Otherside escrita por addie


Capítulo 6
Capítulo 5. Mais perto


Notas iniciais do capítulo

Demorei maas posteei!



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Capitulo 5. Mais perto


Antes que pudesse perceber, a segunda feira já chegará, Edward entrou na sala, onde os trabalhos estavam empilhados em cima da mesa, deixando o dele em cima dos outros, e correndo para sentar-se, antes que o Prof. Stallin notasse o seu pequeno atraso, mas não foi com muito esforço que novamente notou a presença da belíssima morena, digitando em seu notebook, enquanto mordia seus delicados lábios avermelhados, demostrando-se concentrada no que fazia. Edward evitou pensar no que gostaria de fazer com seus lábios, e balançando a cabeça, desvencilhou-se depois de muita insistência de seus pensamentos.

Quando por fim se sentou, resistindo veemente a tentação de não sentar ao lado da morena, ele andou até duas fileiras atrás dela, onde podia observa-la de longe, sem que a mesma percebesse, preparou-se para mais uma das aulas irritantes do Sr. Stallin. Ele começou sua aula, como de costume, e antes que pudesse perceber, não era sobre as teorias da psicanálise de Freud que ele pensava, no momento ele se perdia na deliciosa apreciação, da bela morena que cruzava as pernas, mostrando suas pernas torneadas, e fazendo a saia de cintura alta preta, subir um pouco mais.

Ele respirou pesadamente, fechando os olhos e os esfregando. Voltou seus olhos ao Prof. Stallin, mas antes que pudesse perceber, era na morena que os seus olhos estavam presos de novo, analisando o recém-feito coque preso com uma caneta de prata, mas foi com um pouco de esforço que Edward acabou por notar uma pequena tatuagem que se encontrava na nuca da morena, ele estendeu seu corpo à frente, aproximando-se um pouco para identificar o que seria... Um nome? Nome de algum namorado... Algum desenho. Ele estreitou os olhos, tentando enxergar.

– Perdeu alguma coisa Sr. Cullen? – indagou o Prof. Stallin, atraindo toda a atenção da sala, até mesmo a morena, que agora o olhava diretamente. Edward envergonhado, retraiu-se, e encolheu-se na cadeira.

– Não Senhor! – respondeu educadamente, como poucas vezes.

– Então, olhe diretamente para mim, e não se perca observando outras coisas. Vou tentar relevar tamanha desatenção quando corrigir seu trabalho...

Edward bufou irritado, se esforçando arduamente para se concentrar no rosto aborrecido e irritante do Prof. Stallin. Mas quando o sinal tocou, ele se esforçou para não chutar a primeira coisa que visse.

As outras aulas comparadas a do Professor Stallin, foram se passando rapidamente, deixando Edward, atualizado em todas as matérias que se sucederam, quando o sinal tocou anunciando o pequeno intervalo para o almoço do estudante, não foi para o usual refeitório que Edward foi – como de costume. Antes que pudesse notar, já se dirigia em direção a Mike Newton, que ao lado de Eric – como sempre – encontrava ao redor de um pequeno grupo, os seus usuais fregueses.

Era normal para que Mike se rodeasse em volta da elite de Yale. Eram eles os compradores assíduos, e os de certeza para receber seu dinheiro. Porque embora o seu pai fosse um ilustre empresário, Edward obtinha certeza de que a mesada de Mike, nem se comparava ao quanto ele arrecadava com lucros de drogas.

Como portadores usuais, nenhum garoto da elite americana, teria certa coragem de ir até os subúrbios, para possuir sua tão amada droga. Caius Volturi dominava a região e embora com vários processos nas costas, um dos mais importantes empresários da Engenharia Civil americana, parecia dominar a arte de ser livre com maestria, seu reino era temido, todos conheciam seu sobrinho, que parecia cuidar da área para seu amado tio. Felix Volturi, irmão de Demetri Volturi, um dos estudantes de Yale.

Edward se aproximou de Mike, sendo o suficiente para que a roda em torno dele se dispersasse. Mike sorriu aproximando-se sorrateiramente.

