Fomos ao restaurante e ele não estava muito lotado.O garçom veio logo nos atender, um garoto mais alto do que eu, cabelo loiro, olhos azuis e musculoso, seus olhos foram direto para Bella.

– Mesa para dois – disse ela com aquela voz fascinante, deixando o garçom com sorriso bobo. Só depois ele foi notar que eu estava ali, me olhando e logo afastando o olhar, feliz obviamente por eu ser tão comum e vendo que eu e Bella não éramos namorados por não estamos de mão dadas ou algo do tipo.

Ele nos levou para uma mesa grande o suficiente para quatro pessoas, no lugar mais cheio do restaurante. Já estava quase me sentando quando Bella me impediu.

– Talvez algo mais particular? – disse ela e vi que ela discretamente passou lhe uma gorjeta, e pelo que vi não era pouca.

E porque ela queria algo mais particular? O garçom ficou surpreso tanto quanto eu. Mas depois dei um sorriso pra ele, como se ele não tivesse chances com a Bella.

Ele nos levou até umas cabines todas vazias.

– Que tal isto?

– Perfeito – ela deu um daqueles sorrisos encantadores, e deixou o garçom com um sorriso idiota, acho que ele estava pensando que ela está dando em cima dele só pode, que cara mais convencido. Mas não podia culpar ele. Todos queriam a Bella, não havia um que não olhava pra ela, com essa beleza extraordinária dela não é de se ver por aí, nem sei o que ela fazia andando comigo, mas confesso que estava com ciúmes dela, mas eu não sou o namorado dela nem nada, o mais perto que eu possa chegar é ser seu amigo, porque nunca Bella iria namorar alguém como eu.

Me sentei olhando o menu, e o Sr Bombado estava do lado esperando nós fazermos o pedido, e como era de se esperar estava olhando para a Bella, que não estava prestando atenção alguma a ele, o que me fez sentir muito melhor, pelo visto ele não faz o tipo dela, ri discretamente, o que fez ela olhar pra mim com o rosto curioso.

Sem querer quando fui olhar pro lado vi um volume na calça dele – porque ele estava do meu lado seria impossível não ver. WHAT?????

– Oh shit – me levantei automaticamente pra longe dele. E isso fez com que eu batesse a cabeça na bandeja que outro garçom segurava enquanto passava por ali, derrubando comida para todo lado.

– Desculpa – olhei para o garçom com um sorriso na maior cara de pau, e tudo por causa daquele bombado pervertido, que estava agora se retirando todo constrangido. Voltei para a mesa e Bella olhava para mim e vi que ela estava se segurando para não rir.

– O que houve Edward? – ela me olhava com aquele sorriso encantador.

– Você não viu aquilo? – perguntei indignado.

– Aquilo o que? – ela estava um pouco confusa.

Pelo visto ela não viu aquilo, ainda bem.

– Nada não deixa pra lá. E você não deveria fazer isso com as pessoas, mesmo você não percebendo pelo que eu vejo.

– Fazer o que? Você está me deixando confusa .

– Deslumbrar as pessoas – disse. Não seria especificamente essa palavra depois do episodio do garçom. – Não tem como você não perceber isso.

Ela se inclinou um pouco na mesa, me olhando atentamente com aqueles olhos lindos que pareciam estar na cor dourada, acho que entendo a situação do garçom agora.

– Eu deslumbro você?

– Deslumbra e mais outras coisas também.

– Que outras coisas? - Perguntou ela curiosa, rindo.

Droga falei meu pensamento alto, vi também que estava meio que com um sorriso pervertido, o que está havendo comigo, Bella está me deixando completamente louco.

– Err nada não, deixa pra lá – tentei disfarçar.

Ainda bem que o garçom apareceu para nos atender, só que era outro, o Sr bombado deve ter ficado com vergonha de voltar, acho pouco pra ele. Mas não adiantou nada, o novo garçom já estava de olho na Bella, sorrindo, nem se importou que eu estava aqui sentado.

– O que vocês desejam beber? – perguntou ele, parecia que ele estava falando só com ela. Filho da mãe.

Ela olhou pra mim.

– Eu vou beber uma coca.

– Duas cocas. – disse ela

– Eu volto logo para trazer – ele deu mais um sorriso tentando chamar a atenção da Bella, mas ela estava olhando pra mim.

Ele saiu e quando olhou para trás na nossa mesa, mostrei o dedo do meio por baixo da mesa, sem que Bella percebesse, pelo visto o garçom viu, porque ficou com uma carranca. Tentei segurar o riso, enquanto Bella olhava pra mim, logicamente pensando que eu sou louco.

– Como você está se sentindo?

– Estou bem.

– Não esta sentindo náusea, tontura, frio ....

– Porque? Deveria?- perguntei confuso.

– Eu estava esperando você entrar em choque mas vejo que me enganei – ela deu um sorriso torto que demorei alguns segundos para falar.

– Ah não, de boa, isso não vai acontecer, aquilo não foi nada.

– Mas acho que se sentira melhor quando tiver um pouco de açúcar e comida no seu sangue.

Bem na hora o garçom apareceu com nossas bebidas e uma cestinha de pães. E ficou de costas pra mim quando colocava as coisas em cima . Fdp.

– Estão prontos para fazer o pedido? – mas ele só dirigia-se a Bella. Ele deve estar querendo levar um na cara.

– Edward? – ele se virou sem muita vontade na minha direção.

Fiquei um bom tempo enrolando no menu, perguntando várias coisas sobre os pratos para o garçom, que visivelmente estava começando a se irritar porque eu estava roubando sua atenção de modo que ele não ficasse mais em cima da Bella. Tentei me segurar para não rir, quando vi seu rosto parecia que ele ia me esganar ali mesmo.

Escolhi o mais barato que tinha, porque não tinha trazido muito dinheiro, e não ia deixar que Bella pagasse por mim.

– E você? – ele se virou para Bella sorrindo, até demais.

– Nada para mim.

– Me avise se mudar de ideia – disse ele com aquele sorriso ainda. Ele acha que está encantador com aquele sorriso, coitado. E Bella nem sequer estava olhando pra ele, isso me fez rir alto, e ele saiu com uma cara ameaçadora para mim.

– Beba – me ordenou ela.

Nossa, que garota mandona. Ok quem sou eu para discordar. Bebi o refrigerante e ele acabou em segundos, nem percebi que estava com tanta sede assim. Logo ela me passou o copo dela.

– Obrigada – o outro refrigerante acabou rapidamente também, esta parecendo que eu nunca bebi coca na vida.

Ela empurrou a cestinha de pães na minha direção.

– Eu não vou entrar em choque ou algo do tipo. – disse pegando um pãozinho.

– Uma pessoal normal entraria.

– Você está dizendo que eu sou anormal? – perguntei sorrindo.

– Não é o que quis dizer, é que...

– Só estou brincando, eu não sou igual a outras pessoas, coisas assim não mexem muito comigo. – disse. Era muito difícil eu me abalar com alguma coisa.

– Percebo agora – disse ela rindo, com sua risada musical.

Era agora minha chance.