Na manhã seguinte, o grupo já estava preocupado pelo desaparecimento de Jéssica. Eles mais ou menos que sabiam o que havia acontecido e tinham esperanças de que estivessem errados.

Eles foram na casa da adolescente, para ver o que aconteceu. Assim que chegaram, tocaram a campainha, uma, duas três vezes e nada da menina aparecer. Eles tentaram abrir a porta, vendo que ela estava aberta. Eles se espantaram, pois Jéssica nunca deixara a porta destrancada antes.

Eles entraram e viram uma leve bagunça na sala de estar. Estranharam, pois Jéssica era sempre toda arrumadinha. Seguiram casa adentro, indo até um cômodo desconhecido. Era todo branco e super limpinho e viram uma portinha aberta. Assim que entraram na saleta, gritaram horrorizados pela cena que viram.

Jéssica estava de qualquer jeito no chão. Seus cotovelos estavam invertidos, assim como os joelhos. Seu pescoço estava todo torcido e seus ossos das articulações estavam expostos. Seus olhos estavam esbugalhados e encarando o vazio.

A tamanha brutalidade da cena fez Natalie virar o rosto e vomitar quase as suas tripas. Bruno estava em estado de choque e abraçava Carol, que chorava compulsivamente. Assim que parou de vomitar violentamente, Natalie colocou-se de pé, meio tonta e puxou Bruno e Carol para fora. Assim que eles estavam lá fora, Bruno disse:

- Essa guerra já chegou em um nível crítico. Temos que nos apressar. - disse Bruno em voz baixa. Carol parou de chorar e disse:

 - Temos que parar a guerra! E rápido.

- Vocês tem razão. Bruno, conhece alguém que possa ajudar a gente? – Natalie perguntou.

- O meu primo, Juliano. Ele vai saber o que fazer. Ele com certeza vai ajudar a gente.

- Tudo bem. Vamos Falar com ele. – os outros dois assentiram e foram para a casa de Bruno.

Chegando lá, Bruno encontrou com Juliano, seu primo de 16 anos. O jovem perguntou ao primo o que havia acontecido para estarem daquele jeito. Bruno explicou toda a situação. Falou sobre a guerra e dos amigos que morreram tragicamente. Em seguida, Bruno perguntou ao primo se ele poderia substituir o amigo morto.

- Posso sim Bruno. – Juliano falou, fazendo todos relaxarem. – Eu farei qualquer coisa para ajudar a acabar com a maldição.

Assim que eles discutiram o plano, eles foram para a casa de Natalie, dar o começo ao que planejaram. Eles fizeram os gestos, mas algo deu errado. E muito. O que eles não contavam era a presença de Toshio ali, no canto do sofá. Assim que viram o menino fantasma, os amigos gritaram. Toshio tentou avançar para cima deles, mas a TV ligou. Sabendo o que aconteceria, eles fugiram, mas Juliano havia esquecido seu celular e voltou para pegá-lo.

- Juliano, deixa o seu celular pra lá cara! Isso não vale a sua vida! Depois eu compro outro pra você! – Bruno gritou para Juliano, tentando faze-lo parar, mas quando Juliano pegou o celular, Samara já estava lá. Os três amigos gritaram para Juliano voltar, mas já era tarde demais.

Quando ele pegou seu celular, Samara o encarou. Ele gritou, se afastando, mas ela disparou em direção a ele, sugando sua essência. Ele caiu morto no chão, murcho. Os amigos estavam horrorizados e Samara foi matar os outros, mas se lembrou da vingança. Ela olhou para Toshio e foi em direção ao garoto, que estava com medo. Mas antes que o alcançasse, ela foi jogada por Kaiako.

Os amigos aproveitaram e fugiram o mais rápido possível. Bruno, na fuga, caiu e cortou o braço. Natalie foi até ele e ajudou-o a se levantar, concluindo a fuga.

Dentro da casa, Samara se recuperava e partiu para cima de Kaiako. Ela conseguiu golpear Kaiako, que quase caiu no chão. Kaiako foi até ela, puxando os cabelos negros e molhados de Samara, jogando-a no chão e estraçalhando sua perna. Samara abriu a boca e dessa vez, seu grito de dor foi audível. Ela conseguiu escapar de Kaiako, desaparecendo, sem falar nada dessa vez. Kaiako olhou para o filho e sumiu junto com ele.

Naquela bagunça, estava o corpo de Juliano. Ele estava morto, como Israel estava. Murcho e assassinado sem dó nem piedade.