Secret Love escrita por Fun-chan


Capítulo 7
Conectados


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos!
Desculpa a demora, mas tive que me concentrar nos estudos... Fiquem a vontade pra me xingar ahsuhaushau



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Cap. 7 – Conectados

Assustada, Sakura desligou a sua lanterna e se levantou lentamente, seguindo em direção a janela. Ela abriu a cortina e olhou através do vidro, mas não conseguia ver nada, estava muito escuro. “Deve ter sido a minha imaginação” Pensou. Ela iluminou o quarto com a sua lanterna rapidamente e observou suas colegas dormindo por um instante. Meiling dormia como uma pedra. Chegava até a babar. Sakura riu de leve; Tomoyo era tão delicada e graciosa, mesmo dormindo continuava parecendo uma princesa; Chiharu estava tão tranqüila, parecia a Bella Adormecida esperando ser despertada pelo beijo de um príncipe encantado; Já Naoko estava super agitada. Provavelmente sonhando com mais uma de suas ficções científicas ou com um dos seus fantasmas. Naoko vivia sonhando acordada com esse tipo de coisas, se ela soubesse o que Sakura sabia provavelmente ia ficar eufórica; E Rika. Ela parecia estar muito feliz. Devia estar sonhando com o seu amor secreto, suas bochechas estavam levemente coradas. Sakura sorria de felicidade e por um momento pareceu esquecer todas as suas preocupações: o sumiço de Shaoran, a conversa que teve com seu irmão, o livro que estava sobre a sua cama, a falta que sentia dos seus pais. Infelizmente essa sensação de felicidade não durou muito. Um estalo a trousse de volta a realidade. Tinha alguém do lado de fora e ele não estava sozinho. Sakura conseguia ouvir duas vozes do lado de fora de seu dormitório, uma masculina e outra feminina. Se escondendo atrás da cortina para não ser vista, ela procurou cuidadosamente pelos intrusos. O rosto de Shaoran veio a sua cabeça. “Será que é ele? Não deve ser. Claro que não é ele Sakura! Deixa de ser boba e se concentra.” A nuvem que estava tapando a lua se dissipou, a luz do luar iluminou tudo e a silueta de uma garota foi revelada. Sem pensar duas vezes, Sakura calçou seu chinelo e foi atrás da intrusa.

...

Desde que deixou o restaurante, Shaoran estava tentando decidir o que iria fazer agora. Mas por mais que ele pensasse, não conseguia encontrar uma solução. “Eu não posso simplesmente chegar e contar tudo pra ela. Conheço Sakura. Se eu disser que seu pai está vivo e que sei onde ele está, ela cometeria uma loucura, e eu não vou permitir que isso aconteça. Mas não posso esconder isso dela. O que eu faço agora?” Era direito de Sakura saber a verdade e ele sabia disso. Mas ele tinha medo que ela se empolgasse demais com a notícia e se machucasse. Shaoran estava sentado no ônibus tão perdido em seus pensamentos que nem percebeu quando uma menina loira e bonita sentou ao seu lado.

- Oi. – Disse a garota esperançosa, mas Shaoran nem viu que ela estava ali. Sem obter uma resposta ela se levantou e voltou, indignada, a se sentar ao lado de sua amiga. – Que mal educado! Nem me respondeu.

- Calma. Ele deve ser mais um daqueles que se acham os melhores do mundo. – Consolava-a a sua amiga. – Os homens não prestam mesmo.

