Olhar de Anjo escrita por Julieta Cullen


Capítulo 5
Capítulo 5 - Colisão


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Capítulo 5 - Colisão


Eu estava andando pela floresta sem rumo. Quando meus ouvidos registraram um belo som, conforme eu a seguia foi se transformando numa voz linda, um verdadeiro canto de anjo.


– Tem alguém aí? - a linda voz dizia. Havia pavor em seu tom.


Precisava achá-la. Comecei a correr pela floresta. As árvores se agitavam com meu ritmo alucinado, esbarrava em galhos, e não me importava que pudesse me ferir. Tinha ânsia por essa voz.


Então ela gritou.



– Socorro!


Um sentimento de pura agonia e desespero me atingiu ao ouvir essa linda voz pedindo por ajuda. Finalmente quando a achei.Ela estava na água, se afogando. Não pensei duas vezes e pulei na água congelante.


Quando a peguei em meus braços, ela se estava inconsciente. Nesse momento percebi que não me importava comigo. Precisava tirá-la daqui viva, nadei até a costa do rio. A deitei na areia e quando realmente a vi fiquei deslumbrado. Ela era linda, irresistível, não devia ser um anjo, pois anjos não devem ser tão tentadores.


Tinha a pele alva perfeita, o rosto em formato de coração, os cabelos num castanho-chocolate que emoldurava seu rosto e sua boca era tão vermelha parecia um morango. Estava com medo de tocar meus lábios nos dela e profanar sua inocência, mas o fiz. Seus lábios encontravam-se quentes, eram de uma suavidade e tinham seu próprio sabor doce e tão tentador. Eu tinha sede por mais e então ela acordou e seus olhos chocolates me hipnotizaram e ela disse:


– Você não sabe por quanto tempo eu te esperei.



You’re Beautiful – James Blunt

My life is brilliant...

My life is brilliant.

My love is pure.

I saw an angel.

Of that I'm sure.

She smiled at me on the subway.

She was with another man.

But I won't lose no sleep on that,

'Cause I've got a plan.

You're beautiful. You're beautiful.

You're beautiful, it's true.

I saw your face in a crowded place,

And I don't know what to do,

'Cause I'll never be with you.

Yes, she caught my eye,

As we walked on by.

She could see from my face that I was,

Flying high,

And I don't think that I'll see her again,

But we shared a moment that will last till the end.

You're beautiful. You're beautiful.

You're beautiful, it's true.

I saw your face in a crowded place,

And I don't know what to do,

'Cause I'll never be with you.

You're beautiful. You're beautiful.

You're beautiful, it's true.

There must be an angel with a smile on her face,

When she thought up that I should be with you.

But it's time to face the truth,

I will never be with you.



Quando abri meus olhos dei de cara com meu irmão, Emmet me encarando.


– Ed! Você estava quase me atacando e me chamando de anjo. Nós somos irmãos, cara! - a cara de profanado de Emmet era hilária.


– Emmet, credo!!! Você não percebeu que eu estava sonhando... Seu tapado!


– Ah tá. Desculpe-me.


– Afinal, você não faz meu tipo!


– O bonzão aqui faz o tipo de qualquer uma, não é?


Ele desferiu um tapa na bunda de uma comissária de bordo que passava. Quando pensei que ela iria dar um soco na cara dele, ela parou e deu papelzinho com seu telefone para ele.


– O que eu te disse? Eu falo a língua das mulheres...


– Cara, vai dormir!


– Não mesmo vai que você me ataca.


O que Emmet tinha de tamanho com certeza lhe faltava de inteligência, mas era meu irmão preferido ele me fazia rir muito. O restante da viagem de volta a Forks, fui pensando na bela menina que vinha sonhando a mais ou menos 3 meses. Sempre que a encontrava em meus sonhos sentia uma necessidade muito grande de pegá-la em meus braços e protegê-la. O que isso tudo significava? Fui tirado de meus devaneios.


– Mano, chegamos!


Descemos do avião e na porta a comissária que deu o telefone a Emmet estava lá. Quando passamos apertou a bunda do Emmet e disse:


– Me liga... - ela disse passando a língua pelos lábios maliciosamente. Não acreditava no que estava vendo... Emmet ficou vermelho.


