Percy Jackson e a Espada Lendária escrita por MandyLove


Capítulo 4
03 – Minha Irmã Quer Matar Meu “Filho”?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal...
Hoje eu não estou lá muito bem não, meu humor esta péssimo depois que eu li uma coisa que eu achei o O do boro godo. Mais em enfim, não vou descontar meu mal humor em quem não merece...
Espero que gostem do capitulo... Enjoy...



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– Minha irmã? – perguntei chocado virando Annabeth de frente para mim. – Como isso é possível?

Meu pai quebrou o juramento de novo? Mais aquela mulher parecia mais velha do que eu, se ela fosse minha irmã ela seria a pessoa da profecia e não eu. Cara isso é muito confuso.

Annabeth mordeu o lábio inferior pensando na melhor forma de me contar.

– Bem ela é sim sua irmã e ela também é um monstro. – pensei em falar alguma coisa mais Annabeth me lançou a aquele olhar “se me interromper vai para o Tártaro”, fiquei quietinho. – O nome dela é Lâmia.

– Já ouvi esse nome em algum lugar. – pensei em voz alta, achei que Annabeth fosse me jogar no Tártaro mais ela só assentiu.

– Talvez. Antigamente usavam a historia de Lâmia para assustar criancinhas. – contou Annabeth e vi ela se arrepiar. Engoli em seco.

– Porque, para assustar criancinhas? – perguntei temendo a resposta.

– Bom, primeiro deixa eu te contar a historia dela. – assenti. – Lâmia era uma rainha da Libia, filha de Poseidon e amante de Zeus, de quem concebeu muitos filhos.

Puxa, ela era, ou é, minha irmã e ainda por cima foi amante de Zeus? E teve filhos pra caramba com ele? Hera não deve ter gostado disso nem um pouco.

– E não gostou. – disse Annabeth.

– Sabe, às vezes é constrangedor você ficar lendo meus pensamentos. – falei emburrado.

– Desculpa. – disse ela e me deu um selinho. – É mais forte que eu saber o que se passa nessa sua cabeça de alga.

– Tudo bem, mais para. – falei e ela assentiu. – Continua o que estava falando da minha “irmã”. – completei irônico e Annabeth riu.

– Bom, Hera não gostou disso e movida por um ciúmes monstruoso matou todos os filhos que Lâmia concebeu ao nascerem.

– Putz. – soltei sem querer e Annabeth deu um soco no meu braço.

– Isso não foi o pior que Hera fez a ela. – disse Annabeth com o semblante serio. Engoli em seco. – Hera a transformou em um monstro e para tortura-la ainda mais Hera a condenou a nunca mais poder fechar os olhos, para que assim ela ficasse obcecada com as imagens de seus filhos mortos.

– Caraca. – foi tudo que consegui dizer.

– Caraca mesmo. – concordou Annabeth.

– Zeus não fez nada por ela? Tipo nada, nada mesmo?

– Fez sim. Ele deu o dom para que ela pudesse fechar os olhos de vez em quando para descansar. – disse Annabeth sorrindo ironicamente.

– Isso foi... – pensei em alguma coisa antes de falar. – Generoso?

O que eu queria dizer realmente é que foi monstruoso tudo que a Lâmia passou. Uma Deusa mata todos os seus filhos e lhe transforma em um monstro que não pode fechar os olhos e a única forma de piedade que dão para ela é poder fechar os olhos de vez em quando.

– Não sinta pena dela. – disse Annabeth e eu fechei a cara. – Não li seus pensamentos, só suas expressões.

– Ok, mais porque tudo isso? Ainda não entendi aonde quer chegar na parte de assustar criancinhas. – falei olhando para a escada pensando em Damon.

– Essa só foi uma parte da historia de Lâmia, a parte em que ela sofreu. Agora vem a parte em que muitas mães sofreram e sofrem até hoje. – disse Annabeth com a voz parecendo sinistra.

– Sabe, esse tom de voz que você esta usando, esta me dando medo. – Annabeth só riu de mim, mais um sorriso vazio.

– Pois bem, Lâmia ficou com inveja das outras mães por poderem ficar com seus filhos. Então Lâmia começou a passar noite e dia sem dormir espreitando as crianças e quando tinha oportunidade as devoravas.

