2000 Miles Away. escrita por biamcr_


Capítulo 9
Primeira visita.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora!!! A internet tava tirando lindamente com a minha cara.



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Porra, porra, porra. Quinze dias de internação e nada. Gerard estava tomando conta da minha vida e eu não sentia mais vontade de fazer nada.

Eu me culpava por tudo, pois fui eu que deixei ele beber. Eu deveria ter impedido-o, mas a coisa com o Gerard é que ele é imprevisível. Quando você acha que ele está bem, ele vai e faz uma merda dessas. Eu realmente não sabia mais o que esperar e me arrependia profundamente por ter começado uma amizade com Gerard. Eu não deveria nem ter ido àquele maldito cemitério com ele, pra começar. E não deveria ter continuado a conversar com ele, visitar praças e ir para casas com bebidas alcóolicas.

A culpa de tudo era minha, realmente. A culpa da minha dor, principalmente, era minha. Sempre foi. Eu só servia pra fazer merda e todos sabiam disso, porque sempre foi assim e sempre esteve na cara. E eu ainda achava que estava fazendo as coisas certas e que tudo acabaria se acertando no final. Ah, doce engano.

– Vamos, vamos... – Murmurava Mikey, impaciente. – Vai aparecer alguém aqui ou ta difícil?

– Acalme-se, Mikey. Ficar batendo no vidro e reclamando não vai fazer a enfermeira aparecer mais rápido. – Eu disse, parado ao lado dele e igualmente impaciente.

– Olá, senhor. Posso ajudá-lo? – Perguntou uma moça, aparecendo atrás do balcão de informações.

– Sim, sim. Posso ver o meu irmão? Ele se chama Gerard Arthur Way, está no quarto 602, eu acho. Por favor, eu juro que seremos rápidos! Ele está aqui há um bom tempo e ainda não deixaram-nos entrar... Por favor.

Ele choramingava as últimas palavras, temendo que não nos deixassem entrar novamente.

– Ah, ele foi transferido hoje, está em um quarto sozinho. Creio que vocês possam entrar, sim. São da família, certo? – Balançamos positivamente a cabeça – Ótimo, podem entrar.

Mikey suspirou feliz ao ouvir que ele fora transferido e que podíamos entrar, claramente achando que Gerard tivera uma melhora. Mas eu estava assustado pra porra, porque eu não queria ver ele daquele jeito. Eu sabia que, se eu o fizesse, todos os sentimentos e culpas voltariam e piores que antes... E isso me mataria.

Entramos pelo grande corredor do quinto andar. O lugar era muito branco e limpo, com algumas flores decorando por perto das portas e, ao final do corredor, via-se uma grande janela, que iluminava o local.

– Venha – Mikey disse, puxando-me pelo braço e entrando no quarto rapidamente.

Aquele quarto era muito parecido com o corredor que acabávamos de sair; era muito branco e iluminado apenas por uma jaquela perto da cama.

Gerard estava deitado sobre a cama, com alguns aparelhos ligados ao seu corpo. O mesmo médico que víamos direto há quinze dias estava ali.

– Senhores, olá. Sinto prazer em informar que o senhor Way não encontra-se mais em estado de perigo. – Deu um meio sorriso. – Vou deixá-los a sós. Mas, antes, preciso conversar com você, senhor Way.

Enquanto Mikey dirigia-se ao médico, fui até a cama de Gerard. Ele permanecia dormindo, e eu sentia saudade de olhar para os profundos olhos verdes do cara inteligente e interessante. Porém, enquanto dormia, ele parecia até inofensivo e indefeso...

De qualquer jeito, a imagem de Gerard, mesmo deitado em uma cama de hospital, me fazia melhor.

– Mikey?  – Chamei, enquanto íamos para casa. – Você está bem? Parece tão preocupado. O que o médico queria com você?

– Ah, estou bem. Só um pouco cansado. – Respondeu, ignorando a última pergunta.

Cheguei em casa e me joguei na cama, mas perguntas lotando minha cabeça novamente.

Sobre o que infernos Mikey e o médico estavam conversando? Caralho, eu odiava ficar curioso e odiava ainda mais quando as pessoas me deixavam por fora dos malditos assuntos.

Mas isso não era a única coisa que eu tentava entender... A minha maior frustração era, com certeza, comigo mesmo.

Gerard dissera que deveriamos aproveitar e demonstrar o amor pelas pessoas que amamos, mas eu não o fiz. Gerard estava mal no hospital, e talvez eu nunca mais tivesse a chance de demonstrar tudo o que sentia por ele. Desde o dia em que nos conhecemos, eu sabia que ele era diferente, eu sabia que ele tinha algo a mais. Algo que me atraia pra caralho. E depois nós nos conhecemos melhor, começamos a conversar e acabamos nos entender bem. Eu queria que ele estivesse bem... Eu queria que ele estivesse ao meu lado.

Naquela noite, não consegui dormir. Estava ansioso demais esperando pelos dias seguintes, e as próximas visitas ao hospital.


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Notas finais do capítulo

Ta curtinho esse porque vou postar o próximo junto. Dsclp aê, não sei dividir os capítulos KKK



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