Eram 6 horas da manhã quando o América, adentrou o quarto da Brasil. Ele estava eufórico e trazia consigo um embrulho.

Ela ainda estava dormindo, dormia tão profundamente que não notou o América em seu quarto. O América, vendo que a Brasil ainda dormia, se aproximou da cama. Cautelosamente, mas ainda eufórico, se aproximou da cabeceira segurando o embrulho. Ele a observava dormir, ela parecia tão serena, tão linda. O América se aproximou mais da cabeceira da cama e então estendia sua mão para tocar o rosto da Brasil, que ao sentir o toque sorriu. No mesmo instante ele também sorriu e disse:

- Hora de levantar.

A Brasil, se movia de forma preguiçosa na cama se virando para o outro lado, puxava ainda mais as cobertas, resmungava algo que o América não pode compreender e então ele disse novamente puxando de leve as cobertas em meio a risos.

- Vamos! Hora de levantar.

Com muita relutância a Brasil novamente se revirava na cama e abria seus olhos devagar, se deparava com o América a olhando, sorrindo e rindo. Ela então sorriu e antes que pudesse dizer algo o América já foi logo dizendo eufórico.

- Bom dia!

A Brasil limitou-se em manter seu sorriso e então aos poucos ela se sentou na cama, se espreguiçando com seu cabelo todo bagunçado.

- Prensei que acordasse cedo. – Dizia o América.

- Acordo cedo, mas meu cedo é 7 da manhã ou mais tarde. – Brasil bocejou e perguntou. – Que horas são?

- 5 Horas.

- Por que me acordou tão cedo? – Perguntava Brasil intrigada com o motivo de levantar tão cedo.

- Começaremos o seu treinamento hoje! E... – Disse o América levantando suas mãos mostrando embrulho vermelho com fita azul. – Tenho um presente para você. Espero que goste.

A Brasil com toda sua “empolgação” matinal, pegou o presente do América e limitou-se a sorrir como um “Obrigada”.  Ela abria o presente vagarosamente. Assim que terminou ela sorrio com o que viu. Era uma jaqueta igual ao que o América usava, com a bandeira do América de um lado do ombro e do outro a dela. Ela pegava a jaqueta e estendia, aquele movimento fez cair, mais um pequeno embrulho sem enfeites em seu colo. Ela olhava para o América sorrindo, com um gesto ele a incentivava a abrir. Brasil um pouco mais empolgada abriu o embrulho. Dentro algumas peças de roupas. Uma saia de pregas verde musgo, uma blusa social branca, com a bandeira da Brasil.

- Gostou da sua roupa para o treinamento? – Dizia o América se levantando da cabeceira da cama.

- Uhum. Muito bonita, mas não querendo ser ingrata nem nada, não seria melhor eu usar um short? – Dizia Brasil um pouco intrigada.

- Não, está vai ficar bem em você, se você preferir posso arrumar um short para você. – Dizia o América sorrindo.

- Eu iria adorar, mas por hoje vou usar a saia mesmo. – Brasil colocava as roupas de lado, se levantava e abraçava o América. – Obrigada. Gostei muito.

O América não esperava tal reação da Brasil, assim que foi abraçado, corou enquanto retribuía o abraço.

- D-e nad-a... – Dizia o América, após o termino do abraço.

A Brasil, nota o rosto um pouco avermelhado do América, sorri e acaba deixando escapar um risinho. O América notando o risinho ficou sem graça e logo contornou a situação, deu as costas para a Brasil e foi de encontro a porta dizendo:

– Bem, vamos descer e tomar café da manhã.

Antes que a Brasil pudesse dizer algo. O América saiu do quarto.

- Eu ein. – Dizia a Brasil baixinho.

