[...]

Eu estava meio confusa.

Confusa em relação a... Bom... Tudo.

Estávamos subindo pelo elevador em um silêncio total e desconcertante. Justin batia os pés e tinha um sorriso travesso nos lábios, como uma criança quando esta aprontando alguma coisa. Decidi não pensar muito no que aquele garoto estaria aprontando. Eu... Tinha medo até de pensar.

Logo havíamos saído do elevador e estávamos em frente à porta do nosso apartamento. Eu suspirei, enquanto Justin fazia um gesto pedindo para que eu ficasse em silencio.

- Espera! – segurei sua mão antes dele abrir a porta. – O que esta tramando, Bieber? – arqueei as sobrancelhas, colocando uma mão na cintura.

- Não posso fazer uma surpresinha? – ele fez bico, como se sentisse magoado com a minha ‘desconfiança’.

- Isso não deve ser bom! – bufei, batendo um dos pés. – Um cão infernal vai pular daí de dentro? Ou o que? – cruzei os braços, tentando pensar exatamente no que de tão importante ele estaria fazendo.

- Cão infernal? – ele gargalhou. – Essa é boa... Mas... Não! Apenas... Espere e veja, ok? –ele riu fraco, enquanto já virava a maçaneta da porta.

Eu assenti, enquanto suspirava mais uma vez.

Justin praticamente me puxou com tudo pra dentro do quarto e senti seus lábios pressionados nos meus por alguns segundos. Estava tudo escuro, e eu, em uma tentativa falha, passava a mão pela parede tentando achar o interruptor.

Quando ele acendeu a luz, eu realmente me surpreendi. Mas, eu sorri. Sorri mais do que já tinha sorrido em toda a minha vida.

Na cama tinha algumas pétalas de rosa espalhadas, e quando me aproximei, percebi que estava escrito algum tipo de mensagem com elas, sabe? As pétalas estavam alinhadas para formar uma palavra. Ou melhor, um tipo de frase.

Estava escrito algo como “Please, be mine?” – estava meio torto e nada perfeito. Mas, estava lindo. Aquelas pétalas vermelhas, formando aquela frase tão... Tão... Era significativa demais pra mim. Eu já havia visto coisas desse tipo em alguns filmes, mas... Não sabia que alguém poderia ser capaz de fazer algo assim... Pra... Mim! E...

Eu não merecia.

- Eu... Eu... – gaguejei, tentando falar depois de um tempo. Me virei, vendo Justin abrir um sorriso e erguer os ombros. – Eu já sou sua. – sorri fraco, enquanto entrelaçava meus braços ao redor do seu pescoço e lhe dava vários selinhos seguidamente.

- Agora sim. É oficial. Totalmente minha. – ele riu, enquanto juntava nossos lábios novamente.

Sua língua pediu passagem e eu apenas cedi, me deixando ser levada por aquela cena de filmes românticos onde tudo era perfeito. Muitas coisas poderiam dar errado para nós, diversas vezes, mas... Parece que tudo se acertaria.

Justin apertou minha cintura ainda mais, como se com aquele gesto quisesse dizer que nunca me deixaria ir. Sem querer, acabei pensando em Taylor, mas... Talvez Justin fosse mesmo o cara certo. Ou não. Bom, tinha que ser ele. Era ele, com toda certeza.

- Ah, quase ia me esquecendo. – Justin se separou de mim e apontou com o queixo.

Segui seu olhar, onde ele apontava e vi, em cima da cômoda uma caixa azul escura.

Dei de ombros rindo e me dirigi até lá.

Abri a caixinha e meus olhos brilharam no mesmo momento.

Lá estava, um lindo colar... Talvez de prata, algo assim... Com um pingente de coração. O peguei imediatamente. O pingente era grande. Um grande coração onde estava escrito “Forever” e tinha aquele símbolo do infinito embaixo sabe? Um oito deitado.

Justin murmurou algo atrás de mim, pedindo para que eu abrisse. Eu abri aquele coraçãozinho e vi que, dentro dele, havia uma foto. A nossa melhor foto. Justin beijava minha bochecha enquanto eu fazia careta colocando a língua pra fora.

