Who Owns My Heart. escrita por Kaah_1


Capítulo 28
27


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem a demora.
Eu fiquei sem criatividade, mesmo.
E por isso q talvez o capitulo não esteja muito bom :(
Mas, ta bunitinho, espero que gostem!
BOA LEITURA.
nhac



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(...)

– Justin! – gritei chamando seu nome.

Ele parou de andar e se virou lentamente me encarando com certa raiva descrita.

Eu já ia falar que havia sido apenas um beijo, não tinha o porquê de ficar tão bravo.

– O que você quer? – ele disse curto e grosso. – Olha, já me traíram uma vez, e eu... Não sabia que você seria capaz de fazer o mesmo, Melanie. – vi ele cruzar os braços.

Eu suspirei, o olhando.

Não sabia o que dizer. Apenas fechei os olhos por um segundo. Quando os abri, Justin me encarava da mesma forma. Com muita raiva.

– Você ficou louco garoto? Não precisava tudo isso!

– Só não quero ser feito de idiota. Achei que você fosse diferente. Que fosse melhor que as outras. Você mesma disse que não era uma... – o interrompi.

– Já pedi desculpas! Eu estava confusa, ok? Taylor é incrível e você é tão... Mas... Eu... Eu não sei o que pensar. Estou sentindo um milhão de coisas! – passei nervosamente a mão pelo meu cabelo e suspirei, tentando reprimir um soluço.

– Então acho melhor você decidir isso sozinha. Quando decidir com quem quer ficar, você me diz. – o vi franzir a testa. – Nós acabamos por aqui, Melanie. – ele deu um pequeno sorriso e se virou, voltando a andar com as mãos no bolso.

Ótimo, Melanie... Essa havia sido a pior burrada que eu fizera.

~


Uma semana havia se passado. E que semana de sufoco!

Eu já havia voltado da minha viajem do Havaí, aliás, todos nós havíamos. Annie chorou se despedindo do quarto e até dormiu na banheira de hidromassagem, o que me fez rir muito quando ela acordou no outro dia e mal conseguia andar de dor nas costas!

E bom agora, eu estava no estúdio, gravando uma musica que eu havia escrito há poucos dias atrás no meu tempo livre. E amanhã, logo depois de gravar a música, eu iria viajar em uma turnê pelo mundo. Eu estava tão ansiosa!

Por outro, lado eu ainda estava confusa com as coisas. Aliás, fazia uma semana inteira que eu não via Justin e nem falava com ele. Mandei mensagens, mandei um tweet – ou vários -, liguei no celular, no telefone fixo, fiz sinal de fumaça e nada do garoto me atender.

Ele ainda deveria estar bravo.

Já com Taylor, eu falei com ele uma vez na semana. Me encontrei com ele pra pedir uma opinião sobre a música que eu escrevi, e pra ele me ajudar a dar um desfecho nela. Ele me ajudou a escrever o final e olha... Até que eu estava orgulhosa de mim mesma. A letra tava linda. Eu acho.

– Olá minha abelha rainha! – ouvi a voz de Adam e me virei, vendo ele bem animado.

Sorri.

– Ora, ora... Porque toda essa animação Tio Smith? – ri apontando pro seu grande sorriso.

– Você, minha rainha... Está no passo pro sucesso! Minha estrelinha, conhecida mundialmente. Ainda me lembro de quando eu te achei por aí, perdida... Nos seus 14 anos. – Smith se fingiu de emocionado e me abraçou.

Eu não agüentei e ri.

Logo me separei do abraço e ele me olhava de testa franzida.

– Adam, o que há agora? – arqueei uma sobrancelha.

– Coisas boas estão por vir minha estrelinha... Surpresas! Mas, vamos gravar agora... Eu falei com Scooter e... -

– FALOU COM SCOOTER? –interrompi bruscamente.

Adam me lançou um olhar mortal. Acho que eu não devia ter gritado.

Mas, é que eu não tinha noticias de Justin a dias e eu precisava saber algo. Qualquer coisa a respeito dele. Eu estava morrendo de saudades e eu até queria chegar e dizer a ele que eu o queria e que tinha apenas ele na minha vida. Mas, depois das minhas fotos com Taylor que saíram essa semana quando lhe mostrei minha música, acho que ele ficou ainda mais bravo e desconfiado.

– Desculpa, titio. É que... Hm... – dei uma pausa, pensando. – Ele falou sobre Justin? Como ele esta? – mordi os lábios.