            As últimas palavras de sua mãe não saiam da cabeça de Shaoran. –“Meu filho, tenho certeza de que o pai da sua amiga está vivo. Há um ano, quando me infiltrei na seita do Juízo Final, conheci um prisioneiro chamado Fujitaka. Ele sempre falava sobre a sua linda esposa Nadeshiko e de sua filhinha Sakura e de como ele as amava. Infelizmente meu disfarce foi descoberto e não pude salvá-lo. Mas de acordo com as minhas informações ele continua vivo. Talvez eu consiga a localização do novo esconderijo do Juízo Final para sua amiga.” – Ele respirou fundo e abriu os olhos, percebendo que estava muito perto da academia, ou melhor, estava perto do local onde tinha deixado sua moto, com a qual ele seguiria por um caminho através das montanhas para poder chegar ao local onde a academia estava estrategicamente escondida. Mesmo não tendo completado 18 anos, Shaoran sabia dirigir vários tipos de veículos, com: carro, moto, navio, submarino, helicóptero, avião... Saber como pilotar diversos meios de transporte era um dos requisitos básicos para se tornar um agente secreto. Respirando fundo novamente, Shaoran se levantou e pediu para o motorista parar.

- Você tem certeza que quer descer aqui no meio do nada? – Perguntou lhe o motorista confuso.

- Sim. Obrigado! – Shaoran desceu e esperou até não poder mais ver o ônibus para pegar sua moto que estava escondida atrás de alguns arbustos.

            A noite estava fria e calma. Não dava para ouvir nada, além do barulho da moto de Shaoran. O ar gelado batia em alta velocidade contra o corpo de Shaoran, no entanto, ele ignorava completamente o incomodo que isso lhe causava. Seus olhos castanhos, protegidos pelo capacete preto que usava, estavam fixos no chão. Ele ainda se perguntava se deveria contar o que sabia para Sakura ou não. Não demorou muito para Shaoran encontrar uma pequena caverna, onde ele estacionou sua moto e seguiu a pé (se chegasse de moto na academia iria acordar todo mundo). Ele desapareceu dentro da pequena caverna e rapidamente reapareceu na frente de dois grandes portões de ferro. Dando a volta na academia, por trás das árvores, tomando bastante cuidado para não ser visto pelas câmeras de vigilância, Shaoran encontrou o lugar perfeito, o mesmo que usara para sair, e pulou o muro. Assim que seus pés tocaram o chão, ele ouviu um barulho. Olhando com cuidado por trás dos arbustos, seus olhos achocolatados avistaram uma pessoa. Um menino estava andando na direção da sala de Okashira. “Será que é alguém sonâmbulo? Ou um intruso? Eu vou descobrir.” Se esgueirando por trás das árvores, ele começou a seguir o misterioso menino.

            Sakura continuava perseguindo a menina que ela viu debaixo de sua janela. Ela já havia percorrido quase toda a academia e ainda não tinha conseguido reconhecer-la. Já estava ficando cansada dessa perseguição quando a garota parou. Após fazer um sinal com a mão, um menino apareceu do nada. Os dois conversaram por um instante e depois seguiram por um corredor escuro. Sakura e Shaoran saíram de seus esconderijos ao mesmo tempo e se chocaram na entrada do corredor. Ela se apoiou no batente da porta por alguns minutos esfregando sua cabeça que doía por causa da pancada. Sentindo-se melhor, ela abre os olhos e encontra o olhar atordoado de Shaoran.

- Li!!!

- Sakura!!! – Os dois ouviram o barulho de uma porta se batendo. – Os intrusos! – A correria recomeça em vão. Os intrusos já haviam fugido. Cansados, os dois se sentam. Sakura estava com dificuldade para respirar. – Você está bem?

- Sim... Só... Estou... Cansada.

- Não me refiro a isso. Quero dizer, como foi a conversa com seu irmão?

- Ah...  Bem, nós fomos ao shopping e conversamos sobre... Tudo. Do passado, do presente e do futuro. Na verdade a gente falou bastante sobre o filho ou a filha dele que vai nascer. Depois a gente foi tomar um sorvete e ele me deu umas fotos e um livro.

- Fotos e um livro?

- É você sabe. Fotos dos meus pais e de mim quando era pequena. O livro... – Sakura parecia insegura.

- Não precisa me contar se não quiser. Eu entendo. É que fiquei preocupado. Seu irmão parecia muito sério quando vocês saíram, achei que tinha acontecido alguma coisa.

- Não, não é isso! É que não sei se vai acreditar em mim. É uma história meio doida.

