Olhar de Anjo escrita por Julieta Cullen


Capítulo 7
Capítulo 7 - Meu nome é Alice.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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 - Oi? – eu disse.

- Bom-Dia... Bella me desculpe se a acordei. Estava arrumando o quart, é tão melancólico – ela era linda, baixinha, com o cabelo curto todo desfiado na cor preta e o rosto parecia uma miniatura da Sininho. Tão delicada. - Eu sou Alice Cullen!

Ela continuava a falar.

- Eu sou a Bella, mas você já sabe disso. – eu disse num tom confuso.

- Que cabeça a minha – ela deu um sorriso deslumbrante, que me lembrou Edward – Nossos pais são amigos, então o Charlie, pediu-me  para ir até a sua casa e pegar algumas coisas para você. Ele não queria sair de perto de você.

 - Obrigada – eu disse sem-graça.

- Eu queria muito te conhecer, seu pai não parava de falar sobre você – ele não era o único, que não parava de falar.

Ajeitei-me na cama para me levantar, logo Alice estava me ajudando.

- Eu trouxe algumas roupas para você. Ficar andando de camisola com a bunda de fora é “over”

Eu a olhei perplexa.

- O que foi? – ela disse. - Estou te aborrecendo?

- Na verdade, você leu meus pensamentos – eu confessei. - Não sou muito ligada em andar com uma brisa na parte de trás.

Começamos a rir juntas.

A princípio levei um susto com a Alice, com seu jeito aparentemente hiperativo. Porém era aquele tipo de pessoa que nos cativava sem perceber. Ela ajudou-me a tomar banho e depois me mostrou a roupa que escolheu. Toda saltitante.

- Bella!! eu adorei suas roupas... – ela disse com um tom de menininha. - Vamos ter que fazer compras juntas!

- Vamos ver se você tem bom gosto – disse desafiando-a. - O que trouxe para mim?

Ela abriu de novo aquele sorriso de ofuscar os olhos. Tirando um vestido tomara-que-caia na cor azul com um bolerinho, e uma sapatilha prata.

- Nossa. Nem me lembrava desse vestido!

- Eu me apaixonei por ele, assim que o vi – ela pigarreou. - Na sua bagunça...

Ela me ajudou a me vestir, depois abriu sua bolsa. Retirando toda uma parafernália de salão de beleza. Ela fez uma carinha tão angelical. Pedindo-me para deixar ela me arrumar.

- Tudo bem, Alice – eu disse derrotada. - Mas eu estou num hospital.

- Só porque você está num hospital. Não quer dizer que precise ficar andando com a bunda de fora e essa cara de doente.

Eu ri... Ela era absurda.

- Então você é a filha de Carlisle? – eu disse arrependendo-me de imediato, pensando que ela era uma patricinha sem noção, quer dizer patricinha sim, mas um doce de pessoa.

Então uma luz acendeu na minha cabeça.

- Alice se você é filha do Carslile...o Edward é seu?

- Maninho! – ela disse saltitando.

- Alice? – uma voz melodiosa disse confusa _o que está fazendo aqui?

Quando me virei para olhar, com o coração a mil por hora. Era ele... Agora vendo um do lado do outro. Não restavam dúvidas que eram irmãos. Os dois lindos e perfeitos com o mesmo sorriso deslumbrante.

- Bom... O Charlie me pediu para trazer umas coisas para Bella – ela disse dando um sorriso cativante. - Eu aproveitei para fazer companhia para ela.

- Você não está aborrecendo-a?

Alice pegou minha mão, me levantando e disse.

- Não... – ela me rodopiou. - Eu estava arrumando ela... Não está linda?

Edward me olhou dos pés a cabeça e ficou calado. Fiquei preocupada estava tão feio assim.

- Edward? – Alice lhe deu um cutucão. - Então?

Ele piscou e disse:

- Desculpe-me...Você está muito linda... Essa cor fica perfeita em você... Bella. – ele gaguejava.

Quando encontrei seu olhar, corei violentamente. Já estava ficando sem ar, me perdendo naquele rosto de querubim.

