Capitulo três: Nova Amizade e Uma Descoberta

Pov. Bella

Meus olhos não acreditavam no que viam. Por um momento esqueci como se respira. Fiquei tonta e lembrei que a causa era a falta de ar. Puxei ar esperando que a pulsação do meu coração diminuir ou ele poderia parar de tão rápido que batia. A raiva que sentia era enorme. Eu não iria me controlar por muito tempo.

Todos pararam e olharam para mim e ver aqueles bocós com as minhas ROUPAS INTIMAS foi o fim da picada. O bocó do Quil usava uns dos meus sutiãs, outros dois usavam dois dos meus corpetes como arma em uma briga de mentirinha...

– MAIS O QUE ACHAM QUE ESTÃO FAZENDO COM MINHAS TOUPAS?! – Gritei histérica. Todos ficaram calados. Eu perdi a paciência.

– Podem ir respondendo! O que acham que estão fazendo com minhas roupas? – Os encarei esperando uma resposta.

– Nós estávamos olhando elas. – Emmet bocó falou.

– Vocês estão loucos? Quem foi o responsável por isso? Quem trouxe as malas para cá? – Todos apontaram para uma única pessoa. Fitei-o com muita raiva. – Garoto, você ficou doido? Por que fez isso? Gostaria que alguém pegasse sua mala e saísse bisbilhotando ela, brincassem com suas peças intimas? – Eles abaixaram a cabeça, constrangidos. – Tira isso da cabeça garoto, sutiã não se usa ai! – Disse para Embry.

– Eu sei, é que eu... – Virei para ele com uma expressão aterrorizante. Peguei uma das vassouras que estavam perto das portas e finalmente entrei no quarto assim visualizando melhor o que fizeram com as coitadas das minhas roupas. A raiva contra eles voltou com força total.

– Vocês enlouqueceram? – Dei uma paulada na cabeça do Emmet.

– Ai Bella doeu!

– Era pra doer mesmo! Seu irmão desnaturado! – Dei mais uma paulada na cabeça deles, de cada um.

– Ai Bella pega leve! – Emmet falou.

– Pegar leve? Seu safado, irmão desnaturado, podendo ter impedido que eles mexessem nas minhas coisas, mas não, “O Emmet eu sou o cara” tem que se juntar. Que pouca vergonha. – Dei outra paulada nele.

– Foi fase de fraqueza. – Edward disse.

– Não fala comigo seu foló. – Aproximei-me dele e dei-lhe uma paulada na cabeça dele.

– Oh eu não sou o seu irmão! – Edward me ameaçou;

– Eu estou no direito de fazer qualquer coisa com vocês! Oh quer que eu conte a algum responsável o que fizeram?

– Ok, ok. Nada de caboetar ninguém.

– Eu quero tudo arrumado! Agora! – Falei gritando.

O quarto estava uma perfeita desordem. Não havia uma roupa se quer nas minhas malas. Todas estavam no chão deixando o quarto em uma perfeita desordem. Os garotos continuavam parados e resto da paciência se foi.

– O que estão esperando! Vocês não souberam desarrumar, agora ARRUMEM! Porque se chegar à noite da fogueira e não tiver tudo bem arrumadinho vou contar para uns dos responsáveis. E mais uma coisa terão que vestir aquelas roupas de empregadas. – Apontei para umas roupas que estavam no cantinho do quarto.

– Nem a pau! – Edward disse.

– Tudo bem. Eu sei onde fica a sala dos responsáveis. – Disse na porta.

– OK, OK! - Edward gritou. E todos concordaram, pois não protestaram como antes.

– Viu! Que isso sirva de lição para nunca mais tocarem nas minhas coisas. Agora vista aquelas roupas!

– Eu não vou fazer isso! – Seth disse.

– Me deixa explicar uma coisa pra todos vocês. Estão entre a cruz e a espada. Se não fizerem o que mando eu conta para uns dos responsáveis.

– Mas, se nos deixar aqui sozinhos com suas roupas, quem garante que não faremos o mesmo de antes? – Embry falou. Dei uma gargalhada maléfica.

