A viagem tinha sido longa e cansativa. Depois de horas naquele avião sendo atormentada pela Annie que falava sem parar e Justin com seus ciúmes bobos, finalmente cheguei em casa. E olha, não é nada fácil agüentar esses dois. Eles são muito irritantes.

- E aí, que horas vai se encontrar com o Taylor? – Annie perguntou se sentando na minha cama.

Essa garota só vivia aqui em casa né? Mas, que coisa.

- Você não tem casa não, dona Annie? – ri, enquanto fuçava meu closet a procura de uma roupa descente. – PRECISO FAZER COMPRAS! – gritei.

- Viu, precisamos ir no shopping! – ela adentrou no meu closet, me ajudando a procurar uma roupa. – Já vai ir se encontrar com o Tay? – ela sorriu maliciosa e me empurrou de leve.

- Chega de malicia sua boba, eu to com o Justin agora, esqueceu? –revirei os olhos.

- Ah, tudo bem vadia... Olha, vai querer minha ajuda pra escolher uma roupa, ou não? – ela cruzou os braços, esperando minha resposta.

- Claro que vou querer... Mas, nada muito chamativo, quero algo simples. – eu dizia enquanto ela fuçava cada canto do meu closet procurando algo que batia com o que eu pedia. – Nada com muito brilho, nem muito curto. Nada vulgar e nada amarelo também, odeio roupas dessa cor e... – Annie enfiou uma blusa em minha boca me fazendo parar de falar.

- Cala boca e deixa que eu cuido do visual. – ela revirou os olhos.

- Tudo bem. – joguei a blusa no chão enquanto se sentava em um banquinho ali no meio.

Fiquei observando Annie ali horas, revirando meu closet. Já via varias roupas pelo chão, sapatos espalhados, tantas coisas... Essa garota era louca. Mas, eu admito, como “estilista” ela era ótima e ela nem tinha feito cursos pra isso. Apesar de ela viver o dia inteiro em casa me infernizando, eu a amava. Essa chata. Minha chata.

Os minutos se passavam e quando olhei no relógio que estava no meu pulso, já eram 16h30.

- Vai logo, Annie! Eu combinei de me encontrar com ele às 17h! Faltam só 30 min... – antes que eu terminasse ela jogou um vestido florido e um sinto em minha direção. Os peguei e olhei.

- Esse, perfeito! – ela sorriu toda orgulhosa de si mesma.

- Eu disse nada curto! Não vou vestir isso. – disse estendendo o vestido.

- Cala boca, confia em mim e veste isso! – ela deu um peteleco na minha testa. – É perfeito! Ta na moda, o Taylor vai gostar com certeza e vai deixar Justin louco, sem contar que você precisa estar apresentável caso algum paparazzi tire foto, não é? – colocou as mãos na cintura e abriu um sorriso por fim.

- Tudo bem. – suspirei e ri do seu jeito mandão.

Logo saí dali e fui tomar um banho rápido. Bom, eu tinha pouco tempo pra me arrumar e mesmo que fosse apenas um encontro de amigos eu não queria deixar o Taylor esperando, sabe. Então, logo saí do banho e fui colocar a roupa que a chata da minha amiga tinha escolhido pra mim. Ela não estava mais no quarto nem no closet. Devia ter descido pra comer alguma coisa ou sei lá, essa fominha... Coloquei o sapato, ajeitei o vestido e fiz uma básica maquiagem. Apenas passando uma sombra clarinha, um batom, rimel e blush. 

Logo peguei minha bolsinha, atacando lá meu celular e algumas outras coisinhas básicas. Desci as escadas e encontrei Annie e minha mãe, sentadas no sofá, folheando alguns desenhos de roupas que teria sido feito provavelmente pela minha mãe.

- Vou indo, feias. Até depois. – mandei um beijo pro ar.

- Até depois. Cuidado. – minha mãe mandou um beijo de volta, enquanto Annie fazia o mesmo.

Peguei as chaves do meu carro e logo fui até a garagem, o tirando de lá e dando partida. Ah, como eu adorava dirigir! Enquanto ligava o som, ouvi meu celular tocar.

- I Love you like song baby... – meu celular tocava aquela musiquinha da Selena. Aí, eu precisava trocar esse toque, devia ser o Justin ou a Annie que colocou essa porcaria. Tudo bem, a música era legal, mas, me irritava.

- Alô? – atendi com presa, enquanto tentava ao mesmo tempo prestar atenção na rua.

- Ah, oi gatinha... – era Justin. Revirei os olhos.

- Já disse que odeio que me chame de gatinha. – dei ênfase na palavra enquanto ele ria do outro lado. – To dirigindo, fala logo o que você quer, retardado. – suspirei irritada.