- Não te disse? – Alice pegou minhas mãos. - Ninguém que é vestido por mim, fica menos que perfeito.

- Muito obrigada... Alice

- Lice – chamou Edward.  - Você me deixa a sós com a Bella?Acho que Jasper está te esperando no refeitório... Ele disse algo sobre almoçarem juntos.

Os olhos dela começaram a brilhar.

- Claro! Eu voto mais tarde pra te ver Bella – ela deu um beijo em minha bochecha.

Ela saiu mais dançando do que andando. Ela era como uma fadinha.

Depois que Alice saiu,comecei a corar de novo o meu coração parecia uma escola de samba em plena Sapucaí.

 - Desculpe-me... Bella. È difícil controlar a empolgação da Alice.

- Ela é adorável – ele me olhou, erguendo as sobrancelhas. - Tudo bem, ela parece um furacão cor-de-rosa, mas não  me incomodou. Pelo contrário me distraiu.

Minha perna machucada doía um pouco, então fui meio cambaleando para a cama.

- Eu te ajudo – ele me pegou em seus braços, como se eu fosse a mais leve das bagagens. Passei minhas mãos pelo seu pescoço sentindo a textura do seu cabelo dourado, o seu perfume tinha um toque amadeirado.

Sentou-me na cama e puxou uma das poltronas para ele.

_Posso te fazer uma pergunta?

_A que quiser. – ele disse-me lançando um sorriso torto

_Eu quero saber... Quando poderei ir para casa? Eu estou tomando os remédios direitinhos, e não agüento mais ficar aqui... – eu disse fazendo beicinho.

_È sobre isso... que estou aqui. Você vai ter alta hoje... mas, lembra-se que eu prometi cuidar você. – ele disse pegando em minhas mãos. Eu assenti sentindo cada batida do meu coração.

_Antes de te dar alta... Gostaria que você visse um médico amigo meu... tudo bem?

_È uma troca justa... – eu concordei

Edward acompanhou-me até o consultório do Drº David Slade, enquanto íamos.Sentia-me muito bem ao lado do Edward. Eu sabia que ele era apenas o médico que cuidava de mim e ele tratava-me assim, porque era seu trabalho, mas não podia evitar o jeito que lê fazia-me sentir.

Um médico muito bonito nos aguardava na porta. Ele matinhas os cabelos castanhos na altura queixo, lisos. A expressão transparecia muita calma e serenidade.

- Bom-Dia Edward... – ele cumprimentou Edward.

- David... – respondeu Edward.

- Muito Prazer Bella, Eu sou o Drº David.

Eu apenas assenti com minha cabeça. Não sei bem o porquê, mas me sentia insegura.

- Vamos entrar? – ele propôs.

Apertei a mão de Edward e o olhei confusa.

_- Está tudo bem, Bella. Eu vou esperar por você aqui fora.

Assim entrei no consultório com o David.

Edward P.O.V

 - Amanhã eu volto. Durma com os anjos.

Realmente não queria ter de deixá-la. Eu queria conversar com ela, conhecer cada pedacinho de sua vida. Aqueles sedutores olhos chocolate ,guardavam uma dor, que eu iria curar.

A dor dela era a minha dor.

Chegando no P.S. Recebo um caso de um menino de oito anos, chamado Bruno. Ele estava se recuperando de cirurgia, em que colocou uma prótese na válvula mitral.

Ele estava sofrendo convulsões. Sua pressão arterial apresentou uma elevação fora do comum, ele apresentava rubor e febre no local da cirurgia. Aproximei-me para ouvir seu coração, e auscultei um barulho estranho. Chegando o raios-X, ele estava com tamponamento cardíaco em uma das câmaras do coração. O encaminhei para a cirurgia imediatamente, me sentia seguro. Usando minhas capacidades e sendo pós-graduado em cardiologia consegui retirar o coágulo no coração do pequeno Bruno.

Assim que terminei de instruir a mãe com os cuidados necessários. Fui passar o meu plantão.

