D. Quíron... Nós viemos aqui para pedir um pequeno favor. – Disse Rita tentando usar seus poderes de encanto para fazê-los aceitar o pedido.

- Tinha que ser o grupo de vocês. Um bando de metidos que se acham só porque têm poderes mais fortes que os outros pestinhas daqui. – Resmungou Sr. D revirando os olhos – Deveria é mandar vocês todos de volta para os seus postos.

- Vamos ouvi-los, Dionísio. – Pediu Quíron pacientemente – Fale Rita.

- É que nós passamos muito tempo longe dos nossos pais mortais. Nos metemos em tantas encrencas, tantas confusões, descobrimos a verdade sobre nós... E depois disso tudo, queríamos falar com eles novamente. Mesmo que seja só para dizer que estamos bem. – Falou Rita de um jeito que suas palavras tornaram seu pedido extremamente tocante.

Quíron foi afetado pelo seu poder. Dionísio não, porque ele não ligava para nada, mas Quíron sim. O centauro se mexeu inquieto na cadeira, analisando a situação.

- Vocês querem visitá-los? É isso? – Perguntou ele – Eu entendo isso, mas... O Acampamento está em perigo, e precisamos de vocês.

- Prometo que nós não vamos demorar. – Disse Rita com um sorriso leve e natural – Nós só queremos dar uma passada rápida na casa deles. Só isso, Quíron. Voltaremos antes que algo possa acontecer aqui.

O centauro ainda estava um pouco incerto, mas o jeito de Rita falar fazia parecer que ela estava completamente certa e que ele deveria com certeza deixá-los ir. Dionísio só resmungou mais um pouco.

- Tá. Vão embora. Por mim, se vocês quiserem demorar bastante eu não me importo. O pior que pode acontecer é termos uns campistas a menos aqui no Acampamento. – Comentou ele sem ligar.

- Você ia adorar isso, não é? – Comentou Vinícius de volta, e Dionísio tentou esconder um sorriso.

- Ora, eu? Por que? – Perguntou inocentemente. Quíron ainda estava olhando para os meio-sagnues.

- Quanto tempo passarão fora? – Perguntou ele. Todos olharam para Marcos, e ele refletiu rapidamente.

- Uma semana. No máximo. – Respondeu ele – Mas tenho quase certeza que conseguiremos voltar mais cedo.

- Mas... E quanto aos seus amigos? Não vão sair em uma missão para buscá-los? Poderiam falar com o oráculo agora mesmo para poderem aproveitar o tempo que estarão fora e... – Ele foi interrompido.

- Nós ainda temos que montar uma estratégia. Eu estou pensando nisso, e prometo que quando voltarmos partiremos em uma missão com um plano pronto. – Menti Bia com um sorriso um tanto nervoso. Mentir assim a deixava um pouco desconfortável, mas a última coisa que eles queriam era ter que ouvirem a nova profecia.

- Certo. Então... Eu não vejo problema... – Confirmou Quíron devagar – E onde está a Amanda?

- Ela foi fazer as malas. – Mentiu Marcos naturalmente – Nós sabíamos que você não iria se importar com isso.

- Vocês precisarão de um transporte? – Perguntou Quíron. Marcos estava prestes a dizer que seria ótimo se deixassem eles em New York, mas foi interrompido.

- Não se preocupe. Eu ajudo nesse detalhe. – Disse uma voz feminina. Eles se viraram para trás e viram quem era. Deméter estava em pé ao lado deles. A mãe do Rhamon sorriu para os meio-sangues de modo educado, e depois voltou-se para Quíron – A não ser que ache algum problema nisso.

- De forma nenhuma. – Negou Quíron – Se você desejar levá-los, tudo bem. Creio que eles aceitarão a ajuda.

- Ahm... Claro. – Confirmou Nina sem entender o que estava acontecendo. De onde Deméter surgira?! E para que queria levá-los de carro – Por que não?

Deméter sorriu novamente. A Deusa tinha cabelos pretos presos em um rabo de cavalo, só que com alguns fios soltos junto á sua franja comprida. Usava uma camisa verde quadriculada e uma calça jeans.

Marcos olhou para os outros.

- Então... Vamos. – Disse ele com um sorriso rápido, e um tanto falso. Deméter começou a andar com eles até a entrada do Acampamento Meio-Sangue, mas Marcos foi um pouco atrás, pensando no que a presença de Deméter significava.

- O que ela faz aqui? – Perguntou Bia sem entender.

- Não sei. Mas não podemos simplesmente dizer que vamos sem a ajuda dela. –Disse Marcos – Deméter é uma Deusa que gosta muito de bons modos, e pode considerar isso “rude”. Acho que o melhor que podemos fazer é dizer para nos deixar em New York. É para lá que íamos mesmo...

