Secret Love escrita por Fun-chan


Capítulo 6
Mistério


Notas iniciais do capítulo

Revisado e postado! Espero que gostem...



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Cap. 6 – Mistério

            Dez minutos depois que Shaoran saiu Rioga e Eriol decidiram ir atrás dele, pra ter certeza que estava tudo bem. Meiling e Tomoyo ficaram esperando por eles na lanchonete, se perguntando o que poderia ter acontecido.

- Você acha que ele ficou preocupado com alguma coisa? – Disse Tomoyo.   

- Ele parecia muito preocupado. Mas com o quê?

- Não sei. Ele ficava olhando o tempo todo pra trás, como se tivesse alguma coisa em suas costas. Espero que esteja bem. – As duas amigas fecharam os olhos e ficaram paradas pensando.

            Nada fazia sentido. No entanto o barulho de passos apresados vindo em sua direção, fez com que as duas abrissem os olhos e despertassem de seus pensamentos. Eram Rioga e Eriol que estavam voltando para a mesa e pela cara deles alguma coisa tinha acontecido.

- Vocês já voltaram? Cadê o Li? Ele está bem? – Os dois se sentaram e Eriol falou.

- Não sabemos. Shaoran não estava no quarto. Ele saiu e nos deixou um bilhete. – Eriol pegou um pedaço de papel rasgado e amassado que estava em seu bolso e começou a ler o que estava escrito á lápis em uma letra quase ilegível. – “Tive que sair. Explico depois. Me dêem cobertura na hora do toque de recolher. Shaoran”    

- Como assim ele sumiu!? – Perguntou Meiling um pouco alto demais.

- Quem sumiu? – Os quatro adolescentes rapidamente olharam pro lado e viram Okashira que estava parado bem ao lado deles. Sem ter obtido um resposta ele tornou a perguntar. – Eu perguntei quem sumiu?

- Sumiu? Ninguém sumiu! Ou sumiu Okashira? – Rioga parecia tenso.

- Não sei. Foram vocês que estava falando de alguém que tinha sumido.

- Nós? Ahhh, nós estávamos falando de um programa que a gente assiste. È que o personagem principal desapareceu no último capítulo. O que está fazendo aqui? – Disse Meiling tentando mudar de assunto. Okashira levantou uma das sobrancelhas.

- O que VOCÊS estão fazendo aqui? Já está na hora de vocês dormirem. Um castigo por dia não é o suficiente? – Eles balançaram a cabeça em sinal de negativo e depois se curvaram pedindo desculpas. Okashira os observou e percebeu que alguma coisa estava faltando. – Onde está o Li? Ele saiu da aula com vocês, não saiu? – Os quatro se entreolharam e por fim foi Tomoyo quem respondeu.

- S... Sim, ele saiu da aula com agente. M... Mas estava muito cansado e por isso foi pro quarto se deitar. Por quê? O senhor quer falar com ele? A gente pode passar o recado.

- Não preciso. Só achei estranho ele ter ido dormir antes da Sakura ter... Deixa pra lá. Falando em Sakura, ela acabou de chegar. Acho que vai gostar de conversar com vocês antes de dormir. – Os quatro pareciam confusos com a última frase de Okashira. O barulho do portão se abrindo chamou a atenção de todos. De repente Toya e Sakura surgiram de trás deste. Toya olhou para Okashira seriamente enquanto Sakura mantinha os olhos fixos em seus pés. A cena estava estranha, Sakura parecia nervosa com alguma coisa. Os dois se aproximavam cada vez mais da mesa onde Tomoyo, Meiling, Rioga e Eriol estavam, até que pararam bem em frente deles. Sakura estava segurando uma sacola que continha dentro um livro vermelho com detalhes dourados e algumas fotos. Ela olhou para Toya, depois para Okashira e por fim para seus amigos que sorriam para ela, no entanto ela não conseguiu, mesmo se esforçando muito, sorrir de volta. – Está muito tarde pra você voltar para casa Toya. Por que não passa a noite aqui? Temos um quarto livre e pronto para você.

- Muito obrigado Okashira-san. Mas não quero lhe causar incomodo, vou alugar um quarto de hotel pra passar a noite e amanhã voltarei pra casa.

- Não será incomodo nenhum. Por favor, fique esta noite aqui. – Toya sorriu levemente e aceitou o convite. – Sakura, está tudo bem?

- Sim Okashira. Estou bem. – Ela o olhou nos olhos e depois voltou a encarar o chão. Sua voz estava baixa e desanimada. Okashira sabia que a conversa que tivera com Toya não tinha sido totalmente agradável, por tanto achou melhor agradar Sakura um pouquinho.

- Entendo. Acho que você gostaria de conversar com seus amigos a sós agora, não é mesmo? – Ela perecia surpresa por Okashira saber exatamente o que ela queria fazer, mas mesmo assim não respondeu, apenas o olhou rapidamente. – Muito bem. Vocês estão liberados do toque de recolher. Podem ficar aqui um pouco conversando, mas que fique claro que espero que vocês estejam de volta aos seus devidos dormitórios antes das 11 horas da noite, vocês concordam?