– Cullen, a cada dia nos encontramos mais... – ele deu seu meio sorriso, mostrando seus dentes brancos, logo depois olhou para Eric, com seus olhos azuis cintilantes.

– Não pense que me agrado de sua companhia Newton. Não sou como esses idiotas, eu compro diretamente...

– Oh, é claro. – ele sorriu. – A quem acha que eu compro Edward? – indagou entre risos.

– Você não me engana Newton, sei que se acha esperto. Mas suas fontes não são ninguém mais que Demetri – ele sorriu, com seu ar arrogante, mostrando quem mandava naquela porra – Um merdinha como você jamais iria aos subúrbios.

Mike cerrou os olhos azuis, com sua pontada de ódio. Edward era tão arrogante, que espalhava sua amargura por onde passava. Era como se por onde ele fosse, o pior despertasse nas pessoas.

– O que quer? – indagou irritado Newton.

– Maconha! – respondeu antes que qualquer outra palavra saísse da boca irritante do Newton.

– 50 doláres Cullen! – ele estendeu um pequeno saco com as ervas que Edward tanto adorava.

Edward sorriu, entregando a nota na mão.

– Esses merdinhas são tão fracotes, que compram essa porra pelo triplo.

– O que está fazendo aqui então Cullen? – Newton semicerrou os olhos aproximando-se.

– Te ensinando como se faz as coisas, Newton.

– Como se tornar um viciado de primeira? – provocou Newton.

Edward cerrou os olhos, aplicando um olhar mortal a Mike que sorria.

– Te ensinando a ser um homem Newton... – respondeu em seu melhor sorriso – Você não está dando conta do serviço não é? Esse final de semana a Irina gemeu meu nome, até a porra da cama quebrar. Talvez seus negócios não estejam tão bem assim.

Dizendo isso ele estendeu o pacotinho ao ar, em seu sorriso devastador, e dando a meia volta, ele andou em direção a uma das mesas, preparando seu "cigarro" ele o acendeu, e quando finalmente cada parte do seu corpo parecia estar relaxada o suficiente, ele jogou seu cigarro no chão, o esmagando na grama com o pé, até estar totalmente apagado.

Quando chegou até o refeitório, não se surpreendeu ao ver Ben indo ao seu encontro. Ben sorriu o cumprimentando com um soco no ombro, o qual foi revidado por Edward.

– Você aqui em uma segunda feira, é quase um milagre divino. – brincou Ben, enquanto os dois se direcionavam a uma das mesas. Mas foi quando Edward estancou no lugar. Seus olhos fixaram-se onde sua irmã estava sentada, entre risos e conversas que o pareciam intimas, mas não foi Alice Cullen que chamou sua atenção, e sim a morena que agora ria juntamente à Alice.

Foi necessárias alguns empurrões e gritos para Ben, finalmente conseguisse a atenção de Edward de volta.

– Edward! – ele chamou pela quinta vez.

Finalmente, Edward piscou os olhos o voltando para Ben, dizendo:

– Desculpe, quem é aquela? – apontou para a amiga de Alice.

Ben finalmente direcionou o olhar a morena dos olhos chocolates, e sorrindo voltou à Edward.

– Isabella Swan! – ele informou com um sorriso – Inalcançável. Desista!

– O que? – ele indagou entretido com a morena que mordia os lábios prestando atenção à conversa de Alice.

– Não é pra você!

– O que te faz pensar isso?

– O nome dela já te diz tudo.

Edward nem pensou, quando viu, já estava indo em direção a mesa de Alice, mas foi pego de surpresa, quando Alice já estava vindo em sua direção.

– Oh, você aqui em uma segunda? – indagou ela em um sorriso – Prova viva que Deus existe, ainda mais... Sóbrio. – ela se aproximou dele o bastante para sentir o hálito – Retiro o que disse... Nunca sóbrio.

– Você sempre tão afetiva minha irmã...

– Deve ser genética – ela sorriu respondendo ao irmão.