- Certo... Mas e a Amanda? – Perguntou Bia tensa – Acho que isso não vai dar certo. Lembra? Deixamos ela com as armas para que nos encontrasse do lado de fora do Acampamento.

- Ela vai estar do lado de fora. Nós só temos que esconder as armas. – Falou Marcos – Pode ser difícil, mas... Temos que tentar.

Bia assentiu e eles continuaram andando. Quando os meio-sangues finalmente chegaram ao lado de fora da fronteira do Acampamento Meio-Sangue, e pararam perto de algumas árvores no pé da colina, viram Amanda.

- Amandinha! – Exclamou Nina – Você conseguiu... Ajeitar as malas?

- Eu... Er... Sim. – Respondeu ela um pouco tensa. Amanda estava encostada em uma árvore, e quando deu alguns passos para frente arrastando uma mochila pesada, ela olhou para o lado. Um home apareceu no campo de visão deles – Eu... Tive uma pequena ajuda...

- Ares?! – Exclamou Nina arregalando os olhos ao ver o Deus da guerra logo ao lado de Amanda. A filha de Hermes parecia um pouco tensa, mas resolveu ficar quieta e assentir devagar.

- Ora, ora... Se não são os azarados favoritos do Olimpo? – Disse Ares com um sorriso maldoso – Então vocês aceitaram nossa carona?

- Como poderíamos dizer não? – Respondeu Bruna. Ela olhou para Ares e depois para Deméter. Eles queriam alguma coisa, com certeza – Mas... Como sabiam que precisávamos de uma carona?

- Nós sabemos de tudo, caçadora. – Respondeu Ares, e depois olhou para Nina e Amanda que já estavam ao lado uma da outra – Principalmente sobre alguns comentários a cerca de catar morangos.

Amanda franziu o cenho sem entender do que ele estava falando, mas Nina sabia exatamente o que ele queria dizer com aquilo. Lembrou-se de ter mandado Spencer ir catar morangos com o seu papai, o que ela imaginava que não chegaria aos ouvidos de Ares.

- Ahm... Claro. Catar morangos. – Concordou Amanda fingindo entender – E maçãs também. Elas são gostosas.

- Cala a boca, cabeça de vento. – Disse Ares estreitando os olhos para ela.

- Sim, senhor. – Sorriu Amanda.

- Oh, paaaaaaai! – Exclamou Mariana indo para perto dele – Você ainda não me deu uma lança nova! Está esperando o que?! Que droga! Você quer que eu morra?!

Ares engoliu a resposta que ia dar. Um sim estava quase escapando de sua boca, mas ele o prendeu com um sorriso e negou com a cabeça.

- Imagina. Amo você do mesmo jeito que o Dionísio ama esse Acampamento. – Respondeu ele como se isso fosse algo bom.

- Então por que não me dá a lança?! – Exclamou Mariana – Eu preciso dela!

- Mariana, você não entendeu a indireta? – Perguntou Vinícius olhando para ela. A filha de Ares franziu o cenho tentando se concentrar, e todos fizeram silêncio por alguns segundos – Dionísio... Amar Acampamento... Sacou?

- O ponto é... Eu quero a minha lança! – Exclamou ela não querendo perder tempo entendendo o que Vinícius queria dizer.

- Para que você vai precisar de uma lança agora? – Perguntou Ares cruzando os braços, e erguendo uma sobrancelha.

- Por que nós vamos...! – Bia deu uma cotovelada em Mariana.

- Nós vamos voltar e ter que treinar, é isso senhor. – Sorriu Bia tentando disfarçar – Ignora ela. Mariana é muito apressada.

- Bia! Eu quero a minha lança! – Mariana usou um tom de voa manhoso – Faz ele me dar uma lança! Vai! Por favor, filha de Atena!

- Eu não! Fica quieta, Mariana! – Exclamou Bia tentando livrar seu braço de Mariana, já que ela o agarrou com força e começou a puxá-lo para baixo.

- Vamos logo sair daqui. Eu não agüento ficar cercado por vocês, suas pestes. – Resmungou Ares andando em direção ao carro – E tentem não enrolar para chegar ao carro, seus molengas!

- Igual ao Hades. Outro imbecil mal educado. – Resmungou Deméter indo ao lado de Ares. A Deusa começou a repreendê-lo, mas Ares não deu a mínima.

Amanda estava levando a mala para o carro, quando Marcos apareceu.

- Quer ajuda? – Perguntou segurando a mala e levantando-a com ela – Cara... Isso está pesado.

- Está mesmo. Por isso eu estava arrastando ela até aqui. – Disse Amanda concordando, mas então ela parou e olhou rápido para Ares e Deméter andando lá na frente – Você sabe porque eles vieram aqui?

