Hetalia Axis Power : - a Nova Aliada escrita por Kabegami


Capítulo 9
Capítulo 8: - O treinamento do América – Parte II


Notas iniciais do capítulo

Interrompemos a sua leitura deste capítulo, para uma notícia de última hora do nosso Jornal Hetalia Edição Nacional.
- Estão no ar? - Pergunta a repórter em meio à multidão.
- Estamos... - responde discretamente o câmera.
A Repórter sorri e então diz:
- Finalmente conseguimos! Encontramos a Brasil aqui nos desfiles do Rio de Janeiro... - A Reporte interrompia sua fala.
A Brasil vestida com sua fantasia de passista da Escola de Samba Mangueira aparece e a multidão de pessoas, turistas e repórteres se agitam.
- Brasil, Brasil. Aquii! Você pode dá uma palavrinha para o Jornal Hetalia? - Perguntava a repórter tentando passar no meio da multidão.
- Claro meu amor, sempre tenho um tempinho para vocês da mídia. - Respondia a Brasil de forma educada e carinhosa.
- Queria saber sua opinião sobre a polêmica das declarações do jogador da seleção inglesa, o Barton.
- No mínimo infeliz. Falar mal do Neyzinho é uma coisa, mas falar mal de mim é outra. Estou muito decepcionada, não esperava isso de alguém da casa do Inglaterra. - Dizia a Brasil de forma educada.
- E que providência você pretende tomar? - Perguntava a repórter.
- Já tomei. No meu carnaval ele não entra. Aqui só quem gosta da Liga da Floresta Amazônica e do Pelé.
Uma mulher magra e de cabelo preto solto, grita em meio à multidão:
- Dale, Dale Argentina!
A Brasil estreitava os olhos para enxergar quem estava falando e logo identifica que se tratava da Argentina.
- OHHHHH SUA LUMBRIGA SECA DANÇARINA DE TANGO... OHH RECALCADA, AQUI É PENTA TÁ MINHA FILHA! ISSO VOCÊ NUCA VAI SABER O QUE É!!! - Gritava a Brasil exaltada.
Um homem usando a camiseta da agremiação da Escola de Samba da Beija-Flor se aproximou da Brasil então cochichou algo em seu ouvido.
- Eu vou embora antes que eu estrague meu carnaval armando barraco... - A Brasil se vira para a repórter, sorri e diz - Tchau querida. Agora vou desfilar pela Beija-Flor. Aproveite a minha melhor festa que é o CARNAVAL.
Sambando a Brasil foi embora pelo final da Sapucaí mandando beijos para todos.
- Bem, a Brasil foi embora. Podem iniciar sua leitura deste capítulo. A qualquer momento voltamos com mais notícias... ou não! Diz a Repórter finalizando em meio a vinheta.



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A Brasil e o América caminhavam em direção a um grande galpão que ficava nos fundos da casa. O dia ainda não havia amanhecido e diferente do que a Brasil estava acostumada às manhãs pareciam mais gélidas por ali. Ela ficara pensando desde que saiu dá grande casa, qual seria o tipo de treinamento que o América daria a ela e antes que pudesse tirar alguma conclusão eles já estavam de frente para a porta de um galpão. O América abriu a porta e entrando disse:

– Sabe atirar?

– Sei, por quê? – Perguntava Brasil entrando e olhando em volta, um pouco “surpresa” pela pergunta.

– Porque faz parte do seu treinamento, mas você sabe atirar em alvos que se movimentam e com qualquer arma? – Disse o América se aproximando de uma bancada que estava coberta por uma toalha branca.

– Sei... – Limitou-se a responder de forma vaga.

– Então, vamos testar suas proezas usando uma... – Ela puxava a toalha e revelava uma mesa cheia de armas, pegava um revolver e olhando para ela completava sua frase – uma Smith & Wesson M1917 calibre 11,43mm.

Brasil apenas acenou positivamente com a cabeça, estava visivelmente nervosa com toda aquela situação, mas mesmo assim se aproximou da mesa. O América em movimento rápido girou a arma e deixou o cabo a mostra, pronto para que ela a pegasse. A Brasil pegou a arma, sentiu o peso e a observou, ela brilhava como nova.

