Capitulo sete: Eu não estou com ciúmes! Isso só é preocupação.

Pov. Katherine

Eu não estava acreditando que aquele doido do supermercado também estava no acampamento. Que ódio!

– Vocês se conhecem? – Ouvi a voz da Bella.

– Não! – Eu gritei sem deixar de encarar o maníaco do supermercado.

– Podemos dizer que tivemos um pequeno desentendimento em um supermercado. – O garoto falou na maior cara de pau.

– Bella, podemos voltar para o nosso dormitório? – Perguntei impaciente e inconformada com a presença dele.

– Claro!

Deixei de encará-lo e comecei a caminhar em direção ao dormitório, Bella tinha uma expressão confusa.

– Tchau Cam. – Bella se despediu do mongol.

– Tchau!

Caminhei depressa para o dormitório já pressentindo a enxurrada de perguntas. Entrei no quarto e sentei na minha cama.

– De onde vocês se conhecem? – Bella perguntou.

– Lembra-se de uma discussão que eu tive em um supermercado? – Falei para as meninas que eu conhecia e confiava.

– Sim. – Elas responderam.

– Pois é de lá que eu o conheço.

– Eu não sei dessa história. – Alice disse em um tom bravo. Lancei um sorriso sapeca relembrando os acontecimentos daquele dia.

– Sentem porque a história é longa!

*Flash back on*

Eu e André, meu irmão mais novo de sete anos, corríamos pelos os corredores do supermercado atrás do cereal que ele tanto me atormentava. Irmãos mais novos... Ele tinha acabado de me chantagear e eu tinha que atender ao seu pedido.

Há algumas semanas a Taylor Swift tinha feito um show aqui em Los Angeles, porem meus pais não me deixaram ir. Foi ai que a mentira começou. Eu disse a eles que iria dormir na casa da Bella e em vez disso fugi para o show, claro que eu tinha combinado tudo com a Bella caso minha mãe ligasse.

Meu irmão acabou descobrindo tudo, esqueci meu ingresso em cima da cama e o pestinha o encontrou, cobrou duzentos dólares e uma caixa de cereal do Ben10 em troca do silêncio. Ele estava alucinado por essa caixa só porque eles alegavam que a caixa vinha com um relógio que funcionava de verdade e meu irmão tolinho, acreditou...

– Vamos Katy! Corre mais rápido!

– Calma André. Eles têm um estoque inteiro desse cereal.

André me arrastou por vários corredores até finalmente avistar uma prateleira quase vazia do tal cereal. Oh boca abençoada essa minha, pois não é que só tinha uma única caixa de cereal.

Corri até o cereal deixando André para trás, segurei a caixa pela lateral direita ao mesmo tempo em que outra pessoa segurou a lateral esquerda. Desviei o olhar da caixa para encarar a outra pessoa.

Era um garoto lindo... Não sei explicar sua beleza, mas posso dizer que ele é o sonho de toda garota. Ergui uma sobrancelha em sinal de confusão, uma pergunta rondava minha mente: O que um garoto dessa idade quer comprando um cereal do Ben10?

A minha pergunta foi respondida com a aproximação de uma menina, sua idade era provavelmente a mesma do meu irmão. Arqueei mais minha sobrancelha com a presença da menina.

– Por favor, você poderia me ceder essa caixa de cereal é para minha irmãzinha. – Ele falou educadamente, fiquei surpresa por a caixa ser para ela. André chegou ao meu lado.

– Mais ela é menina!

– Eu gosto do Ben10. Acho super injusto o Ben ficar com o relógio. Ele seria mais útil nas mãos de uma menina!

Eu olhava boquiaberta para a pequena menina que parecia patricinha, mais seus gostos colocavam isso á prova. Ela usava um vestidinho rosa que combinava com suas botas também rosa.

Seus cabelos dourados eram iguais os do irmão, eram longos e as pontas eram repletas de cachos. Sua boca formava um bico de birra e eram bem rosados, seus olhos esverdeados estavam estreitados.

Ah como eu queria ter uma irmã dessas!

– Katy, que quero aquela caixa de cereal. – André exigiu.

– Emily, deixa o garoto levar essa caixa!

– Não! – Ela quase gritou.