- Sim senhor! – Responderam todos ao mesmo tempo, sorrindo.

- Ótimo. Toya, por favor, me siga até o seu dormitório. Vamos deixá-los conversar em paz. – Toya concordou com Okashira e foi embora com ele depois de dar um beijo na testa de Sakura e se despedir de todos. Sakura sentou-se perto de suas amigas e antes que qualquer um pudesse perguntar ou dizer algo, a jovem de olhos esmeraldas, que já havia notado a falta um jovem em especial, perguntou:

- Onde está o Shaoran?

Li acabara de descer do ônibus quando avistou de longe o pequeno restaurante onde deveria encontrar sua mãe. Ele respirou fundo e seguiu em direção ao local marcado. No caminho notou que duas meninas, um pouco mais velhas que ele, conversavam sobre ele: “Ele é gato, mais podia se vestir de acordo com o local, né?” “Fala baixo! Acho que ele te ouviu”. Prestando mais atenção no restaurante do que nas meninas, ele percebeu que elas tinham razão. “Eu já devia saber disso. Afinal, foi minha mãe que escolheu o local.” Pensava Shaoran. O lugar não era cinco estrelas, mas um pouco mais sofisticado do que os normais. Todos os homens estavam vestidos de terno ou blazer e as mulheres usavam vestidos semi-longos. Shaoran estava vestindo uma calça jeans, tênis, uma camiseta regata branca e uma blusa cinza com capuz. Ele parou na frente do local, só que do outro lado da rua, e ficou observando por alguns minutos. Não demorou muito pra ele avistar sua mãe e suas quatro irmãs, a única mesa formada só por mulheres. “O que elas estão fazendo aqui? Porque eu estou sentindo que isso não vai acabar bem pro meu lado?” Ele deu um sorriso torto, colocou as mãos nos bolsos da blusa e caminhou até a entrada. O recepcionista, um homem alto e com alguns cabelos grisalhos, analisou-o por um instante e depois o impediu de prosseguir. Sem dizer nada e sem tirar as mãos de dentro dos bolsos, Shaoran fez um gesto com a cabeça indicando a mesa onde sua família se encontrava. O homem levantou uma sobrancelha ao ver que a mulher sentada na mesa permitira a entrada do jovem e, contra gosto, conduziu Li até a mesa. “Três, dois, um...”

- Ahhhh! Shaoran! Como você cresceu! Está tão lindo! Que saudades. Ahhh! Que fofo, ele ficou vermelho! Como ele é kawaii! – Gritavam suas irmãs ao mesmo tempo em que o abraçavam, apertavam as suas bochechas, faziam cafuné nele etc. Shaoran tentava afastá-las mais estava em numero menor. “Socorro!” pensava ele, até que sua mãe, com leve sorriso de alegria nos lábios, fez com que elas parassem.

- Meninas, por favor, já chega. Deixem o Shaoran respirar. – As quatro imediatamente voltaram para seus lugares deixando apenas uma cadeira vazia, onde Shaoran se sentou após se recompor do ataque das irmãs. – Como vai meu filho? Já faz tempo que não nos vemos.

- Estou bem, e a senhora? – Shaoran sempre demonstrou um grande respeito por sua mãe, por isso a chama de senhora, apesar de sua mãe parecer tão jovem quanto suas irmãs. – Um ano passa depressa, não é mesmo? – Ela balançou a cabeça concordando com ele. Mesmo não tendo dito nada e nem parecendo muito, Shaoran e sua mãe estavam muito felizes por se encontrarem após tanto tempo. Sorrindo, ele olhou para as irmãs e perguntou. – O que estão fazendo aqui? Achei que estavam estudando no exterior?    

- Nós estávamos! – Disse Fuutie.

- Mas tivemos que voltar. – Disse Shiefa.

- Teve um terremoto na semana passada. – Disse Fanrei.

- Nossas aulas foram suspensas por algum tempo. – Disse Fenmei. As quatro se entreolharam.

- Por isso estamos aqui! – Disseram elas ao mesmo tempo. “Elas continuam completando a frase uma da outra. Isso nunca vai mudar.” Pensou Li enquanto retribuía, sem jeito, o sorriso das irmãs. – Mamãe nos disse que mudou pra outra academia. Como é lá? – Perguntou Fanrei.

- É igual à antiga, só que tem mais meninas. – Respondeu ele. No entanto se arrependeu imediatamente de ter feito isso. Ele havia caído na armadilha das irmãs, conhecia muito bem o sorriso que estava estampado em cada um dos seus rostos.

- Meninas? Alguma em especial? Tipo, alguém que você goste mais? – Shaoran não respondeu, estava ocupado demais rezando pra que seu rosto não ficasse vermelho. No entanto o seu desejo não foi realizado. – Ah, ele ficou vermelho. Acho que a resposta é sim, não é? Qual o nome dela? Aposto que é bonita. Os dois devem ser uma gracinha juntos. Quando a gente vai conhecê-la? – Perguntas e mais perguntas foram jogadas em cima dele. Shaoran sentia-se sufocado. Sua mãe começou a rir de leve por causa do desespero do filho. Ela estava contente. Fazia tanto tempo que não reunia toda a família. E saber que o filho finalmente tinha encontrado alguém, só fez com que sua alegria aumentasse mais.