– Gostou? – Perguntou o América.

A Brasil acenou positivamente com a cabeça, sem tirar os olhos da arma.

– A data de fabricação é da primeira guerra, mas meu irmão ainda as compra. Ela não esta carregada, mas as munições... estão... – O América fazia um breve pausa, enquanto procurava com o olhar e com as mãos sobre a mesa – Aqui! – Dizia pegando uma caixa pequena, abrindo-a e mostrando-a.

A Brasil pegou algumas balas da caixinha e antes que pudesse fazer algo com elas o América fez mensura de interrompê-la, então sem hesitar a Brasil estendeu o seu dedo indicador da mão que segurava a arma próximo aos lábios do América e então diz:

– Eu sei! – Disse como se tivesse certeza do que ele iria lhe falar.

O América quase que imediatamente se aquietou e ficou apenas olhando para a Brasil que agora estava abrindo o tambor da arma e encaixando bala por bala e ao terminar de carregar a arma ela girou o tambor e com um estalo o encaixou novamente em seu lugar.

A Brasil agora olhava para frente, pode reparar que preso na parede ao fundo, havia dois alvos, ambos tinham cartazes com a cara do Alemanha afixados. Ela olhou para o América como se esperasse por uma aprovação que logo veio com um aceno positivo de cabeça. A Brasil esticou o braço um pouco tremula, olhou por alguns segundos e atirou em direção ao primeiro alvo. Descarregou todas as balas; foram 6 tiros bem sonoros.

O América a olhava com certo espanto, nunca imaginou que ela tivesse toda essa “coragem”, mas ele se espantou mesmo foi com a habilidade da garota de ter acertado os tiros, no coração e em regiões próximas.

– Nada mau! Você atira bem, mas por que só atingiu a região peitoral? – Demonstrava passando o dedo pelo próprio peitoral.

– Não sei... – Limitou-se a responder Brasil.

Na verdade ela sabia sim. Não queria machucar o Alemanha... Na verdade não queria machucar ninguém, nem queria estar ali; pensou em errar o alvo, mas repensou bem, afinal sabia que se errasse o América iria fazê-la ficar ali, atirando e atirando até acertar e a Brasil não queria ficar naquele “treinamento”, além do necessário.

– Vou te confessar, não imaginei que soubesse atirar, estou bem surpreso! – Disse o América pegando a arma da mão da Brasil.

– É que bom que vou ser útil para alguma coisa, mas sou boa mesmo é na capoeira. Quem sabe eu posso lhe ensinar. – Dizia a Brasil forçando seu melhor sorriso.

O América sorriu infantilmente, olhou para a Brasil com certa desaprovação e disse:

– Acho que não será necessário. Essa guerra vai ser vencida na arma!

No instante em que ouvia as palavras do América ela pode sentir um mal estar. “Na arma” essas palavras ecoavam em sua mente e ela se perguntava “Qual o problema em resolver as coisas na conversa?”. Uma confusão se fez na cabeça da Brasil e rapidamente ela tirou a conclusão que nem em sua casa essa “solução” era valida. Os militares não queriam conversa com os civis, principalmente se fossem comunistas. A Brasil logo foi despertada de seus pensamentos assim que ouviu a voz do América.

– Já sabemos que você sabe atirar com uma M1917... – Disse o América, mas foi interrompido pela Brasil.

– América quando os outros vão chegar?

– Que outros? – Perguntou o América curioso.

– Ué.. os outros aliados, eles também não vão me treinar? – Perguntou a Brasil um pouco confusa.

O América riu de forma histérica e a Brasil ficou apenas olhando sem entender o motivo da risada. Vendo a expressão confusa da Brasil o América foi parando aos poucos de rir e então ofegante disse:

– Sou o melhor treinador e o único que vai precisar. Agora vamos retomar a aula.

Aquela parte da manhã pareceu passar devagar para a Brasil. Ela aprendeu sobre todas as armas que o América tinha; atirou com todas as armas que haviam na bancada: Smith & Wesson M1917, Browning M1919A4, BAR M1918A2, Liberator M1942 e Colt M1911A1.

No fim daquele curto treino “massacrante”, ela já não estava mais tremula, havia se acostumado com o som dos tiros e estava mais confiante, mas continuava a achar que conversar era a melhor maneira de resolver conflitos.