Havia um carro de aluguel nos aguardando. Estava feliz por estar de volta em Forks, sentia falta de minha família. De meu paciente e bondoso pai Carlisle, minha carinhosa e preocupada mãe Esme e minha irmãzinha louquinha e espoleta, Alice. Sem falar que estava eufórico por conseguir uma chance de trabalhar no hospital que venho almejando desde que decidi fazer medicina. Emmet estava feliz por dar um tempo na faculdade até hoje não entendi porque ele estuda Línguas Estrangeiras.


Estávamos no carro a caminho de casa. Queríamos surpreender a todos pela nossa chegada antecipada, de novo acabei voltando meus pensamentos na minha linda donzela.


– Ed!!!- Emmet estava gritando.


– Eu não sou surdo! Anta halterofilista. Estou do seu lado...


– È? Estou te chamando faz meia hora. O que você tem ?


– Nada. Foi só um sonho que ficou na minha cabeça.


– Que sonho? Safadinho.

Na cabeça do Emmet tudo se resume as mulheres. Se bem que dessa vez ele acertou.


– Nossa! – ele exclamou com a boca em forma de *O*.


– O que foi ?


Antes que ele respondesse pude ver a razão passando há mil por hora por nós. Um Citroén Revolt roxo.


– Caramba. Qual a pressa?


– Que carro! O cara manja dirigir nessa velocidade por essas curvas – disse Emmet.


Foi quando acelerei o carro a 200 km.


– Sério você acha isso, Em? – disse fazendo o carro roncar com o acelerar.


– Calma... Edzinho foi só uma opinião inocente. – falou o Emmet, literalmente cagando nas calças.


Bella P.O.V

Parei bruscamente o carro em frente a um barzinho estava pensando em entrar e beber algo pra esquecer tudo que se passava na minha cabeça, o relógio marcava 23:00. Era melhor voltar pra casa, Charlie já devia ter chego. Não queria preocupá-lo.


Agora que eu descobri um jeito de matar as horas, amanhã eu volto aqui.


No caminho de volta fui no limite de velocidade do carro 220km, o carro realmente era bom.


Cheguei em casa e era onze e vinte, realmente o carro é demais. As luzes de casa estavam acesas, Charlie devia estar movendo a pequena milícia de Forks. Quando entrei em casa, ouvi Charlie ao telefone.


– Ela acabou de chegar. Obrigado por nada!


Ele veio em minha direção e pelo olhar boa coisa não era.


– Onde você estava?


– Fui dar uma volta com o carro. – mas seu olhar furioso me deixou sem palavras.


– Pensei que tínhamos combinado que se você fosse sair me ligaria para avisar. Liguei pra polícia atrás de você, estava quase matando o policial que me disse “Só depois de vinte e quatro horas, fazemos buscas”!


Agora já havia percebido da onde vinha o meu gênio.


– Me desculpe a culpa foi minha. Prometo não fazer de novo. – ele ficou surpreso com minha reação, ele conhecia o meu gênio e nunca fui de voltar atrás no que faço nem me arrepender.

Não queria ficar de castigo e correr o risco de perder o carro, agora que encontrei uma forma de fugir de tudo.


Ele aceitou as desculpas e não me deixou de castigo contanto que não fizesse de novo. Claro que avisaria da próxima vez que saísse, mas parar de correr não por agora.


Fui me deitar com a sensação da adrenalina no meu corpo, o ronco do carro e o vento no meu rosto. Tomei o meu remédio e pela primeira vez em meses, não tive pesadelos.


Despertei duas horas da tarde, Charlie já devia ter ido. Desci as escadas e fui tomar café, abrindo a geladeira e vi um bilhete.


“Boa Tarde”... dorminhoca!

Sabia que a geladeira era o primeiro lugar que você iria...

Não se esqueça de que hoje é o jantar na casa do Carlisle...

Quando for umas 21:00 chego em casa pra me arrumar...

Por favor... Não se atrase!!!

Te amo, Papai.”


Que droga! Tinha me esquecido completamente desse jantar, iria ter que fazer cara de paisagem e sorrir como se fosse a pessoa mais feliz do mundo.