- Eu não disse que tinha! A Sakura é só minha parceira e...

- O nome dela é Sakura? Que lindo! Ela deve ser uma graçinha, já que conseguiu te conquistar. Aposto que você ainda não falou pra ela sobre os seus sentimentos. Você tem que agir logo... – As quatro se aproximavam cada vez mais do irmão e Shaoran começou a se encolher em sua cadeira, escorregando cada vez mais pra de baixo da mesa.

- Tá bom, meninas. Já chega. Shaoran tem um assunto importante pra conversar com a gente. Além do mais, ele não pode ficar muito tempo já que saiu sem autorização. – Ela piscou para Shaoran que parecia aliviado pelo questionário ter acabado. Suas irmãs cruzaram os braços e fizeram um biquinho como forma de protesto. Ignorando as filhas, ela se aproximou mais da mesa e falou baixo, o suficiente para Shaoran e suas irmãs ouvirem. – Fiquei preocupada quando você me ligou. O que descobriu sobre o mago Clow?

            Estava ficando cada vez mais frio, nuvens se formavam no céu, indicando que logo iria chover. O silencio predominava em toda a academia. Já era quase 1h da manhã e todos já tinham dormido, todos exceto Sakura. Ela continuava acordada, rolando de um lado pro outro em sua cama, preocupada, pois, Shaoran ainda não tinha chego. Ela continuava se perguntando o que poderia ter acontecido, “Porque ele teve que sair? Porque está demorando tanto? Será que aconteceu alguma coisa?”, pensava Sakura, aflita. Olhando para o relógio pela milésima vez e vendo que havia se passado somente cinco minutos. Sakura se levantou e foi andando até a estante, bem devagarzinho para não acordar suas amigas. Ela pegou o livro vermelho, que trousse de seu passeio com Toya, e uma pequena lanterna. Depois que voltou para sua cama, ela usou o cobertor para fazer uma cabana e ligou a lanterna. Mesmo não sabendo o porquê, Sakura sentia que as respostas para as suas perguntas estavam contidas naquele livro, o livro que seu irmão lhe deu. Com os olhos fixos na capa naquele misterioso livro, Sakura começou a lembrar da conversa que teve com Toya.

FLASHBACK

            Estava um dia lindo. O sol brilhava muito e o clima estava abafado. Depois de andar pelo shopping comprando coisas para Sakura e seu (a) futuro (a) filho (a), Toya levou Sakura para uma calma e linda sorveteria. A garçonete se aproximou e perguntou o que eles desejavam, dando uma piscadinha com o olho esquerdo para Toya, que em resposta, apontou para as fotos, referentes aos seus pedidos, no cardápio com a mão em que utilizava sua aliança de casamento. Desapontada, a garçonete trousse os pedidos e se retirou. Enquanto Toya apenas tomava uma xícara de café, Sakura se deliciava com uma taça de sorvete de três sabores diferentes.

- Você gostou?

- Sim!!! Está uma delicia. Muito obrigada Toya. – Sakura sorri para o irmão, que de repente tinha ficado sério. – O que aconteceu? – Toya não respondeu, apenas pegou em sua mochila uma sacola e a entregou para Sakura. – O que é isso? Um livro? E fotos?

- Você não reconhece essas fotos? Essa menina é você, uma semana depois de chegar à academia.

- Essa sou eu? – Sakura sorriu. – Quem é essa menina? – Ela apontava para uma garotinha de cabelos rosados e olhos azuis com quem ela estava abraçada.

- O nome dela era Misty. Era sua melhor amiga. Você chorou por dias depois que ela foi embora. – Sakura pareceu surpresa com a foto seguinte. Nela havia um homem e uma mulher abraçados e sorrindo com felicidade, os dois eram jovens e muito bonitos. – Esses eram os seus pais. – Os olhos de Sakura se encheram de água e uma lagrima de felicidade escorreu pelo seu rosto.

- Eles eram tão bonitos. – Então ela pegou o livro nas mãos e o observou delicadamente. Ele era todo vermelho e possuía uma insígnia do Sol e da Lua desenhada com um tom de amarelo bem no centro da capa. – “The Clow”. O que isso significa?

- Esse livro estava enterrado em uma das ruínas em que seu pai estava trabalhando. Preste atenção na historia que vou te contar por que ela é importante. – Sakura parecia chocada e ao mesmo tempo intrigada. Deixando o sorvete de lado, ela escutou o que Toya tinha a dizer com cuidado. – Tudo começou quando...

FIM DO FLASHBACK

Um barulho estranho fez com que Sakura acordasse de seus pensamentos. Ela olhou para o relógio, já eram quase 2 horas da manhã. Sakura levou outro susto e percebeu que alguém estava jogando pedrinhas na sua janela. Mas quem seria?


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews!! :)



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