O América olhou para o relógio e empolgado falou:

– Já são 6:10!!! Vamos para a segunda parte do seu treino, você vai se divertir muiitttooo!

O América pegava na mão da Brasil e a puxava para fora, ele não a levou muito longe, apenas deu a volta, a levando para os fundos do galpão. Chegando ao local a Brasil se surpreendeu com o que viu, um pequeno estacionamento de aviões.

– Vamoos vooarr! – Dizia o América empolgado.



– Nãooo! Eu tenho medo! – Dizia a Brasil puxando sua mão e cruzando seus braços.

– Tem medo? Você já voou por acaso? – Perguntava o América com certo deboche na voz.

– Tenho e não, nunca voei! Gosto dos meus pés beeemmm no chão! – Dizia a Brasil de forma bem teimosa.

– Se nunca voou, como sabe que gosta de ter os pés no chão? – Perguntava o América de forma sagaz, enquanto colocava a mão no ombro da Brasil.

– Sabeeendo! Voar é perigoso! – Dizia a Brasil bem convencida sobre seus argumentos.

A Brasil realmente não gostava de voar e não considerava aviões algo inseguro. Ela havia recusado muitos pedidos de Santos Dumont para lhe acompanhar em voos teste de seu 14bis, pois havia visto várias vezes em momentos de teste o avião cair e devido as inúmeras recusas da Brasil, Santos Dumont foi para a casa do França e executou o seu primeiro e outros voos lá.

– Vai Brasil deixa de ser medrosa. Voe comigo só uma vez e se não quiser mais voar depois disso eu não peço mais que voe! – Dizia o América olhando infantilmente para a Brasil.

– Seeii não... Tenho muito medo de voar...

– Vaaamoooss voooarr. Pleeeaaaassseeeee? – Dizia o América juntando suas mãos e implorando de forma infantil.

A Brasil olhava para a cara do América, suspirava e tentava resistir a aquele pedido. Ela não havia reparado, mas agora que estava observando-o melhor, ele era muito bonito. Loiro, alto, olhos azuis que brilhavam através daqueles óculos que o deixavam com uma carinha de adulto, mas ao vê-lo daquele jeito, lhe implorando que voasse, deixava transparecer o seu lado infantil. A Brasil desviava o olhar por alguns instantes, mas logo voltava a olha-lo, ele ainda estava com as mãos juntas e implorando com aquele jeitinho infantil. A Brasil suspirou uma última vez e assentiu com a cabeça.

Aquela resposta era tudo o que o América esperava, na empolgação do momento ele pegou na mão da Brasil e a puxou para bem perto do avião visivelmente novo, pintado nas cores e com detalhe da bandeira Americana.

– Este é um Bell P-39N Airacobra! Ele foi modificado especialmente para o seu treinamento. – Dizia colocando a mão na lataria do avião.

– Modificado? – Perguntava a Brasil.

– Sim. Ele na verdade é um caça/bombardeiro de assento único, mas este aqui – Dizia acariciando a lataria – tem dois assentos lado a lado e o painel de comandos conta com uma direção extra.

O América deslizava a mão pela lataria até tocar a asa onde apoiava a mão e de forma hábil ele apoiava seu pé no pequeno espaço entre a asa e a cabine e então subia na asa do avião. A Brasil o olhava bastante atenta. A forma como ele subiu fez parecer tão fácil que quando o América a chamou ela tentou subir da mesma forma, mas ela estava usando saia e não permitia que a mesma esticasse e subisse sua perna sem que sua calcinha aparecesse. Notando aquele pequeno “problema” da Brasil o América estendeu suas mãos que logo foram pegas pela Brasil. Ela a ergueu com facilidade e a ajudou a subir na asa. O América se aproximou da porta da cabine, a abriu e disse:

– Damas primeiro.

A Brasil sorriu e sem dizer nada apenas entrou e se sentou na segunda poltrona. O América entrou logo em seguida e se sentou na primeira, fechou a porta da cabine, prendeu o cinto e instruiu Brasil a fazer o mesmo. Após estarem devidamente seguros com seus cintos o América fez uma pequena introdução aos controles, mas não havia com o que a Brasil se preocupar, já que era o América quem iria pilotar.