Ele sabia que eu amava aquela foto.

O fitei, com um sorriso e sobrancelhas levantadas.

- Qual é o propósito disso tudo? – estendi o colar, o balançando em minhas mãos.

Justin riu, enquanto pegou-o de minha mão e fez um gesto para que eu me virasse. Entendi, virei tirando o cabelo do pescoço para que ele colocasse o colar.

- Faz tempo que não ficamos um tempo sozinhos... Assim. – ele riu, enquanto terminava de por o colar e me puxava, virando-me pra ele.

- Não precisava de pétalas e colares desse tipo. – apontei, fazendo uma careta. – O que tem agora? – perguntei, cruzando os braços e dando um passo pra trás.

Ele riu, me fitando com as mãos no bolso. Parecia pensar um pouco, com duvida no que falaria.

Havia me esquecido o quanto amava aquele garoto. Tão lindo... Com o cabelo ajeitado de um jeito especialmente dele e com aquele sorriso incrível que sempre parecia querer dizer alguma coisa.

- Promete que vai ser sempre minha, Johnson? – riu, e eu bufei por ele me chamar pelo sobrenome.

- Que garoto romântico o meu... – suspirei, enquanto me aproximava, bagunçando o seu cabelo e dava uma mordidinha em seu queixo. Ele riu. – Claro que prometo. – dei de ombros, rindo.

Ele me puxou pela cintura e beijou meu nariz me fazendo rir.

Pensei em contar ao Justin o que acontecera no dia anterior sobre Taylor, enquanto ele me fitava com aqueles grandes olhos caramelados e um sorriso bobo nos lábios.

O que havia acontecido?

Eu travei antes mesmo de pensar em começar a contar.

- Vem. Vamos beber algo. – ele riu, enquanto me puxava pela mão.

Fomos até a outra parte do apartamento. Eu me joguei no pequeno sofá, enquanto Justin ia buscar uma garrafa de alguma bebida.

Fiquei fitando a lua e o mar – bem escuro, mas ok – que aparecia pela porta de vidro que dava a varanda. Suspirei, pensando em tudo... E como as coisas poderiam ficar confusas e perfeitas ao mesmo tempo.

Segundos depois Justin estava ao meu lado, segurando uma garrafa na mão e duas taças. Ele encheu duas e me entregou uma, apenas sorri em agradecimento.

- O que aconteceu com você hoje, Bieber? – perguntei, tomando um gole de bebida e sentindo ela arder pela minha garganta.

- Ei, eu posso ser romântico quando quero, ok? – ele rebateu, enquanto enchia mais o seu copo.

- Ah claro! Bobo! – bati no seu braço.

- Podia ao menos agradecer né? – ele disse brincalhão, e se aproximou para me dar um beijo, mas eu me afastei. Rindo.

- Acha que me impressionou? – franzi a testa.

- Eu... Bom... Claro! Isso impressionaria qualquer garota. – ele deu de ombros.

- E por acaso eu sou qualquer garota? – virei minha bebida em um gole, enquanto o fitava pelo canto do olho.

Eu ri da sua cara de desentendimento.

- Eu só... Achei... Que... – tapei sua boca colocando o dedo indicador na frente.

- Tão bobinho... – ri fraco, enquanto me aproximava dando alguns beijinhos calmos no seu pescoço. – estou brincando. Eu amei. Realmente... Me surpreendeu. Foi lindo. – eu ri, enquanto voltava a erguer a cabeça e fitar seus olhos.

- Eu sabia. Johnson, pare de fazer joguinhos. – ele riu, colocando a garrafa ao lado no chão e pegando meu copo colocando ao lado do seu.

- Ahn? Joguinhos? – eu ri, enquanto ele se aproximava. Acabei deitando no sofá enquanto ele deitava em cima de mim. – O sofá é tão confortável... Não sei por que você não dorme aqui. –ri, bufando... Tentando desviar daquilo.

Aqueles olhos e o jeito como acariciava meu rosto...

- Prefiro ficar dormindo de conchinha com você. – ele fez bico e eu gargalhei alto.