Interrompi os pensamentos nostálgicos. Subi para o meu quarto para escolher uma roupa.

Acabei escolhendo um vestido preto acima dos joelhos com a saia balonê e um cinto de seda na cintura e um sapato peep toe rosa-bebê com um laço. Com certeza não iria ser um simples jantar.


Enquanto ligava a água da banheira, aquela sensação estranha me atingiu de novo, só que dessa vez foi muito pior era agonizante com se estivesse sem ar. Sai rapidamente da água e fui me trocar, mas os pesadelos não me saiam da cabeça, só havia uma pessoa que conseguia afugentar essas sensações.


Como eu desejava ter o meu irmão aqui pra poder abraçá-lo e ele me dizer que está tudo bem e então me enlaçar em seus braços fortes e protetores. Sem perceber já estava chorando só havia um jeito de isso melhorar.


Sem pensar duas vezes. Saí cantando com os pneus. Já não controlava minhas ações. Eu sabia que quando Charlie chegasse e não me encontrasse iria se desesperar, mas nada disso se comparava com a tristeza que eu sentia no peito e que não me deixava respirar um segundo sequer.


Afinal eu merecia tudo isso, eu era a culpada... Eu matei meu irmão, por causa do meu egoísmo. Eu não merecia um irmão como ele... E agora eu estava pagando o preço.


O velocímetro marcava 180 km, me lembrei do bar de ontem. Nunca fui de beber, só quando saímos que arriscava uma Batida de limão, mas Nikolas sempre aparecia e me dava uma Coca-cola.


Só que agora ele não estava aqui e a bebida era uma idéia muito atraente. Parei o carro em frente ao bar e entrei


Ignorando os olhares dos homens ao meu redor, fui até o barman e pedi uma dose de Wisky.

Já estava na terceira dose quando senti o meu celular vibrar, era a décima terceira chamada de Charlie.


Tomei coragem e atendi.


– Bella! Onde você está?


– Cal... ma – as palavras saíam desconexas de minha boca. – Eu estou indo pra casa!


– Onde você está?


– Não vou falar, daqui a pou. co chego.


– Você não está em condições de ir a lugar nenhum. Por quê você faz isso Bella?


Não esperei meu pai terminar de falar, sermões não iriam me fazer sentir melhor. Quando já ia saindo senti um braço me puxando.


– Ei... Boneca! Não vai pagar?

Atirei uma nota de cem dólares na cara do barman e saí em direção ao carro. Assim que senti o ronco do carro. Um sentimento de liberdade me tomou e acelerei sem medo 120 km... 150... 180... 200... 220 km e o carro agora voava.


As cores – Cine


O vento bate a porta e não me engana mais
Decoração branca não me satisfaz
Eu queria estar no seu lugar
Mas não estou

Acham que enlouqueci
Perguntam de você pra mim
Eu tento dizer que está tudo bem

Estou igual vivendo o irreal
Perguntei do final pras flores
As flores são parte do total
Já se tornou banal
Me sentir mal, me sinto mal!

As cores lá fora me disseram pra continuar
Elas me disseram pra continuar (Eu já superei)
Mas eu queria suas mãos nas minhas
Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia
Da sua partida (Da sua partida)

E se foi
Se jogou num mar aberto de ilusões
E as ondas te acertaram como eu planejei
Eu exagerei

Um sentimento tão forte
Eu sei que tive sorte
Aquilo não era o que eu sou
Agora eu sei muito bem quem sou
E o que me tornou

Tão igual vivendo o irreal
Perguntei do final pras flores
As flores são parte do total
Já se tornou banal
Me sentir mal, me sinto mal!

As cores lá fora me disseram pra continuar
Elas me disseram pra continuar (Eu já superei)
Mas eu queria suas mãos nas minhas
Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia
Dessa sua partida (Da sua partida)

(Tudo que eu penso parece que é você
Eu tento, luto, venço, mas não vou esquecer)

Tudo que eu falei te fazia chorar
Não te ouvia falar
Só te peço perdão
Hoje canto pra que ouça dos céus que eu não
Duvidei do amor

Tão igual, vivendo o irreal (4x)

Uma curva sinuosa se projetou. Tentei brecar o carro.