– Essas coisas são de meninos. Porque você não é uma menina normal? Você é tão patricinha mais às vezes é estranha!

– Que preconceito é esse? – Ela perguntou indignada.

– É verdade! Porque ela não pode comparar essa caixa de cereal? Só porque é do Ben10?- retruquei me juntando a menina.

– Hum... Sim! Esse desenho é para meninos.

– Nossa que coisa estranha. Eu nunca escutei eles dizerem: “Ben10 é um desenho só para menino”.

– Você é arrogante!

– Não sabe o quanto!

André pigarreou chamando minha atenção. Ah como eu queria ser filha única. É um saco ter irmãos mais novos. Eles são mimados, chatos e acham que tem tudo na palma de suas mãos.

– Ai garoto deixa de ser chato. Brigando por uma caixa de cereal. Nossa que coisa legal!

– Se você não comprar aquela caixa de cereal, vou contar tudo para a mamãe sobre o show.

– Conta! Pode contar, mas vai ter que me devolver o meu dinheiro.

– Quer dizer meu dinheiro.

– Ouse não me devolver. Não sabe do que sou capaz, André. Sabe a primeira coisa que faço com você?

– N... Não!

– Patati e Patatá! – Sussurrei.

– Não!

André tinha um medo um tanto estranho. Ele morria de medo de palhaço, principalmente se eles fossem Patati e Patatá. Não sei bem quando isso começou, acho que foi em um aniversário onde ele sem querer foi arremessado na piscina por uns dos homens fantasiados, não sei qual deles era e nem quero saber, mas esse medo é bem esquisito não acha?

– Que irmã má! – O garoto que antes achei bonito falou.

– Intrometido!

– Moça convence o Cam a comprar esse caixa de cereal para mim. – A garotinha falou.

– Quem é o irmão mau agora? Ah é você. Vai deixa sua pequena irmã chorar?

– Ela sabe se virar!

– Ela é sua irmã. Não se preocupa com ela? – Cam olhou para o André e depois voltou a olhar para mim.

– E você se preocupa com seu irmão?

– É diferente. Ele é um pestinha!

– Não sabe o que eu passo em casa. Ela me obriga a brincar de Barbie.

– Ninguém é obrigada a nada se você está brincando de Barbie é porque você gosta. Hum... Desconfiei desde o princípio. – A garotinha riu da minha frase.

– Há eu não disse.- a garotinha olhava para o irmão com cara de sapeca.

Fiquei me perguntando se ela sabia que eu estava xingando seu irmão.

– Cala a boca pirralha. Você não sabe de nada. – Ele voltou a me fitar – É disso que eu estou falando, ela pensa que eu sou mulher!

– Não importa! Viver com meu irmão é muito pior. – Olhei para ele e o mesmo tinha um sorriso orgulhoso nos lábio. É muito sínico.

– Com certeza não! – Cam disse, mas ao contrário do meu irmão a irmã dele achou bem ruim. Emily pigarreou, Cam virou o olhar para ela.

– Estou escutando sabia?

– Eu sei!

– Como se atreve falar assim da sua irmã.

– Ok! – Eu gritei – Não quero mais ouvir mais nada – Fiz uma pausa -, mas eu vou levar isto! – Peguei a caixa e sai correndo rumo ao caixa.

– Ei! Volta aqui! – Ouvi Cam gritar!

– Nem morta! – Virei à cabeça para trás e vi que ele corria atrás de mim, tentei apressar os passos, pois ele já estava quase me alcançando.

Eu só tinha que chegar a um caixa e então o cereal seria meu o problema é que os caixas ficavam do outro lado do supermercado. O que vou fazer para chegar do outro lado sem ser pega? Está na hora de brincar de labirinto.

Entrei no corredor a minha esquerda, era a seção de verduras e peixes, não agüentei o cheiro e entrei no corredor a minha direita, era a seção de produtos higiênicos. Parei e encostei em uma das prateleiras, ofegante olhei o corredor vizinho nenhum sinal dele.

Voltei a correr rumo ao caixa e entrei na seção de enlatados.

– Ai está você! – Cam gritou saindo de trás de uma prateleira.

– AHHHHH... – Gritei dando meia volta – Socorro tem um maluco atrás de mim!

