No dia seguinte, o grupo foi ver como Israel estava, já que ele não tinha aparecido para a reunião dos amigos naquela manhã. Partiram rumo a casa do rapaz, a fim de descobrir o que tinha acontecido com ele.

Quando eles chegaram, bateram na porta. Como ele não atendeu, eles entraram e ficaram horrorizados com o que viram.

Israel estava jogado no chão, murcho. Sua boca estava escancarada e pendia para o lado, sem a língua. Seus olhos foram arrancados e sua pele parecia pele de cobra. Os ossos do seu corpo eram tão proeminentes que se podia contar todos. Ele parecia um cadáver que estava ali por no mínimo, 3 anos.

Os amigos sabiam: fora Samara que matou ele. E a julgar com o estado que a sala ficara, ela e Kaiako já haviam começado a guerra. Eles estavam amedrontados, assustados, horrorizados... já nem sabiam como se sentiam mais. Mas era um sentimento que os consumia por completo.

Eles voltaram para a casa de Natalie, onde eles refariam a reunião. Eles estavam muito assustados, mas a única pessoa do grupo que não estava nesse estado, era Natalie, que não se importava com Israel, mas ficou um pouco perturbada. Por causa da guerra, que havia começado.

Quando eles chegaram na casa de Natalie, eles se sentaram direto no tapete de sua sala de estar. Ela apagou rapidamente as luzes e ascendeu a lâmpada vermelha. Ela se sentou junto dos amigos.

- Agora a coisa ficou preta. A guerra começou. – ela anunciou o que todos já sabiam.

- Coitado do Israel! Por que ninguém foi defendê-lo? Que desgraça! – Jéssica começou a chorar. Natalie rolou os olhos.

- Puta que pariu Jéssica! Só você mesmo pra lamentar a morte do Israel! Você sabia que ele não prestava, por que agora você lamenta? – Natalie perguntou.

- É porque eu nunca desejei a morte dele. E eu também, apesar de tudo, gostava dele. – ela respondeu, surpreendendo a amiga.

- Putz, acho que vou ter que te internar no hospício assim que a guerra acabar! – Natalie disse, fazendo todos rirem, inclusive Jéssica, que agora já não chorava mais.

Eles ficaram conversando e planejando o que fariam para impedir a continuação daquela terrível guerra. Já se passavam das 19:30 quando Jéssica se levantou.

- Acho melhor eu ir embora. Já está ficando muito tarde. – ela disse bocejando.

- Tudo bem. Boa noite e cuidado com a guerra. – Natalie disse.

- Eu vou tomar o triplo de cuidado a partir de agora. Não quero acabar feito o Israel. – Jéssica disse sorrindo e o grupo riu de leve.

Jéssica seguiu para casa, tomando todo o cuidado do mundo. Ao chegar em casa, ela entrou, trancando a porta em seguida. Já eram umas 22:40, quando ela ouviu um barulho estranho.

Ela desceu e foi ver qual era a origem do barulho. Ela já estava com muito medo. Medo de ser o que ela estava pensando. Assim que ela viu que não tinha nada, quando se virou para subir para o quarto, amaldiçoou-se por ter feito aquilo e deu um grito de horror.

Kaiako vinha em sua direção, descendo as escadas da casa da adolescente. Jéssica estava paralisada. Não conseguia se mexer de jeito nenhum. Kaiako continuou descendo até que terminou de descer as escadas, soltando seu som, um tipo de arroto, mas estrangulado.

Jéssica saiu do transe e fugiu para a porta dos fundos, mas estava trancada. Ela tentou o cômodo extra que havia na casa. Era um quarto branco e impecavelmente limpo. Ela trancou a porta e tentou fugir pela porta que havia no cômodo em que se encontrava.

Kaiako andou até a porta de entrada do cômodo. Ela se mexia lentamente, como se não houvesse nenhum osso em seu corpo. Seu sangue morto pingava para todos os lados. Ela atravessou a porta, mas Jéssica já havia saído pela porta extra, entrando em uma saleta com uma imensa televisão de plasma no chão.

A jovem tentou escapar da fantasma, mas Kaiako conseguiu alcançá-la. Mas antes que pudesse tocar na jovem, a TV de plasma ligou e Samara saiu de lá, atravessando a TV com a maior facilidade do mundo.

Samara estava decidida. Mataria a jovem primeiro. Jéssica, bom, nem é preciso dizer o estado em que a menina se encontrava, pois é algo indescritível. Mas Kaiako jogou Samara para outro lado, atordoando-a por tempo o suficiente para que matasse Jéssica.

Kaiako agarrou os braços de Jéssica, invertendo-os. Jéssica berrou, tamanha era a dor. Kaiako inverteu seus joelhos, dobrando-os para dentro, estraçalhando os ossos do corpo da jovem. Por fim, Kaiako torceu o pescoço de Jéssica, matando-a.

Samara saiu de seu estado de torpor e viu que havia perdido sua vítima. Ela avançou para cima de Kaiako, chocando-se com a fantasma. Kaiako agarrou os braços de Samara, como havia feito com Jéssica e tentou torce-los. Mas como os braços eram muito duros, ela jogou a fantasma rival para um canto do cômodo em que se encontravam. Samara se levantou e partiu para cima de Kaiako, que estava mais forte do que antes. Mas Samara também estava mais forte. Quando ia atacar Kaiako, Samara viu Toshio, filho de sua rival. Kaiako olhou para trás e viu seu filho, encolhido e com muito medo. Samara tentou driblar Kaiako para tentar chegar ao seu principal alvo.

Kaiako percebendo que Samara queria tirar seu filho, disparou em direção a sua rival, chegando antes dela, torcendo sua perna. Samara mais uma vez abriu a boca, em um gesto de dor aguda e caiu no chão. Kaiako se pôs na frente de seu único filho, enquanto Samara se levantava. O ódio consumiu o fantasma da menina do poço e encarou Kaiako.

- Eu terei minha vingança! Quer você queira ou não! – Samara disse em sua voz sobrenatural e sumiu no ar. Kaiako e seu filho também foram embora, deixando o corpo de Jéssica destroçado no chão. Morta de uma forma brutal e sem nenhuma piedade.