- É assim? Eu também não gosto que você me chame assim, gatinha. – ele dizia tentando me irritar. – Ta indo aonde? – interrogatório agora? Af.

- Vou sair, se encontrar com um amigo. – ri

- Com o Taylor? Não! Eu disse que não era pra você...  – sua voz estava um pouco alteradinha.

- Af, você não é meu pai, não decidi com quem tenho que sair. Beijo Justin, preciso desligar.

Desliguei antes que ele terminasse de falar e estacionei o carro em frente ao local onde combinei de me encontrar com o Tay. Era um restaurante de comida Chinesa, Japonesa, inglesa... Sei lá!

Saí do carro, pegando minha bolsinha. Ajeitei meu vestido e entrei no restaurante. Vi um ou dois paparazzi ali, meio escondidos, mas, não dei atenção. Apenas entrei no local e logo avistei Taylor em uma mesa lá no fundo, tinha algumas garotas em sua volta.

- E ai garanhão, acho que não vai precisar de mim. – pisquei enquanto me sentava a sua frente. – Hey, garotas! – acenei ás cinco meninas que estavam ali ao lado dele.

Elas sorriram pra mim, tiraram algumas fotos com o Taylor, ele deu autógrafo e elas logo saíram cochichando. As ouvi dizer: “será que eles voltaram?” – dei de ombros. Nós não tínhamos voltado e eu sabia bem disso.

- Como você ta? Senti saudades. – ele me fitou, abrindo um sorriso. – Ah, e você está totalmente linda. – ele disse me fitando por inteiro.

- Obrigado! E estou bem. – sorri de volta. – E você? – fiz um gesto, chamando a garçonete.

- Bem, também. – deu uma risadinha doce. – O que vai querer? – completou quando a garçonete apareceu ao nosso lado com uma cara espantada e olhos arregalados.

- Ahn... O que tem de bom aqui? – perguntei, olhando pra garçonete, que não parava de encarar o Taylor. Eu apenas ri do seu estado.

- A-A G-G-Gente tem... Gostam de yakisoba? – a mulher balançou a cabeça freneticamente, tentando prestar atenção no nosso pedido.

- Ah, eu gosto. Pode ser pra mim. – Taylor disse, enquanto sorria pra moça, que estava boba. – E você, vai querer o que, Mel? – ele disse acariciando minha mão, que estava por cima da mesa.

- Vou... Vou experimentar esse negocio aí. – ri.

- Yakisoba? Pros dois? – a mulher perguntou, enquanto anotava os pedidos. Apenas assentimos calados e ela logo saiu dali apressada dizendo que daqui cinco minutos estaria pronto. É bom ser famoso, não precisamos esperar tanto.

- E como anda as coisas entre você e o Bieber? – ah, ele tinha que tocar no assunto. O vi erguer uma sobrancelha, enquanto esperava minha resposta.

- Hm... Bem, eu acho. – dei uma risadinha sem graça. – E você?

- Eu to, bom... Procurando alguém. – ele soltou uma risadinha pelo nariz.

- Ainda não achou ninguém? – o fitei e ele apenas negou, mexendo a cabeça. – Como um cara bonito como você ainda não tem ninguém? – ri enquanto ele ria junto.

- Quero convidar você pra ir à premiere do meu novo filme. – fitei nossas mãos entrelaçadas sobre a mesa.

- Vai ser quando? – respirei fundo e o fitei novamente.

- Logo. Esse fim de semana ou no outro. – aquele seu sorriso fofo continuava em seu rosto. – Pode levar o Justin, ele ta convidado também. – piscou. – Mas, quero que você vá mesmo. Preciso da minha melhor amiga, por lá. – o vi beijar de leve as costas da minha mão.

- Claro que vou estar lá. – puxei minha mão de volta. Ele riu. – Aposto que esse filme vai ser um sucesso. – ergui as sobrancelhas, enquanto sorria.

- Com certeza.

Logo nosso pedido chegou e começamos a comer. Achei fofo o jeito dele, me chamar de sua melhor amiga e me convidar pessoalmente pra ir nesta premiere. Sempre tão fofo comigo. Eu realmente gosto muito do Taylor, ele é um bom amigo. Ficamos conversando por horas. Ele me contou do filme, das gravações, das cenas em que ele errou e como riu e se divertiu gravando isso. Era um novo passo pra sua carreira e eu realmente estava feliz com isso.

Rimos, contei a ele sobre a turnê. Ele me contou umas piadinhas sem graças e sobre suas fãs doidas que ele amava tanto. Aquela admiração o fazia bem.