– Para de gritar sua louca. Eu só quero o cereal.

– AHHH... Louco. Help!

Sabia que estava exagerando mais era a única saída que consegui. Todos nos olhavam com surpresa, a loucura era evidente em nós.

Fui parada ao ver um segurança em minha frente barrando minha passagem.

– Sai da frente! Eu preciso passar.

– Vocês estão perturbando a paz dos funcionários e dos clientes.

– Eu só quero comprar essa porcaria de cereal. – Falei erguendo a caixa.

– Segura essa louca, ela roubou essa caixa do meu carrinho. – Cam falou. Virei-me para encará-lo. Cam estava com um carrinho abarrotado de coisas. Como ele tinha enchido aquilo tão rápido?

Olhei bem para os produtos que estavam no carrinho e então percebi que aquele carrinho não era dele.

– Você usa creme para rugas? – Indaguei com um sorriso no rosto. Ele ficou surpreso mais logo arranjou uma desculpa.

– É presente para minha mãe.

– Devolva o cereal para ele mocinha! – O segurança-armário falou.

– Mas esse carrinho não é dele! – Tentei argumentar em vão.

– Devolva!

Estendi o braço oferecendo o cereal para o Cam. Eu estava vencida!

– Ei safado! Volte aqui com as minhas coisas!

Uma velhinha apareceu no fim do corredor. Ela corria devagar por causa da idade, seus braços estavam erguidos em sinal de desespero. O segurança cruzou os braços e encarou Cam depois a mim. Depois de um século a velhinha nos alcançou.

Perguntei-me se o creme de rugas era para ela se fosse, bem ou ele não funcionava direito ou a idade dela não deixava alternativa a não ser viver com elas para sempre.

– Segurança, segurança, esse jovenzinho roubou meu carrinho. – ela ergueu a mão em direção ao Cam, sua mão tremia um pouco.

Ela falava com dificuldade por causa do esforço que fez para chegar até nós. Creio eu que aquela era sua velocidade máxima em outras palavras ela estava correndo.

– Mais esse cereal fui eu que peguei da prateleira! – Falei ao meu favor. O segurança me olhou torto e eu tive certeza que ele não acreditou em mim.

– Senhora esse cereal é seu? – Ele ergueu a caixa no ar.

– O quê? Não ouvi o que você falou?! – Ela falou um oitavo mais alto.

– Esse cereal é seu?! – O segurança gritou, não foi uma coisa muito bem pensada, senhoras de idade são inconstantes. A senhora olhou feio para ele.

– Você não tem educação? Pensa que eu sou surda? – Ela disse dando-lhe uma bolsada. O segurança parecia distraído.

– Sim... Quer dizer não! – Ele disse balançando a cabeça em desaprovação pelo o que acabará de dizer. Como se estivesse torcendo para que ela não tivesse ouvido.

– Mais o quê! Eu vou te ensinar a ter mais respeito pelo os mais velhos. – Em um rompante ela saiu batendo no segurança. Ele segurou meu braço e o braço do Cam e começou a nos arrastar para fora do supermercado.

– Vamos, não ganho o suficiente para aturar isso.

– Volte aqui seu mal educado. Não pode deixar os outros falando sozinhos.

Ela disse nos acompanhando, às vezes ela errava o alvo e me acertava. Agora eu não sabia se era de propósito, andamos tão rápido que a velhinha desistiu de nos espancar. Aproximamos-nos da saída e o segurança nos empurrou para fora.

– Nunca mais ponham os pés aqui.

– Mais o meu irmão está ai dentro!

– A minha irmã também!

– Ah acho que são esses daqui! – Ele os puxou de trás da parede. – Eles são mais novos mais são mais maduros. – A porta se fechou e eu não acreditava que EU tinha sido EXPULSA de um supermercado.

Encarei Cam com muita raiva. Eu queria enforcá-lo.

– Isso tudo é culpa sua! – Eu gritei.

– Minha culpa? Foi você que saiu gritando como uma louca pelo supermercado.

– Louca? Eu?

– É você mesmo!

– Eu não sou louca!

– Já passa! De que manicômio você fugiu?

– Você cala a boca! – Disse já em cima dele, ponta para bater nele. Senti pequenas mãos me separando dele.