Mas antes de ir, eu tinha que ver Bella. Ela dormia Tinha face tão serena, pura. Os seus lábios vermelhos com formato de coração me eram tão convidativos. Ela parecia uma gatinha se encolhendo feito uma bola. Senti uma necessidade de acolhê-la nos meus braços.

Aproximei-me de sua cama. Seu aroma de morangos me inebriou.

Então ela se movimentou, e sussurrava algo. Cheguei mais perto para ouvir.

- Edward – ela dizia sorrindo.

Meu coração queria explodir do peito. Ela sonhava comigo.

- Estou aqui, minha Bella – respondi depositando-lhe um beijo na testa.

Depois de algum tempo, velando o seu sono. Olhei para o meu relógio. Já era uma da manhã, tinha que ir para casa descansar. Claro, que não me importava de passar a noite na poltrona do quarto, ao menos não me distanciaria dela. Só que com certeza ela se assustaria comigo dormindo aqui.

Mas saber que amanhã a veria, foi o que me impulsionou para sair do seu lado.

No caminho de volta, percebi que o perfume de Bella não me saia da minha mente. Seu toque de morango era tão doce, mas não enjoativo. Tinha um toque sensual que me instigava. E sentia a flor da pele com ela.

Estacionei o carro na garagem, quando fui surpreendido por Emmet.

- Onde você estava, mocinho? – ele sorriu malicioso.

- Me esperando até tarde,  querida. – eu disse rindo.

- Sério, Ed. Você sai para as baladas da vida e nem me chama – fazia beicinho, – Tem coragem de pegar minas, e nem para dividir. Qual é? Sou seu brother.

Fiz cara de interrogação.

- Como é que é? Eu estava no hospital!

- Aham... E esse cheirinho de moranguinho? – ele me deu uma fungada.

O perfume de Bella realmente estava em mim.

- Não brisa, Emmet. Por falar nisso, aonde você vai?

Emmet estava bem vestido.

- Já que sou um x na noite pra você. Vou sair com aquela aeromoça gostosa!

- Você não presta

- Nunca disse que prestava e... Não me espere acordado. Porque é hoje que eu uma pimbada! – ele deu sua risada trovejante.

Comecei a gargalhar. Só mesmo o Emmet pra me fazer rir desse jeito.

Emmet saiu com sua Harley Davisson.

  Subi para o meu quarto e tomei um banho para relaxar. Senti que algo havia mudado. Se fosse algum tempo atrás,  teria ido com Emmet para pegar umas garotas. Não é para me gabar, mas eu e o Emmet éramos os maiores pegadores aqui em Forks e Harvard. Com a gente por perto, não devia existir uma menina que a gente não pegou num raio de 100 km. O engraçado que a única coisa que eu queria, é que a noite passasse logo. Para estar com a minha Bella.

Fiquei com ela na cabeça, me lembrando do modo como ela dormia. Rindo enquanto recordava que ela falava ao dormir. Entrei em êxtase ao lembrar do jeito que ela disse meu nome.

Despertei ao som mais maravilhoso. Meu despertador. Fui me arrumar e como sempre a mesa para o café estava impecável. Minha mãe tirava os bolinhos do forno.

- Bom-Dia, mãe!

- Oi, filhote.

- Cadê o papai?

- Ele fez plantão.

- Boa-Noite. – Emmet apareceu com uma cara de acabado.

- Onde você estava, bebê? – minha mãe perguntou. Não importava os quão adultos nós éramos, ela sempre nos tratava com seus bebês.

- Ah... Mamãe, quando eu cheguei ontem o Emm estava saindo para.

- Ir jogar videogame na casa do Bem. Fazia tanto tempo que eu não o via. - Emmet me deu um chute. Ele vai ver só.

- Nossa! Emmet que marca roxa é essa? – apontei para o chupão no seu pescoço.

_É mesmo meu filho.

Emmet começou a gaguejar tentando explicar a chupada que lhe deram. Lancei um último olhar debochado para ele. Ele me olhou com ira... iria ter volta.

No hospital, fui ao meu setor. A noite tinha sido calma, sem nenhuma intercorrência grave. Sendo assim me dirigi até a sala de reuniões para resolver a parte burocrática do meu trabalho.