Adam suspirou.

Ele estava cansado de me ouvir falar desse assunto.

– Bieber está bem, se você quer saber. Scooter disse que ele anda meio rebelde e voltando tarde pra casa, mas é só uma crise adolescente e você sabe... – Adam se sentou em uma grande cadeira de rodinhas a minha frente e em frente ao painel do estúdio. – Você o verá em breve. Querendo ou não ele terá que cantar em um dos shows. – ele deu de ombros.

– Qual show mesmo? O próximo? – fiz careta.

– Verá ele em breve, estrelinha. É só isso. – ele deu uma piscadela. – Esta melhor longe dele! Você sabe, esse namorico de vocês não ia dar certo. – ele me olhou como se sentisse pena de mim.

Mentira.

Adam achava mesmo melhor que eu ficasse longe de Justin. Disse que ele trouxe alguns problemas.

– É. Acho que sim. – suspirei mais uma vez, cabisbaixa.

Ele parecia bem sem mim, então, talvez eu devesse ficar bem sem ele. Ou tentar isso. Eu causei isso, tenho que arcar com as conseqüências.

– Então, dê-me a letra da música aqui. Deixo-me ver. – ele estendeu a mão.

Dei de ombros e lhe entreguei o papel onde estava escrito a letra da musica.

Eu não escrevia sempre as minhas musicas, mas, esses dias, eu não conseguia dormir, estava com a cabeça tão tumultuada que acabei pegando um papel qualquer e escrevendo. Escrevendo o que eu sentia. Até que não ficou tão mal.

Vi as expressões de Adam enquanto ele lia a musica. Ele mantinha sua mão no queixo e a testa franzida enquanto lia cada linha.

Eu cruzei os braços, esperando que ele me autorizasse logo a cantá-la.

I Thought I Lost you? – Adam levantou os olhos da folha e me olhou com um meio sorriso. – No que se baseou? Está ótima, Melzinha! – ele apertou uma de minhas bochechas.

Bufei, afastando sua mão.

– Obrigado. Sabe como é, noites sem dormir dá nisso. – eu acabei rindo.

– Eu sabia que você teria inspiração assim que voltasse daquele Havaí! Diz que não sou o melhor empresário do mundo! – ele deu um tapinha no meu ombro.

– O melhor empresário e o mais gay também. Que isso, titio Smith. – eu ri novamente.

– Vou ignorar. Vai lá e arrasa, abelhinha! – ele me entregou o papel da letra.

Eu revirei os olhos e ri da empolgação e do sorriso extremamente engraçado de Adam.

Lembrei de Annie.

Ela estava obrigatoriamente viajando com seu pai para o México está semana toda, visitando seus avôs. Ela disse que voltaria essa noite pra me acompanhar na turnê. Ela não perderia uma turnê mundial por nada. Nada mesmo.

Eu não sabia qual era o primeiro país em que eu cantaria, Adam não me contava muita coisa. Ele dizia que era surpresa, pra que quando chegássemos eu ficasse mais animada ainda. Eu só tinha medo de chegar em um lugar, não saber o nome dele e acabar decepcionando os fãs.

Suspirei, entrando na sala de gravação.

Coloquei os fones de ouvido e me posicionei em frente ao microfone. Deixei a letra da musica a minha frente, que por mais que eu já tivesse a lido milhões de vezes, eu poderia esquecer alguma frase e acabar reinando. O que arruinaria a música.

Suspirei e comecei a cantar, prestando atenção só em mim e na música. Como se o resto, não existisse.

Nobody listens to me

(Ninguém me ouve)

Don't hear a single thing I've Said

(Não ouvem sequer uma palavra do que eu disse)

Say anything to soothe me

(Dizem qualquer coisa para me acalmar)

Anything to get you from my head

(Qualquer coisa para tirar você da minha cabeça)

Minha voz estava serena, e com emoção. Adam diz que sempre temos que cantar com emoção, como se sentíssemos o que queremos passar com a mensagem da música. E eu estava assim. Aliás, eu estava sentindo tudo exatamente o que estava escrito ali.

Fechei os olhos por alguns segundos. E quando os abri, Adam me olhava orgulhoso do outro lado.

Don't know how I really feel

(Não sabem como de fato eu me sinto)

Don't know how much it hurts

(Não sabe o quanto isso machuca)

To turn around like you were never there

(Me virar, como se você nunca tivesse estado lá)

Like somehow you could be replaced

(Como se de algum modo você pudesse ser substituído)

And I could walk away from the promises we made. And swore we'd never break!