Edward olhou para a morena, que agora falava ao celular com seus olhos estreitados, ele sorriu quando percebeu a curva que sua camiseta folgada deixava mostrar, o vale dos seios brancos de Isabella.

– Nem pense nisso! – alertou Alice.

– O que? – indagou ele.

– Bella... Nem pense nisso... Eu estou falando sério Edward, se algum dia se quer, você chegar perto o bastante de Bella para que ela sinta o seu cheiro, eu vou ser acusada de assassinato, e não vou ligar nem um pouco para isso.

– O que? Está bancando à puritana agora.

– Ela é diferente Edward. Ela não vai cair nos seus braços.

– É ai que você se engana irmãzinha.

– Eu estou falando sério, não toque nela, não fale com ela.

– E porque eu faria isso? – indagou ele.

– Tudo bem, tente então. Não acredito que depois de ver sua cena chapado e bêbado ela se quer iria te querer... Ah, sim. Depois cair por cima dela, e vomitar a casa toda, quando ela estava presente... Não vamos esquecer os palavrões... Quais foram? Vagabunda... Ou vadia? – ela pareceu pensar um pouco, mas depois em um sorriso, voltou seu olhar para Edward – Isso não importa de qualquer maneira...

– Do que está falando? – indagou ele.

– Você nem ao mesmo se lembra de não é mesmo? Eu não me admiro.

– Você deve estar brincando...

– Pergunte ao Ben, ele estava presente. Não estou mentindo Edward... E não chegue perto dela... Eu não vou hesitar duas vezes antes de chamar o Carlisle aqui e conta-lo sobre sua vida em Yale.

Edward semicerrou os olhos irritados, dando a meia volta e deixando Alice para trás. Ele não podia acreditar que de alguma forma havia encerrando com as chances de ter a morena em sua cama. Porque se de alguma forma ela se parecesse com Alice, jamais, em toda sua vida, depois de presenciar tal cena, se renderia a qualquer encanto. Ele conhecia sua irmã com a palma de sua mão, embora, se falassem uma ou duas vezes ao mês.

Irritado saiu do campus, sem ao menos assistir as ultimas aulas que restavam, entrou no carro, rumando a um caminho que ele desconhecia. Seus olhos se perdiam na linha do horizonte, quando o sol brilhava no alto do céu. O volvo prata deslizava na estrada, com uma velocidade alucinante, mal percebida por Edward. Ele nem ao menos percebeu quando seus dedos deslizaram automaticamente para o som ambiente do carro, Edward não era uma pessoa agradável, além de sua difícil personalidade e seus vícios desgastantes, mas havia duas coisas na qual ele tinha um enorme prazer, a primeira era a medicina, que apesar de estar no seu quarto ano, já tinha a certeza que aquilo seria sua vida.

No começo, sua decisão por uma faculdade de medicina e não de ciências políticas, fora apenas para contrariar Carlisle, o qual ainda acendia uma chama que Edward algum dia pudesse se tornar um grande político, talvez o presidente dos Estados Unidos da América. Escolher uma profissão, o qual seria o oposto da política, sofrendo desencargos de vontade e amor por ajudar, não era algo que se achava possível de se encontrar em Edward, mas, surpreendendo a todos, ele realmente queria isso.

Mas antes disso, já se encontrava grande paixão em Edward pela música, inesperado, sabia tocar diversos instrumentos, desde o piano à bateria. Seus gostos eram variáveis, mas as das décadas de 60 e 70 eram suas preferidas. E foi quando Beatles começou a tocar, que seus músculos relaxaram, funcionava como uma droga para ele.

Depois algo mais que meia hora dirigindo, ele nem ao menos percebeu que estava no porto de Connecticut, as diversas balsas que se estendiam por ali, que iam desde as cidades mais próximas, a grandes centros como Nova York. Ao sair do carro, caminhou até o cais de barcos menores, tirando o tênis Nike e as meias, encolhendo a calça jeans, ele não hesitou ao chegar até o final, do pequeno cais, com um ou dois barcos. Ele sentiu a água gelada nos pés. Observando a imensidão a sua frente, Edward não pode deixar de voltar a sua infância, quando os passeios de balsa com seu pai, eram os seus preferidos. Era assim todas as vezes que saiam da pequena Forks, para Seattle.