– Vai brigar? – Me pus em posição de boxeador.

– Não bato em mulheres!

– Está com medo?

– Claro que não! Não quero ser preso por agressão e muito menos por ser em mulher.

Pôs os polegares em minhas axilas e imitei uma galinha.

– Eu não estou com medo!

– PAREM! – Ouvi duas vozes infantis gritar. Olhei para as duas crianças que estavam entre nós; incrédula.

– Como vocês brigam. – A irmã de Cam falou.

– Argh! – Bati o pé e dei meia volta. Senti que André não me seguia virei-me em sua direção. – André! – Por incrível que pareça foi ao mesmo em tempo que Cam chamou sua irmã.

Eles trocaram olhares e deram de ombros.

– Foi um prazer conhecê-la!

– Igualmente.

Eles caminharam em direção de cada irmão, Emily parou no meio do caminho e se virou em direção ao André.

– Me liga!

– Pode deixar!

Fiquei pasma diante aquela situação. Desde quando eles eram amigos? Pelo o que eu sabia eles eram inimigos já que estavam brigado pelo o mesma coisa!

– Desde quando são amigos?- perguntei ao André.

– Desde que você saiu correndo com o cereal e Cam saiu atrás de você. Nós ficamos sozinhos e agora somos amigos!

– Que coisa. Você estava brigando com ela por um cereal.

– Não! Você é que estava brigando pelo o cereal.

O pior é que ele tinha razão. Eu estava brigando pelo cereal e não consegui comprá-lo.

– Vai contar pra mamãe sobre o show?

– Agradeça a Deus por eu ter conhecido a Emily. Não, eu não vou falar nada.

Eu estava feliz mais ao mesmo tempo triste; triste porque eu não queria ver de novo aquele garoto, feliz porque eu estava livre de um castigo que seria o pior de todos.

*Flash back off*

P.O.V Bella

– Que história!- Alice disse.

– Você nunca mais o viu? – Kecia perguntou.

– Não! Porque eu tinha que vir para cá.

– Eu não sabia de todos esses detalhes. – Eu falei surpresa.

– Não gosto de lembrar-me desses momentos de humilhação. Nunca fui expulsa de um lugar no qual o objetivo principal é vender e eu comprar, mesmo que seja um mísero supermercado. – Katy falou tudo rápido, terminou a frase ofegante.

– Calma, respira! Lembra-se como se respira?

– Não! – Ela falou desesperada.

– Inspira e espira. – Imitei os movimentos para ela ver.

– Ok. – Ela obedeceu ao meu pedido e logo se acalmou.

– O pior é que sempre verá ele. – Carol falou.

– Nem me fale. Bem, agora é bola pra frente.

– Que bom que tudo está resolvido. Porque agora é o lazer! – Rose falou empolgada. Estranho, muito estranho.

– E onde é esse lazer? – Yasmim perguntou um tanto preocupada.

– Banho no lago! – Alice disse com um sorriso malicioso.

– Ai Deus... – Falei sem pensar – eu não vou ficar só de biquíni.

– Ah mais uma. – Alice disse revirando os olhos.

– Ah eu tenho vergonha.

– Bella, você tem vergonha do que?

– Não gosto de mostrar minha barriga, além do mais tem aquele fato de que eles viram minhas roupas íntimas.

– O que? Como isso aconteceu? – Julianne perguntou.

– Ah depois eu conto tudo para vocês nos mínimos detalhes.

Alice e Rosálie se entre olharam.

– Já ouvimos isso. – Rose me fitou.

– Por favor, me dêem um tempo. Quando eu tiver um tempo eu conto tudo.

– Ok. Agora vamos nos arrumar para o lago. – Alice disse – Tenho um biquíni perfeito pra você, Bella.

Alice remexeu em suas coisas depois de alguns segundos ela tirou um biquíni de cor azul piscina. Confesso que era lindo, mas não ao ponto de usá-lo. Não me sentiria bem nele.

A parte superior era de bojo, tinha as tirinhas para amarar. Uma pequena fivela unia os dois bojos. A calcinha era um tanto pequena não exageradamente, mas não era uma coisa que me sentiria bem. Em cada lateral havia uma fivela. O biquíni era simples mais era um biquíni. Uma coisa que eu nunca me atrevi a usar.