Senti o carro caindo de repente um jato de água fria foi inundando o mesmo e bati a cabeça com força no vidro do pára-brisa. Senti a fissura que o impacto causou no vidro, tentei abrir a porta do carro. Mas a água já havia entrado completamente no carro e era impossível abri-la, a temperatura da água era congelante e comecei a me sentir entorpecida com sono ora pela bebida, pela pancada e a água.


Fechei os olhos já cansados pelo esforço de lutar, reinvidicando ar para os meus pulmões e me deixei me levar pela sensação de paz de logo poder encontrar o meu irmão.


Senti braços fortes e reconheceria esse abraço em qualquer lugar... Era ele.



Edward P.O.V

Quando avistamos a nossa casa o meu coração se jubilou em alegria, aqui definitivamente era o meu lugar e alguma coisa me dizia que era o começo de algo maravilhoso. Estacionamos em frente a nossa casa, em seguida descemos do carro. Toquei a campainha.


– Ed, você perdeu as chaves?


– Cala a boca, Emmet! Não está vendo que eu quero fazer uma surpresa.


– È aniversário de alguém?!


– Idiota...


De repente alguém abriu a porta, era minha mãe.


– Oi! Em que posso ajudá-lo...


Seus olhos encheram de lágrimas quando nos identificou.


– Meus bebês! – e veio em nossa direção nos dando um abraço sufocante.


– Oi, mamãe! Você está mais linda que nunca. – eu disse. Não porque é minha mãe, mas Esme era linda parecia estrela de filmes de época.


Tinha a pela sedosa e branquinha, sem qualquer resquício de marcas de expressão. Ela parecia irmã de Alice, dada pela juventude que aparentava. Meu pai tinha razão de ter ciúmes dela, seu corpo era mais bonito que de muitas jovens. Os cabelos sedosos em tom de caramelo, havia herdado dela o tom cobre.


– Mamãe, que saudades!!! – e Emmet estava chorando no colo da nossa mãe.


– Vocês deveriam chegar ontem. O que aconteceu?


– Consegui resolver as coisas lá na faculdade antes do esperado, por que decepcionada? – fiz beicinho.


– Oh... meu filhinho – Esme tinha um jeito muito carinhoso nos enchia de mimos, era meio constrangedor ás vezes. – Mamãe está muito feliz de ter vocês de volta pra minhas asas.

E me deu um beijo na testa e nas duas bochechas, como sempre fazia desde quando éramos pequenos.


– Cadê o meu beijinho, mamãe? – Emmet fez cara de ciúmes. Para ele realmente o tempo não passava, continuava uma criança no corpo de um halterofilista.


– Que chororo é esse? – uma vozinha tão delicada disse.


– Alice! – eu reconheceria essa voz de fada em qualquer lugar.


– Maninho... – Alice veio correndo em minha direção e pulou no meu colo, me enchendo de beijinhos – Que saudades! Cadê meus presentes?


Alice com certeza não mudará nada continuava a mesma consumista de sempre, mas tinha algo diferente nela. Já não era a mesma menininha de sempre, tagarela e travessa, agora estava se transformando em mulher. Foi então que meu pai apareceu. Como sentia sua falta também, ele era minha inspiração. Desde pequeno o observava cuidando dos outros, foi por sua causa que sempre sonhei em ser médico e ele sempre me apoiou.


– Edward! Que surpresa maravilhosa meus filhos!


E Emmet nos sufocou em outro abraço e todos juntos novamente fomos jantar. O assunto eram as histórias da faculdade, as trapalhadas de Emmet, meu pai lançou um olhar para Emmet e disse “Precisamos conversar mocinho!!”.


Emmet havia abandonado o curso, dizia ele para refletir sobre o aprendizado e não agradou muito meu pai. Durante o jantar o telefone de casa tocou desesperadamente.


– Alô? – meu pai atendeu. – Charlie... Calma... O que aconteceu?


Dava pra ouvir a voz desesperada do outro lado da linha.


– Espere mais meia hora e então ligue pra polícia. Sei... Charlie, qualquer coisa me liga... Tchau.


Todos ficamos o olhando com cara de interrogação.


– Era Charlie – ele disse.


