Seriam apenas Palavras escrita por Nata_haruno


Capítulo 6
Sem Saída


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos!! =D



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Ele disse para nós encontrarmos às 19h30min na frente do parque. Já são 19h45min e ninguém apareceu na frente desse maldito parque. Aonde aqueles infelizes foram se meter? Odiava esperar e por isso minha paciência já havia se esgotado, eu podia até sentir a ondas de ódio saindo por meu corpo. As pessoas parecem que também sentiam, pois se afastavam de mim com medo.

Droga!! Se eles não aparecerem em 5min eu vou matar o dobe.

Ouvi uma risada alta e logo detectei ser do idiota loiro. Olhei raivosamente pro dobe, mas essa raiva logo se dissipou assim que a vi. Ela estava linda sorrindo. Fiquei feliz em vê-la sorrindo, queria que ela sempre continuasse rindo assim, que nada a atingisse. Eu queria pode proteger aquele sorriso eternamente, mas como se eu era principal motivo de suas lágrimas?

De repente esqueci da demora deles chegarem, minha mente apenas divagava nas palavras de Naruto

-...Você primeiro vai ter que fechar o rombo que fez no coração dela...

Como eu iria fazer isso? Eu não posso simplesmente colocar cimento e fechar. Também não tem como eu criar um novo jutso fecha coração apaixonado.

Eles se aproximaram e até o momento a rosada não tinha me visto, estava concentrada demais conversando com Ino e Tenten.

-Oi Teme! – o loiro falou todo alegre. Parece que o dia foi bom pra ele. Olhei pra rosada e vi que ela me olhava triste e com raiva. Quando viu que eu a estava olhando virou o rosto e continuou a conversar com as amigas, mas dessa vez sem o sorriso no rosto.

-Que milagre, Sasuke se reunir com os plebeus. – Kiba tinha que falar besteira. O ignorei completamente.

-Não seja problemático Kiba. – Shikamaru como sempre estava com cara de sono.

-Menos meninos. Viemos para nos divertir e é isso que vamos fazer. – Ino como sempre escandalosa. Falaram mais alguma coisa que para mim era irrelevante e seguimos em direção ao bendito parque. Meia hora atrasados, devo ressaltar.

Desde a hora que chegamos até agora fui ignorado completamente por ela. Tentei me aproximar, mas ela me repelia como se eu tivesse sujo, fedendo a algo. Já eram 21h17min quando Naruto me puxou.

-O que está esperando pra falar com ela?

-Ela não deixa eu me aproximar. – minha voz saiu defensiva.

-E o que você esperava? Que ela chegasse: Meu Sasuke-kun, eu te perdoou – ele falou tentado imitar a voz da rosada, o que foi ridículo. – Fala sério Sasuke, óbvio que ela está te ignorando depois de tudo. É você que tem que se aproximar, é você que tem que pedir desculpas. Não se esqueça disso.

Foi embora e me deixou sozinho com a bomba na mão. Cadê os amigos numa hora dessas? O problema eu sei qual é, eu quero é a solução Naruto. Bufei irritado. Como eu iria me aproximar dela? Ela ficava grudada com as amigas e toda vez que eu me aproximava puxava-as para algum lugar longe de mim. Bufei novamente levando a mão ao cabelo e o bagunçando.

Olhei novamente pro meu alvo rosa, que agora estava rindo de qualquer besteira que Ino contará, e vi que se eu não tomasse logo uma atitude aquele maldito pesadelo poderia se tornar realidade. A vi se distanciar do grupo feminino e ir comprar algo. Era minha chance.

Apressei o passo, quase correndo, e me aproximei dela antes que essa chegasse na barraca de algodão-doce. Envolvi minha mão no seu pulso e a puxei. Ela assim que percebeu o que acontecia mandou-me soltá-la, coisa que claro, não fiz. Ela falou algo sobre gritar, mas não dei atenção. Entrei numa praça meio escura por causa da iluminação precária, puxei seu corpo com um pouco de força, mas sem machucá-la, e a prensei numa árvore que tinha perto.

-Você está louco? – sua voz soou irritada. Apoei um de meus braços na árvore e me aproximei dela. Ela corou na hora com a aproximação, o que me fez rir por dentro. – O que pensa que está fazendo?

- Aquilo que eu falei no hospital... – merda Sasuke, você não vai travar agora, não é?  Respirei fundo. – Eu falei algumas merdas no hospital...

-É, falou. Mas não é comigo que você deve falar, é sim com o Saito-kun. – que merda de Saito-kun é esse? Respirei novamente bem fundo, tentando não estourar de ciúmes da frente dela novamente.

-Ele não presta. – ela me olhou mortalmente, olhar que foi retribuído. Eu odiava o mosquito ruivo, principalmente quando ela o defendia.

-Se continua com o mesmo pensamento de antes, então por que veio falar comigo?

-Por que não é sobre ele que eu vim falar. – ela me olhou atentamente – Eu quero... – coragem, cadê você? – Eu quero... – respirei fundo - Pedir desculpas pelo que eu disse antes. Sobre nunca-

-Não se preocupe. -  ela olhou chorona pra mim e logo após desviou o olhar. Tentou sair, mas eu fui mais rápido e a prendi. – Me solte Sasuke!

-Não. Você diz para eu não me preocupar, mas não quer nem olhar na minha cara.

- Eu já disse pra não se preocupar. – falou sem ainda olhar no meu rosto

- Então olha para mim. – pedi vendo o tempo passar e ela não atender o meu pedido. - Eu estou pedindo desculpas, sabe o quanto isso é difícil pra mim?

-Claro, claro. Uchiha Sasuke nunca pede desculpas por ser superior a todos nós, meros mortais. – falou irônica. – Acha que é só isso? Fala o que quer, na hora que quer e do jeito que quer e depois é só pedir desculpas e tá tudo resolvido? Cresce Sasuke!

-Eu sei que fiz errado, mas eu estou pedindo desculpas. – eu meio que implorei, o que foi ridículo. Mas o que eu podia fazer? Eu estava com medo de perdê-la pro mosquito e pra qualquer outro ser do sexo oposto.

-Estou farta desse seu jeito frio, arrogante e insensível Sasuke. Cansei de sempre procurar um jeito de te entender.

-Nunca pedi para você me entender Sakura. Essa é a primeira vez que estou rompendo meu orgulho pra te pedir desculpas.

-Do que adianta eu te perdoar? Você vai fazer a mesma coisa de novo, e depois de novo e de novo. – sua voz era falha e soava triste. Pergunto-me o quanto já a fiz sofrer para que sua voz soasse em vida.

A verdade é que nunca fiz nada pela rosada. Mesmo me preocupando com ela, sempre a deixei de lado. Na verdade, sempre me coloquei em primeiro lugar em tudo.

-É por isso que não o perdôo. – e no fim todos os meus atos impensados acabaram surtindo efeito. Eu não tinha palavras para descrever o que sentia no momento. A sensação de ter magoado tanto alguém que você gosta estava sendo horrível. Queria me redimir de novo, mas eu não sabia como o fazer. Já havia pedido desculpas, mas não havia dado certo.

Ela forçou uma saída e eu a deixei ir. Não podia a prender ali pra sempre. Já havia conseguido minha resposta, mesmo não sendo a que eu queria.

E a noite passou. Não encontrei de novo o grupo com o qual entrei no parque. Tudo que eu tinha pra fazer nessa noite já tinha feito, e feito errado.


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