- Acredite, conheço muitas histórias doidas. Nada que você me disser vai me surpreender.

- Está bem. Pra começar você precisa saber como cheguei aqui, quero dizer, como me tornei uma agente secreta.

- Eu já sei. A história da escavação e da seita, não é?

- Mas como você sabe?

- Não diz que eu te contei. Foi a Tomoyo. Mas eu e os meninos que a pressionamos pra contar. Não briga com ela, por favor.

- Não vou brigar... Sinto-me tão envergonhada por não ter contado antes. Me desculpa.

- Não precisa se desculpar, eu entendo. – O sorriso de Shaoran animou Sakura. Em retribuição ela também sorriu.

- Bem, eu sei que vai parecer loucura, mas meu irmão me disse que em certo dia, meu pai encontrou um livro dentro de uma das ruínas.  Só que esse livro estava envolvido em uma luz misteriosa. Perto dele tinha uma inscrição que dizia: Somente uma pessoa com grandes poderes e bons sentimentos terá o privilégio de ler os segredos que este livro mágico esconde. – Shaoran ficou nervoso. Agora ele não tinha mais duvidas que Sakura fosse a escolhida. “Se a seita ainda existir, ela pode estar correndo um grande perigo. Mas eu não vou permitir que alguma coisa aconteça a ela.” – Meu pai e os outros escavadores tentaram de tudo, mas ninguém conseguiu pegar o livro. Sempre que tentavam uma força misteriosa os empurravam para longe. Até que num dia mamãe e eu fomos às ruínas para falar com o meu pai. Você me conhece, sabe que sou curiosa. Eu vi aquela luz e segui em direção ao livro e, como num passe de mágica, a luz sumiu e o livro veio parar em minhas mãos. Mesmo assim ninguém conseguiu abrir-lo e meu pai não quis que eu tocasse nele novamente por que eu era muito pequena. Mas agora já tenho idade suficiente e por isso Toya devolveu o livro pra mim.

- E você conseguiu abrir o livro “The Clow”?

- Não tentei, estou com medo. – Sakura suspirou e Shaoran a abraçou delicadamente. Mas esse momento não durou muito, Sakura se afastou e perguntou. – Eu não disse o nome do livro. Como você sabe?

- Eu, eu... É que...

- E onde você foi hoje? Shaoran o que está acontecendo? Pode confiar em mim, me conta. – Shaoran estava na defensiva, ele ainda não tinha tomado uma decisão. Sakura esperava uma resposta, seus olhos fixos nos olhos de Shaoran. – Shaoran, por favor. Você não confia em mim?

- Não, não é isso! Eu confio. Você é a pessoa em quem mais confio no mundo inteiro. É só que...

- Então qual é o problema? Por que você não pode me contar? O que está escondendo de mim?

- Sakura, por favor. É que eu tenho medo que você faça uma loucura se eu te contar. Eu não me perdoaria se isso acontecesse e você se machucasse. – Sakura sorriu. Ela pegou as mãos de Shaoran com as suas, fazendo as bochechas dele corarem.

- Obrigada por se preocupar comigo. Você é um doce. Eu prometo que não vou fazer nenhuma loucura. Pode me contar. – Shaoran inspirou profundamente. Não tinha mais escapatória. Ele iria contar toda a verdade para Sakura.

- Tudo bem. A verdade é que eu não fui honesto com você. Eu sou descendente legitimo da família do Mago Clow.

- O que? Como assim? – Shaoran virou de costas e abaixou um pouco a sua camiseta, revelando uma marca em suas costas igual à insígnia do livro de Sakura. – Nossa. Isso explica como sabia o nome do livro. Mas por que achou que eu cometeria uma loucura por causa disso?

- Por que ainda tem mais. Quando Tomoyo contou sua historia, o nome do seu pai me soou familiar. Minha mãe, uma vez, se infiltrou na seita do Juízo Final para tentar acabar com ela, mas foi descoberta antes de atingir seu objetivo. Por isso eu fui falar com ela.