O relacionamento perfeito, que fora quebrado em sua juventude, de uma forma, que Edward desconfiava ser impossível de ser recuperado. Não voltara Seattle, onde se encontrava a atual residência dos Cullen, desde que seu pai se tornara governador do estado de Washington, a vida dos Cullen mudará totalmente, e foi com grande alívio que Edward deixara Seattle, para viver do outro lado do país, onde a convivência com Carlisle se tornasse ainda menor.

Seu único problema era sua mãe, Esme. Ela sim sofria com toda essa situação desgastante, que se estendiam pelos últimos sete anos. Desde o rompimento de Edward e Carlisle, não foram poucas as vezes a qual ela tentou mudar de alguma forma a situação daquela família. Edward e Carlisle não se dirigiam a palavra enquanto moravam na mesma casa, e foi saindo que Edward pode encontrar um pouco de paz. E de certa formar, usar o seu novo eu para mostrar ao mundo, a verdadeira façanha da família Cullen.

Alice que não ficava pra trás, apesar da maravilhosa convivência no passado, entre ele e a irmã, havia muitas diferenças que agora estavam no meio deles, apesar de saber que boa parte delas terem sido pela reviravolta de Edward, gostava de manter a irmã afastada, era uma boa forma de protegê-la. Não usaria de Alice para afetar Carlisle, ela era uma boa pessoa, que não merecia a família que tinha.

Edward permitiu respirar por algumas horas, experimentando aquela sensação boa, sem o auxílio de seus entorpecentes. Ele pensou em sua vida, todo o resto da tarde, e percebeu a quantidade de flashbacks que voltaram a sua mente, desde a inocência de sua infância, as loucuras de sua juventude. Fora pela primeira vez em anos, que de alguma forma sentira saudade de casa.

***

Bella tropeçava pelo Campus, enquanto engolia seu café tão ligeiramente, que sem querer queimou sua língua, depois do show da noite anterior ela sentia seu corpo reclamar, já era a terceira noite mal dormida. Sabia que não era uma boa ideia, quando precisava de boas notas, no semestre passado suas notas não tinham sido muito boas, agora sabia que precisava compensar.

Ela jogou o copo vazio no primeiro lixeiro que apareceu, olhando o relógio rapidamente, checando que estava atrasada para sua primeira aula. E odiou-se ainda mais por saber que a primeira aula era do Prof. Stallin e ele odiava atrasos. Na verdade ela desconfiava que ele odiasse todos, ou melhor, quase todos, ela ligeiramente percebeu que ele tinha um pequeno afeto por um ou dois alunos. Apesar de não ter a cadeira como exigência do seu curso, Bella pagou a cadeira, pela fama do professor, era obvio que as cartas de recomendação dele, valiam mais do que qualquer outro professor naquela faculdade.

Ela apressou o passo chegando até a sala, entrou quase que em um flash, o professor que acabará de se acomodar na cadeira, mal percebeu quando ela passou por ele em um relâmpago, e sentou-se na ultima fileira do pequeno auditório.

Quando enfim, se sentou, foi com muita surpresa que identificou a figura ao seu lado. Edward Cullen. Ela não pode deixar de soltar um "Ow" quando encontrou seus olhos esmeraldas avaliando-a lentamente. Sentiu-se tão desconfortável quanto em todas as outras vezes que o encontrara, o ar faltou por alguns segundos e ela arfou.

– Oi, eu sou Edward Cullen! – ele sorriu a cumprimentando, Bella se perguntou se ele estaria fingindo ou se realmente não conseguira identificar que Bella fora a dançarina que outrora o dispensara, ou até mesmo da noite em que ele estava bêbado – Eu não acho que nos conhecemos. – ele sorriu torto, fazendo Bella se perguntar se ele realmente gostava de roubar o oxigênio presente no ambiente.

