Capítulo 6 - Meu anjo, real demais!

Era ela como poderia ser?

A garota dos meus sonhos, bem em frente aos meus olhos será que estava sonhando?

Não... O frio era real demais.

Let me sign – Robert Pattinson

She was standing by a broken tree

Her hands were all twisted

She was pointing at me

I was damned by the lights coming out of her eyes

She spoke with a voice that disrupted the sky

She said you won't "Come on over to the bitter shade

I'll wrap you in my arms and you'll know you've been

saved"

let me sign... let me sign...

Can't fight the devil, so just let me sign

I was out for a drink in a Soho bar

The air was smoked out like a cheap cigar

She rose out of her seat like a painted ghost

She was the woman that I wanted the most

And I gave her my arm, she hold on my hand

"Lay me down easy, let me understand"

Let me sign... let me sign...

Can't fight the devil, so just let me sign

As I walked through the door she was still in my head

As I entered the room she was laid there in bed

She reached out for me all twisted in black

I was on my way down, never coming back

Let me sign... Can't fight the devil, so just let me

sign

Ela era mais linda do que eu me lembrava, só que sua pele alva perfeita estava pálida. Voltei a realidade, eu não perderia ela como no meu sonho. Ela precisava viver eu queria os seus olhos com vida e ver seu sorriso. Precisava sobreviver por ela e por mim.

Quando a toquei para verificar sua pulsação uma corrente elétrica passou pelo meu corpo... Ofeguei.

Sua pulsação estava fraca assim como sua respiração, se não agisse logo ela poderia entrar em uma parada, devido à falta de oxigênio ou ter uma hipotermia.

Desabotoei seu casaco, pra fazer compressões, ela usava um lindo vestido preto.

Abri sua boca e fiz ventilações, seus lábios tinham um gosto tão doce. Fiz mais compressões e completei com ventilações, mas ela não reagia... Não iria desistir.

Foi quando, ala abriu os olhos e sua respiração voltou. Eu me perdi, naqueles olhos da cor chocolate. Ela me despertou seus sussurros.

– Meu anjo... Você está aqui? Não me deixe... – ela disse, a voz apenas um murmúrio doce.

– Calma... Eu não vou embora! – eu respondi, sabendo o quanto era fácil, não deixá-la. Eu a peguei em meus braços.

– Porque está doendo tanto? – ela chorava.

Percebi que sua cabeça estava com um corte profundo. Ela perdeu a consciência novamente. A carreguei até o meu carro, precisava levá-la imediatamente até o hospital, ela perdia muito sangue.

Eu estava muito aflito, não sabia quais eram as extensões de seus ferimentos. Quando cheguei no hospital, imediatamente ela foi levada par ao raio-x e para a coletagem de sangue. O caso dela era crítico, ela havia sofrido traumatismo craniano, lacerações múltiplas no crânio com pedaços de vidros alojados. Sem falar que ela deslocou a perna.

Reuni minha equipe e fui direto para a cirurgia.

Já havia passado 4 horas que eu a operava, mas ela ficaria boa... Custe o que custasse.

Depois de longas horas, seus sinais estavam estáveis, todos os pedaços de vidros foram cuidadosamente retirados e recoloquei o osso de sua perna, e ela agora recebia transfusão, devido a sua grande perda de sangue.

Eu fiquei em seu quarto a observando, ficaria aqui se preciso a noite inteira, até que ela abrisse os olhos. Fui para perto de seu leito e segurei sua delicada mão, sua pele parecia seda de tão suave.

Ela murmurava novamente.

– Meu anjo... Você ficou... Ficou...

Apertei sua mão mais forte, para que ela soubesse que não a deixaria agora que eu a achei. Era incrível como me sentia hipnotizado por ela, e nem ao menos sabia seu nome e da onde vinha.

Uma enfermeira entrou no quarto dizendo.

– Drº Cullen... Aqui estão os pertences dela.

Dentro da sacola havia suas roupas e sua carteira. Finalmente descobriria quem era ela. Fiquei sem ação sua carteira dizia:

Isabella Marie Swan

– Bella...- eu sussurrei.

Era a filha do Doutor Swan. Peguei o celular e liguei para o meu pai.

Ele atendeu no primeiro toque.

– Pai?

– Edward, onde você está?

– No hospital.

– Entendi, deve ter surgido uma emergência.

– Sim, e você?

– Na casa do Charlie, sua filha sumiu novamente...

– Eu sei onde ela está...

– Como?

– No hospital... Acabei de operá-la. Traga o Charlie o mais rápido possível.

