Seriam apenas Palavras escrita por Nata_haruno


Capítulo 5
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



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Essa noite não tive sonhos pervertido, mas como poderia? Aquelas lágrimas que banhavam seu rosto só poderiam causar-me pesadelos. Na minha imaginação noturna a vi rindo, mas eu não era o motivo de sua felicidade, era ele. O mosquito ruivo. Ela ria com alguma coisa que ele dizia.

Estavam sentados num banco de praça em pleno entardecer. O céu alaranjado, com uma brisa aconchegante e o som dos pássaros. Era tudo enjoativo, como se algo tivesse fora do lugar. E eu sabia o que era. Não era ele que devia estar ali, era eu. Eu que devia está a fazendo rir, eu que deveria fazer seus olhos brilharem daquele jeito. Ela era minha. Não era simplesmente possessão, mas eu sentia isso.

Ele se aproximou dela e com uma de suas mãos no rosto a beijou.

Não senti raiva naquela hora, pelo menos não dele. Apenas um sentimento de perda assombrou meu coração. Algo me dizia que tudo aquilo era minha culpa, eu havia dado meu bem mais precioso a ele.

Saltei da cama. Sabe aquela sensação de que você está fazendo tudo errado e não sabe como fazer o certo? Não era como se eu pudesse chegar na cara dela e dizer: Desculpa ai pelo que disse, tá gata? Eu tava doidão por causa do ciúme, entende? Agora que você me perdoou, vamos dá um rolé ali no bequinho?

Nunca e hipótese nenhuma isso daria certo. Tá certo que eu nunca, vou repetir, nunca falaria assim. Tem coisas que apenas guardo em pensamento, seria catastrófico pra minha imagem de vilão fazer isso.

Então o que fazer? Não posso deixar aquele sonho virar realidade. Mas não sou bom com palavras amorosas, muito menos com jeitos amorosos. Então o que fazer?

Esperei amanhecer e segui em direção à casa do dobe. Quem sabe aquela cabeça oca possa ajudar. Abri a porta – ele nunca fechava aquela maldita porta, se acha invisível demais pra ser roubado, mas do jeito que tem um sono pesado um ladrão entraria na casa e roubaria tudo e ele nem perceberia – e fui pro quarto. Os potes de lámem estavam espalhados pelo chão e um copo de leite deixado em cima da mesa. Pela cara tava azedo.

O baka tava jogado na cama e agarrado com o travesseiro . Quero nem pesar o que ele sonhou essa noite. Só espero que ele tenha tido mais sorte que eu.

-Dobe. – o cutuquei, mas apenas recebi palavras incompreensíveis em troca. – Naruto acorda – mas uma vez fui ignorado pelo loiro. Procurei um balde e enchi de água e joguei no baka loiro. Ele pulou da cama assustado e assim que me viu me olhou furioso.

-Me dê um bom motivo pra não transformar você em um homem morto.

-Te dou dois. Primeiro você não conseguiria e segundo... Bem... – fiquei um pouco sem jeito por pedir algo a ele, mas era isso ou ver a Sakura beijando o mosquito e isso nunca e em hipótese nenhuma aconteceria. – Quero que me ajude com a Sakura.

Primeiro ele me olhou desconfiado, depois seus olhos se arregalaram e depois disso uma sessão de risada lhe aconteceu.

-Fala sério Sasuke.

-Você acha que eu estaria aqui há essa hora se tudo fosse uma brincadeira? Gosto de te irritar, mas você não é tão importante assim pra eu perder meu tempo. – falei como se fosse a coisa maias óbvia do mundo, apesar que era muito óbvio isso.

-Tá, você, Uchiha Sasuke, quer que eu, Uzumaki Naruto, ajude você a conquistar a garota que você sempre chamou de irritante? – fiz que sim com a cabeça – E aquele papo de não amá-la?

-Não tem nada a vê com amá-la. – senti minhas bochechas ficarem suavemente coradas – Só quero pedi-lhe desculpa por algo que fiz errado, só isso.

- E o que exatamente você fez?

Contei tudo o que tinha acontecido entre eu e a rosada. Claro, evitando dizer que estava com ciúmes. Acho que consegui esconder esse motivo bem já que ele não comentou.