– Oi – ela pausou por um momento sorrindo, se arrependendo de ter iniciado uma conversa – Eu sou Isabella Swan... Mas me chame de Bella. Você é o irmão da Alice. – ela lembrou.

Ele sorriu desconfortável por um momento, teria ele lembrado o dia em que ele se jogara bêbado e drogado nela no hall?

– Você conhece minha irmã! – ele sorriu, não parecia uma pergunta... Era uma afirmação, em um tom sarcástico.

– Somos meio que amigas agora. – ela confirmou.

– O que ela te contou? – ele indagou em um tom de acusação, que Bella de alguma forma não gostou, ele agora chamava Alice de dedo duro, como se de alguma forma ela quisesse o prejudicar... O que ela tinha certeza que não acontecia, quando era ele mesmo que havia feito todas as piores impressões possíveis, tanto com Lucky como com Bella.

– Eu não acho que ela precisou me contar nada. – sorriu.

Edward e Bella se encararam por algum tempo, o que pareceram minutos ao ponto de vista de Bella, era como se de alguma forma eles se provocassem em meio a olhares.

– Acho que você deve prestar atenção nessa aula, se quer de alguma forma uma carta de recomendação ao fim do curso. Prof. Stallin não costuma gostar dos iniciantes.

– Eu não acho que esse seja o meu caso, tenho certeza que meu trabalho o impressionará. – respondeu polidamente ela.

– Não tenha tanta certeza, ele nunca se agrada de outros trabalhos que não seja os meus, embora, me odeie verdadeiramente. – os cochichos entre as trocas de olhares em meio ao silêncio mórbido da sala, mas foi quando a voz grave chamou a atenção de Bella e Edward, que ambos desconectaram o olhar um do outro.

– Algo que queriam compartilhar com a sala Sr. Cullen e Srta. Swan? – indagou a voz grossa do Prof. Stallin.

Bella corou violentamente antes de responder:

– Nada que valha a pena ser mencionado, me desculpe professor! – ela sorriu ainda com o rosto vermelho.

Ele silenciou por alguns segundos e logo depois deu continuidade a sua aula, Bella sentiu o risinho de Edward ao seu lado, mas a raiva de ter sido pega no flagra, a evitou de lhe mandar um olhar censurador. Ela já não gostava dele profundamente, o misto de beleza e inteligência para Edward não tinha saído como uma boa coisa.

Mas foi no final da aula, ao entregar os trabalhos, que Bella recebeu sua carta de recompensa, primeiro ele chamou o nome do Cullen, que ao seu lado deu um risinho, mas o comentário do professor foi o que o agradou:

– Seus trabalhos são sempre os mesmo, não posso negar que bons, mas tão monótono quanto você Cullen.

Bella segurou para não dar uma gargalhada, mas não escondeu o sorriso quando Edward sentou ao seu lado segurando o trabalho com um B+. Após entregar boa parte dos trabalhos, ele chamou o nome de Bella, que andou ligeiramente para pega-lo.

– Srta. Swan confesso que me surpreendi com seu trabalho. Há muitos anos, não encontrava alguém com um ponto de vista tão forte. Dartmouth me parece estar preparando muito bem seus alunos.

– Obrigada professor. – ela sorriu, sentindo seu rosto corar, mas sem deixar seu sorriso convencido de lado. Mas soltou um pequeno muxoxo ao perceber que não ganhara nada mais que um A-.



Voltando a sua carteira, juntou seu material e sorriu para o Cullen, que agora a encarava com seus olhos verdes esmeraldas, ela percebeu a falta de ar no ambiente, era sempre esse o efeito dele? E por quê? Nunca nenhum homem havia lhe afetado de tal forma. Desviando o olhar, ela saiu antes que fizesse alguma besteira.

Mas saiu tão apressada, que nem ao menos notou, quando esbarrou, derrubando todos os livros no chão. Ela rolou os olhos aborrecida.

– Me desculpe! – a voz máscula disse ao abaixar-se e ajuda-la. Pela primeira vez alguém além de Alice tinha sido legal com ela.