– Eu vou deixar minha filmadora os filmando. Se ela desligar antes de eu chegar conto para os responsáveis, se nas filmagens ver vocês fazerem alguma coisa que não goste com minhas lindas roupas também entrego os responsáveis.

– Não! Eu não vou fazer isso! Vai mostrar para todo mundo! – Edward falou.

– Como você fez comigo? Deixa eu te falar uma coisa que talvez você não tenha notado, mas eu não sou como você. Eu só quero ter como me defender de vocês ficarem olhando indecentemente para minhas roupas. Vocês fizeram isso com elas, vocês arrumem. Acho que vocês não têm escolha! Esta achando o que? Eu não tenho tempo para perder arrumando minhas malas que eu havia deixado arrumadinhas. – Encarei-os com muita raiva eu não estava brincando. Eles iriam arrumar aquilo tudo.

– Ok, ok! Nós vamos arrumar. – Emmet falou. Mesmo assim continuaram parados. Respirei fundo.

– O que estão esperando! – Todos se alertaram e começaram a juntar as roupas do chão – Nada de ficar olhando minhas roupas. Apenas dobre e guardem-nas. E não se esqueçam das roupinhas. – Apontei para as roupas.

Pelo o que me lembrava àquele quarto foi um pequeno palco de teatro desse acampamento. Parece que não tiraram as fantasias. Bom, pelo menos elas serviriam para alguma coisa agora. Ver todos correndo contra o tempo era bem divertido. Eles corriam pelo o quarto como umas baratas tontas. Pegaram as roupinhas e vestiram sem hesitar. É eu sou é mau. Frescaram comigo, pois agora era minha vez.

Lembrei da minha maquina digital que carregava dentro da minha mala. Observei o quarto para achá-la. Disfarçadamente me aproximei da mala e a peguei. Posicionei-a pronta para uma foto. Eles estavam dispersos demais para notar o objeto lilás em minhas mãos.

–Garotos! Olhem para mim! – Todos olharam e eu apertei o botão com força, o fleche forte iluminou o quarto olhei a foto e ela estava perfeita. Cada um com uma cara de espanto mais engraçada que a outra. Cada um com tinha nas mãos uma peça mais comprometedora que a outra.

– Apaga a foto! – Edward exigiu.

– Por quê? É minha obra prima. Essa foto valerá milhões daqui a alguns anos.

– Nem ouse revelar essa foto. Eu exigo respe...

Aproximei-me dele. Fiquei na ponta do pé, nossos rostos ficaram bem próximos, ergui meu dedo indicado e apontei-o para ele.

– Você não está em posição de negociação, você quebrou as regras, primeiro essa foto só prova isso. Em que acham que vão acreditar? – Edward bufou e voltou ao seu trabalho. Peguei minha filmadora e a posicionei-a para filmá-los – Vou deixar a filmadora filmando vocês e já sabem o que acontecera se a pegarem, eu já expliquei tudo.

– Sim. Nós entendemos! – Todos falaram

– Muito bem! Continuem trabalhando, eu volto daqui a pouco e espero que tudo esteja pronto. Para o bem de vocês.

Sai dali sentindo o gosto da vitória. Uma sensação muito boa e que trouxe um sorriso enorme para meus lábios. Eu poderia ter feito algo pior, mas não quero que se assustem com que eu posso fazer. Realmente eu mudei muito. Eles nem imaginam o quanto.

Certifiquei-me que meu celular estava no meu bolso junto à câmara, más só estava à câmera. Teria que voltar para aquele quarto novamente.

Minha roupa estava quase enxuta, pelo menos não pingava mais no chão. Dei meia volta de muita má vontade. Não queria voltar para lá, mas também não queria que aqueles fuxiqueiros mexendo nele. Os meus rascunhos estavam lotados de partituras de musicas compostas por mim. Escrever e tocar piano eram tudo para mim. Era o que me fazia me sentir normal.

Corri ao encontro da porta e a abri em um rompante pegando os garotos de surpresa. Todos continuavam seu trabalho com exceção de um. Edward Cullen estava sentado com algo rosa nas mãos.