– Charlie Swan? – eu conhecia Charlie, afinal ele era um grande médico, muito famoso em Forks e grande amigo de meu pai.


– Sim... - meu pai assentiu.


– O que aconteceu? –nos todos perguntamos em uníssono.


– Bella, a filha de Charlie. Pegou o carro e saiu faz algumas horas e não avisou nada, Charlie está muito preocupado.


Uma angústia tomou meu peito, causando uma sensação de perda.


– Ah... Pai! Talvez ela tenha ido a algum shopping ou cinema e perdido a noção da hora. Isso acontece. – Alice era muito otimista até nas piores horas.


– Charlie, tem filha? – não me lembrava de quando estava aqui, ter visto ele com a filha.


– Sim, ele fora casado e se separou, contudo teve dois filhos a Bella – estremeci ao ouvir esse nome – e o menino mais velho Nikolas.


– Talvez ela tenha ido curtir a night aqui em Forks... – disse Emmet, todos nós o olhamos com cara de “Cala a boca que a coisa é séria”!


– Duvido muito. Recentemente Nikolas sofreu um acidente e não resistindo faleceu em seguida.- olhei pra ele para que continuasse a explicação, senti uma grande curiosidade. – Bella ficou mal e por isso veio morar com Charlie. Por isso duvido que ela tenha saído pra se divertir, ela me parecia depressiva.


– Você a conheceu, pai? - perguntei.


– Ela visitou o hospital com Charlie, é uma menina adorável, linda... Mas notei uma certa tristeza em seu olhar.


Meu pai foi interrompido por uma ligação.


– Alô... Charlie? Que bom ela chegou! Como está? Seja paciente. Ela está passando por uma grande transformação... Tudo bem. Antes que eu me esqueça! Edward chegou mais cedo que o previsto, claro. Ele vai adorar já começar. Amanhã ele estará lá. Boa noite!


Havia me esquecido completamente da minha oportunidade de trabalhar no hospital de Forks.


– E aí, pai? O que aconteceu? – dessa vez Alice que roubou minhas palavras.


– Alarme falso, ao que parece ela apenas saiu para dar uma volta em Forks e perdeu a hora, já está segura em casa – me senti aliviado. – e Edward, amanhã você já começa no hospital. Charlie ficou animado em saber que você já chegou.


Terminamos o jantar e eu fui arrumar minhas coisas, meu quarto continuava do mesmo jeito que eu o deixei.


Liguei o som e começou a tocar uma melodia que eu gostava muito ”Clair de Lune” essa música sempre me lembrava da garota dos meus sonhos. Fui tomar um banho e deitei na cama, adormeci ao som da música.


– Socorro! – ela gritava.


Novamente comecei a procurá-la pela floresta, só desta vez não a encontrava e não conseguia mais ouvir sua voz. Finalmente avistei o rio e então a vi. Seu corpo boiava na água. Entrei na água e fui arrastado por uma correnteza, não conseguia alcançá-la, ela olhava desesperada para mim.


Por que não tinha forças de ir até lá?


O despertador tocou eram cinco e meia da manhã, hoje era meu primeiro dia no hospital.


Arrumei-me em seguida descendo as escadas e desci para a cozinha. Mesa com o café já estava pronta.


– Bom dia, mãe! Já acordada?


– Meu filhinho... Não se esqueça que eu sou mulher e mãe de médicos, eu tenho sempre que estar a postos e eu gosto de preparar um café especial todo dia pro seu pai. Afinal vocês não param um minuto e tem que se alimentar.


Dei um beijo estalado na sua bochecha. Meu pai desceu logo em seguida e tomamos o café juntos. Fomos para garagem, já ia me encaminhando para o seu carro um Mercedes S55 Amg preto.



– Filho, esqueceu de seu carro? Ficou guardado conosco?


– È mesmo o meu bebê. – meu pai riu do apelido do meu carro.


Ele foi até um carro que estava com uma capa e a puxou lá estava meu amado volvo


Sua tintura prata reluzia intacta.


Cheguei ao hospital primeiro, afinal eu era um ás no volante. Entrei e Charlie estava na entrada.


– Doutor Swan? – eu o chamei.