– Gosta de sentir o vento sobrar no cabelo? – Perguntava o América.

– Gosto. – Respondia a Brasil visivelmente nervosa.

– Ótimo, porque na modificação eu tirei o teto da cabine. – Dizia o América sorrindo de forma infantil.

A Brasil ficou visivelmente mais nervosa com as últimas palavras do América e ele percebendo isso, põe sua mão sobre a dela e sorrindo diz:

– Vai ficar tudo bem. Agora, vamos decolar?

A Brasil suspirou para tentar aliviar a tensão e então assentiu de forma positiva com a cabeça.

O América apertava alguns botões e então pegava o rádio e dizia:

– Torre de comando, Hero 1 pronto para a decolagem. Pista livre?

– Hero 1, aqui é Torre de comando. Pista livre, decolagem permitida.

O América apertou outros botões e então começou a manobrar o avião em direção a uma pequena pista ao lado do galpão. Parecia impossível a forma como o América manobrava, toda vez que ele passava perto de algum outro avião parado, a Brasil achava que ele iria bater, mas o América era muito habilidoso e conduziu o avião sem problema até a pista e antes que a Brasil pudesse notar o avião já estava acelerando para pegar impulso. Ela fechou os olhos e apertou as laterais da poltrona, se segurando como se previsse que o avião bateria.

O Avião levantou voo tão rápido e de forma tão suave que a Brasil não notou que já estava voando. O América olhou para ela e soltou uma pequena risada.

– Se ficar de olhos fechados não vai ver nada – dizia o América rindo.

– Essa é a intenção. Já morremos? – Perguntava a Brasil aflita.

– Abra seus olhos e veja você mesma.

A Brasil abria seus olhos bem devagar e mal pode acreditar no que seus olhos viam. Ela estava mesmo voando e sua primeira reação foi olhar para baixo, aquilo a fez entrar em pânico.

– AII MEEEUS DEUUUSS!!! EU SABIA VAMOSS MORRER! – Gritava desesperada.

O América colocava a mão no ombro da Brasil para tentar tranquiliza-la, mas antes que ele pudesse dizer algo a Brasil gritou:

– SE EU MORRER, MINHA CASA VAI PARA O PORTUGUAL! AIIIIIIIIIII EU SOU MUITO NOVA PARA MORRER, SOCORROOO!!!

O América tirava sua mão do ombro da Brasil e então a colocava em seu queixo de uma forma um pouco brusca tentando virar seu rosto e então diz:

– Calma, Calma, sem pânico... não vamos morrer. Se acalma tá, respira fundo, assim... – Ele demonstrava a forma como queria que a Brasil respirasse – Certo agora tenta você.

A Brasil começava a respirar fundo como o América havia demonstrado e aos poucos aquele pânico foi diminuindo e então o América colocou novamente sua mão no ombro da Brasil e sorrindo disse:

– Ótimo, muito bem. Agora por que não tenta relaxar? Feche os olhos e sinta o vento no rosto.

A Brasil encostou a cabeça na poltrona, fechou os olhos e aos poucos relaxou os braços trêmulos. O vento sobrava e os raios de sol matutinos tocavam seu rosto com suavidade, não parecia que ela estava em um avião, lembrava mais as manhãs que passava cavalgando com o Pedrinho I, um de seus chefes mais querido. Ela sorria com aquelas doces lembranças e quando notou estava mais relaxada. A Brasil aos poucos abriu seus olhos e então sem pânico notou que ainda estavam voando. Olhou para frente com sua coragem renovada e viu como a paisagem era bonita, olhou para atrás e não conseguiu ver muita coisa além da calda do avião e então olhou novamente para baixo. A visão ainda era assustadora, mas ela percebeu que não estava tão alto quanto seu pânico a fez imaginar e isso a fez sorrir percebendo o escândalo bobo que havia feito instantes atrás.

– Tudo bem? – Perguntava o América sorrindo.

– Sim. Acho que estou superando meu medo... – A Brasil fez uma breve pausa e com certa dúvida sobre sua capacidade ela prosseguiu – Posso pilotar?