Jasper estava lá.

- Edward – ele me cumprimentou.

- Bom-Dia! – respondi.

- Não te vejo desde o dia do jantar.

- O acidente da Bella.

- Eu conversei com Carlisle – ele hesitou – Foi um grave acidente. Ela teve sorte de você atravessar seu caminho.

- Não gosto nem de lembrar o que poderia ter acontecido. – estremeci com a hipótese.

- Ela ainda tem um longo caminho, para a total recuperação. Ela sofreu muito.

- Ela não estará sozinha.

Não importava quanto tempo levasse. Eu estaria ao seu lado. Jasper percebeu o peso de minhas palavras.

- Você está bem envolvido. – não era uma pergunte e sim uma afirmação.

Precisava desabafar como me sentia em relação a Bella. Sabia que com Jasper, eu podia contar.

- Eu não sei como lhe explicar. Desde a primeira vez que a vi, fui completamente enfeitiçado. Ela desperta em mim um lado protetor, que eu nem sabia que existia. Eu a quero bem.

- Eu te entendo.

Jasper olhou fundo em meus olhos. Como se ponderasse as palavras.

- Eu estou apaixonado pela Alice!

- Como? Eu pensava que ela fosse como uma irmã para você. Quando isso mudou?

_Bom... enquanto terminava a faculdade. Houve um verão que vim passar aqui. Alice tinha dezesseis anos.

# Flashback on Jasper

- Jasper!!! – Rose veio em minha direção.

Rose estava me aguardando no aeroporto. Eu sentia muita  falta dela, desde pequenos eu sempre cuidei dela. Nosso pai faleceu quando eu tinha dez anos e Rose apenas quatro anos Tive que amadurecer rápido, pois eu tinha a Rose e minha mãe para cuidar.

Eu a abracei forte. Rose estava se tornando uma moça, não era mais aquela menininha pentelha.

- Eu senti sua falta... – ela bagunçava meus cabelos – Olha quem veio te receber.

Então ela apareceu, a menina mais bonita que eu já vi em minha vida.

- Jazz! – ela disse com seu tom de soprano.

- Lice...

Ela me lançou um sorriso deslumbrante. Veio com passos de bailarina ao meu encontro. Tive que me abaixar, pois ela batia no meu peito.

Alice de minhas lembranças era uma garotinha. Agora era já quase uma mulher. Tinha o rosto de uma boneca de porcelana, os lábios cheios, bem rosados. Seus olhos me pareciam mais verdes, como a água do mar tropical. Seu corpo era delicado, ela usava um vestido de alcinhas  que vinha até o meio de suas coxas, que ressaltava seu corpo com curvas delicadas e ao mesmo tempo sexy. A cor  verde do vestido destacava seus olhos.

- Senti sua falta... – ela sussurrou em meus braços.

- Eu também fadinha

Desde pequeno, eu chamava Alice de fadinha. Sempre tão pequenina e delicada. Agora realmente mais se devia ao fato dela parecer uma fada, de tão bela.

- Olha o que eu fiz... – toda saltitante, ela pegou um cartaz de Boas vindas todo decorado. – Eu sei que não é grande coisa...

Dei-lhe um beijo na bochecha.

- Está perfeito. Eu não poderia gostar mais!

Nossos olhares se cruzaram. Não consegui me desviar daquele mar verde. Ela me encantava.

Rose pigarreou.

- Vamos? Mamãe está esperando nós.

Chegando em casa minha mãe me recebeu com lágrimas nos olhos. Eu queria vê-la feliz. Quando meu pai faleceu a situação em casa ficou apertada, mas ela batalhou conseguindo garantir uma boa educação para mim e a Rose. Agora que eu estava terminando a faculdade de medicina,  já tinha conseguido grandes oportunidades  podendo garantir uma boa condição para elas.

- Mãe... – Rose a chamou. – a Lice pode dormir aqui em casa... É que os pais dela vão sair à noite. Por favor?

- Claro! Alice... Você é como uma filha para mim. Não precisa nem perguntar.

