A Substituta escrita por Gabrielli_Fig


Capítulo 2
O1




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Finalmente Edward chegara a casa de seus Pais na pequena cidade. Estava exausto, mas não dormira no avião e muito menos no carro. Foi o primeiro a descer e já pegou suas malas. Seus pais ficaram para trás observando o filho e Edward nem ouvira o que Carlisle comentou para Esme:

– Não vai ser fácil – O pai do rapaz suspirou – Nem um pouco.

Esme abraçou o marido e esfregou as costas dele tentando confortá-lo, pois era o abismo ver seu único menino sofrendo daquela forma.

– Nós iremos conseguir – disse Esme com um meio sorriso – Tenho fé nisso.

Carlisle engoliu em seco, encheu o peito de ar e disse:

– Nós temos que ter por ele minha querida.

E então foram em direção à casa que há dois meses era com certeza o lar mais triste de toda Forks.

Já no corredor em frente à porta de seu quarto Edward respirou fundo antes de abrir, pois sabia que aquele lugar lhe traria mais lembranças do que na casa que ele morava com Tanya há um ano antes de sua morte. Ele havia namorado com Tanya desde os dezessete anos e se casaram no começo do ano passado. Ambos estavam voltando da comemoração de um ano de casamento quando aquela caminhonete entrou na frente deles e mudou totalmente o curso da vida de ambos, principalmente o de Tanya.

Logo que abriu a porta colocou as malas no chão e foi direto a cabeceira que tinha ao lado de sua cama. Lá estava um abajur e um porta retrato médio com a foto de Edward e Tanya no dia do casamento deles.

Ele se sentou na cama e pegou o porta retratos olhando fixamente e por um breve momento um meio sorriso apareceu em seu rosto. Passou seu dedo indicador no porta retrato, mas somente na parte da foto que estava a imagem de Tanya, começou por suas feições que estavam explodindo de tanta alegria e foi até a calda enorme de seu vestido.

– Como eu sinto sua falta – Edward suspirou – Como eu queria você aqui.

– Ed?

Olhou para a porta do quarto e encontrou quem ele mais queria ver naquele momento. Aquele corpo pequeno – que se ele pudesse esmagaria com os seus músculos – com aqueles cabelos negros encaracolados que batiam na cintura e aquele sorriso acolhedor.
Alice, sua irmã mais nova sempre chegava quando ele precisava dela.

– Ali – ele sorriu alegremente e foi até ela a receber com um abraço apertado – Senti sua falta.

Alice só não retribuiu o abraço como pulou nele passando as pernas em torno de sua cintura.

– Eu também meu ursão – Alice sorriu – Não tem idéia como eu senti sua falta.

Passaram um bom tempo conversando.

Alice estava estudando moda em Paris e chegara a Forks durante a madrugada. A última vez que tinha visto seu irmão tinha sido no casamento dele e de Tanya há um ano e dois meses atrás. Ele estava tão feliz, e ver ele triste daquela forma acabava com Alice, mas ela não podia fazer nada a não ser tentar animá-lo.

Agora ela estava arrumando o guarda-roupa de Edward, mal deixava o mesmo tocar em nada.

– Se depender do Senhor, você enfia tudo na gaveta amassada, nem vê se está suja ou não – reclamou Alice enquanto Edward ria – E nem dê risada – A pequena menina fez uma careta ao pegar uma blusa que estava com a manga rasgada – Minha Nossa Senhora das Grifes, você usa isso?

– É proveitosa no inverno – Edward sorriu – Gosto dela.

– Você tem que jogar metade dessas roupas fora.

– A Tanya disse que ia fazer isso um dia escondida de mim – ele sorriu e Alice olhou tristemente para ele – Desculpe – logo disse rapidamente e abaixou a cabeça.

– Você não tem que se desculpar – Alice sentou ao lado dele – É muito recente e você vai lembrar muito dela ainda.

– Eu sei.

Edward abaixou a cabeça e colocou uma das mãos da perna de Alice.

– Eu prometi à mamãe que vai ficar tudo bem – Ele negou com a cabeça – Mas eu não sinto que vá.

 – É claro que vai ficar tudo bem – Alice levantou a cabeça de seu irmão – Edward você só tem vinte cinco anos. Merece viver e ser feliz.

– Ela tinha vinte três, Alice – retrucou – Ela merecia mais do que eu.

– Por favor, não me diga que você acha que a culpa é sua...

– Mas é Alice – Edward levantou – Eu estava dirigindo a merda daquele carro.

– Não é culpa de ninguém – Alice disse levantando e ficando na frente do irmão – Se tem algum culpado, com certeza é o dono daquela caminhonete...

– Você quer dizer o culpado que a gente não conseguiu encontrar?

– Só não se culpe – implorou Alice – Por favor, Ed...

– Vai ser uma tentativa, mas não garanto que vai ter algum sucesso.

Alice sentou na cama novamente e bateu em sua própria coxa.

– Põe a cabeça aqui – Alice pediu e ele sorriu para a irmã – Aposto que está com saudades da meu cafuné.

– Estou morrendo de saudades.

A menina sorriu para o seu irmão, Edward sentou no chão, encostou a cabeça na perna da irmã e ela começou a mexer nos cabelos acobreados e totalmente lisos.

Então, Alice pela primeira vez agradeceu por aquele curso em Paris ter acabado e ela estar de volta a Forks. Pois aqui ela podia ajudar o segundo homem que ela mais amava e admirava em sua vida, passar pelo momento mais difícil que ele enfrentava.

* * *


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