O América riu e então disse:

– Claro, tá lembrada da lição que eu te dei antes de voar?

– Sim! – Disse colocando as mãos no volante do avião.

O América soltou os controles, esticou os braços e os colocou atrás da cabeça deixando a Brasil sob total comando. A Brasil a principio ficou um pouco aflita tentando lembrar do que o américa havia lhe ensinado, eram muitos botões e funções, mas conseguiu por alguns longos minutos pilotar o avião, antes o América o assumisse novamente. Pilotar o avião serviu para a Brasil como uma experiência libertadora, pois a fez perder seu medo de voar, aquele medo que agora pareceu ser tão bobo, que a fez se arrepender de não ter voado com Santos Dumont. Pensando sobre isso a Brasil sorriu radiante, estava com sua coragem renovada e aquele treino seguiu sem mais problemas.

Eles voaram por várias horas, agora que a Brasil tinha coragem, o América foi mais radical e fez diversas manobras que fez a Brasil gritar de empolgação e se interessar em aprender. O voo estava tão divertido que só pousaram o avião quando o mesmo já se encontrava com pouca gasolina. Entre risos e conversas empolgadas o América abriu a cabine andou sobre a asa que estava um pouco molhada devido a passagem do avião por entre as nuvens e desceu em um só salto. A Brasil saia da cabine logo depois do América e enquanto ela caminhava cuidadosamente ela ouviu o América dizer:

– Cuidado para não escorregar. – Dizia o América estendendo as mãos para ajudar a Brasil a Descer.

O aviso veio um pouco tarde, assim que o América terminava de falar a Brasil escorregou e caiu sobre ele, o derrubando. No chão e sobre o América, a Brasil levanta a cabeça e um pouco atordoada ela olhou para baixo, seus olhos se encontraram com os dele, que agora estava sem seus óculos, pois os mesmos se encontravam de forma torta próximo a boca. O América esticava uma de suas mãos e tocava a testa da Brasil bem onde estava avermelhado, parecia um pequeno galo.

– Acho... que você se machucou... – Dizia o América com um pequeno sorriso.

A Brasil corou no mesmo instante e então disse um pouco sem jeito.

– Des-sculpa... so-ou est-abanada...

Ela não conseguia tirar seus olhos do América, parecia hipnotizada por aqueles olhos azuis, mas logo foi despertada com a mão do América descendo pelo rosto da Brasil parando próximo ao queixo.

– É me-lhor nos levan-tarmos... – Dizia a Brasil corando um pouco mais.

A Brasil se levantava de forma desastrada e então estendeu a mão para ajudar o América a se levantar. Ele arrumou seu óculos e pegando na mão da Brasil se levantou; de pé e ainda segurando a mão da Brasil, ele a olhou nos olhos e a puxou para si, de forma repentina a beijou, um beijo doce e carinhoso. O América desvencilhou seus lábios dos da Brasil e a fitou, seus olhos azuis que naquele momento cintilavam, encontram-se com os castanhos claro dos olhos da Brasil. O beijo foi breve, mas foi o suficiente para deixar a Brasil atônita e com o coração acelerado, seu rosto estava mais corado do que sua pele morena permitia. O América olhando para o rosto enrubescido da Brasil sorriu e segurando a mão dela se pôs a caminhar de volta para o galpão, mesmo de mãos dadas a Brasil andava um pouco mais atrás e com a mão livre passava os dedos pelos lábios, um pouco confusa e incrédula com toda a situação.

O caminho de volta até a porta do galpão foi silencioso e embaraçante para a Brasil.

Por que ele fez isso?” é a pergunta que a Brasil se fazia; estava tudo tão confuso em sua mente, diversas outras perguntas se formavam em sua mente para tentar explicar o havia acontecido, mas tudo foi interrompido quando ela ouviu uma voz familiar.

– Ma chère – Gritava a voz.

A Brasil olhava ao redor e identificava quem falava, o França. Ele vinha correndo pelo caminho da casa do América.

– Ma chère, como você está lindaaa! – Dizia o França ainda correndo, mas já alcançando a Brasil e o América.