- Não. Mas... Alguma coisa está acontecendo. Senão eles não viriam para nos ajudar. Os Deuses nunca aparecem assim. – Disse Marcos um pouco tenso.

- Bem... Nós quase sempre vemos eles. Mas... Não assim tão rápido. – Disse Amanda refletindo sobre o assunto.

- Será que tem como ser mais lerda, cabeça de vento?! – Berrou Ares impaciente – Deixa de ser fresca e trás logo essa mala para cá! Você e... Esse aí!

Marcos prendeu o riso. Amanda também. Ares não tinha idéia de quem era Marcos, por isso não conseguia criar um apelido irritante, ou algum insulto tão facilmente.

Quando eles colocaram a mala no carro (que aprecia muito com uma van), eles se sentaram e ficaram quietos, enquanto Ares dirigia.

- Nós vamos para New York. – Avisou Bia, mas nenhum dos dois disse nada.

Eles acharam aquilo muito estranho. O que estava acontecendo?! Bia olhou para Mariana, mas ela encolheu os ombros sem entender também. Marcos não sabia, muito menos Amanda e Nina.

Natália não tinha nem a mais vaga idéia. Nem Rita, nem Bruna. Vinícius nem de longe teria, é claro.

- Estamos no caminho errado. – Disse Amanda usando seus poderes de localização geográfica – O caminho para New York é para o outro lado.

- Cala essa boca, pirralha. – Resmungou Ares. Deméter lhe deu uma cotovelada.

- A frase certa seria, “Por favor, permaneça em silêncio”. – Corrigiu ela. Ares olhou para Deméter com um sorriso forçado.

- Deméter, por favor, permaneça em silêncio. – Pediu ele do jeito que ela ensinara. A Deusa da agricultura deu outra cotovelada forte nele, e o Deus da guerra fez uma careta de dor.

- Não me mande calar a boca, seu imbecil! – Exclamou ela irritada.

- Eu não disse cala a boca! Fui educado do jeito que você mandou. – Respondeu Ares fazendo uma careta, mas Deméter lhe deu outra cotovelada.

- E não faça caretas! – Exclamou ela.

Ares resolveu ficar quieto antes que mais alguma coisas acontecesse contra ele. Quando o carro parou, todos os meio-sangues olharam para as janelas. Eles conheciam aquele lugar.

- Espera... É aquele campo onde nós fizemos o piquenique depois da nossa primeira missão! – Exclamou Bia.

- Um poço de esperteza. – Resmungou Ares saindo do carro – Se mexem, otários! Temos muito o que fazer.

Ninguém entendeu o que ele quis dizer, mas resolveram não contrariar o já irritado Deus da guerra. Eles saíram e foram em direção ao centro do campo. Era um lugar amplo cheio de grama, cercado por várias árvores em volta.

No meio, estavam algumas pessoas que eles conheciam.

- Pai?! – Exclamou Nina olhando para Zeus em pé no meio do lugar – Opa. Acho que eu estou encrencada.

- Quem dera... – Murmurou Ares sonhando acordado com a cena de um raio caindo na cabeça da sem noção.

- Nina, heróis... – Disse Zeus fazendo um leve movimento com a cabeça. Ao seu lado estavam Hermes, Poseidon, Atena, Ártemis, Apolo, Hades, Hefesto e Afrodite – Acho que temos algumas coisas para conversar com vocês, antes que tomem seus rumos.

- Ahm... Nós vamos só visitar os nossos pais. O que isso tem de tão importante? – Perguntou Natália inocente, e Poseidon sorriu um tanto maroto.

- Natália, nós sabemos que vocês não vão visitar ninguém. – Disse ele tentando não rir – Não tem como nos enganar.

- Bem, só o Dionísio. Mas ele nem liga se for enganado, por isso não conta. – Comentou Hermes encolhendo os ombros.

- Mas... O que querem falar com a gente, então? – Perguntou Bia sem entender.

- Bem... Nós sabemos do plano de vocês, e de como vocês vem praticando todos os passos, mas... – Atena se interrompeu, e todos os Deuses olharam para uma só pessoa – Digamos que nós tememos que algo dê errado durante a operação, e ela falhe.

    Todos sem exceção olharam para a filha de Hermes, que tentava disfarçar fingindo que não era com ela e que não estava notando. Mas quando notou que era inútil, soltou um suspiro.

- Ahm... Será que eu posso ir para um cantinho isolado e fingir que não existo? – Perguntou ela pesando na possibilidade.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

É muito tenso ter o destino de todos concentrado nos seus pés. Mesmo.

Espero pelos reviews!

Vamos ver o que os Deuses vão sugerir para ajudá-los.

Até mais!



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