Ele está com o meu...? Sim, ele está com ele nas mãos!

– Meu celular!

– Oh desculpe Bella!

– Desculpe uma pinoia. Você não consegue ficar longe das coisas dos outros?! Tem que mexer; tem que mexer.

– Não Bella! Eu vi que o seu celular é aquele modelo novo que dá para colocar partitura, não resistir. – Ele falou na maior cara de pau.

– Ah Edward você é um bisbilhoteiro. – Corri até ele e peguei meu celular de suas mãos. Notei que ele olhava meus rascunhos.

Putz que menino enxerido!

– Você toca piano? – Edward perguntou surpreso.

– Toco! Por quê? Tem algum problema com isso?

– Não!

– Ótimo!

– Eu também toco! – Paralisei. Nunca imaginei que ele pudesse se interessar por algo tão lindo e tão clássico. Ta ele já havia me dito que tocava piano, mas eu pensei que fosse mentira, deixe de acreditar nele desde aquele dia.

– O que foi? Tem algum problema com isso?

– Claro que não.

– Bem parecia que tinha. – Ele falou zombando de mim.

– Vai cagar seu foló. – Disse-me virando para ir embora.

– Ah que pena. Eu pensei que fossem ficar amigos! – Emmet choramingou. Lembrei-me da aposta que ele fez com minha mãe.

Coitado do meu irmão vai perder feio!

– Eu? Amiga dele? – Apontei para Edward – Nem morta! Sinto muito irmãozinho.

Sai do quarto. Eu precisava tocar piano era a única coisa que me acalmava alem de escrever. Estava nervosa e com raiva. Caminhei até a plataforma na qual foi arremessada para o lago. Sentei nela e observei a lua cheia que brilhava intensamente no céu. Ela ajudava a iluminar todo o acampamento já que só tinha luz elétrica nos dormitórios e nos demais locais de convivência. Os caminhos eram escuros, muito escuros.

– A senhorita deveria estar se arrumando para a fogueira. – Um jovem falou, mas ele vestia a blusa dos responsáveis pelo o acampamento, porem ele era muito jovem.

– Aconteceram alguns imprevistos quando tudo se resolver eu vou me arrumar.

– Tudo bem! – Ele sentou ao meu lado – Meu nome é Cam.

– O meu é Isabella, mas me chame apenas de Bella, por favor.

– Ok. Bella. Estou vendo que é novata. – Ele disse apontando para minhas roupas molhadas – Desculpe. Isso não faz parte das regras do acampamento foram os campistas que criaram isso.

– Eu já me liguei nisso. Parece que os campistas fazem as próprias regras aqui.

– Desobedientes!

– Bem, eu não sou muito obediente.

– Eu também não.

– Oh. Eu já deveria saber, desobediência é a marca dos adolescentes, não culpo você. – Ele riu.

– Você é engraçada!

– Obrigada. Hum... Já que é uns dos responsáveis pode me dizer se aqui tem sala de musica?

– Hum... Estou diante de uma musicista! Qual instrumento toca?

– Piano!

– Oh. Piano que legal. Parabéns piano é um instrumento maravilhoso.

– Valeu! Então existe a sala de musica?

– Para sua felicidade, sim. Lá tem um lindo piano de calda.

– Quem bom! Onde fica?

– Ao lado do refeitório!

– Quais os horários que posso ir lá? – Disse ansiosa. Saber que podia tocar um PIANO DE CALDA era maravilhoso.

– Vou contar um segredo para você porque gostei de você.

– Segredo? Que segredo: - Falei curiosa.

– Você é muito curiosa!

– Desculpe. Curiosidade é um dos meus piores defeitos

– Depende da situação.

– Com certeza! Então qual é o segredo?

– Na sala de musica existe um vaso verde ao lado da porta e lá tem uma chave reserva, mas tenho que lembrá-la que é um segredo, por favor, não conte isso a ninguém.

– Está bem. Eu não vou contar a ninguém. Obrigada.