– Estamos indo pra aí.

Quando meu pai chegou com Charlie, ele estava desesperado. Eu me encontrava no quarto com Bella.

– O que aconteceu com ela? – ele gritava.

– Calma Charlie.... – murmurava meu pai.

– Venha comigo Drº Swan – eu o chamei.

Fui com Charlie até sua sala. Quando olhei em seu rosto para lhe explicar o ocorrido, vi a expressão de um pai aflito, que não poderia viver sem a filha.

– Drº Swan, acho melhor você se sentar!

– Fale logo Edward e não me esconda nada!

– Eu estava indo dirigindo para o jantar, quando um carro em alta velocidade passou or mim, esse carro derrapou e caiu da ponte. Fui socorrer a pessoa acidentada.

– Era a minha Bella?

– Infelizmente – doía em meu coração confirmar.

– Qual o estado dela?

– Quando a tirei da água, seus sinais eram quase nulos, fiz reanimação e ela voltou, mas ela teve um traumatismo muito forte na cabeça e outras lacerações no crânio, perdeu muito sangue e deslocou a perna. Eu a operei imediatamente. Consegui retirar todos os vidros no crânio, e fechei o corte mais profundo e sua perna está recolocada. – eu hesitei. – Não vou mentir, a cirurgia foi delicada, e o senhor sabe melhor que ninguém, que essas primeiras vinte e quatro horas são críticas, e só o que podemos esperar, que ela recobre a consciência logo.

– Eu entendo Edward... Graças a Deus, que você estava lá. O que deu nela?

– Drº Swan, tem mais uma coisa que você deve saber... – ele me olhou com sofrimento estampado em seu rosto. – quando ela chegou, imediatamente mandei fazer exames de sangue. Que constataram que ela estava usando um tipo de medicação psicotrópica e havia ingerido uma grande quantidade de álcool, o que não foi uma combinação prudente.

– Isso estava pior do que eu imaginava. Como pude ser tão cego? - ele murmurava consigo mesmo.

– Drº Swan, eu devo perguntar, o senhor sabe o porquê... desse comportamento?

– Edward, recentemente eu perdi meu filho mais velho Nikolas.

– Eu sei e sinto muito.

– Obrigado... Todos sofremos muito, principalmente Bella. Eles eram inseparáveis, ele cuidou dela quando eu não o fiz e sempre estava ao seu lado. Ela estava no carro, quando ocorreu o acidente. Foi horrível... Ela não comia, não falava com ninguém, só chorava e ficava trancada no quarto – me doía, ver o quanto ela havia sofrido. – foi quando ela decidiu vir morar comigo. Pensei que era uma forma dela recomeçar, e realmente ela aparentava melhora. Só em certos momentos a notava longe e com uma tristeza no olhar. Nunca imaginei que chegaria a isso. A culpa é minha! Sempre tão ausente.

– Fique tranqüilo, Drº Swan. Eu prometo fazer tudo para ela ficar bem.

Charlie não saia do lado de Bella, até que meu pai disse a ele para ir pra casa e descansar um pouco, embora relutante. Ele aceitou. Depois que ele foi, eu fui ficar com ela. Quando entrei no quarto, e fui olhar seu belo rosto, fiquei imaginando o quanto ela sofrerá e só pensava o que poderia fazer para confortá-la.

Ela começou a abrir os olhos e logo disse:

– È você?

Bella P.O.V

Senti seus braços me acolhendo. Eu estava com muito frio, minhas forças estavam sumindo. Mas, eu não queria dormir agora... Que o encontrei. Senti uma pressão no meu peito. Lábios quentes tocaram minha boca e eram de uma suavidade incrível, eu sabia que era ele.

Então juntei toda a força que tinha e abri meus olhos. Queria ver seu rosto pela última vez. E lá estava ele, um verdadeiro anjo vindo me buscar. Agora tudo ficaria bem, ele estaria comigo e logo eu veria o Nik, e então eu disse a ele.

– Meu anjo... Você está aqui?Não me deixe – então ele sussurrou em meu ouvido.

– Calma! Eu não vou embora.

Uma dor latejante me atingiu na cabeça.

– Porque está doendo tanto? – senti suas mãos pousarem em minha cabeça e mergulhei na inconsciência novamente.

Feixes de luz passavam por mim, muitas vezes falavam coisas sem nexos... eu ouvia bipes. A morte não devia ser tão confusa assim. De repente lá no fundo, eu podia ouvir a voz dele.