A Brasil se sentou na cama, olhou para aquelas roupas e suspirou profundamente. Estendeu um braço e pegou a jaqueta que o América havia lhe dado, a trouxe para perto de si, passou sua mão pela parte de fora da jaqueta e em seguida por dentro, só ai pode notar o quão fofa e quentinha era a jaqueta. Ela abraçou a jaqueta e a cheirou. Brasil pode sentir um cheiro muito bom, mas não soube identificar o que era. Ela fechou os olhos por um momento, mas logo os abria e ainda segurando a jaqueta se levantou da cama e resolveu se arrumar.

A Brasil colocou a jaqueta em cima da cama novamente, foi até o banheiro, escovou seus dentes, lavou seu rosto para acordar e tirou sua camisola. Somente de calcinha ela saiu do banheiro e foi de encontro a sua mala que ainda estava no chão, a abriu e pegou um sutiã e o vestiu. Ela se sentou na cama e vestiu a blusa, a saia e por fim pegou a jaqueta de cima da cama e a vestiu, completando o look do treinamento, mas só quando vestiu a roupa pode notar que lhe faltava algo importante, as botas.

Descalça ela saiu do quarto e desceu as escadas, olhou ao redor e surpreendeu, tudo estava perfeitamente em seu lugar. Um cheiro gostoso de torradas começou a atrair sua atenção e seguindo aquele cheiro ela foi parar direto na cozinha. Havia uma mesa já posta muito bem arrumada e com mais coisas do que a Brasil estava acostumada.

- Por que está descalça? – Perguntou o América aparecendo atrás da Brasil acompanhado de seu empregado.

A Brasil se assustou ao ouvir a voz do américa, de forma cautelosa ela se virou para vê-lo e olhando rapidamente para seus pés ela o respondeu:

- Desculpa, eu não trouxe minhas botas e nem meus tênis... só sandálias ... – Envergonhada e com o rosto visivelmente corado ela continua – Eu não sabia que iria precisar.

O América ao vê-la corar, dá um sorriso e a observa por um instante, as roupas que ele havia a presenteado ficaram tão bem nela, que a falta das botas era apenas um mínimo detalhe. Pensando nisso diz:

- Não se preocupe. Vou providenciar botas para você. – Ele desviou o olhar para a mesa e então mudando de assunto continuou – Já comeu bacon com panquecas?

Brasil apenas se limitou a negar com a cabeça. O América se aproximou e pós sua mão nas cotas da Brasil a fazendo se virar e com certa euforia fala:

- Então vai provar hoje.

O América e a Brasil se sentaram a mesa, saborearam um delicioso café da manhã e conversaram bastante sobre suas culturas, mas a conversa foi interrompida assim que terminaram de comer. Ambos se levantaram da mesa, antes que a Brasil pudesse dizer ou fazer algo, o América pegou em sua mão e com um ar infantil começou a puxa-la pela casa. Brasil deixou-se ser levada e apenas parou quando ele soltou sua mão. Estavam parados em frente a uma grande porta dupla.

- Vamos escolher sua bota. – Disse abrindo a porta.

Brasil se espantou com o que viu, um cômodo inteiro com a decoração semelhante a seu quarto, a única diferença era que este cômodo estava apenas preenchido com vários modelos de roupas de treinamento femininas. América notando a expressão de espanto no rosto da Brasil sorri e diz:

- É todo seu, pode entrar e escolher a bota que quiser.

- O-brig-ggada! – Dizia a Brasil tentando encontrar palavras.

Ela entrava na sala acompanhada por ele. O vislumbre era tão grande que a Brasil não sabia ao certo o que olhar, mas logo sua atenção foi conquistada por um par de botas de couro marrom de cano médio. Ela andou em direção as botas e as pegou, olhou para atrás na direção onde o América estava e como um ato de aprovação ele balançou a cabeça indicando um sim. Ela sorriu e de imediato sentou-se no chão e então colou suas novas botas sem se importar se estava usando meias ou não. Assim que colocou suas botas ela se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro.

- São tão confortáveis! – Dizia eufórica.

O América limitou-se a sorrir ao ver aquela cena, mas lembrando do treinamento ele olhou para o relógio e disse sorrindo:

- Agora que está pronta, vamos ao treinamento.