[...]

- Mãe? Annie? – gritei, enquanto subia as escadas.

Suspirei cansada. Não tinha ninguém em casa, ótimo! Logo entrei em meu quarto, joguei a minha bolsinha em cima do pufe que estava ali e acendi a luz do quarto.

- O que você ta fazendo aqui? – coloquei as mãos na cintura, quando percebi que Justin estava sentado em minha cama.

- Ué, vim ver você. O que mais poderia vir fazer aqui? – ele fez um gesto com a mão, me chamando pra ir se aproximar dele. Revirei os olhos.

- Como entrou? – dei alguns passos, ficando em sua frente e cruzando os braços.

- Sua mãe me deixou entrar. – o vi girar os olhos e rir. – Você foi com essa roupa encontrar o Taylor? – ele fez careta, enquanto passava seus olhos por meu corpo.

Ah, meu vestido não era tão curto. Era bonito.

- Não... Eu me troco rápido. – revirei os olhos. – Algum problema com a minha roupa?

- Você ta bonita demais pra um encontro só de amigos. – ele deu ênfase na ultima palavra.

- Idiota. – me aproximei dele, segurando suas mãos. O mesmo me puxou, deitando em minha cama e me deitando por cima dele.

Iniciou um beijo calmo, lento, mas, cheio de desejo. Ri em meio disso, enquanto ele levava uma das suas mãos até minha coxa e a apertava. Nosso beijo, antes lento, agora estava um pouco mais urgente. Levei minhas mãos até seus cabelos, enquanto senti ele apertar minha bunda.

- JUSTIN! – gritei, parando o beijo e dando um tapa no seu ombro.

- O que foi? – ele riu inocentemente.

- Seu idiota. – eu já ia saindo de cima dele, quando o mesmo segurou meus braços.

- Ah, não... Fica aqui mesmo. – ele disse de olhos fechados, enquanto me dava alguns selinhos.

Rolou na cama, ficando por cima de mim, o que me roubou uma risadinha boba. Revirei os olhos, quando ele passou os beijos pro meu pescoço, onde mordicava e beijava de um jeito que me fazia arrepiar. Apenas ri.

- Senti saudades, gatinha. – ouvi ele sussurrar no meu ouvido e depois morder o lóbulo de minha orelha.

- Não me chama de gatinha. – fiz bico e ele me deu um selinho demorado.

- Eu gosto de te chamar assim, então, fica quieta. – Ele riu e começou a beijar meu pescoço. Depois desceu para meus ombros e foi os beijando até chegar em meus seios. Que estavam meio cobertos pelo vestido, mas, enfim...

- Justin... – chamei sua atenção.

- Shhh... – ele selou nossos lábios novamente.

Esse garoto era mesmo um retardado. Ri de meus pensamentos, enquanto nosso beijo ia ficando mais intenso. Justin colocou sua mão sobre minha coxa, enquanto ia subindo. O senti passar a mão pela minha intimidade e depois subiu acariciando minha barriga. Suspirei tentando me afastar. Impossível.

- Sério... Chega... – falei, em meio ao beijo.

Empurrei-lhe de leve, e ele logo parou o beijo com alguns selinhos, depois se jogou ao meu lado da cama.

- Idiota. – ri enquanto me virava para fitá-lo.

- Eu te amo. – ele disse enquanto acariciava minha bochecha.

- Eu sei. – soltei uma risadinha pelo nariz.

- Você não me ama? – ele fez biquinho, fingindo chorar.

- Não, só estou com você por causa da mídia. – falei irônica.

- Sério? – franziu a testa. Eu ri.

- Claro que não né, idiota. Eu... Eu... – suspirei.

- Você? – pediu pra continuar.

- Também te amo. – ri.

- EU SABIA! – ele me fez algumas cócegas e eu gargalhei.

Mostrei-lhe a língua e ele riu. Logo um silêncio repentino pairou por ali, enquanto fitávamos o teto. Estar com ele era tão bom.

- Como foi o encontro com o Taylor? – o fitei e ele fazia um careta.

- Foi bem legal. Adoro ele. – ri.

- Adora é? – Justin me fitou.

- Bobo, como amigo, né. – lhe dei um empurrãozinho. – ele convidou a gente pra ir à premiere do novo filme dele. – encostei meu queixo em seu ombro, o fitando.

- E nós vamos?

- Claro que vamos! Ele é meu amigo, precisamos ir. – girei os olhos.

- tudo bem, você que manda. – ele riu e me deu um selinho demorado.

Tão fofo, tão bobo, tão meu.

- Meu ciumento. – dei uma mordidinha no lóbulo de sua orelha.