– Edward?


– Sim, muito prazer em revê-lo!


– Pode acreditar que o prazer é todo meu! Fiquei muito feliz por você ter aceito vir começar sua carreira aqui.


– Esse hospital vem sendo meu sonho, desde que decidi por medicina.


– Mas... Cadê o seu pai?


Meu pai acabará de descer do carro e estava vindo em nossa direção.


– Bom Dia, Charlie!


– Carlisle... Esperávamos por você. – Charlie deu um sorriso irônico para ele. – Problemas com o carro?


Charlie e meu pai se encarregaram de me mostrar o hospital. Eu fui designado para ser o médico-chefe do setor de Primeiros Socorros. Como era o meu primeiro dia, fui para o sala de reuniões, onde me apresentei para os médicos, enfermeiros e funcionários de meu setor. Explicando qual era o meu modo de trabalhar, e como esperava que a equipe se comportasse agora. Todos me cumprimentaram e me desejaram “Boa Sorte”.


– Sabemos que você acabou de ingressar na área, mas você já fez muito feitos, salvou pacientes em casos complicadíssimos e realizou pesquisas incríveis. Por isso, eu tenho muita confiança em você. Boa Sorte! – Charlie me encorajou saindo em seguida.


Fui para o corredor e me encontrei com...


– Jasper?


– Edward! Finalmente... Estávamos ansiosos esperando sua chegada.


– Cara, quanto tempo! Como você está?


– Estou bem, terminei a faculdade e a pós em Darthmouth e seu pai me ofereceu um cargo aqui, como encarregado das cirurgias pediátricas.


Jasper eu havíamos estudados juntos no colégio, prestamos juntos provas para medicina, éramos melhores amigos. Acabamos nos distanciando por causa da faculdade. Mas na da disso importou ainda sentia muita confiança em Jasper, ficamos contando nossas experiências, quando o meu Pager tocou.


Era uma emergência, uma menina havia caído da escada de sua casa e estava com uma fratura exposta.


– Jasper, o dever me chama!


– Ok... Depois almoçamos juntos. Boa Sorte!


Cheguei na sala aonde seria a cirurgia. Realizei a assepsia e coloquei as vestimentas adequadas.


A paciente devia ter uns 14anos e se chamava Kelly. Comecei a cirurgia com o auxílio de minha equipe, estávamos fazendo a raspagem do osso para recolocá-lo, só que os sinais dela insistiam em ficar abaixo do normal, percebi que isso não era comum e perguntei para a enfermeira responsável.


– Qual o motivo dela ter caído?


– A mãe disse que a encontrou caída.


– Isso está muito estranho... As drogas não estão fazendo o efeito necessário e ela está com sinais de choque. Eu quero um exame de sangue nela pra já!


Enquanto as enfermeiras terminavam o curativo, fui até o rosto de Kelly e abri sua boca que estava com cheiro de algum tipo de droga. Ela estava semi-consciente.


– Kelly? – eu a chamava. – Você ingeriu alguma medicação?


Ela abriu os olhos e disse.


– Eu estava tão chateada e minha cabeça doía tanto, que tomei os comprimidos da mamãe.


A enfermeira chegou com os exames e como eu suspeitava. Ela ingeriu grande quantidade de medicação, ela logo entraria em estado de choque.


– Eu preciso que você avise ao Centro Cirúrgico que eu terei que fazer uma lavagem, ela está com uma intoxicação medicamentosa.


Assim que tudo ficou pronto, realizei o procedimento e tudo correu bem, os seus sinais voltaram ao normal e agora era só uma questão para que sua perna se recuperasse.


Fui para o refeitório e como combinado Jasper estava lá, e me convidou para me sentar com ele.


– Eu soube da sua proeza. Parabéns!


– Temos que sempre ficar atentos a qualquer sinal que o paciente vá apresentar.


– Falou como médico, agora! – e rimos juntos.


– Eu posso te pedir um favor? – eu assenti com a cabeça. – faz um tempo que eu conversei com a Alice, afinal ela e a Rosalie são amigas e estudam juntas...


Ele tentava se explicar, claro que eu me lembrava disso nos os Cullens e os Hales crescemos juntos. Era normal que ele conversasse com a Alice.