– Bem, eu tenho que ir. Prazer em conhecê-la Bella.

– O prazer foi todo meu Cam. Vejo-te por ai.

– Tchau!

– Tchau!

Ele levantou e saiu. Fiquei feliz por conseguir um novo amigo. Lembrei-me dos folós que arrumavam minhas coisas. Levantei e corri em direção ao dormitório masculino. Cheguei à porta e a abri sem bater. Todas as roupas já estavam guardadas e todos estavam sentados me esperando. Situação sinistra.

– O que foi? – Perguntei ao ver que eles em encaravam.

– Você demorou demais. O que estava fazendo? – Emmet perguntou

– Não interessa a nenhum de vocês. Poupem-me e me economizem.

– Bella, Bella...

– Emmet eu não sou mais criança sei me cuidar.

“Campista, vocês têm cinco minutos para comparecerem a fogueira.”

– Olha, quero ver como vai se arrumar agora.

– Fácil! – Caminhei até umas das minhas malas e peguei um vestido – Vou me trocar no banheiro de vocês.

– O quê! – Todos gritaram em um único som.

– É isso mesmo que vocês ouviram ou pensaram que eu iria me trocar na frente de vocês?

– Não seria má ideia! – Jacob falou.

– Há, há, há. Muito engraçado foló indígena. – Caminhei até o banheiro. Ao adentra tomei um susto. O banheiro estava imundo um verdadeiro chiqueiro. Sem contar com o cheiro.

Caramba que banheiro imundo.

Sai do banheiro tapando o nariz. Meu pulmão estava congestionado por mau cheiro.

– Porque não lavam esse banheiro?

– Ah Bella da um credito. – Emmet falou.

– Isso não tem justificativa. Ui que nojo.

– E agora como vai se trocar? – Edward falou com um tom malicioso. Abri um sorriso presunçoso.

– Todos para fora!

– Como é que é? – Todos falaram novamente ao mesmo tempo.

– Eu me atrasei por culpa de vocês!

– Nossa culpa? Você que desapareceu e chegou tarde. – Edward falou.

– Você trouxe as minhas malas para cá e tirou todas as roupas de dentro! Eu preciso me trocar.

– Problema seu.

– Argh. Eu preciso me trocar. Por favor, dá para me deixar sozinha?

– Agora que pediu com jeito. Tudo bem.

– Eu sou educada meu querido! Por favor! – Apontei para a porta. Eles me obedeceram. – Emmet será que dá para pelo menos vigiar a porta. Não confio neles, faz esse favor para sua irmã. Vigia a porta.

– Tudo bem Belinha, ninguém vai espiar você.

– Valeu! – Fechei a porta

Despi-me, vesti uma calcinha e um sutiã enxuto e então vesti meu vestido. Meu celular tocou me assustando. Era minha mãe.

– Alô?

– Bella!

– Oi mãe.

– Filha; estou ligando para avisar que estou no aeroporto.

– Que horas é o voo?

– 23h00min. Ah Bella tem uma pessoa aqui que quer falar com você.

– Bella?

– Oi pai.

– Ah minha filha me desculpe não pude evitar sua ida para o acampamento.

– Eu preferia está em casa.

– Eu preferia você aqui comigo.

– Pai!

– O que foi você é a princesinha do papai.

– Não sou mais criança.

– Você está bem?

– Ótima. Já estou estalada no dormitório.

– Cadê o Emmet?

– Está lá fora.

– Eu quero falar com ele.

– Só um instante.

Caminhei até a porta, abri e pus a cabeça para fora.

– Emmet é o papai. – Estendi o celular para ele.

Voltei para dentro do quarto sem olhar para os demais. Calcei minha sapatilha. Guardei minhas roupas sujas em um canto reservado para elas. Peguei minha filmadora e olhei a filmagem para constatar que eles cumpriram acordo. Não tive paciência para ver tudo então sai do quarto.

– Toma Bella. – Emmet praticamente jogou o celular em mim.

– ALÔ?! – Ouvi meu pai gritar.

Oh meu Deus o que Emmet fez?

– Alô? Pai?