Fiquei feliz iria passar  o final de semana com Alice.

Estava no meu quarto desfazendo as malas. Quando alguém bate na porta e entra.

- Posso entrar? – era ela. – Não quero te incomodar. Você deve estar cansado.

- Você não é um incomodo, pelo contrário é – o que estava acontecendo comigo? Ela era uma menina ainda, eu a vi crescer a peguei no colo.

Ela sorriu mostrando suas covinhas. Fiquei que nem um idiota babando. Ela veio graciosamente se sentar ao meu lado.

- Eu queria conversar com você. Saber como vai a sua faculdade, sua vida... Você – ela começou a corar – Não sabe quanta saudade, eu estava de você.

Senti um impulso de tê-la em meus braços, então a abracei forte. Sentindo seu frágil corpo contra o meu. Ela tinha um cheiro tão delicado, era como rosas.

- Jazz, posso te perguntar algo?

- Qualquer coisa. – disse sem rodeios.

- Você está namorando?

Ela me pegou de surpresa. Eu tinha alguns rolos, mas ninguém que eu quisesse chamar de minha. Estava mais preocupado em terminar meus estudos. E também porque agora não me importava mais ninguém, além dela.

- Não precisa responder. Minha mãe sempre diz que eu sou uma intrometida... – pus um dedo em seus lábios.

- Não, lembra quando você era pequena. Eu prometi que ia me casar com você quando crescesse. Então é com você que eu vou casar. – eu peguei suas delicadas mãos –  Me aceita?

- Sim – ela disse trêmula

Então levantou da cama e me deu um selinho, saindo em seguida num rompante.

Senti meu coração pulsar em meus ouvidos. Com o leve toque de seus lábios nos meus, eu estava flutuando.

Mais tarde, eu desci do meu quarto indo para a sala. Rose e Alice estavam vendo um filme que me parecia ser de zumbis. Rosalie estava sentada no tapete vidrada no filme, e Alice esta enroscada no sofá tampando os olhos. Sentei ao seu lado.

- O que vocês estão vendo? – perguntei.

- ”A volta dos que não foram” parte 2... Muito legal! – Rose disse.

- Eu odeio esses filmes! – resmungou Alice.

Numa cena um zumbi atacou e comeu o cérebro de alguém. Alice gritou e pulou em meu colo. Eu a segurei forte. Ela parecia uma bonequinha que precisava sem protegida.

- Eu to com medo. – ela choramingou.

- Não precisa. Isso não é real e mesmo que fosse eu não deixar que nada de mal te aconteça.

- Promete? – ela perguntou me olhando nos olhos.

- Sim. – prometi.

Rose desligou a TV e lançou um olhar sugestivo para nos dois.

- Hein... Desculpa atrapalhar, mas Alice vamos subir?

Alice corou violentamente e subiu as escadas. Rose piscou para mim da escada. Fiquei um tempo pensando em como Alice me tinha em suas mãozinhas. Ela era tudo o que eu poderia desejar numa garota, Linda... não... perfeita, meiga, inteligente. Fui tirado de meus devaneios quando Rose desceu as escadas. Ela estava linda mas quando Alice veio em seguida meus olhares foram só dela.

Ela vestia um vestido rosa delicado, ele caía de forma suave em seu corpo. Gostaria de de ser o tecido e tocar seu belo corpo. Os cabelos sedosos brilhavam, ela usava uma leve maquiagem, afinal era dona de uma pele de marfim.

- O achou maninho? Foi a Alice quem comprou as roupas. – perguntou Rosalie.

- Vocês estão perfeitas! Alice... Você está incrível! – ela sorriu.

Rosalie me pediu para levá-las para a casa de uma amiga. Elas iriam a um karaokê com as meninas. Antes de Alice sair peguei em sua mão e disse

- Me ligue se acontecer algo. – e me deu um beijo na bochecha.

Já passava das duas da manhã estava preocupado, quando o meu celular tocou, era Rose.

- Jazz? – ela parecia nervosa.

- O que aconteceu? Quer que eu busque vocês?