– Vamos... Vamos... Ela está perdendo muito sangue.

E então senti seu toque quente em mina mão, ele me acariciava.

– Meu anjo... Você ficou... ficou

Senti sua mão me apertar firmemente, dizendo que ele estava aqui. Depois disso consegui dormir um sono tranqüilo. Sabendo que ele estava aqui.

Parecia que haviam passados segundos, quando eu despertei e lá estavam um par de olhos verdes tão acolhedores me fitando. Seu rosto era um atributo á Adônis, os traços em uma simetria ultrajante, o queixo quadrado. Uma leve penugem crescendo em seu rosto, que lhe conferia um ar mais sexy.

– È você? – eu disse...

– Bella, como você se sente? - ele dizia com sua voz mais macia que veludo.

– Confusa... – eu não entendia... Onde eu estava? – eu morri?

– Não!!! Graças a Deus!!! – ele me disse com um sorriso torto lindo no rosto.

– Então, o que aconteceu? – ele me olhou e se aproximou de mim, temeroso.

– Eu sou Edward Cullen. – então era esse seu nome, eu já ouvira esse nome – Você sofreu um grave acidente de carro, eu estava por perto e te trouxe para o hospital. Você havia sofrido uma forte pancada na cabeça e deslocado a perna, dentre outras coisas. Por isso tive que operá-la. Você se lembra de algo?

Várias imagens foram passando pela minha cabeça, como se alguém apertado para avançar. Agora me lembrava de tudo. A parada no bar... Eu correndo com o carro, caindo da ponte e o afogamento. Então, eu estava viva. Não veria Nikolas e essa dor ainda continuaria.

Eu o olhei desnorteada. Ele veio ao meu encontro e segurou minhas mãos, não pude me controlar e desabei a chorar. Ele vendo minha reação, me puxou para o círculo de seus braços.

– Tudo vai ficar bem. Eu vou cuidar de você.

Como ficaria bem, se tudo foi apenas uma ilusão. Eu que sonhei, pensando que toda essa dor acabaria assim, eu com meu irmão e o meu anjo.

Não pude resistir e dormi nos braços desse anjo de carne e osso, Edward

Edward P.O.V

Então ela abriu os olhos e disse:

– È você? – era tão bom ouvir sua voz... tão doce.

– Bella, como você se sente?

– Confusa. – ela me olhou desnorteada. – eu morri?

– Não!!! Graças a Deus!!! – eu nunca iria permitir que levassem um anjo como esse.

– Então, o que aconteceu? – me aproximei dela, pensando em como contar o ocorrido, sem sobrecarregá-la.

– Eu sou Edward Cullen... – ele me olhava atentamente, quase me perdi em seus olhos chocolates

Parecia que ela estava em outra sintonia, o que será que ela pensava? Estava ficando agoniada.

Ela me olhou novamente, dessa vez um choque atravessou seu rosto. Não pude me conter, precisava fazer algo. Peguei sua pequenas mãos, e ela começou a chorar. Eu a puxei para os meus braços, ela era tão pequena, tão frágil, precisava de proteção... Então eu disse:

– Tudo vai ficar bem. Eu vou cuidar de você.

Logo ela dormiu em meus braços.

Minha vontade era de ficar com ela em meus braços, velando o seu sonho, mas meus outros pacientes precisavam de mim. Enquanto voltava para o meu setor, seus olhos não saiam da minha cabeça, havia uma tristeza muito grande neles. Passei o resto do dia, com ela na cabeça, sempre ligando para saber se estava tudo bem. Durante esse tempo, uma decisão estava formada... eu estaria ao seu lado, para ajudá-la, queria trazer vida de volta aos seus olhos.

Bella P.O.V

Dessa vez despertei com uma voz muito conhecida ao telefone.

– Ela está acordando, te ligo depois. – era Charlie.

– Bella, minha filha – não havia como negar que em seu olhar havia amor.

– Charlie?

– Como você me deixou preocupado – seu rosto aparentava noites insones. – eu sei que eu devia ter estado...

– Pai! – ele ficou estático, quando o chamei assim – me desculpe, se o preocupei. A culpa não é sua. Pare de culpar pelos meus erros!

Ele veio em minha direção e me deu um abraço inesperado e comecei a chorar, eu senti uma sensação reconfortante e pela primeira vez consegui retribuir seu abraço, e apesar de tudo que passou. Eu o amava e não queria ser a razão de sua tristeza.

Eu murmurava sem parar.

– Me perdoe... Me perdoe... Pai – ele olhou em meus olhos e disse.

