Ps: Dont Write escrita por scarecrow


Capítulo 4
I'm Never Sure When I Need You




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PS: Don't Write

Chapter 04: I'm Never Sure When I Need You

Fitei o teto vazio. Tinha chegado em casa há cinco horas atrás, mas ainda sentia na respiração o cansaço do trabalho. Os dias ficavam estranhos sem Naruto. Depois de jantar e tomar um bom banho, deitei-me na cama para ler. E depois de vários minutos tentando ler, desisti. Minha mente não se prendia nas palavras impressas, e meus dedos brincavam sem paciência com as páginas.

Decidi então, concentrar-me apenas em meus pensamentos bobos. Pensamentos bobos, de dois dias pra cá, sobre Sasuke. Coloquei meu CD preferido para tocar, e cai na contradição do sono, mas ainda assim, sem conseguir dormir. Continuei olhando para o teto.

A brisa entrou gélida pela janela e eu levantei das cobertas para fechá-la, o frio havia começado de verdade naquele mês de novembro. Fiz força para fechar a grande janela que talvez estivesse empinada, e me perguntei se nevaria logo. Passei as mãos nos meus braços, tentando esquentá-los, apesar de já estar de pijama. Optei por fazer um chocolate quente.

Caminhei devagar até a cozinha, e meus passos saíram sem som pelo arrastar da meia branca. Coloquei o leite na caneca, e esperei esquentar no fogão. Puxei a cadeira para sentar, quando ouvi o barulho escandaloso da campainha tocar. Suspirei. Quem iria tocar a campainha da minha casa às onze da noite?

Meus passos ainda saíam arrastados, e as pernas da minha calça de moletom encostavam uma na outra pelo balancear das minhas pernas. Movi minhas mãos sonolentas até a porta, perturbada pelo barulho das chaves. Abri ainda devagar a porta.

“Sasuke?” Eu perguntei incrédula. Meus olhos se arregalaram por alguns segundos, e eu me perguntei se estava tendo alucinações. Tentei falar alguma coisa, mas minha voz não saiu. Ele estava escorado na porta, com os cabelos pretos bagunçados sob o capuz. Seus olhos se misturavam com a noite, e em se rosto apareceu um sorriso divertido.

“Estou procurando uma tal de Haruno Sakura, mas essa daqui é bem diferente da que eu encontrei mais cedo.”

“Estou preparada para ir dormir, por falar nisso, o que você está fazendo aqui a essa hora?” Eu perguntei ríspida, por vê-lo comentar do meu pijama. “Ou melhor, onde conseguiu meu endereço?”

“Seu secretário é uma gracinha, quantos anos ele tem, 17?” Perguntou sarcástico, ainda com o sorriso malicioso no rosto. “Disse a ele que Hanabi estava piorando, e precisava consultá-la urgente.”

Apoiei meu rosto nas mãos, sem acreditar no que estava ouvindo. Voltei a perguntar: “O que você está fazendo aqui?”

Ele deu um passo para frente, ficando bem próximo a mim, e eu pude sentir seu perfume doce invadir meu olfato aguçado. Deixei meus olhos correrem pelos seus, e sua voz saiu baixa, como em um sussurro.

“Vim pegar meu prêmio da aposta.” Não pude acreditar que Sasuke estava ali só pra conseguir o que ele queria. Olhei torto, e dei um passo pra trás, nos afastando. Suspirei pesado mais uma vez, antes de revirar os olhos.

“Mesmo, Sasuke? Olha, tá tarde e estamos em plena segunda feira.” Comentei nervosa, arrumando uma desculpa. Olhei para a rua e o vento frio bateu na porta. Ele esfregou as mãos.

“Tá bem frio aqui fora, não acha?” Ele perguntou sugestivo, e soprou as mãos. Deixei um espaço entre mim e a porta para que ele entrasse, e ele não demorou muito para fazê-lo. Tranquei a porta e fui para a cozinha. Por sorte, havia deixado o fogo no mínimo, e o leite estava começando a ferver. Coloquei um pouco mais do líquido na caneca.

Sasuke entrou e logo tratou de tirar o capuz e sentar no estofado do sofá. Olhei para ele de relance da cozinha, e coloquei o leite quente nas duas xícaras grandes. Coloquei chocolate, e uma pitada de canela em ambas. Entreguei-lhe uma, ao chegar na sala.

“Quando você vai parar?” Ele perguntou, bebericando o café. Percebi que ele tinha ligado a televisão, e passava algum programa fútil. Ainda na frente dele, sem tomar meu chocolate quente, perguntei:

“Parar com o quê?”

“De ficar me dando o fora, dando uma de difícil.” Ele disse meio emburrado. Bebeu mais um pouco do líquido quente, e deixou-o na mesa de centro logo à sua frente. Inclinou seu corpo para frente, aproximando-se de mim, e vi sua mão pálida encostar em meus cabelos lisos pelo pescoço. Seu hálito tocou minha pele, e sem querer, deixei-me fechar os olhos. “Eu sei que você quer...”

“Sasuke, por favor!” Exclamei, dando um pulo para trás. Minhas mãos bateram de leve na caneca que Sasuke havia deixado na mesa do centro, mas isso não impediu o impacto da mesma no vidro, deixando um som estridente dos materiais se chocando. O líquido quente se derreteu pela mesa, e derramou pelo chão. Suspirei aliviada por ter tirado os tapetes há algum tempo, por descobrir Naruto ser extremamente alérgico à poeira. “A única coisa que você sabe é que eu tenho um marido.” Deixei bem claro.