- Idiota. Safado. Tarado... – ele me calou com um selinho demorado.

- Fala. Você gosta. – ele riu, levantando uma das sobrancelhas de um jeito até engraçado e... Sedutor. Talvez.

Eu não respondi. Apenas sorri de canto e parece que aquilo foi resposta o suficiente pra ele.

Seus lábios tomaram os meus com tanta rapidez que me deixou até sem reação. Mas, retribui ao seu beijo do meu melhor modo. Ele mordeu meu lábio inferior e chupou o mesmo, me deixando arrepiada. Puxei alguns fios de seu cabelo e puxei sua camisa pra cima que em segundo estava no chão.

Ele sorriu pra mim. Aquele sorriso malicioso e fofo ao mesmo tempo. O sorriso que me deixava louca.

Tomei seus lábios novamente, enquanto sentia seus dedos passearem pela minha coxa, a apertando de leve.

Ah, meu garoto... Eu amava que garoto fofo, carinhoso e safado. O meu garoto. O meu Justin.

Eu ri em meio daquele beijo, cheio de significados. Era um beijo romântico e cheio de desejo ao mesmo tempo, sabe? Aqueles beijos que te deixam sem fôlego algum! Oh, Melanie... Você esta toda sentimental hoje, hm? Ou não.

Enfim, com um pouco de dificuldade, Justin começou a tirar meu vestido. Ajudei-o e alguns segundos depois ele estava no chão. Sorri tímida, por estar apenas de roupas intimas na sua frente. Mais uma vez.

Justin me olhou mordendo os lábios e passou a distribuir beijinhos calorosos pela minha barriga, subindo e indo parar com os lábios em meus seios.

Pensei que deveria contar a ele sobre o que acontecera... Sobre... Bom... Taylor. Mas, eu também não queria estragar o momento. E não queria ser falsa com ele! Bom, talvez eu contasse depois.

Arfei, quando pude sentir que ele mordia divertidamente uma parte do meu pescoço.

Ele se afastou um pouco, apalpando suas mãos em minhas coxas, o que fez com que eu rapidamente entrelaçasse minhas pernas ao redor da sua cintura.

Minhas mãos que estavam em seu ombro, deslizaram, arranhando suas costas de leve. Ele deu uma risadinha rouca no meu ouvido, o que me fez ficar arrepiada.

- Ninguém pode nos atrapalhar dessa vez. – ouvi ele sussurrar perto do meu ouvido e eu dei um tapa leve no seu ombro.

Ele levantou, me carregando no colo e andou pelo apartamento até a cama.

Senti meu corpo bater no colchão macio e com certeza estragar o que estava escrito com as pétalas de rosa. Ah, estava tão lindo!

Sorri, um tanto maliciosa, enquanto via Justin tirar sua calça a minha frente e ficar só com sua boxer preta. Mordi os lábios, enquanto ele andava até a cama e se colocava por cima de mim com aquele seu típico sorriso doce-e-nada-inocente.

- As pétalas estavam tão bonitinhas... – fiz beicinho, enquanto roçava meus dedos pelo seu abdômen.

- Estão mais lindas espalhadas assim agora, Johnson. – ele disse fazendo careta e depois selou nossos lábios de novo em um beijo mais calmo que os anteriores.

Revirei os olhos, enquanto virávamos na cama e eu me via ficar por cima dele.

Arqueei as sobrancelhas, sorrindo de canto e ele apenas mordeu os lábios com uma expressão que parecia dizer “o que pensa em fazer?” – eu apenas ri enquanto posicionava uma das minhas mãos por cima do seu pênis, ainda coberto pela boxer preta.

Ta, eu nunca sei o que estou fazendo. E... Realmente... Eu espero que Annie demore.

Me inclinei para distribuir beijinhos pelo seu peitoral, enquanto ao mesmo tempo tentava colocar minha mão por dentro da sua boxer e fazer alguns movimentos julgados divertidos.

Mordi seu lábio inferior e o puxei, antes dele me empurrar e ficar por cima de mim novamente.

Ele me puxou para si, tomando meus lábios e passando as mãos em minhas costas, tentando achar o fecho do meu sutiã.