– Alice, não quero usar biquíni.

– Deixa de besteira.

– Podem começar a se trocar, eu vou ser a última!

– Ok. Eu fico para ajudá-la a se vesti! – Alice disse.

– Mais você ainda tem que se trocar.

– Não eu já estou com o biquíni por baixo. – Ela ergueu sua blusa revelando seu biquíni.

– Como é que você faz esses planos impecáveis?

– Cachola boa. – Ela me respondeu.

Às meninas já estavam se trocando. Vi que Julianne e Jane iriam usar maiô.

– Porque elas podem usar maiô e eu não?

– Nós não deixamos Alice mandar na gente. – Jane me respondeu.

Fiquei calada, no fundo eu sabia que isso era verdade, mas ao mesmo tempo estava com vontade que os meninos me vissem de biquíni. Era uma coisa estranha. De alguma forma eu queria me mostrar.

Depois de alguns segundos às meninas saíram e eu fiquei sozinha com a encapetada da Alice.

– Eu vou ao banheiro me trocar.

Saí para o banheiro lá tirei minha roupa, vesti a calcinha do biquíni e então encaixei os bojos nos meus seios. Sai do banheiro a fim de pedir ajuda a Alice.

– Alice! Me ajuda aqui! – Gritei da porta do banheiro.

– Você vai ficar linda com esse biquíni. – Ela disse amarrando as cordas em meu pescoço.

– Acha mesmo? – Disse com sarcasmo – Pois eu acho que o maiô ficaria melhor.

– Bella, você é linda. Vai! Confia em mim. – Ela disse fitando-me nos olhos depois de ter terminado de amarrar as cordas em minhas costas.

– Tenho medo dos seus looks. São extravagantes.

– Conheço seus gostos e sei como fazer uma coisa que você se agrade, mas fashion.

– Só você Alice! – Disse balançando a cabeça em desaprovação – Deveria ser chamada de princesinha da moda.

– Olha! – Ela disse surpresa – Mais um apelido para minha coleção. Gostei dele.

– Mais se você acha que eu vou ficar desse jeito – apontei para o minúsculo pano que cobria meu corpo – não me conhece direito.

Abri minha mala e o que procurava estava bem em cima. Peguei o short e o ergui no ar.

– Eu já deveria saber! Bem, - ela ergueu as mãos se rendendo – eu não faço milagres.

– Quem sabe não acontece alguma coisa e eu o tiro. – Disse dando um sorriso sapeca, Alice me respondeu com outro.

– Vou torcer para que isso aconteça. – Ela disse cruzando os dedos. Balancei a cabeça negativamente.

– Pronto! – Disse ao vesti o short.

– Vamos amiga! – Alice pôs a mão esquerda na cintura e eu passei o braço pelo espaço que ficou.

Andamos em direção à porta e logo a atravessamos, caminhei por entre os campistas, era mais ou menos 13h: 30min coloquei meu chapéu afim que ele cobrisse meu rosto.

– Não está tão segura, né?

– Ainda pergunta?

Alice soltou uma risadinha, mas me concentrei na multidão que estava espalhada em todas as partes. Observei todos que estavam ali, à maioria das pessoas eu não conhecia.

– Hum... Que linda! – Ouvi Emmett dizer.

– Emmett? Está louco? Não quero chamar a atenção de ninguém! – Disse baixando o sombreiro do chapéu.

– Tarde demais! – Emmett fez um movimento com a cabeça, segui seu olhar e perecei que todos olhavam para mim – Estou surpreso irmãzinha!

– Argh, sei que esse não é o traje que costumo vestir, mas tudo tem a primeira vez. Principalmente quando você tem uma pessoa para te apoiar. - Lancei um olhar sarcástico para Alice.

– O quê? Eu tenho que ajudar as almas perdidas. – Alice pôs as mãos no peito dramaticamente.

Revirei os olhos, Alice virou o rosto para o lado e viu Jasper sentado na plataforma, ele virou o rosto em sua direção e a chamou.

– Ah tenho que ir. – Ela disse com um sorrisinho no rosto.

– Olha as coisas melhorando. – Emmett disse a Alice que só aumentou o sorriso.