– Ok. Ela é monstro muito, muito, muito mau. – falei sentindo um arrepio passar pelo meu corpo. – Você ache que ela queria de... Devorar o Damon? – perguntei sentindo um aperto forte no meu coração só de falar isso.

– Eu não sei e estou com medo de saber. – falou Annabeth com a voz embargada. A abracei com força.

Saber dessa historia e ver Lâmia na minha frente só fez com que eu ficasse com mais medo dela ainda. Eu não vou deixar ela fazer nada de mal com meu filho. Bom, eu sei que Damon não é meu filho mais eu considero ele como um, então fim de papo.

– Oque ela quer realmente aqui? – perguntei pra mim mesmo temendo o pior lembrando do sonho que tive com a volta de Luke, o que Anfitrite disse e se Lâmia tinha alguma coisa haver com isso.

Um choro de bebê fez nos dois levantarmos num pulo do sofá. Annabeth estava com ambas as mãos em cima do coração, podia jurar estar escutando o coração dela bater, mais talvez seja só o meu que também estava acelerado.

– Vamos. – falei pegando a mão dela. – Esse menino tem uns pulmões e tanto, não quero ficar surdo tão jovem assim.

– Nem eu. – disse Annabeth e nos dois rimos descontraindo a situação indo em direção ao quarto de Damon.

Annabeth abriu a porta devagar já ascendendo a luz e foi até o berço de Damon, que se contorcia de tanto chorar. Chacoalhei um pouco a cabeça, Damon chora muito alto, e olhei em volta do quarto dele.

Paredes pintadas em azul claro. Do lado esquerdo do quarto uma prateleira pequena com diversos livros infantis, uma cômoda em baixo da prateleira e do lado da cômoda uma porta que da para o banheiro do quarto. Pois é, quarto do Damon é uma suíte.

No centro tem uma janela, que tem uma vista ótima, embaixo da janela estão os baús que contem os brinquedos de Damon. Do lado direito esta o berço e um pequeno guarda-roupa, um puff azul de um lugar estava encostado na parede. O teto é todo pintado de azul escuro com estrelas e algumas nuvens com raios, exigência de Zeus.

Nem tinha reparado que Damon não estava chorando mais até que mãozinhas tocaram meu pulso e foi subindo e quando achou a manga da minha camisa puxou pra baixo chamando minha atenção. Olhei para o lado e Damon estava com uma cara de aborrecido e fazia biquinho, ele sempre fazia isso quando não escutávamos ele.

– Ecuta. – disse ele e Annabeth passou ele pra mim, peguei ele no colo e fiquei olhando para ele. – Ome.

– Vou preparar uma comidinha para ele e...

“E então de repente ele chega arrebatador. São dois olhos verdes e um sorriso avassalador” – Annabeth não terminou de falar, pois seu celular tocou e essa musica, o refrão, é o toque dela, isso vocês notaram.

Esse refrão é da musica Dois Olhos Verdes de uma banda brasileira chamada RPM e Annabeth ama essa musica. Eu adoro também, pois Annabeth traduziu a musica para mim. Fala serio, essa musica fala muito de mim e da minha Sabidinha.

– Alô. – Annabeth atende o telefone e rola os olhos com o que quer que a outra pessoa tenha falado. – Te ligo daqui a pouco. Tchau.

– Em? – perguntou Damon com os olhos arregalados de curiosidade.

Conviver com Annabeth, além de te deixar mais inteligente, também te deixa mais curioso. Coisas típicas de filhos de Atena que podem ser contagiosas.

– Anthony. – disse Annabeth para Damon que abriu um sorriso.

– Arinha xunior. – disse Damon fazendo Annabeth e eu rirmos.

Tudo que se relaciona a Ashley e a Anthony Damon sempre cita Nico. O mais legal é quando Damon faz isso quando Nico e Ashley estão por perto, isso sempre faz o Nico e a Ashley ficarem mais vermelhos que um pimentão.

– Pois é, o futuro sogro de Caveirinha Junior. – falou Annabeth sorrindo.

– Isso se o Nico tiver coragem de se declarar para a Ashley. – falei rindo me lembrando das muitas vezes que ele tentou se declarar, sem sucesso, para Ashley.