- Por isso saiu escondido? Pra falar com a sua mãe?

- Foi. Eu encontrei ela e as minhas irmãs num restaurante...

- Suas irmãs não estavam no exterior?   

- Estavam. Mas teve um terremoto e elas tiveram que voltar. Mas isso não é importante. Eu contei pra minha mãe sobre você, sobre a sua história, seus pais etc. e ela me falou uma coisa muito importante sobre o seu pai.     

- Sobre o meu pai? O que?

- Que ele está vivo. – Sakura ficou surpresa e confusa. Por um instante Shaoran pensou que ela tinha entrado em choque.

- Vivo? Mas como? O Toya disse que ele estava morto.

- O Toya disse que ele ficou para trás. Ele foi capturado e é um prisioneiro até hoje. Segundo a minha mãe estão tentando fazer com que ele conte onde está o livro “The Clow”.

- Mas se ele está vivo temos que salvá-lo. O que estamos fazendo aqui parados? – Sakura se levantou, mas foi interrompida por Shaoran que segurou seu braço e depois a puxou, forçando-a a se sentar novamente. 

- Sakura! Você prometeu que não iria fazer uma loucura, por favor. Não sabemos a localização de seu pai, nem temos um plano. Eu também estou preocupado com ele, mas não podemos sair no meio da madrugada sem saber o que fazer.

- Tem razão, mas é o meu pai. O que vamos fazer? Precisamos salvá-lo.

- E vamos. Só que teremos que esperar um pouquinho. Temos que arrumar informações e arquitetar um plano. Minha mãe já está procurando o novo esconderijo da seita e quando descobrir vai me avisar. Por favor, não se arrisque por enquanto. Não quero e nem vou permitir que alguma coisa aconteça com você.

- Shaoran... – Sua voz saiu como um sussurro e sua respiração, como a de Shaoran, começou a falhar. Lentamente, os seus rostos começaram a se aproximar e os seus olhos se fecharam.

- Por que aquela porta está aberta? Tenho certeza que a fechei. – Os dois se separaram rapidamente. Era Okashira e ele não estava sozinho.

- Talvez tenha sido o vento Okashira-san.

- Toya! – Disse Sakura num desesperado sussurro para Shaoran.

- Se eles nos pegarem, estamos fritos. Vamos sair daqui.

- Como Shaoran? Eles estão vindo pelo corredor.

- Vamos pular pela janela.

- Tá maluco? Estamos no segundo andar.

- Não se preocupe. Esqueceu que sou descendente do Mago Clow? Conheço alguns truques. Vem! – Os dois saltaram pela janela e pousaram delicadamente no chão. Shaoran fez com que um bolsão de ar amortecesse a queda. Eles correram e se esconderam atrás de alguns arbustos.

- Como fez aquilo?

- Eu disse que conhecia alguns truques. – Shaoran piscou. – Quando decidir abrir o livro, eu posso te ensinar. Vem, eu te levo até o seu quarto, já está tarde.

- Obrigada. – Shaoran e Sakura foram caminhando até o quarto de Sakura.

- Prontinho, já está entregue. É melhor você ir dormir agora, já são 4 horas da manhã.

- 4 horas? Teremos que acordar daqui à uma hora e meia.

- Não, amanhã é sábado. Podemos acordar mais tarde.

- Graças a Deus! Hehehe.

- É. Boa noite Sakura.

- Boa noite Li. – Shaoran começou a se afastar lentamente. Sakura suspirou e abriu a porta de seu quarto.

- Espera! – Disse Shaoran enquanto se aproximava novamente.

- O que foi?

- Esqueci uma coisa.

- O que?

- Isso. – Com um movimento rápido ele BEIJOU Sakura, que retribuiu. O beijo não durou mais do que 5 segundos. Os olhos de Sakura brilhavam e ela não conseguia parar de sorrir. Shaoran estava um pouco envergonhado, mas não conseguia disfarçar sua alegria. – Então, é... Boa noite.

- Boa noite. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ... Mandem reviews, please!
Beijinhus!



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