Ela voltou os olhos para o loiro, de olhos azuis que agora sorria para ela.

– Eu que me desculpo. Estava tão distraída, que esbarrei em você sem querer.

Ele juntou todos os livros, entregando por cima, o que Bella atualmente estava lendo. Hamlet, de Shakespeare.

– É um bom livro. Um pouco trágico. – comentou ele.

Ela sorriu, conhecendo alguém enfim, que gostava de tragédias como essas.

– Mas a vida é trágica! – ela sorriu, segurando os livros.

– Eu sou Mike Newton! – ele estendeu a mão para cumprimentá-la.

– Isabella Swan! – cumprimentou, o estendendo a mão.

– A novata! – ele confirmou.

– É assim que me chamam? – indagou ela surpresa.

– Isso é bom. Eles poderiam apenas te ignorar.

– É. Você está certo. – ela sorriu simpática – Bom, obrigada e foi um prazer conhece-lo. – disse, e então deu as costas seguindo de volta ao seu caminho

Ela passou a mão pelos cabelos nervosamente caminhando até o estacionamento, onde encontrou Jacob em seu paletó e gravata perfeitamente alinhado.

– Você parece cansada – ele comentou ao abrir a porta do carro.

– Tem sido uma semana cansativa – ela afirmou ao entrar no carro.

Ele fechou a porta rapidamente e adentrou o carro.

– Você deveria descansar essa tarde – aconselhou enquanto visualizava os seus olhos cansados pelo retrovisor – Charlie te telefonou? – indagou ele.

– Não, por quê?

– Vai ter um baile em Nova York, algo com o presidente e outros políticos.

– Ou seja, tédio em forma de baile.

Ele riu pacificamente, abrindo o sorriso, em seus trinta e dois dentes branco como neve.

– De qualquer jeito, ele pediu para que você atendesse aos telefonemas dele.

Bella riu sabendo que tinha sido flagrada. Odiava e rejeitava todas as chamadas de Charlie.

– Eu vou tentar me lembrar disso. - respondeu ao encarar seu Iphone e suas ligações perdidas.

***



Os quadris se mexiam de acordo com a batida, de uma forma regular, Bella sorriu jogando os cabelos, enquanto dava seu melhor sorriso e virava de costas para a plateia que urrava. Era notável o crescimento dos clientes, desde que ela começara a se apresentar. Ela sorriu para Victória e como tinham ensaiado a coreografia, jogou os cabelos loiros, tirando pequena saia. Agora estavam as duas apenas de peças intimas nada muito pequeno, mas o suficiente para deixar as mentes masculinas atordoadas.

Mas por incrível que parecesse, aquele clube não era apenas frequentado por homens, era mais um clube de classe, onde mulheres se divertiam com as apresentações, tanto quanto os homens.

Ainda seguindo a batida da música, as duas mexiam os quadris, segurando o pole, elas deslizavam, era quase como se fossem feitas para isso. A música terminou e as meninas agradeceram sorridentes, passando pela beira do palco, recebendo generosas cortesias e foi então que Bella percebeu, ao lado de Seth, estava Edward, sentado com seu copo de whisky, encarando-a profundamente, ela sorriu descaradamente enquanto seguia seu percurso de volta ao camarim.

– Wow! – Victoria exclamou – O movimento está definitivamente aumentando.

Bella sorriu em resposta, enquanto vestia seu roupão, se sentia mais nua que nunca. O que era até engraçado.

– Eu acho que você deveria dar a ele uma chance – começou Victoria.

– O que? – perguntou confusa – Do que está falando?

– Eu estou falando do Cullen. Ele vem aqui quase todas as noites, fica te olhando, ele não saiu com nenhuma outra garota.

Bella encarou Edward pela cortina por alguns segundos, ele agora havia se mudado para uma mesa, estava sozinho.

– E isso deveria ser bom? – indagou – Isso é um pesadelo Victoria, eu falo sério, eu não quero... Seja com o Cullen ou o presidente.

– Bom, o presidente não é tão quente como o Cullen... – sorriu.