Logo ele o arrancou sem demora, liberando meus seios e jogando a peça no chão. Percebi que ele estava mordendo seus lábios tão forte que achei que ia os machucar, mas, acabei rindo.

Abocanhou um de meus seios, me fazendo arfar. Beijou-o e mordiscou a ponta do mesmo, logo depois passando o lábio entre eles, o que conseguia me deixar excitada. Suspirei e revirei os olhos, com o intuito de não pirar a qualquer momento. Justin beijava, chupava e dava mordidinhas em diversas partes expostas do meu corpo... Ta, ele era realmente... Bom.

Eu já tinha feito aquilo uma vez, mas... Não era... Do tipo... Experiente.

Suspirei, tentando focar e afastar qualquer pensamento meu da minha cabeça.

--#---

Abri os olhos, encontrando dois olhos caramelados que me encarava com um sorriso torto nos lábios.

- Bom dia. – a voz rouca disse, enquanto me dava um selinho.

- Hey, Bieber. – o empurrei de leve.

Ele saiu rindo de cima de mim e ficou ao lado da cama, de pé.

Percebi que ele já estava vestido com uma bermuda azul clara. Olhei a mim mesma por debaixo do lençol que me cobria... Bom... Eu estava... Sem nada. Acabei rindo de mim mesma e me lembrando um pouco da noite anterior. Da divertida e maravilhosa noite anterior.

Deixei escapar um suspiro, enquanto ouvia passos vindos da escada.

- Ei, pombinhos. – era Annie, que tinha os olhos arregalados e aquele sorriso malicioso no rosto, quando parou perto da cama. – Wow! Por favor, vamos esquecer que eu infelizmente vi aquela cena... – ela fez uma careta.

- Esqueceremos plenamente. Finja que nunca viu. – Justin piscou, rindo.

- Nunca. – ela riu alto e suspirou, como se no fim achasse tudo fofo. – Vou descer pra comer alguma coisa. Fiquem a vontade... Mas, nada de... Vocês sabem! – ela revirou os olhos e depois acenou, se dirigindo até a porta.

Fitei Justin que deu de ombros, enquanto mordia os lábios.

Me lembrei de Annie chegando na noite anterior e de um grande susto quando viu-nos. Mas, ainda bem que foi depois do acontecido. Ri sozinha. Foi uma noite repleta de gargalhadas e uma Annie de boca aberta.

Justin se deitou ao meu lado novamente, dando beijos calmos e ferventes pelo meu pescoço. Algo que me fez arfar.

Senti ele acariciar um de meus seios e o beijar de um jeito carinhoso, bem diferente da noite passada.

- Taradinho. – bati no seu ombro e ele parou, me fitando com aquele sorriso nada inocente. – É melhor eu ir tomar um banho. – ri, enquanto me levantava.

Justin tinha os olhos pregados em mim e eu apenas mandei um beijo pro ar e sai correndo até o banheiro.

Ouvi sua risada contagiosa e ele gritar “não vai me escapar fácil, gatinha” – tão bobo.

Liguei o chuveiro e me coloquei por debaixo dele, deixando que a água percorresse por todo o meu corpo. Eu me sentia cansada. Bem cansada. Mas, me sentia leve e totalmente feliz ao mesmo tempo. Toquei o colar que ainda estava ao meu pescoço. Havia o esquecido de tirar. Era tão lindo!

Logo saí do banho, me enrolando em uma toalha.

Dei uma corridinha até minha roupa e me vesti rápido, já que Justin não estava por perto. Arrumei meu cabelo o deixando solto e lá estava eu, pronta. Olhei-me no espelho do quarto, vendo algumas marquinhas pelo meu pescoço e colo... Eu ia passar maquiagem para escondê-la, mas, a voz de Justin me impediu disso.

- Ta linda. – ele me abraçou por trás, me contagiando com seu perfume maravilhoso. – Mas te prefiro sem roupas. Tava muito mais gostosa. – ele deu uma mordidinha no lóbulo da minha orelha.

- Ah, é? Cale a boca. – me virei, estapeando seu braço. – Idiota. – acabei lhe dando um selinho.