A Brasil e América estavam parados na porta do galpão e ainda estavam de mãos dadas. Eles entreolharam-se e sorriram, a Brasil delicadamente desvencilhou sua mão e então sorriu para o França que agora estava apenas a alguns passos dela. O França abraçou fortemente e então disse:

– Você esta tãooo liinnda! Esta iluminando o dia do seu irmãozão! Apesar deste machucado em sua testa... O que foi isso Ma chère?

Discretamente, Brasil olha para o América, esperando alguma reação, como não a tem, responde:

– Não foi nada não França, eu que sou desastrada mesmo! E você esta me sufo-cando – Dizia a Brasil batendo de leve no braço do França.

– Ohh desculpa! – Dizia o França soltando a Brasil.

A Brasil suspirava e logo se arrepiava. Tinha algo transparente por trás do França.

– França...Você acredita em espíritos?

– Hã? – Falava o França confuso.

– É espíritos... Eu estou vendo um encosto em você... – Dizia apontando para trás do França – Vamos para a Bahia agoraaa! As minhas mães de Santo tiram esse encosto com 2 banhos e 5 oferendas.

O América começou a rir, enquanto ria foi atrás do França e passou seu braço pelo ombro do suposto encosto, quase que na mesma hora o “encosto” transparente começou a tomar forma e cor. Um garoto bastante parecido com o América e segurando um urso branco apareceu.

– Não é espirito não, é o Canadá. – Dizia o América rindo.

O França suspirou e então entre risadas disse:

– Eu achei mesmo que tivesse um espirito atrás de mim.

A Brasil ainda estava assustada com aquilo, como alguém poderia ser tão transparente, quase apagado? O América e o França ainda estavam rindo e aquilo estava incomodando um pouco a Brasil que disse um pouco irritada:

– Vocês vão ficar rindo, ou vão me apresentar?

– Ah desculpa... – Dizia o América parando aos poucos com a risada. – Este é o meu irmão Canadá.

O Canadá acenava e sorria timidamente, apesar da aparência ser “idêntica” a do América a personalidade deles era aparentemente diferente, pois o Canadá parecia muito tímido, contrariando o irmão.

– Certo, já foram apresentados, agora França o que faz aqui? – Perguntava o América de forma infantil.

– Je? Ahh oui oui. Vim convidar a Brasil para almoçar comigo, na minha casa. Ma chère aceita?

No momento em que o França fez o convite a Brasil notou que estava com fome, aquele convite veio em um momento perfeito.

– Claro vamos, o Canadá pode vir? – Perguntava a Brasil empolgada.

– Não. Ele chegou atrasado e não participou do treino, então vai ficar aqui comigo treinando o resto do dia. – Respondia o América.

O Canadá parecia um pouco desapontado, mas nada muito evidente.

– Aaah que pena. – Dizia a Brasil em um tom triste.

– Vamos Ma chère? – Dizia o França estendendo seu braço de forma cavalheira.

A Brasil entrelaça seu braço no França e juntos saem caminhando.


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Notas finais do capítulo

Caros leitores, me perdoem de coração. Dói em mim fazer vocês lerem tanto, principalmente quando o capítulo não está tão bom assim, mas enfim é a vida, não é mesmo?
Este capítulo, de longe não é a melhor coisa que já escrevi e também nem tudo saio como minha mente planejou, como por exemplo a parte inteira em que o França e o Canadá aparece, mas foi o que consegui escrever. Acho que não estou muito bem para escrever, mas enfim, deem-me suas maravilhosas opiniões sobre a história, sobre o que você acham que deve acontecer, sobre minha escrita horrorosa e até sobre essa ideia mirabolante que tive do "Jornal Hetalia Edição Nacional". Desculpem-me, mas eu e "a Brasil" ficamos muito indignadas com as declarações do Barton e tivemos que expressar de alguma forma nossa indignação.
Ahh e uma última coisaa, geenteee não me crucifiquem sobre a fala da Brasil sobre as mães de santo da Bahia. O Brasil é um país laico e temos que respeitar as diversas religiões. Eu mesma sou católica e não tenho problema nenhum com quem segue outras religiões, então por favor não venham me comentar coisas como: "Aff, não leio mais. A autora é macumbeira". Por favor mesmo, vamos ser compreensivos e não preconceituosos.
Até o próximo Capítulo e Reviews?



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