-Você deveria parar de ser tão ciumento Teme, assim vai espantar sempre a Sakura-chan. – esqueçam o que eu disse.

-Eu não estava com ciúmes. – ele ia retrucar, mas continuei. – Vai me ajudar ou não? – estava irritado por ele tocar nesse assunto. Ou eu era muito ruim em esconder meus sentimentos, o que eu duvido, ou ele era muito bom em ver os sentimentos dos outros.

-Claro que vou. – com uma voz cansada e um olhar que parecia já ter estado nessa situação muitas vezes continuou – Sasuke. – chamou minha atenção seriamente – Pare de brincar.

-Eu não estou brincando com ela. – com uma voz defensiva e irritada retruquei.

-Não estou falando dela, apesar de que eu ela também sai prejudicada. Mas na  verdade estou falando de você.

-De mim? – suspirou e mudou de assunto. Não sei por que, mas fiquei feliz. Acho que tem coisas que eu não quero que sejam reveladas.

-Sakura-chan te ama, mas não será fácil convencê-la de que tudo que falou foi como resultado da emoção do momento. Ela com certeza está magoada. Você primeiro vai ter fechar o rombo que fez no coração dela e depois pedir perdão de verdade.

-E como eu faço isso? – pergunto nem imaginado de longe o que ele queria. Apenas minha mente gritava dizendo que eu tava ferrado.

-Deixa eu pensar... - levantou da cama e pegou uma toalha – Quem sabe se...Você podia convida-la pra sair. Mas acho que ela não aceitaria depois de ontem. – fiquei só olhando admirado meu amigo pensar. Não me julguem por isso, é que é estranho e raro ver a cabeça de minhoca ali raciocinar – Quem sabe se sairmos todos juntos? – vi uma lâmpada acender na cabeça do bode – Ai você em um momento pega ela e leva pra algum lugar e conversa com ela. Que tal?

-E se ela não for por vontade própria? Sequestro ela?

-Não!! Você tem que parar de tentar resolver as coisas como se fosse o vilão. – revirou os olhos. Seria mais fácil se fosse assim, mas já que ele acha errado... – Vou combinar com todos hoje pra sairmos. Que tal o parque?  Lá tem uma coisas legais. Tenho certeza que a Hina-chan vai adorar! – com as mãos unidas e com olhos brilhando olhando pro alto ele mais uma vez sonhou acordado com a Hinata.

-Hina-cha? – perguntei a fim de tira-lo do mundo dos sonhos. Ele corou violentamente e virou o corpo em direção a porta.

-Vou começar a chamar o povo. Às 7:30 da noite na frente do parque. – e prosseguiu em direção a saída. A emoção de ser pego no flagra foi tão grande que se esqueceu até de trocar de roupa e saiu com aquele pijama ridículo dele todo molhado.

Suspirei e comecei minha caminhada de volta ao distrito Uchiha. Tinha muitas coisas pra pensar e treinar, não jutsus e taijutsus, mas sim o que eu iria dizer pra irritante.

Enquanto andava pelas ruas de Konoha algumas pessoas me olhavam com desprezo, principalmente as mais antigas e conservadoras. Outras, traduzindo, mulheres, me olhavam com desejo. E a grande maioria nem me olhavam. Acabaram se acostumando comigo naquele lugar.

Entrei no nada movimentado distrito Uchiha e fui pra minha casa. Omo eu falaria com ela essa noite? Consertar o rombo no coração dela? Como eu faria isso? Não conseguia nem me curar sozinho, como curaria ela?

Eu só posso esta ficando doido por continuar com isso. E principalmente, como fui me deixar levar pelo ciúme desse jeito? Mas o problema não é o ciúme, é ela. A rosada que me faz agir assim. Me faz perder o controle dos meus sentimentos, levando tudo ao extremo, tirando meu controle e me fazendo agir assim, como um baka.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.
Capítulo oferecido a Nanda-L. Espero que goste flor!! :D
Qualquer coisa me digam, se algo precisa ser mudado ou está bom assim. Aceito críticas também. Contanto que sejam construtivas tudo bem. ;)
Beijões!!