– Ora, ora, ora. Olha quem eu achei por aqui. – Jane disse ao se aproximar de mim, com elas estavam às outras meninas.

– Emmett, passa protetor solar nas minhas costas? – Rose falou em um tom sensual. Nunca imaginei que ela estivesse interessada nele.

– Na hora querida. – Emmett que não perdia tempo foi logo pegando o protetor solar de suas mãos. Homens...

Emmett e Rosalie saíram de um modo bem surpreendente. Eles saíram de mãos dadas.

– Hum... Tem caroço nesse hambúrguer. – Jane falou estarrecida.

– Como não percebi isso antes? – Disse pasma lembrando todos os jantares no qual Rose estivera presente.

– Deixem eles serem felizes. Namorar faz bem a saúde. – Katy falou. Olhei surpresa para ela.

Será que ela já arrumou um namorado por aqui?

– Todo mundo desencalhando só eu ficando para trás. – Carol disse em um tom meio sinistro.

– Ah amiga não liga. Estamos todas no mesmo barco. – Julianne disse em um tom reconfortante.

– Fale por si só. – Katy falou deixando todas nós surpresas.

– Que história é essa Katherine? Você já arrumou um namorado? – Yasmim perguntou um tanto surpresa pela a rapidez da Katy.

– Não. Ainda não, mas pretendo conseguir um. – Ela disse fixando o olhar em um ponto segui seu olhar e dei de cara com Edward Cullen.

Senti uma coisa estranha em meu peito. Não queria admitir mais eu sabia o que era aquela chama dolorida que queimava meu coração. Ciúmes.

– Rapidinha... – Jane falou.

– Não é isso. Eu só confio no meu potencial.

Saber que Katherine queria namorar Edward Cullen estava me deixando triste.

Por que eu estou com ciúmes? Eu não tenho nada com ele! Ele é livre para namorar quem ele bem entender.

– Estou precisando toma um sol e ficar douradinha. Vocês não querem vim comigo?

– Vamos! – Dissemos em uníssono.

Caminhamos por entre as pessoas e nos sentamos nas cadeiras que estavam vazias. Coloquei os óculos escuros e senti o sol esquentar minha pele.

– Julianne me ajuda a passar o protetor solar? – Disse lembrando-me das recomendações da minha mãe.

– Não posso! – Ela disse erguendo um protetor solar.

– Tarde demais! – Jane mostrou seu rosto – Cheguei primeiro.

– Acho que vou dar um mergulho. – Katy falou mirando o lago, porem seu olhar fixava em um único ponto. Segui o seu olhar e vi Edward Cullen na plataforma pronto para pular – Tenho um peixinho para pescar.

Katy arrancou sua roupa ficando apenas de biquíni. Correu em direção ao lago o resto das garotas a seguiram. Não consegui esboçar nenhuma reação antes que pulassem na água.

– Ótimo! Quem vai passar isso nas minhas costas agora?

Na minha voz havia mais raiva do que deveria. Tentei me convencer que aquilo que sentia era apenas preocupação com Katy, que estava com medo dela se magoar como eu me magoei.

É isso! Eu só estou preocupada!

– Chama um dos meninos para te ajudar! – Julianne falou provavelmente não sabia da minha rixa com eles.

– Nem morta!

Pus um pouco do creme nas mãos e passei nos braços depois fiz o mesmo com as pernas só que agora vinha à parte difícil. Conseguir passar protetor solar nas costas. De alguma maneira eu achava que conseguiria. Em uma tentativa frustrante tentei proteger minhas costas do sol, mas é claro que eu não consegui.

– Posso ajudar você, se quiser é claro! – Olhei para cima espantada com a voz que acabara de escutar.

– O que quer Edward?

– Só estou perguntando se quer ajuda com o protetor solar.

– Desde quando você se preocupa comigo? – Coloquei uma expressão de sarcasmo – Ah espera ai... Nunca! – Fechei a cara na última palavra.

O sol esquentava minhas costas e elas ardiam como se gritassem: “Protetor Solar”. Meu olhar desviou para o lago. Vi Katy nos encarando. Se ele voltasse para lá eles iriam conversar... Então era melhor mantê-lo ali. Longe da Katherine. Eu não estou com ciúmes! Isso só é preocupação.