– Tudo bem, logo voltaremos para casa e recomeçaremos de nove.

Eu assenti.

Edward P.O.V

O dia se arrastou milesimamente lento. Realizei cirurgias que salvaram a vida de meus pacientes, mas só o que eu queria era estar com ela, ao final de meu plantão, encontrei com meu pai.

–Edward... Meu filho. Queria lhe dizer algo!

– Pode falar – eu disse ansioso.

– Primeiramente “Parabéns”, você se mostrou um médico brilhante novamente, graças ao seu atendimento, Bella irá se recuperar logo, mas - ele hesitou.

– O que foi?

– Acho que ela precisará de um acompanhamento psiquiátrico, afinal ela demonstrou um comportamento suicida, e não queremos outra tentativa – estremeci com a hipótese. – e como médico dela, você deve planejar um acompanhamento.

– Eu sei, e tenho em mãos um médico muito bom, que irá me ajudar... o Doutor David Slade, um ótimo psiquiatra.

– Boa escolha.

– Pai eu agradeço, mas agora eu tenho que ver como ela está – não agüentava mais.

– Vai lá,. meu filho.

Quando cheguei lá me deparei com uma cena muito bonita. Charlie abraçava Bella e ele chorava. Com certeza ele a amava muito. Voltei pra trás, não queria atrapalhar esse momento, ela precisava de todo o carinho que puder ter. Enquanto isso, me encontrei com David e discuti o caso de Bella, ele se comprometeu a ajudar. Quando voltava para o quarto de Bella, vi Charlie de saída.

– Drº Swan?

– Edward... Era você mesmo que eu queria ver – ele disse pra mim sorrindo. – Muito obrigado, por ter salvo, minha Bella.

– È o meu trabalho, e faço com toda dedicação que posso.

– Eu sei...

– Mas Drº Swan... Bella logo ira se recuperar fisicamente... – ele me olhou, indagando a onde eu queria chegar – eu queria continuar a ajudar psicologicamente.

– Bom... é realmente necessário. O que planeja?

– Que ela converse com o Drº David, para que eles nos de sua opinião e então trabalharmos em cima dela.

– Eu concordo... Edward, afinal você é o médico dela.

Bella P.O.V

Depois que pai saiu, me peguei pensando, porquê Edward não tinha vindo ainda. Mas logo parei, o que estava acontecendo comigo? Ele era idêntico ao anjo que sempre aparecia em meus sonhos, e meu pai me contará que ele me salvou, mas eram apenas sonhos e ele era uma pessoa de carne e osso e nunca havíamos nos visto antes.

Alguém bateu na porta e logo ele entrou.

– Bella? – era tão bom ouvir sua voz. – Como você está?

– Melhor – eu disse envergonhada, me lembrando da noite passada .– Me desculpe por ontem...

– Não se desculpe. Você estava confusa – ele me disse, me olhando com seus olhos acolhedores – Alguma melhora?

– Sim, eu me lembro de tudo... – eu disse corando, me recordando de seus braços me salvando – devo dizer... Obrigado por ter me salvo.

– Só me prometa algo– eu assenti, era o mínimo que podia fazer. – que não haver próxima vez.

– Sim – eu disse solenemente.

– Então eu te prometo algo em troca – ele me olhou profundamente – irei te ajudar sempre que precisar de mim.

Estava corando intensamente com seu olhar, senti uma pontada na cabeça.

– Aí!!!

– O que foi? – ele estava na beira da minha cama.

– Minha cabeça... – ele começou a me examinar os curativos e disse.

– Está tudo bem, são os pontos que puxam ás vezes. Eu vou pedir uns analgésicos para você.

– Não... Eu não quero dormir!

– O que você quer então? – ele disse erguendo as sobrancelhas.

– Por exemplo, ir para a casa. Não gosto de hospitais, principalmente quando eu sou a paciente. – eu disse embirada.

– Se a senhorita me obedecer e tomar os remédios. logo irá receber alta. – ele disse como se fosse a uma criança.

Ele foi interrompido por um bipe, ele examinou o Pager e depois olhou para mim.

– Pode ir. – eu disse. – Logo eu irei desmaiar com os remédios.

– È uma emergência.

Ele caminhou até a porta, hesitando e disse:

– Amanhã eu volto. Durma com os anjos!

Porque meu coração há muito dormente, parecia que ia saltar pela minha boca e eu me sentia corar violentamente. Fiquei com suas palavras na cabeça e dormi, mas com apenas um anjo em meus sonhos, Edward.