Eu já sabia da paixão platônica de Alice por Jasper... Mas ele estava ficando vermelho, aí tem.


– Edward?


– Pode falar... O que estiver ao meu alcance eu irei ajudar.

– Ela me disse que colecionava coisas rosa para o quarto – bem a cara de Alice. – Eu estava em Port Angeles, e comprei isso...


Ele tirou dentro de um embrulho cor-de-rosa, uma pequena fadinha pink que me lembrava Alice.


– Você entregaria para ela ? – ele parecia apreensivo.


– Eu tenho uma idéia melhor – eu disse olhando para ele.– Meus pais vão dar um jantar hoje, em casa. Venha você e traga a Rose e entregue a ela pessoalmente. Tenho certeza que meus pais ficariam felizes em te ter lá e Alice iria adorar.


Ele deu um grande sorriso em resposta.


– Claro eu e a Rose estaremos lá!


Dois médicos se juntaram a nós.


– Oi, Jasper – um deles disse.


– Oi! Edward, estes são Brian e David. Brian é um dos internos do seu pai e David é psiquiatra.


– Ouvimos dizer que você salvou uma paciente de um choque, quando ela chegou com uma fratura... – disse Brian. Um médico alto com cabelo loiro bem curto.


– È... Foi uma cirurgia delicada a qualquer momento ela poderia se desestabilizar.


Charlie havia aparecido no refeitório.


– Estou vendo que há uma confraternização aqui e ninguém me chamou. Estou brincando – ele disse sorrindo – Edward, bom trabalho, hoje cedo!


Ouvimos o som de um Pager. Automaticamente todos nós conferimos os nossos.


– Desculpe... senhores é o meu, tenho que ir. Até a noite, Edward!


– Drº Swan é um grande médico. Espero um dia adquirir esse conhecimento. – eu disse.


– È.. .um grande homem que está passando por uma fase turbulenta. Ele está criando uma ala beneficente para crianças em casos terminais, eu acho que ela se chamará Nikolas Eugene Swan em homenagem ao seu falecido filho. – explicava David.


David tinha os cabelos castanhos um pouco abaixo do queixo, sua fisionomia era tranqüila.


– Eu conheci a filha dele, a... – dizia Brian.


_Bella! – eu completei.


– Você a conheceu? – perguntou David.


– Não tive a oportunidade... ainda – porque algo dentro de mim balançava ao falar sobre essa garota?


– Pois você está perdendo. Ela é linda tem a pele alva, os cabelos longos castanhos e um rostinho de bonequinha e o corpo...- Jasper o interrompeu.


– Não acho que devemos ficar comentando sobre a filha do Drº Swan dessa maneira.

Eu fiquei aliviado quando Jasper interveio. Não gostei do jeito que ele falava dela e com esses olhos de cobiça.


– Concordo com Jasper, não devemos falar de uma mulher dessa maneira, e no ambiente que estamos é antiético.


David concordou plenamente e Brian se desculpou.


Fui tirado do almoço, como os outros, quando nossos pagers começaram a tocar freneticamente. Ao longo do dia realizei duas cirurgias e fui para a sala de confraternização, afim de resolver a escala de médicos do meu setor e mais tarde fui inspecionar os procedimentos realizados pelos médicos de meu setor.


Encontrei com meu pai no hall.


– Sua ação com o paciente de cedo, ficou conhecida aqui em meu filho? Sabia que você,seria motivo de orgulho aqui dentro.


– Obrigado, pai.Vai para a casa?


– Sim, encerrei minhas atividades no momento. Você vem?


O meu Pager respondeu por mim.


– Parece que não... Um paciente de um dos meus leitos entrou em parada. Tenho que ir.


Consegui reverter o quadro, o paciente tinha uma arritmia grave. Tive que submetê-lo com urgência para uma cirurgia cardíaca, realizada por mim.


Meu objetivo agora era realizar meu trabalho com competência, para depois ter a oportunidade de trabalhar no setor de cardiologia. Já que era graduado cardiologista.


A cirurgia foi um verdadeiro sucesso.


Estava me despedindo de minha equipe.