– Bella, Bella?!

– O que foi pai?

– BELLA O QUE ESTÁ FAZENDO NO DORMITÓRIO MASCULINO?! – Meu pai gritou tão alto que precisei afasta o aparelho da minha orelha.

Emmet imbecil. Como ele pode dizer pro Charlie que eu estava no dormitório masculino?!

Pov. Edward

A Belinha saiu do quarto para algum lugar que não fazia a mínima ideia qual era, mas a ordem foi clara. Tínhamos que arrumar tudo antes que ela voltasse. Ah tá como se eu fosse obedecer. Guardei uma blusa em sua mala e foi quando avistei um objeto rosa. O segurei na mão e vi que era seu celular.

Meus olhos não acreditavam no que viam. Era o modelo novo que guarda partituras. Duvidei que ele tivesse noção do que esse celular podia fazer. Aquele aparelho era meu sonho de consumo, porem, Carlisle não quis me dar um por causa das minhas notas baixas.

Comecei a fuxicar nas coisas da Belinha e fui direto para os rascunhos, era a parti destinada a partituras. A pasta finalmente abriu e para minha surpresa estava lotada. Pensei que aquelas partituras não tinham o menor sentido. Que as notas foram jogadas ali como uma forma de perder tempo. Sabe; quando não tem nada para fazer qualquer coisa é legal.

Mais uma vez a surpresa me atingiu com força total. Aquelas partituras eram composições dela. Fechei os olhos tentando imaginar a melodia. Elas pareciam lindas, um som estrondoso me fez perder o fio do pensamento.

Bella estava com cara de susto olhando fixamente para mim. Olhei novamente para as melodias e era difícil de aceitar que elas foram feitas pela a Bella.

Não talvez foi outra pessoa que fez! Sim, foi outra pessoa.

– Meu celular! – Ela falou incrédula mais a raiva era evidente no seu tom de voz.

– Oh desculpe Bella! – Pedi logo desculpas.

– Desculpe uma pinoia. Você não consegue ficar longe das coisas dos outros?! Tem que mexer; tem que mexer. – Ela falou furiosa. Seus olhos arregalados, sua boca fechava formava um bico e seus punhos estavam cerrados. Bella oscilava de cor. Ora estava roxa ora estava vermelha.

– Não Bella! Eu vi que o seu celular é aquele modelo novo que dá para colocar partitura, não resistir. – Eu falei a verdade

– Ah Edward. Você é um bisbilhoteiro.

Vi a Swan se aproximar para tirar aquela obra prima de celular das minhas mãos. Ela o arrancou de minhas mãos, mas ainda podia sentir a textura dele nas mãos. Ela o observou e seu rosto ficou levemente pálido. Uma pergunta martelava minha cabeça. Uma pergunta que me triturava, que me fazia anseia pela a resposta, uma que despertava minha curiosidade ao extremo.

– Você toca piano? – Perguntei surpreso e curioso. A surpresa passou de relance pela a expressão da Swan mais logo foi embora dando lugar à arrogância.

– Toco! Por quê? Algum problema? – Sua voz era acida.

– Não! – Falei de uma vez para evitar outra discussão

– Ótimo!

Pensei em contar que também tocava piano talvez isso tirasse esse rancor que ela tinha de mim.

– Eu também toco! – Vi a surpresa acertar a expressão da Swan a mesma que me atingiu há alguns instantes.

– Que foi? Tem algum problema com isso?

– Claro que não! – Ela falou brava e eu simplesmente achava bom vê-la assim. Era tão legal irritá-la.

– Bem parecia que tinha. – Eu a infernizei mais só para vê-la explodir.

– Vai cagar foló! – Ela explodiu me deixando satisfeito. Ela virou-se para ir embora.

– Ah que pena, eu pensei que fossem ficar amigos! – Emmet choramingou o que foi estranho porque ele nunca se importou com isso.

– Eu? Amiga dele? – Bella apontou para mim - Nem morta!

As palavras da Bella adentraram em meu cérebro e de alguma forma elas produziram algo estranho. O sentimento de rejeição me incomodou e me deixou meio deprê.