Ele rodou os olhos, e levantou-se com certa pressa. “Desculpe incomodar, certo? Estou indo embora. Nunca mais você vai precisar ver minha cara por aqui.” Seus passos se dirigiram rispidamente para a porta, e eu vi suas costas se afastarem. Tentei falar para ele me esperar, mas minha boca sequer abriu, e meu braço esquerdo se moveu em sua direção.

Sasuke se virou surpreso para mim, e seus olhos expressaram suas vontades. Meus dedos ainda tocavam de leve seus braços, e apesar do contato, não estávamos próximos. “Está tarde para você ir andando pra casa” Disse rápido. Não sabia onde ele morava, e imaginei se não era por ali perto, já que ele não veio de carro. Seus olhos contornados me contemplaram por alguns segundos, e ele não riu como eu pensei que ele faria.

Perguntei-me quando meu coração iria parar de dar falsos pulos.

“Tá tudo bem, eu vou chamar um táxi.” Explicou-se. Soltei seu braço para aliviar a tensão de meus dedos sobre sua pele, e Sasuke deu ombros. Seus cabelos estavam levemente bagunçados, seus olhos radiavam simplicidade, sua boca ainda estava meio aberta e seus braços, agora, dentro do bolso do casaco.

Sasuke estava lindo.

“Não, eu insisto, durma aqui hoje. O bairro é bem perigoso, e eu me sentiria culpada se você saísse à uma hora dessas pra rua.” Confessei e insisti, dando ombros. Ele fingiu um sorriso.

“Vamos começar por limpar essa bagunça” Ele riu, pegando a xícara caída e caminhando para a cozinha, acho que ele já estava se sentindo bem à vontade. “Me desculpe por isso.”

“Por ter quase me beijado ou por me ter feito derrubar a xícara?” Perguntei irônica, indo também em direção a cozinha para pegar um pano seco. Voltei para a sala a tempo de ouvir sua resposta com distância:

“Peço desculpas pelo beijo quando você se desculpar por não ter me beijado.” Ele disse, e eu ri alto. Limpei a bagunça de mais cedo e subi para arrumar a cama de Sasuke. Em quanto esticava as cobertas limpas, ele adentrou o quarto para oferecer ajuda, e eu aceitei. Ficamos um bom tempo conversando sobe qualquer assunto fútil, mas ainda assim extremamente interessante, e algumas vezes, engraçado.

“Bom, acho melhor eu ir dormir.” Disse eu, olhando as horas. 01:15. Ficamos em cima da cama conversando bobagens, e apesar das não constantes - mas sempre presentes - cantadas de Sasuke, conversar com ele foi maravilhoso. Sorri acanhada. “Amanhã preciso trabalhar.” Lembrei que ainda era segunda, ou até mesmo, já era terça feira.

“Tem bastante espaço aqui.” Ele comentou rindo de lado, despojando seu corpo, como se tivesse a plena consciência de que tudo o que ele fazia, o deixava extremamente sensual. Mordi o lábio inferior, nervosa.

“Espero que isso queira dizer que você está bem confortável aí.” Pronunciei antes de sair, deixando a sentença como meu boa noite.

E como em toda manhã, me perguntei quem tinha ligado o sol. Mergulhei-me entre as cobertas mais uma vez, por estar frio. Minha mente atrasou-se em flashbacks pela noite passada, e lembrei-me de Sasuke. De nossos sorrisos. De nossas conversas, palavras. Sorri boba.

Eu realmente não esperava encontrá-lo ainda lá em casa pela manhã, mas ainda me senti na vontade de matar a curiosidade de ir ao quarto de hóspedes. Abri a porta devagar, e encontrei a cama arrumada. Sorri novamente – acho que já estava conhecendo um pouco mais de Sasuke.

Logo em cima da cama, encontrei um bilhete.

Sakura,

Peço lhe desculpas pelo ocorrido, espero que o café da manhã que deixei pronto sirva como agradecimento por me deixar passar a noite.

Vou te buscar para almoçar amanhã.

PS: Pare de gemer meu nome em quanto dorme.

Torci meu nariz para o bilhete desconfortável. Um riso saiu abafado pelos meus lábios, não me lembro em ter sonhado com Sasuke e sabia muito bem que não desferia sons no silêncio da noite. Aliás, mesmo que tenha falado, Sasuke não teria audição suficiente para captar qualquer som que eu soltasse pela noite, por nossos quartos serem bem afastados um do outro.

Duvidei de mim mesma por alguns segundos, e logo pensei ser bobagem. Fiz como quem iria amassar o papel fino, mas decidi por guardá-lo. Abri a gaveta da cômoda e deixei-o descansar junto com outras papeladas.

Desci para a cozinha, esperando encontrar o café feito por Sasuke ainda quente. Sorri novamente: não me lembro de ter aceitado ou pedido companhia para o almoço do dia seguinte.



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Notas finais do capítulo

Bom, peço desculpas pela demora :c

Prometo continuar mais rápido a partir daqui.

A partir do próximo capítulo as coisas começam a ficar quentes, hihi n

Hmmm, mereço reviews? q



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