– Qualquer chegada de algum caso com urgência, ou alguma intercorrência com os pacientes desse setor, me contatem imediatamente. Bom plantão!


Meu celular tocou.


– Filho?


– Mãe, o que foi?


– Só queria saber se você está vindo pra cá?


– Hey... mãe coruja! Sim, já estou de saída.


– Você poderia passar em Forks e comprar uma sobremesa? Seu pai esqueceu.


– Claro e não comecem sem mim!


– Fica tranqüilo, mamãe te ama. Tchau!


Já tinha comprado um delicioso bolo mousse de chocolate com menta e estava passando pela ponte que tem na estrada de Forks. Quando aquele mesmo carro roxo da outra vez, passou por mim em alta velocidade. De repente ouvi barulho de pneus derrapando, brequei o carro e quando olhei o carro havia atravessado a ponte e caído no rio. Corri para o ponto do acidente e sem pensar duas vezes pulei na água. Inconseqüente ou não, essa pessoa precisava de ajuda.


A água estava congelante, mergulhei para onde o carro estava, havia só o motorista no carro, mas a porta estava travada, pela pressão que água exercia. Subi para recuperar o fôlego, dessa vez quando submergi, quebrei a janela do carro, assim consegui tirar a pessoa de lá. Estava saindo da água com a pessoa no meu colo, quando a deitei na beira do rio. Vi que era uma mulher tirei o seu cabelo do rosto. Quando pude ver seu rosto, fiquei sem ação.



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Notas finais do capítulo

UFA!Capítulo foi longo, haja inspiração...
Aqui está como prometido, a chegada do Edzão! E eu confesso que ele chegou para abalar, fiquei suspirando o tempo todo enquanto deescrevia os procedimentos médicos.
Quis fazer um diferencial mostrando aos leitores como funciona alguns procedimentos que tenho conhecimento.
Eu sou enfermeira >< Bom, tenho um presentinho... A sinopse de Afterlife.
Afterlife Olhar de anjo
Nem mesmo a morte é capaz de impedir a pureza do amor.
Sinopse
O amor não é uma matéria que se deteriora com o tempo. Ele não perece como nosso frágil corpo.
Nem mesmo a morte pode impedir o amor de progredir. Pois, amar é um dom de Deus. E o que é a morte perante Deus?
Eu prometi a ela. E não importa se a morte cruzou meu caminho. As areias do tempo podem ter se extinguido para mim, mas meu amor nunca morrerá.
Dedicatórias:
* Meus fiéis e amados leitores;
* Meu irmão Bruno que fez a primeira capa de ODA, na época da pedra. Mas, foi a primeira imagem que interpretou ODa.
* Ber, minha garota ODA e design;
* Gih, que simplesmente absorve cada palavra de ODA que eu jogo em sua direção. E sem falar, que é a mãe de Afterlife.
* Gel, minha beta! Obrigada por me ouvir e me inspirar em ODA.
* Mikka, minha amiga maravilhosa que carrega ODA no coração;
* Biazinha Péola, meu anjo obrigada pelas palavras;
* Meena, obrigada por não desistir de ODA, mesmo quando a autora estava revoltada;
* Nathalia A. Cecilio, minha filha linda! Você me renova com seu carinho e amore;
* Minha Xuxinha(Jessy) obrigada por acompanhar ODA;
Nota da Beta:
Oi Ninas, devo alertar que a nota será grande, calma só um pouquinho...
O nome do cap. já foi bastante revelador...
O TDB (tudo de bom) apareceu afinal de contas, colírio de nossos olhos, OMG, vamos combinar!
O gancho da história: O SONHO! Ele tmb sonhou com ela e percebeu o quanto ela é especial, parabéns Fê, os sentimentos ficaram tão explícitos que pude sentir!!!
O Emm tmb chegou, adooooro o ursão.
Já a Bella teve seu ataque de irresponsabilidade e viu no que deu, se não é nosso anjo...
Gente um detalhe importante, a família Cullen é perfa né?
O TDB, muito competente, inteligente, bonito, gostoso (tá parei por aqui), mas não tô mentindo (rsrsrsrsr).
Comentem muito, pois o px cap. está muito boooooom.
Beijos e até mais.
Gel-corujinha pimenta=)