Nossa eu sou tão feio assim? (N/A: Gente o Edward é muito burro o que tem haver feiura com amizade?).

Ela saiu do quarto mais deixou aquele sentimento ruim. A rejeição é um péssimo sentimento. Eu me sentia estranho. Um nada.

Poxa vida! Será que nem para ser amigo eu sirvo?

Eu me sentia vigiado. Ah esqueci nós estávamos senso vigiados. Pela a filmadora da Veta. (Este foi o apelido que inventei para Bella já que ela me chama de foló. É a abreviação de piveta.).

Continuei arrumando as roupas nas malas, algo que terminou rápido. Vi Jasper sair do banheiro ficou parado olhando a quantidade de roupa feminina e saiu sem entender nada, pra onde? Não faço a mínima ideia.

Logo terminamos de arrumar tudo e nada da Bella aparecer. Uma preocupação estranha surgiu em meu peito. Uma preocupação muito estranha. Fiquei imaginando o que ela estaria fazendo para demorar tanto; se ela estava conversando com alguém; sobre o que estavam conversando?

Ah meu Deus porque ela está demorando tanto?

Sentamos na cama e esperamos por muito tempo a Isabella Swan. Sabia que ela guardava uma grande magoa de mim, mas ela não entendia que aos meus catorze anos eu tinha uma pequena quedinha por ela e quando temos essa idade vamos dizer que não sabemos o que fazer para demonstrar esse sentimento e vamos infelizmente pela a cabeça dos outros. Fui pelas a cabeça mais criança do que eu e acabei fazendo o que fiz.

Hoje em dia estou curado da minha queda pela a Swan, porem, não gosto de ver ninguém com raiva de mim porque ela me trata com indiferença e geralmente são muito arrogantes. Eu não quero ser tratado assim.

Finalmente a Swan entrou no quarto ela tinha um sorriso bobo no rosto daqueles que temos quando conhecemos alguém interessante. Todos a encararam.

– O que foi? – Ela perguntou surpresa.

– Você demorou demais. O que estava fazendo? – Emmet falou às palavras que rondavam minha cabeça.

– Não interessa a nenhum de vocês. Poupem-me e me economizem.

Depois de brigar muito, claro que eu não perdi a oportunidade de encher o saco dela até ela explodi de raiva, nós cedemos nosso humilde quarto depois de uma tentativa frustrante de se trocar no banheiro. Eu já sabia que aquela ideia não daria certo. O banheiro estava imundo só nós mesmos para aguentar aquilo, mas eu queria ver a reação da Belinha ao se deparar com aquilo e obvio que não foi boa, porem, ver a cara dela me fez rir e eu adorava irritá-la.

– Ninguém entra! – Emmet falou na frente da porta. A figura musculosa me lembrou de um segurança de famosos.

– Vai Emmet só uma espiadela! – Embry falou.

– Está ficando doido pivete. Minha irmã não é pro seu bico.

– Mais vocês são é um bando de tarados! – Falei

– Olha quem fala foi você que trouxe as malas delas com a intenção de bisbilhotar. – Jacob falou.

– Aquilo foi um momento de fraqueza. Temos que respeitar a moça.

– Olha ele virou gay. – Seth falou

– Mais respeito rapaz. Gay és tu e não quer assumir.

– Rapaz eu sou é espada! – Seth disse.

– O fato é que a irmã do Emmet ficou uma formosura. – Quil disse fazendo gestos com a mão. Emmet deu um pedala Robinho nele.

Bem feito

– Mais respeito rapaz!

– Se eu visse essas roupas no varal do dormitório feminino eu iria pensar que elas eram da Rosalie. – Jacob disse.

– Se as roupas da Bella é assim imagina a dela. – Emmet falou.

A porta se abriu e Bella colocou a cabeça para fora. Foi impossível não imaginar como estava vestida.

– Emmet é o papai. – Bella estendeu o celular ao irmão e voltou para dentro rápido nem olhou pra ninguém, diferente dos meninos que esticaram o pescoço para ver se via alguma coisa.

