POV Sirius

- Mas como vamos fazer isso? - perguntou Pedro pela milésima vez.

Estávamos no dormitório masculino, as meninas também entraram para nos aguardar. James remexia seu malão em busca da sua capa da invisibilidade.

- Mas James, nós nem ao menos sabemos aonde ela está! - exclamou Amanda indignada.

- Não tem importância! Precisamos estar preparados para quando soubermos! - James disse com urgência já com a capa em mãos.

- Esperem! - berrei quando todos já passavam apressados pela porta.- Eu acho que já sei um possível lugar que o meu irmão levou a Lily! - disse para todos que pararam de súbito para me observar.

- Sirius isso é uma coisa séria, não é hora para brincadeiras! - foi a Dorothy dizendo incapaz de acreditar que logo eu saberia aonde a Lily poderia estar. Aliás, todos pareciam pensar isso.

- Você? Sirius Black sabe onde a Lily está? Justo você dentre tantas pessoas nesse mundo?? - disse Remo com tom de deboche.

- É eu mesmo Remo! Pontas, se lembra que eu disse que eu não queria mais voltar para a minha casa e você disse que eu poderia ir morar na sua? - eu disse me atropelando com as palavras, A ansiedade já estava me tomando.

- Sim, mas, sirius o que isso tem... - não deixei ele terminar a frase, e disse rapidamente:

- Eu não me mudei por causa das frequentes discussões com a minha mãe, e sim porque a minha casa era o ponto de encontro dos Comensais da Morte! E que lugar melhor para o meu irmão levar a Lily do que lá? - perguntei me sentindo um gênio.

- Genial! - exclamou James. Pedro bateu umas palminha e o resto deu um sorrisinho e me olharam com um brilho nos olhos.

- Então o que a gente está esperando? - perguntou Frank enérgico.

- Só um instante, se vamos pra minha casa vamos precisar disso. - eu falei correndo até o meu malão e tirando de lá meu canivete que abria qualquer porta.

Saimos de lá correndo. Nós levavamos a capa da invisibilidade e o meu canivete, e claro nossas varinhas.

- Ei esperem um instante! Como vocês esperam chegar até a casa do Sirius? - perguntou a Alice que parou de correr.

A verdade é que estávamos correndo sem rumo, e a alice nos acordou para esse problema.

- Mas é claro, vamos montados em vassouras! - disse James como se aquilo fosse o óbvio.

- Sabe James, nem todos aqui têm vassouras. - disse a Dothy colocando as mãos na cintura olhando para o Pontas perplexa.

- Não se preocupe princesa, eu deixo você montar comigo! - disse jogando charme pra cima dela.

- É impressionante o fato de você conseguir ser um idiota até nos piores momentos! - ela disse se virando pra mim irritada. Tudo bem que ela podia estar um pouquinho certa neh? Mas decidi que iriamos deixar aquela discussão para depois.

- Chega de infantilidades Dorothy Perkison, estamos em uma missão de salvamento! - eu disse a ela autoritário.

- Muito bem, vamos até o vestiário do time de quadribol da Grifinória. Lá tem algumas vassouras da escola. - disse James mais como uma ordem.

Saímos correndo até o vestiário e quando chegamos lá cada um pegou a sua vassoura. Eu estava um pouco intrigado que o James estava liderando. Por que não eu? Sou um ótimo líder!

- James, por que você está na liderança do grupo? - eu perguntei não conseguindo mais me controlar.

- Porque se eu deixasse você tomar as rédeas da situação provavelmente nós morreríamos! - ele disse em um tom sério e não de brincadeira. Nunca vi ele tão concentrado em alguma coisa que não fosse quadribol.

- Ei ! Não é justo! Eu seria um ótimo líder...exijo uma votação! Quem quer que seja eu que... - mas não pude terminar pois o viadinho me cortou na hora.

- Chega de drama Almofadinhas! E nos poupe disso porque ninguém votaria em você - disse ele enquanto montava na vassoura seguido pelos outros. - Muito bem, um...dois...TRÊS! - gritou ele e todos démos um impulso e saímos voando pelos terrenos de Hogwarts. O único que parecia nervoso era o Pedro que tremia em cima da vassoura.

POV Lily

Acordei totalmente atordoada. Me lembrava nitidamente de que Régulo Black fizera eu cheirar um líquido que me levou a desmaiar.

E agora eu não sabia aonde estava, quer dizer, estava em uma espécie de calabouço, mas aonde era isso eu não fazia a mínima idéia.

Pela pequena janela do calabouço eu via que estava bem escuro do lado de fora. E olhando mais atentamente, vi que eu não estava em Hogwarts.

Ouvi passos em direção ao calabouço aonde eu me encontrava. Me encolhi na parede, não estava mais com vontade de lutar.

Régulo Black apareceu em frente as grades do calabouço e o abriu. Entrou lá e trancou de novo. Foi chegando mais para perto de mim com um sorrisinho maldoso e me disse:

- Deve se lembrar que eu disse que sofreria as consequencias caso não me obedecesse certo? - ele me perguntou e eu me limitei a balançar positivamente a cabeça, sem coragem de encarar os seu olhos.

- Que bom que se lembra - ele continuou a falar - e é claro que eu sempre cumpro as minhas promessas. - o tom de voz que ele usava estava me deixando toda arrepiada de medo.

- Mas antes quero que saiba que tem alguém que vai vir te visitar. O meu milorde sabe? Ele diz que quer saber quem é a garota que ousa desobedecer as ordens de um legítimo Black! - agora eu estava realmente apavorada. Claro que agora eu já estava a par da situação e sabia quem era o "Milorde".

- Mas como você é uma medrosa eu vou amaciá-la para ele? Alguma vez já sentiu na pele a maldição cruciatus? - ele me perguntou divertido. Arregalei os olhos para ele e este pareceu se divertir mais ainda. Da última vez que eu quase fora atingida por essa maldição, foi justo o Potter quem me salvou. Mas ele não estava aqui agora.

Fechei os olhos como da última vez, esperando pela dor. A única diferença foi que dessa vez ela chegou.

- Crucio!

Eu começei a urrar de dor, parecia que o chão tinha sumido de baixo dos meus pés e eu me contorcia, me único desejo agora era morrer, queria implorar pela morte. Mas eu me segurava tentando me convencer que ia passar. Mas era quase impossível ter esse pensamento. Já sentia as lágrimas começarem a escorrer, mas de repente do mesmo jeito que começou a dor parou.

Black me olhava com um certo brilho nos olhos, e eu sentia meus olhos arderem e cada partícula do meu corpo doía e latejava.

- Isso foi só o começo! Até o Milorde chegar, aguarde por mais "visitas" minhas. Mas não se preocupe,logo depois que o Milorde der um jeito em você, não irá sentir mais nada! - disse enquanto saia batendo a grade do portãozinho do calabouço com estrépito.

Logo que ele saiu de vista eu me voltei para o canto da parede e desatei a chorar de soluçar. Eu não tinha mais expectativa de vida. Aquelas palavras ecoavam na minha mente : "Mas não se preocupe, logo depois que o Milorde der um jeito em você, não irá sentir mais nada! ".