Bella voltou a olhar para Edward, definitivamente nada poderia ser tão quente como Edward.

– Eu nem acredito que ele seja tudo isso. – deu de ombros irritada, enquanto vestia uma roupa mais decente para servir as mesas – Ele deve pagar para as pessoas para falar bem dele...

Victoria gargalhou enquanto vestia uma saia curta preta.

– Definitivamente não.

– Você já foi para a cama com ele! – afirmou chocada.

– Sim – riu – Não há nada chocante nisso, chocante é achar alguém que nunca foi para a cama com ele.

– Está vendo? Só há um tipo de pessoa que procura sexo por dinheiro, as sozinhas. – soltou tão espontaneamente, que mal percebera que afetara Victoria – Oh! Desculpe-me Victoria, eu não tive a intenção de... – retificou-se.

– Está tudo bem. – sorriu – Eu sei.

– Me desculpe! – pediu sinceramente.

– Nós todas estamos aqui por uma razão Lucky, eu acho que você sabe bem disso. Eu não escolhi ser uma vadia, eu não acho que ninguém escolhe. Certo? – Victoria sorriu deixando o camarim.

– Exceto eu. – sorriu.



***




4 meses antes, Hanover.



Fez careta ao engolir de uma só vez a vodca pura, Tanya gargalhou ao acender seu pequeno cigarro de maconha, já estavam assim há horas. Ela estendeu o copo vazio a Alec.

– Coloque outro! – pediu a Alec.

– Hey garota má, vá com calma! – aconselhou.

– Deixe de ser tão moralista Alec – reclamou Tanya, tomando o copo dele e enchendo novamente e entregando a Bella – Ela só está tentando se divertir.

– Isso mesmo. Acabo de voltar de mais um dos compromissos chatos do Sr. Swan. – disse ao estender o cigarro a Tanya, que o acendeu com um isqueiro – Ele é tão hipócrita.

– Esse é o nosso mundo Bella. – James disse ao puxar o rosto de Tanya, beijando-a ardentemente, deixando Alec e Bella envergonhados.

– Eu só não consigo aceitar, é hipocrisia, dele e de todos esses políticos de merda. Agindo como se ajudar fosse sua maior vontade. Ele nem consegue entender a própria filha, quem dirá todos os problemas de uma população pobre.

– Não dê uma de psicóloga agora Bella. – pediu Tanya.

– Ele é um covarde. Um filho da puta egocêntrico. Eu tenho que ser perfeita, a filha perfeita. – disse ao tragar, inspirando e expirando lentamente.

– Você não tem que ser nada disso Bella! – Tanya sorriu, passando a mão pelo seu rosto carinhosamente – Você tem que ser você, seja feliz. Você tem tudo que precisa aqui e agora.

– Eu não posso ser eu, quando todo o mundo me censura – ralhou. – Até meu pai.

– Exibição é mais forte que proibição Bella. – ela gargalhou, descruzando as pernas e passando por cima de James, puxando os lábios dele, provocando-o deliberadamente. – Você não vê? É da natureza humana ser livre... – Colocou uma perna de cada lado, sentando no colo dele. Bella certamente invejava sua atitude.

– Isso mesmo Bella... – sorriu James – Não importa quanto tempo você tente ser bonzinho... É impossível controlar uma garota má.

E foi tudo que precisou para que Tanya atacasse os lábios de James e eles começassem numa pegação intensa.

– Deus! – exclamou enojada – Vocês são nojentos. – pulou da cadeira com seu copo de vodca, voltando para a pista de dança da boate, com Alec ao seu encalço.

Ela puxou ele pela gola de sua camisa, dançando envolventemente. Ele sorriu e ela soube que ele gostou.

– Eu quero você! – disse em seu ouvido, Alec puxou sua cintura e a dominou em um beijo, não demorou muito para que já se agarrassem no seu elevador. Quando saíram dele, não houve tempo suficiente, ela apenas abriu a porta, jogando seu sapato de salto alto e pulando em seu braço, Alec subiu seu vestido e a suspendeu pela bunda, ela o enlaçou com suas pernas, caindo no sofá em seguida. Fazendo Bella soltar uma alta gargalhada, em seguida de Alec.