– Eu passo! – Edward estendeu a mão e as meninas me incentivam com sussurros de “vai, vai, vai...”.

– Tudo bem! – Fiz menção de entregar o objeto, porém lembrei-me dos acontecimentos das malas e automaticamente recuei – Sem gracinhas.

– Ok! – Entreguei o produto nas mãos deles tirando os cabelos do caminho.

Ouvi um pequeno ruído, ouvi o som das mãos do Cullen espalhando o creme. Edward roçou minhas costas com delicadeza. Um calafrio estranho subiu por minha espinha. Edward espalhou o creme suavemente se não soubesse que ele me odeia pensaria que estava me paquerando.

Edward se aproximou de um modo sutil, sua respiração quente bateu em minha nuca fazendo com que meus pelos se eriçassem.

– Já acabou? – Perguntei estarrecida com os meus sentimentos. Nunca tinha sentindo aquilo.

– Quase!

– Termina logo que eu quero tomar banho! – Era uma meia verdade. Eu queria me sair logo daquela situação.

– Bella é verdade que você é campeã de natação? – Jane perguntou.

– Tenho alguns prêmios.

– Ouvi dizer que Edward é um ótimo nadador. Como nunca se encontraram nas competições? – Jane tinha um tom sapeca. Tramava alguma coisa.

– Não concorro! Gosto de nadar e modéstia a parte sou um ótimo nadador. – Edward estufou o peito, pôs a mão direita no peito e a esquerda nas costas.

– A palavra certa deveria ser: convencido! – Disse encarando-o.

– Eu? Convencido?

– Você mesmo. Tenho certeza que sou melhor que você!

– Olha quem é a convencida agora!

– Não sou convencida. Sou melhor que você na natação e isso é fato!

– Nunca me viu nadando. Como pode ter tanta certeza que é a melhor.

Levantei-me da cadeira e me aproximei de seu rosto, não fiquei incomodada com os poucos centímetros que separavam nossos rostos.

– Sou a melhor sem sombra de dúvidas.

– Vocês só vão discutir? Quando vão provar quem é o melhor? – Jane falou em um tom no qual demonstrava que tinha uma proposta a fazer. Virei em sua direção.

– Em que está pensando Jane? – Perguntei, Jane abriu um sorriso maligno.

– Que tal uma corrida?

– Corrida? – Perguntei confusa.

– Claro. Vocês estão brigando tanto para saber quem é o melhor. Nada melhor do que uma corrida aquática.

Edward sorriu e naquele momento percebi que eu não podia dizer um não.

– Acho que é uma ótima idéia. – Edward disse com um sorriso maior.

Jane lançou-me um olhar desafiador. Agora era oficial. Eu não podia andar pra trás.

– Que tipo de nado? – Edward perguntou. Jane deu de ombro não dando muito importância ao fato.

– O nado oficial. O Crawl. – Disse para ele – Quantas voltas?

– Duas. Da plataforma até aquela bóia azul. – Ele apontou para o lago. À distância eram mais ou menos de cinqüenta metros nada que eu já não tenha enfrentado.

– Ok! – Arranquei os óculos e o chapéu. Caminhei até a plataforma.

– Bella! – Jane gritou, virei em sua direção – O short! – Ela disse apontando para ele.

– Ah!

Por mais que eu não quisesse tirar o short eu era praticamente obrigada. Se eu nadasse com ele eu ficaria mais lenta.

Agachei um pouco o meu corpo e tirei o short. Meu rosto queimava de vergonha, eu nunca na minha vida tinha ficado com o mínimo de roupa que eu estava usando agora, não que eu me lembre. Lancei o short a Jane que o segurou no ar.

– Boa sorte. – Ela disse com sarcasmo. Eu não queria a sorte que Jane me desejava.

Edward me olhava de um modo tarado. Eu sei que sou bonita mais não exagera! Dei uma tapa em seu ombro e o tirei do transe. Jane se levantou como juíza, nós caminhamos até a plataforma, me posicionei na beira da plataforma e pelo o canto do olho vi que Edward fazia o mesmo. Lancei um sorriso pretensioso para Edward que me respondeu com um sorriso torto e irritante.

– Um, dois, três e – ela pausou – Já.

Mergulhei sentindo a água molhar todo o meu corpo.