- Nós não estamos no karaokê... Na verdade viemos a uma festa dos veteranos da faculdade. E a Alice sumiu... Não consigo achá-la... a procurei por toda parte.

- Eu estou indo para aí!

- Me desculpe.

Quando cheguei estava a maior zona, que eu conhecia muito bem essas festas de irmandade. E definitivamente não era o lugar para ela. Encontrei Rosalie sentada na escada da casa onde era a festa, chorando.

- Jazz! – ela me abraçou.

- Não a achou?

- Não...

Eu a mandei me esperar e fui procurar por ela, se algo acontecesse com ela não iria me perdoar. Então eu ouvi uma conversa.

- Você viu a menina que o William levou lá pra cima?

- Muito gatinha... pele clara... olhos bem verdes. Parece uma fada, mas é tão novinha.

- O Wills deu um Boa-noite Cinderela para ela. Só assim pra ele conseguir.

Não pensei duas vezes e avancei pra cima do cara que falava dela, perguntando onde era o quarto. Ele era um covarde e me falou onde era.Subi as escadas até o quarto, atrás da porta podia ouvir a voz de Alice falando.

- Para!! Me deixa em paz!!

Meu sangue ferveu arrombei a porta com um único chute. O cara tenteava agarrar-la e Alice chorava, pelo modo como ele a segurava a estava machucando.

Estourei a cara dele com um soco. Odeio a violência mas eu prometi que nada de ruim iria acontecer a ela. Ele ficou jogado no chão, gritando que eu tinha quebrado seu nariz. Alice não agüentava nem ficar de pé. Eu peguei em meus braços antes que ela caísse.

Ela chorava muito.

Esse idiota havia dopado ela, que desgraçado. Como teve coragem de fazer algo assim com um ser tão inocente. A levei para a casa e disse para Rosalie ir dormir que eu cuidaria de Alice.

Eu a levei para o meu quarto lhe apliquei uma medicação para ela melhorar. Ela tinha hematomas nos braços. Senti minha raiva ressurgir, queria acabar com a raça daquele cara. Finalmente ela havia se acalmado. Ela me olhava com os olhos cheios de lágrimas.

- Você deve estar achando uma qualquer.

- Nunca!!! – eu gritei para ela. – O que aconteceu não foi sua culpa e tire isso da cabeça. Você foi à única inocente disso.

- Eu tive tanto medo, então você apareceu e eu pensei que estava sonhando.

- Eu prometi que nada de mal te aconteceria. Alice... eu

Ela colocou suas  mãos em meu rosto e me deu um beijo. Ansiava tanto por sentir seus lábios de novo nos meus. Ela me beijava de uma forme doce, sem dúvida nunca tinha experimentado uma sensação como essa. A apertei contra meu peito sentindo nossas respirações descompassadas. Nossos lábios se moldavam com perfeição um ao outro. Seu perfume me cercava por completo. Ela parecia mais frágil ainda tive medo de machucá-la mais não queria me afastar nem um milímetro dela.

Paramos não tendo mais ar suficiente nos pulmões. Ela se deitou em meu peito.

- Não me deixa sozinha.

- Vou ficar aqui. Agora durma, minha fada.

Fiquei a observando. Ela era simplesmente tudo para mim. Estava completamente apaixonado por ela. Levantei antes dela acordar e fui sair para comprar o café para especial para ela. Quando voltei subi para o meu quarto. Ela já estava acordada, comendo na cozinha. Será que eu demorei tanto.

- Bom-Dia! – ela apenas balançou a cabeça.

Fui até mais perto dela e confuso com sua indiferença disse.

- Precisamos conversar sobre o que houve ontem. Não quero que haja maus entendidos.

Queria deixar bem claro que eu a adorava e desejava ter algo sério com ela. Ela me olhou, não consegui identificar o que havia em seu olhar talvez confusão.

- Eu sinceramente... Não me lembro de nada. Só que você me salvou. Obrigada. – ela me deu um beijo na bochecha – Eu te amo como se fosse meu irmão.