Foi o suficiente para que as luzes do seu apartamento se acendessem. Alertando os dois que mais alguém estava ali.

– Bella? – indagou Jacob abismado.

– Droga Jacob! – exclamou irritada, abaixando seu vestido. – O que você faz aqui?

Notavelmente chocado pela cena que acabava de presenciar, ele encarou Bella.

– Você saiu tão irritada com seu pai do jantar, eu vim atrás de você, mas quando cheguei aqui, você ainda não tinha chegado. Resolvi esperar.

– Você não vê que estou um pouco ocupada agora? – indagou ainda mais irritada.

– Eu acho que vou embora... – Alec disse envergonhado.

– Não! – exclamou – Vá para o meu quarto, eu vou estar lá em um segundo.

Alec a encarou por alguns segundos, mas logo em seguida adentrou o apartamento. E quando estava longe o suficiente, Jacob finalmente falou.

– O que está acontecendo aqui? – ele indagou.

– Jacob, você não é meu pai ou meu irmão, você não tem que me proteger. Por isso, dê o fora daqui.

– O que? Porque está falando assim? – indagou confuso – Bella você está bêbada? – ele a segurou pelos pulsos, forcando certa aproximação. Ela desviou o olhar o empurrando com força.

– Me largue! – gritou.

– Oh! Você está drogada. – concluiu.

Bella gargalhou alto.

– Oh, eu estou drogada! Grande descoberta Jacob! – gargalhou – Você é um gênio.

– O que está acontecendo Bella? Você não é assim. Você é uma garota doce...

– Oh, sim... Mas você sabe o que dizem, você não consegue segurar uma garota má por muito tempo. Essa sou eu Jacob, não há nada que você possa fazer. Você deveria ir agora.

– Certo – ele encarava Bella com um olhar que ela sentia todos os dias... Um olhar de decepção. – Se divirta com seu... – não pode completar – Qualquer coisa que ele seja...

– Eu vou! – sorriu irônica.

Ela não se virou para vê-lo indo embora, mas ouviu a porta bater. Determinada a terminar o que uma vez começara. Chegou ao quarto, fechando a porta sorrateiramente atrás de si, Alec se encontrava entretido vendo o porta retrato, que continha uma foto sua com Jacob, ainda na época em que eram adolescentes.

– Você era linda! – ele sorriu ao vê-la.

– Era? – ergueu sua sobrancelha, então Alec riu.

– Hoje você é deslumbrante. – piscou e Bella riu, passando a mão por seu peitoral nu, chegando enfim a sua nuca, onde enroscou os dedos no cabelo e o puxou, para que pudesse capturar seus lábios.

– Quem era ele? – perguntou Alec, sabia que se referia a Jacob.

 Ninguém. – respondeu tirando o porta-retrato de sua mão e o jogando no chão, ouviu o vidro rachar, mas não virou-se para ver o estrago. Jogou seus braços em torno de Alec, que subindo seu vestido a suspendeu pela bunda e ela o entrelaçou com as pernas. Que se danasse o mundo, ela tinha que ser ela.



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Notas finais do capítulo

Um pouco de Bella e Alec e sua relaçao. Vocês talvez nao vejam a relaçao desses flash back ai, mas aos poucos entenderao.
Eu to meia atolada na faculdade entao, escrever ta mais dificil, to postando isso agora, enquando do uma 'bizoiada' aqui em uns questionários de economia. kkkkk Eu to escrevendo umas 'coisinhas' ai, que talvez possam sair de um doc. pra cá. Maybeeee.
É mais ou menos um casal em crise em seu 'casamento', tirando outras que já comecei. Uma policial, uma que é top secret, tenho mó medo de escreverem sobre isso, pq é no momento a que eu mais quero escrever... Sempre tenho esses flashes de criatividades momentaneos.
Enfim, coomenteeeem, por faaavooooooor!!
i'm begging you!!
PS: CAPITULO CORRIGIDO E POSTADO



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