- Eu. Te. Amo. – ele murmurou entre selinhos. – Desculpe por ter sido um idiota ciumento esse tempo todo. – ele fez beicinho.

- O que quer dizer? – ri, enquanto cruzava os braços.

- Você sabe... Sobre Taylor... Eu estava meio... – coloquei o dedo indicador sobre seus lábios.

Droga, Melanie... Você é idiota.

Se eu guardasse tudo, seria tão egoísta da minha parte.

Conto ou não conto?

- Sobre Taylor... – comecei.

- O que tem ele? – Justin franziu a testa.

- Houve... Houve algo... Eu... Eu... Não queria te contar, mas... – suspirei e fiz uma pausa de quase cinco minutos antes de continuar. Justin me olhava com uma cara tão séria que me deu medo. – Eu... Ele... Beijei Taylor. Bom, ele me beijou, eu...  – mordi os lábios e desviei o olhar, sem querer ver sua expressão. – Desculpe. – sussurrei por fim, de cabeça baixa.

Melanie, você é uma estraga tudo!

Estava tudo perfeito, sua tonta!

Não ouvi Justin dizer nada. Ergui a cabeça, vendo seus olhos fitarem o vazio. Ele saiu da minha frente, andando ate o outro lado do quarto e esmurrando a parede enquanto murmurava um “eu sabia... sabia disso...” – eu fiquei parada, sem reação alguma, sem saber o que fazer.

Justin me deu uma ultima olhada, antes de sair pela porta do quarto sem dizer aonde iria.

- DROGA! – gritei, chutando uma almofada que estava no chão. – JUSTIN! NÃO! VOLTA AQUI! – berrei, antes de sair correndo em disparada porta a fora do apartamento.

Quando cheguei no corredor, pude ver Justin praticamente puxando Taylor pelo braço, pra fora do seu apartamento.

Ouvi ele dizer algo como “Que historia é essa, cara? Acha que pode ir beijando assim a minha namorada?” – não consegui ver direito a expressão do Justin, era um misto de raiva, chateado, desconfiado... Taylor me olhou de longe e eu apenas reprimi um soluço.

Vi Justin fechar a mão e acertar o rosto de Taylor em um soco certeiro.

O que Justin estava pensando? Taylor era muito maior que ele! Podia acabar com ele se quisesse!

Tay cambaleou pra trás e colocou a mão no nariz, que saía sangue. Ele olhou pro Justin com uma expressão que eu nunca havia visto nele... Ódio.

Taylor fechou a mão em punho e eu sabia que se ele acertasse Justin... Bom... Não ia sair nada bom dali. Os dois acabariam no hospital. Eu não queria aquilo.

- PAREM! PELO AMOR DE DEUS! NÃO FAÇA ISSO! – saí correndo e me coloquei no meio dos dois. – Qual é o problema de vocês? São idiotas o bastante pra isso? Chega! Se querem bater em alguém, que bata em mim! Eu sou o problema da rixa entre vocês, não? – falei em disparada, nem sei direito se estava usando as palavras certas.

Justin me olhou balançando a cabeça em reprovação e pude ler seus lábios que diziam “Achei que você fosse diferente” – eu abri a boca pra falar alguma coisa, mas, não sabia exatamente o que falar. E apenas o vi, mexer algumas chaves nas mãos e sair andando dali até o elevador, sem me dizer nada.

- Porque tinha que contar a ele? – Taylor murmurou atrás de mim, depois de um tempo. – você disse que íamos esquecer! – ele suspirou, colocando as mãos nos bolsos da calça.

- E vamos! Mas... Ele é meu namorado, Tay. Não posso esconder nada dele. – deixei uma lágrima escapar e a limpei em seguida.

Taylor ia me abraçar, mas, eu apenas recuei e saí correndo pra pegar o elevador e ir atrás de Justin, seja lá onde ele estivesse.

Ele iria me ouvir. Ah, se ia! Tudo ia acabar bem... Claro... Eu tinha que parar de ser uma idiota e... Tinha que tentar concertar tudo.

Tudo estava tão perfeito...

Melanie Johnson, você é uma imbecil!