Aquelas palavras me destruíram por dentro. Ela não se lembrava do nosso beijo, o que eu queria ela estava dopada e assustada. Não iria pressioná-la, ela era tão nova e com certeza eu confundi tudo. Ela me via como seus irmãos. Eu me iludi.

- Aconteceu algo mais importante ontem a noite?

- Não – eu respondi.

Eu apenas percebi que... Eu te amava.

#Flashback off Jasper

Sempre soube da paixão de Alice, mas Jasper me surpreendeu. Não pensava que o sentimento que ele nutria por Alice era tão profundo.

- Ed? Ainda vamos ser amigos? – ele me questionou.

- Claro! – se fosse outro cara me importaria. – Eu te conheço desde que éramos crianças e sei que você vai tratá-la bem.

- Eu a amo muito!

- Ela também te ama.

- Como a um irmão, Edward! – pude ver a tristeza em seus olhos.

Não compreendia Alice, desde pequena os olhinhos dela brilhavam só de falar nele.

- Não tenho tanta certeza disso. Mas mesmo que ela não se lembrasse do envolvimento de vocês naquela noite. Você devia ter se declarado assim mesmo!

- Não queria pressioná-la.

- Você é um idiota!! Desse jeito nunca vai saber o que ela realmente sente!

- Acha que tenho chances?

- Assim que você levantar essa bunda branca da cadeira e fazer algo. Claro que vai ter! Eu conheço a minha irmã e não é só amizade que ela nutre por você. – precisava encorajá-lo.

- Muito obrigado por me apoiar.

- Eu sei como você se sente, por isso que vou lutar pela Bella.

- Vou torcer por vocês.

Ficamos um tempo conversando, dei alguns conselhos para ele e o principal... Não se render!!!

Já tinha resolvido meu trabalho e subi ansioso que nem criança no Natal, para ver  a minha Bella.Eu não sabia pensar em mais ninguém além dela. Chegando perto de seu quarto ouvi risadas. Então entrei.

- Maninho!!! – Alice veio toda saltitante me dar um beijo.

- Alice, o que está fazendo aqui?

- Bom...o Charlie me pediu para trazer umas coisas para Bella. Eu aproveitei para fazer companhia para ela.

- Você não está aborrecendo-a? – Alice quando queria era muito irritante.

Então eu a vi. Ela estava absolutamente linda. Seus cabelos caiam em cascatas até a cintura, o rosto parecia uma pétala de flor de tão delicado. Usava um vestido azul e essa cor, destacava mais ainda sua pele branquinha.

- Edward? – Alice cutucou. - Então?

Percebi que havia perdido as palavras. Afinal quem iria conseguir dizer algo com um anjo na sua frente.

- Desculpe-me... Você está linda... Essa cor fica perfeita em você... Bella. – disse gaguejando.

Olhei em seus olhos e ela estava corando. O tom rosado em suas bochechas era irresistível.

- Não te disse? Ninguém que é vestido por mim, fica menos que perfeito.

- Muito obrigada, Alice.

Bella dava um sorriso tão doce em resposta para Alice. Senti que essas duas logo seriam inseparáveis.

- Lice – chamei ela. – Você me deixa a sós com a Bella? Acho que Jasper está te esperando no refeitório... Ele disse algo sobre almoçarem juntos.

Precisava de um tempo com a Bella.

- Claro!!! – ela assentiu. - Volto mais tarde pra te ver Bella.

Não conseguia desviar meus olhos dela.

- Desculpe-me, Bella. É difícil controlar a empolgação da Alice.

- Ela é adorável... – sei. - Tudo bem, ela parece um furacão cor-de-rosa, mas não incomodou-me. Pelo contrário me distraiu.

Ela tentava ir para a cama, sua perna ainda devia doer.

- Eu te ajudo. – a peguei em meus braços.

Ela parecia mais uma bonequinha tão pequenina. Seu perfume me atingiu de novo, queria abraçá-la mais forte. Mesmo assim acho que nunca seria suficiente.

Suas pequenas mãos me seguravam pela nuca, sentir seu toque me fez querer ter seus lábios vermelhos como morangos nos meus. Mas ela estava muito frágil ainda, a sentei na cama. Puxei uma poltrona para mim.