– Wow. O que será que o papai quer? – Emmet zombou.

– Emmet põe na viva voz. – Embry sussurrou. Emmet fez sinal de positivo e apertou o botão.

– Alô? – O homem falou.

– Oi pai!

– Ah filão! Como está?

– Bem sinto que essas férias vão ser ótimas.

– Emmet; tenho um pedido para fazer. Por favor, cuide da sua irmã para mim. Sei como são os adolescentes nesta idade e eles às vezes agem por impulso. Não deixe que ninguém a iluda. – Charlie fez o pedido de um pai protetor.

– Tu... Tudo bem pai. – Emmet gaguejou por que sabia que já tinha feito algo de errado. Deixou nós mexer nas coisas dela.

– Oh o irmãozinho vai cuidar da irmã. – Quil zombou em um sussurro imediatamente risadinhas podem ser ouvidas.

– Onde você está? Tem tanto barulho.

– Estou em frente ao dormitório masculino.

Putz! Ele não falou isso! Não, não, não! Como o Emmet é burro!

– Como assim? A Bella está ai com vocês?!

– Não exatamente. Ela estar dentro do quarto.

– O quê?! Emmet o que ela está fazendo lá?

– Calma; pai. Não é nada disso que o senhor está pensando.

– Como não? Você estar me dizendo que minha filha está em um dormitório cheio de homens. O quer que eu pense? – Ele falou bravo. Emmet ficou paralisado, pálido e sem fala.

– É uma história complicada!

– Quero saber exatamente o que está acontecendo.

– É uma longa história! Não é nada demais!

– Não é nada demais?! Minha filha está em um lugar onde só tem homens.

– Calma; pai. – Emmet disse apertando o botão para voltar à voz normal. – É... Bem... Calma!

Bella saiu do quarto. Ela vestia um vestido branco que ia até seus joelhos, suas alças eram finas e havia detalhes de renda nele. Foi impossível não imaginar com qual daquelas peças ela usava debaixo do vestido. Balancei a cabeça expulsando aquele pensamento.

– Toma Bella! – Emmet disse assustando a pobre coitada. Bella teve uma expressão calma e tranquila tomada por assalto pelo o susto. Ela, pois o aparelho no ouvido. Alguns estantes se passaram e todos escutaram um grito alto.

– BELLA, O QUE ESTÁ FAZENDO NO DORMITÓRIO MASCULINO?!

Bella afastou o objeto da orelha por causa da altura da fala. Ela olhou para Emmet confusa mais ao mesmo tempo com medo. Desviou o olhar para nós e eles gritavam por ajuda. Tive uma ideia que talvez melhorasse a situação ou talvez piorasse.

E agora? O que eu faço?

Pov. Cam

Eu ajeitava as coisas para a fogueira. Não que realmente precisasse, mas ser responsáveis pelos os campistas foi à função que melhor me adaptei.

Já havia sido campista graças à insistência do meu pai, não me dei muito bem, pois não me dava bem com Edward Cullen e parece que isso foi o suficiente para ninguém falar comigo.

Não me sentia bem com o clima do dormitório. Felizmente meu pai autorizou que eu fosse um responsável. Nunca me dei bem com Edward ele era de uma personalidade na qual eu não consigo conviver.

Eu havia conhecido Isabella Swan. Ainda me lembro a ultima vez que ela veio aqui e entendo porque passou quatro anos sem pisar nesse lugar só não entendo o porquê veio esse ano.

Ela está tão diferente, tão mulher. Está mais madura e diferente do que eu imaginava ter se tornado. Acho que ela surpreendeu a todos. Não que ela fosse feia quando criança, mas é que a humilhação que ela passou foi um pouquinho exagerada realmente não sei o que deu no Cullen.

Além do mais com doze anos ela ainda era uma criança e não sabíamos quão seu corpo mudaria e quais formas tomariam.

Pelo o que parece ela mudou muito tanto no psicológico quanto no físico. Estava ansioso para revê-la na fogueira. Afinal ela sempre foi à garota que eu gostei.