(E eu poderia me distanciar das promessas que fizemos. Juramos que nós nunca iríamos quebrá-las!)

Aumentei minha voz um pouco na ultima nota. Passei as mãos pelo cabelo e mordi os lábios tentando pensar. No que se baseou? Está ótima, Melzinha! – Ah, se soubesse no que me basseei pra escrever isso... Essa letra é apenas sentimento. Essa música são meus sentimentos descritos.

I thought I lost you

(Achei que tinha te perdido)

I thought I'd never see your sweet face again

(Achei que nunca veria seu doce rosto de novo)

Pensei no doce sorriso do garoto loiro e bobo que eu conhecia. Tentei elevar minha voz para cantar o refrão. A deixar mais alta... Eu estava a forçando demais. E eu esperava que isso tivesse um bom resultado.

I kept the moments that we were in

(Mas eu manti os momentos que tivemos)

Cause I hoped in my heart

(Porque eu esperava em meu coração)

You'd come back to me

(Que você voltaria para mim)


Dei um pequeno sorriso. Pensando em alguns momentos, nos meus sentimentos e em todo o resto. Eu ainda me sentia confusa em relação a tudo. Mas, acho que as coisas estavam se afirmando aos poucos, quem sabe.

Fechei os olhos e deixei que simplesmente a música me levasse.

Eu me sentia leve enquanto cantava. E acho que a minha maior paixão, na verdade, é a música.

Quando abri os olhos, percebi que havia terminado e Adam me aplaudia do lado de fora. Eu sorri e corri dali indo até ele.

Adam me abraçou forte, dizendo que estava orgulhoso, que eu estava crescendo e tudo mais.

– Você sabe que terá que escrever letras diferentes também, certo? – ele segurou meus ombros.

– Claro. Mais maduras. Eu só escrevi essa como passatempo. – dei de ombros.

– E ficou ótima! – ele apertou minha bochecha mais uma vez.

– Desse jeito vou ficar sem bochecha tio Smith. –fiz bico.

Eu acabei rindo.

Lembrei que teria que ligar ao Taylor depois. Ele tava querendo ver como ficaria a música, já que me ajudou a finalizá-la.

– As outras, você não pode levar como passatempo. – Smith me olhou sério.

– Claro. Trabalho. – eu sorri fraco.

Ouvi algumas palmas. Não era Adam que batia palmas a minha frente.

Então, quem?

Olhei pra trás, encontrando Scooter Braun, que sorriu a mim enquanto batia algumas palmas.

– Foi incrível, Melanie. – ele se aproximou, me dando um abraço.

– Obrigada, Scooter. – disse me afastando dele. – O que faz aqui? – franzi a testa.

– Bom... – Scooter ia dizendo e seu olhar foi automaticamente pra porta do estúdio.

O garoto loiro dos olhos caramelados entrou pela porta e parou perplexo assim que me viu.

Abri a boca para dizer algo, mas, nada saiu.

Eu me lembrei um pouco da primeira vez que o vi. Foi nesta sala.

Scooter e Adam se entreolharam e se afastaram de nós, fingindo falar da minha música que fora gravada agora e das futuras músicas que eu gravaria. Adam queria algo mais maduro. Talvez mais “sedutor” e agitado. É. Bom, eu já cantava várias músicas agitadas. Mas, teria um vídeo clipe. Eu tinha um ou dois, no máximo, que eram oficiais.

– Oi Justin. – eu consegui dizer algo. – Você... Me ouviu cantar? – mordi os lábios ao perguntar.

Ele me fitou e sorriu fraco.

– Claro. Muito bom. – ele piscou e deu alguns passos se aproximando. – Sobre o que é? Se inspirou no que, hein? – ele deu de ombros, como se não fizesse questão daquela pergunta.

Eu suspirei.

– É sobre... Você sabe... – dei de ombros, igualmente a ele.

– Não. Não sei. O que é? – ele riu

– É sobre você. – cruzei os braços.

Fitei o chão por alguns minutos.

Um silêncio se instalou e eu não levantei meu olhar pra fitar Justin. Mas, acho que ele tentava falar alguma coisa.

Aliás, era sobre isso mesmo que falava aquela letra? Sobre nós?


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Notas finais do capítulo

MUITO RUIM? Comentem! Me façam sorrir que to precisando... HSUAHSUAHA :D