– Não seja mal com o Nico. – falou Annabeth dando um tapa de leve no meu ombro. – Um dia ele consegue se declarar.

– Ou a Ashley se cansa e termina logo com tudo isso. – falei e depois chacoalhei a cabeça. – Melhor não, se ela cansar quer dizer que Marvin ganhou do Nico.

– Verdade. – disse Annabeth. – Marvin é meu amigo e meio-irmão, mais eu prefiro a Ashley com o Nico.

– Concordo. – falei dando um beijo na testa de Damon. – Ele é nosso amigo, mais não dá para negar o que esta acontecendo com o Nico e a Ashley.

– Ome. – disse, gritou, Damon chamando nossa atenção.

– Desculpa. – disse Annabeth dando um beijo na testa de Damon. – Vou lá e já volto. Fiquem aqui e não façam bagunça.

Assim Annabeth saiu apressada do quarto. Peguei um dos brinquedinhos, uma águia de pelúcia, de Damon e entreguei a ele. Sentei no puff e fiquei olhando para Damon brincar com seu brinquedo.

Será que minha adorada irmã, olha o sarcasmo, quer mesmo devorar o Damon? Ela esta aqui por vontade própria? Ou alguém mandou ela aqui?

Seja lá qual forem as respostas para essas perguntas de uma coisa eu tenho certeza é que não vou deixar nada acontecer ao Damon. Ele é meu “filho”, de criação, e vou protege-lo.

Fiquei lembrando de tudo que aconteceu desde que eu decidi ajudar Annabeth a cuidar do Damon.

Todas as vezes que ele chorava de noite. As trocas de fraldas, que são muito engraçadas quando Nico e eu ficamos sozinhos tomando conta dele. Quando ele aprendeu a falar e sua primeira palavra foi me chamar de “papa”.

Tudo. Fiquei ali lembrando de tudo até que a porta do quarto se  abriu. Olhei para a porta esperando ver Annabeth e me deparo com uma punk caçadora.

– Thalia. – falei surpreso.

– Mana. – disse Damon soltando seu brinquedo e esticando os braços para Thalia. Desde que Damon aprendeu a falar ele chama Thalia de mana, o que foi a própria Thalia que pedia para ele falar assim e dai ficou desse jeito mesmo.

Thalia sempre que pode vem visitar a gente. Damon adora quando a meia-irmã vem nós visitar, os dois se dão muito bem, mais quero ver quando Damon crescer se eles vão se dar tão bem assim. A única pessoa que se da bem com a Thalia, sem ter chance de apanhar, é a Annabeth.

– Oi mini raio. – disse Thalia pegando Damon do meu colo.

– Ome. – disse Damon fazendo biquinho.

– Esse Cabeça de Alga não te deu comida? – falou Thalia e me lançou um olhar mortal. Começou esse negocio de dar olhar mortal pra mim.

– Ei. Ele acabou de acordar. – me justifiquei. – Não vai dar um oi pra mim não?

– Não. – disse ela sorrindo marotamente. – Vamos a Annie disse para a gente ir lá em baixo.

Thalia sai do quarto sem mais nem menos me deixando sozinho. Que garota mais folgada essa hein. Apaguei a luz do quarto e desci. As meninas estavam sentadas em volta da bancada, na cozinha.

Annabeth estava dando uma papinha para Damon enquanto que Thalia estava devorando um sanduiche de sei lá com o que dentro.

– A que devemos a honra de sua visita, Thalia? – perguntei me sentando do lado de Annabeth.

– Nada. Só vim trazer o presente do meu irmãozinho. – respondeu Thalia e Damon olhou para ela sorrindo.

– Pa mi. – falou ele com a boca suja de papinha arrancando risos de todos.

– Sim. Pra você. Mais vai ter que terminar de comer primeiro. – disse Thalia e Damon nem esperou e pediu para Annabeth dar mais papinha pra ele.

Damon logo terminou de comer e Thalia pegou ele e o levou para a sala falando coisa sem nexos como um bebê. Um dia ainda vou entender porque as pessoas falam que nem bebês perto de bebês. O mais incrível é Thalia falar assim sem ser para debochar de alguém.