- Posso te fazer uma pergunta?

- A que quiser. – como conseguiria negar um pedido para ela.

- Eu quero saber... Quando poderei ir para casa? Eu estou tomando os remédios direitinhos, e não agüento mais ficar aqui. – ela parecia uma criancinha fazendo beicinho.

- É sobre isso... Que estou aqui. Você vai ter alta hoje, mas lembra-se que eu prometi cuidar de você. – peguei em suas mãozinhas sentindo uma corrente elétrica por todo o meu corpo.

- Antes de te dar alta... Gostaria que visse um médico amigo meu... tudo bem? – Meu pai falou para eu ir com calma, quanto ao tratamento psicológico dela. Pois ela poderia se sentir ameaçada.

- É uma troca justa... – ela concordou.

Eu a acompanhei até o consultório de David. Estava esperançoso que ele me ajudasse a encontrar o jeito correto para cuidar dela. Ele aguardava na porta do consultório.

- Bom dia, Edward – ele me cumprimentou.

- David.

- Muito Prazer, Bella. Eu sou o Drº David.

Ela me parecia um pouco tensa.

- Vamos entrar?

Ela apertou minha mão.

- Está tudo bem, Bella. Eu vou esperar por você aqui fora.

Queria estar com ela, segurar suas mãos e dizer que tudo ia ficar bem.

Já havia se passado uma meia hora que para mim pareciam horas. Eu estava nervoso, será que estava tudo bem? Charlie apareceu.

- Ela está na consulta? – ele me perguntou com mesmo nervosismo evidente.

- Sim, Drº Swan... – então ouvia-se gritos de Bella pela porta.

Ela abriu a porta e saiu chorando do consultório.

- Então é isso que você pensam de mim? – ela dizia chorando. – Que tentei me matar...

Ela olhou para mim, com uma tristeza muito grande em seus olhos.

- Eu confie em você. Edward!


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Notas finais do capítulo

Olá, leitores de ODA!

Queria agradecer aos leitores assíduos como a Meena, Mikka, Nathy e Bia por estarem me apoiando tanto.

E á claro para minha Dinda/beta.

Eu amo todas vocês!Hoje, a nota é curtinha. Não estou me sentindo muito bem.

Bom, quero agradecer a todos os leitores. Vocês são a inspiração e a luz dos olhos dessa autora aqui.

Um Alô especial a minha Gasparzinha N.

Ber, minha garota ODA.

Gih, minha amiga memorável.

E dedico esse capítulo ao anjo de que salvou ODA, minha Tata. Amore, sem você não teria ODA, lembrando que eu só postava no TBF. E o site teve um pane, portanto perdi tudo, aí que aparece esse anjo e me diz:

— Fê, quando vai postar capítulo novo?

Eu:

— Perdi tudo no TBF! T.T

Meu anjo:

— Eu tenho tudo salvo! Wohoo

Eu:

*autora em morte súbita*

— Quero! o/

Bom, próximo capítulo será postado em breve. Mas, peço encarecidamente que me deixem mais reviews. E algumas recomendações.

Postei uma fic nova intitulada World's Stage, aguardo a visita de você:

http://fanfiction.com.br/historia/155186/Worlds_Stage

Um grande beijo!

Nota da Beta:

Olá Ninas...Tive um carinho especial por esse capítulo, teve doses de Alisper (Alice e Jasper).Em fim a amizade de Alice e Bella vai começar.

Alice é sempre Alice, ninguém resiste a ela (Fê ainda bem que tenho vc).Aí, os sentimentos do Ed estão tão intensos.E o que falar do Jazz xonado (torço pelo casal), esses flashs foram esclarecedores; Ainda bem que o Jazz tem o TDB como amigo senão a Alice iria passar a brancas nuvens.

O que será que aconteceu na sala para a Bella ter saído daquele jeito?Só no px capítulo para sabermos, então vamos a ele.

Comentem bastante, façam a Fê feliz.

Beijo e até a px.

Gel - corujinha pimenta=)