Para bebês aprenderem a falar direito o certo não é falar corretamente e não imitá-los? Vai entender esse povo.

Esperei um pouco até dar tempo de Thalia chegar à sala e me virei para Annabeth que estava com o semblante muito serio.

– O que Thalia veio fazer aqui? – perguntei preocupado.

Eu sabia que Thalia não veria aqui somente para entregar um presente para Damon, não que ela não fosse uma irmã legal. Não, longe disso ela se dá muito bem com o Damon o caso é que eu sinto que ela não veio aqui só para isso.

– Ártemis disse pra Thalia que um monstro poderoso estava andando por Nova York. – disse Annabeth e me abraçou encostando sua cabeça em meu ombro. – E ela pediu para Thalia avisar a gente.

– Ela não disse que monstro é esse? – perguntei e Annabeth negou com a cabeça. – Acha que é Lâmia?

– Nada de nomes, Percy. – relhou comigo. – Se for ela, garanto que eu mesma a mando para o Tártaro. – disse Annabeth ferozmente.

Abracei Annabeth com mais força e lhe dei um beijo na testa. Compreendo o que Annabeth está sentindo. Assim como eu me considero um pai para o Damon, Annabeth se considera a mãe dele.

Isso me dá medo. Sinto medo que quando Damon crescer e contarmos para ele a verdade ele prefira Zeus do que a mim. Isso faz algum sentido? Eu não sei, mais sei que tenho medo quando esse dia chegar.

Annabeth não vai passar por isso já que a mãe biológica dele está... Nossa, só passamos um dia com a Shapira e ela faz falta. Ela era uma mulher e tanto, não nesse sentido, quero dizer uma mulher legal.

Chacoalhei a cabeça dissipando tais pensamentos quando vi Thalia voltando e se sentando na bancada.

– Mama. Oia. – disse Damon animado chacoalhando uma correntinha com um pingente em forma de um raio.

– Que lindo. – disse Annabeth pegando no pingente e depois ela arqueou uma sobrancelha para Thalia perguntando alguma coisa.

– Foi ideia dele. – falou Thalia apontando para cima. – Isso vai ajudar em alguma coisa.

– Zeus. – sussurrei me sentindo mal... Mal não, enciumado.

– Ah que coisa. – disse Annabeth olhando para seu relógio de pulso. – Já volto vou ligar para o Anthony antes que fique mais tarde ainda.

Annabeth nem esperou qualquer coisa que fossemos fazer e sai indo para o escritório dela, que na verdade parece mais uma segunda biblioteca no apartamento mais isso não vem ao caso agora.

Depois que Annabeth saiu Thalia brincou um pouco com Damon e depois disse que ia dormir e foi para quarto de hospedes.

Como fiquei sozinho com Damon o levei para o quarto dele. Limpei ele, troquei a fralda e a roupa dele e fiquei lá até ele dormir. Fui para o meu quarto e o da Annabeth e tomei um banho. Coloquei somente uma bermuda e deitei na cama. Eu estava me cobrindo com um lençol, estava calor, quando Annabeth apareceu no quarto.

Ela não falou nada só pegou seu pijama e foi para o banheiro. Voltou alguns minutos depois e se deitou ao meu lado. Annabeth parecia muito cansada, ela só me deu um beijo de boa noite e logo dormiu tranquilamente. Quando dormi sonhei e esse sonho não foi nada legal.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Reviews?
Sabe, eu queria que tivesse mais fics que fossem fiel a personalidade de cada personagem. Reparei que tem poucas, pouquíssimas, fics que são fieis a isso. Não que eu esteja criticando, nem nada, eu só queria que tivesse mais fics fieis a personalidade de cada um.
Exatamente por que eu quero manter a fidelidade em cada personagem que a R... (Não vem que não tem, eu ODEIO ela, não importa que ela seja amiga da Annabeth agora nos livros do tio Rick) não esta no Mundo Inferior sofrendo.
Porque se fosse por mim e o tanto que eu gosto dela, olha o sarcasmo, pobre coitada... Mais eu nem sei porque eu estou falando isso mesmo?
Bom, muito obrigada a quem leu o capitulo... Bjs ^.^